O mundo pode mudar muito em 10 anos, e depois de tanto tempo, o desfavor também não é mais o mesmo. Por isso, vamos refazer uma pergunta feita há muito tempo em busca de uma visão atualizada sobre o tema. Os impopulares se revelam… ou não.

Tema de hoje: nos dias de hoje, é arriscado contar abertamente que lê o desfavor?

SOMIR

Sim. Por motivos diferentes, mas ainda é. Já mencionei aqui outras vezes que mesmo que Sally e eu tenhamos mantido uma linha de pensamento razoavelmente consistente com o passar dos anos, fomos movidos da esquerda para a direita por causa da radicalização da esquerda. O desfavor sempre se mostrava muito mais humanista que a média, inseridos numa linguagem mais ácida e por vezes descaradamente provocativa, mas humanista na natureza mesmo assim.

Durante boa parte de nossa história, éramos os “chatos dos direitos humanos” que não toleravam a roubalheira descarada do PT. Algo como o PSOL nasceu para fazer, mas que acabou corrompido demais pelo sistema para aplicar na prática. Aqui o sistema nunca influenciou o suficiente: pudemos manter essa linha mais ou menos intacta. A questão é que o mundo ao nosso redor começou a se tornar tão dividido ao ponto de qualquer nuance se perder numa guerra ideológica entre lacradores e neofascistas. O meio-termo virou latifúndio improdutivo, e mesmo nossa leve tendência à esquerda baseada em defesa de direitos humanos básicos é considerada quase que nazista pelos que se consideram de esquerda atualmente. Poucos conseguiram ficar na posição ideológica que ficamos por causa dessa pressão.

Quem não se bandeou para a patrulha do politicamente correto acabou sendo radicalizado no sentido oposto, compreensivamente enfurecidos pela insanidade que presenciavam dia após dia. Não sobrou muita gente no lugar onde escolhemos nos posicionar nesse espectro das ideias. E vou confessar: é um lugar perigoso atualmente. Qualquer passo errado e você enfurece uma parcela considerável da população. Tentar se manter próximo do centro tende a te manter fora da mira dos canhões dessa guerra, mas se por um acaso você for avistado, não tem multidão próxima para se esconder.

Ainda somos muito intelectualizados e preocupados com o bem-estar humano para agradar a base do Bolsonaro, mas já somos conservadores e frios demais para o exército da lacração. O que pode trazer pontos de vista fora do padrão para um leitor, mas também que não lhe garante proteção alguma num dos times caso ele seja julgado pelas opiniões que usamos aqui. Especialmente quando falamos da onda do politicamente correto: quando nos recusamos a corroborar com o discurso insano de diversidade forçada e censura da voz de dissidentes, somos jogados numa vala comum com gente maluca que realmente deseja a volta da ditadura militar ou mesmo do nazismo.

Um olhar desconfiado para a questão de permitir que transexuais utilizem banheiros femininos é sinônimo de querer exterminar os gays. Perceber um buraco na lógica de combater o racismo atacando pessoas brancas é basicamente querer a volta da escravidão. A forma como você se posiciona realmente, e até mesmo a forma como você age pouco ou nenhuma diferença fazem na hora de apontar o dedo e te acusar de genocida!

E aqui no desfavor, escolhemos alguns caminhos pouco usuais para mencionar temas polêmicos: para cada texto criticando racismo, temos um debochando de quem vê racismo em tudo. Para cada texto discutindo os problemas que as mulheres vivem, um ou dois tiram sarro de feministas que se sentem oprimidas por gordura não ser sinônimo de beleza. E como agora é tudo preto ou branco, dependendo de qual desses textos um incauto cair aqui, vai nos odiar por um motivo ou por outro. Tem gente nos chamando de feministas nojentas num texto e gente nos chamando de machistas opressores em outro. O desfavor vive de contexto: um texto só dificilmente conta a história toda.

Mas num mundo onde o segundo parágrafo já configura “textão”, contexto passa longe. Escrevemos para quem nos acompanha fielmente há vários anos. Nós vemos os dados: a nossa aquisição de novos leitores é lenta, mas a retenção é incrível. Sabemos que a imensa maioria não comenta, mas está aqui há vários anos, voltando todos os dias. Vocês sabem do estamos falando. Sabem que mesmo nos deboches mais cruéis, existe um longo histórico de opiniões consistentes que geram um equilíbrio. Quem não passa por esse processo dificilmente entende.

E esse é o motivo principal pelo qual eu defendo que você seja muito seletivo com quem apresenta ao desfavor: a pessoa tem que estar disposta a ler mais do que um dos nossos textos para começar a entender o processo. Mesmo em textos mais inocentes em colunas como Desfavor Explica vazam algumas opiniões ou piadas que não estão de acordo com o cenário de divisão atual. Eu e Sally pagamos o preço de manter nossa privacidade protegida e de não depender de patrões para ganhar nosso sustento, mas dificilmente é o caso da maioria das pessoas.

E no mercado de trabalho disputado dos dias atuais, qualquer desvio da norma é motivo para ser preterido. Se você compartilha alguma coisa daqui sem saber muito bem para quem está mostrando o desfavor, periga da pessoa ler algo que vai detestar, seja a gente debochando da burrice do Bolsonaro, ou da maluquice dos lacradores. E aí, quem brinca de roleta-russa é você. Não custa muito para alguém gritar bruxa e apontar para você. Ainda mais alguém com preguiça ou desinteresse de se aprofundar nos textos que escrevemos. E vamos concordar, essas pessoas são a maioria.

Você pode trabalhar para uma delas, pode ser parente de uma delas… e sinto informar, grandes chances de ser amigo ou namorar uma delas. Não vivemos sob a ilusão que todo mundo que vale a pena nesse mundo gostaria do desfavor. Sagrado direito de cada um de não ir com a cara dos nossos textos ou discordar das opiniões apresentadas. Tanto que nunca fomos atrás de ninguém que discordou ou reclamou da gente, só controlamos o que acontece na nossa casa aqui.

Resumindo: o momento atual não é o momento de apresentar para qualquer um o desfavor. Somos confusos sem contexto, e batemos em tantos pontos polêmicos que é quase certeza que alguém vai se emputecer achando que estamos de um dos dois lados dessa guerra ideológica tosca. E sim, você é julgado pelo o que compartilha. Na dúvida, não diga que lê o desfavor.

Para dizer que só compartilha os meus textos para que não entendam nada e fiquem com vergonha de reclamar com você, para dizer que só compartilha os da Sally porque metade das vezes te amam por isso, ou mesmo para dizer que só compartilha pornografia porque o resto é muito pessoal: somir@desfavor.com

SALLY

Diante da atual virada de pêndulo que estamos presenciando, ainda é arriscado contar abertamente que lê o Desfavor?

Nhé. Não acho. Não vejo problema algum, pior dos mundos a pessoa fica puta com a gente, não com você.

Sei que em tempos de humorista condenado criminalmente por opinião pode soar perigoso. Tem muito texto aqui que ultrapassa o que o STF entende como “limites do humor” e que a própria sociedade diria que “isso não é humor”. Ler o que “criminosos” escrevem pode pegar mal, mas… deixa eu te contar um segredo: ninguém vai atrás de dois fodidos. As pessoas vão atrás de quem dá mídia, de quem tem dinheiro, de quem dá visibilidade ao seu faniquito. Relaxa que o Desfavor não vai ficar famoso.

Além disso, a quantidade de conteúdo insana do Desfavor nos protege. Por mais pentelha que seja uma pessoa, ela não vai ler dez anos de postagens diárias, com quatro páginas cada, para pinçar coisas que possam ser usadas contra um eventual leitor do blog. Não por questão de tempo, porque por algum mistério da humanidade, filho da puta sempre tem tempo sobrando, não vai fazer por outro motivo: não consegue.

Me diz, hoje quem é que consegue ler em grandes quantidades conteúdo que não seja do seu interesse ou agrado? As pessoas estão mimadinhas intelectuais, só conseguem focar em futilidade ou em coisas que convirjam para seus pensamentos. Quero ver alguém botar goela abaixo tanto conteúdo que conflite com suas certezas… Se tem alguém querendo te atingir através do Desfavor, vai por mim, ela não consegue chegar no quinto texto.

Quando começamos, dez anos atrás, havia muitos pudores sobre falar certas coisas. Nosso objetivo era berrar o que ninguém tinha coragem de falar, pois achávamos que essas coisas precisavam ser ditas, ser trazidas à discussão. Os textos daquela época talvez pudessem trazer algum problema aos leitores, por endossar aquele tipo de conteúdo. Mas os tempos mudaram e eles estão soterrados por toneladas de conteúdo.

Em dez anos a coisa descacetou de um jeito que hoje não fazemos mais o papel dos que berram, essa parte ficou com a sociedade. Hoje somos os que pedem reflexão, calma e neutralidade. Sim, Desfavor, empurrado pela premissa básica de tentar trazer um novo ponto de vista, acabou ficando palatável. Posso ser muito sem noção, mas creio que hoje, ao menos no último ano, não desabona a honra de ninguém ler o blog.

Se o problema são os comentários, bem, com um botão nós podemos apagar todos os comentários que você já fez aqui na vida. Além disso, dificilmente vemos alguém assinando nome e sobrenome quando comenta, logo, a menos que você tenha um nome nível “Um Dois Três de Oliveira Quatro”, ninguém terá certeza se era de fato você comentando. E os comentários são bem difíceis de pinçar, a pessoa teria que ler todo o texto e todos os comentários de dez anos de conteúdo… acho quase impossível de se fazer.

Sei que isso não é muito comum hoje em dia, mas vale lembrar que é perfeitamente possível consumir um conteúdo do qual você discorda. O fato de ler o Desfavor não significa que você concorde com tudo que tem no Desfavor.

E temos algumas colunas que são rotas de fuga excelentes, pois não ofendem ninguém. Em caso de emergência use um: “leio só pelas postagens de primeiros socorros, que me parece algo importante de se aprender”. Pronto, seu nome continua limpo. Se a pessoa criticar com ênfase e ela tiver algum poder sobre você, critique junto, diga que sobre o resto do conteúdo você discorda.

Veja bem, não defendo aqui que você entre no transporte público, bata no peito estilo Theo Becker e grite “EU LEIO O DESFAVOR, PORRAAAA!”. Estou falando apenas sobre não esconder. Aquele temor que todos tínhamos em 2009 não tem mais fundamento.

A sociedade está tão escaralhada que hoje quase tudo em matéria de conteúdo é pior e mais vergonhoso que o Desfavor. Se, em uma conversa, surgir um assunto correlato, não vejo problema de comentar que leu tal coisa no Desfavor, se for pertinente. Acho mais vergonhoso citar certos jornais e revistas do que o Desfavor.

Também não precisa ter medo de falar e encher isso aqui de gente tosca. O volume de conteúdo produzido é suficiente, por si só, para filtrar os toscos, vide as aberrações que caem aqui todos os dias e que ilustram a coluna “Ei, Você”, que como entram, saem, dez segundos depois. Gente tosca não lê quatro páginas por dia, ainda mais com posicionamentos dos quais discorda.

Acho que no grau de caos social em que estamos, não cabe mais o medo de ser prejudicado por seu gosto, ainda mais pelo gosto por leitura, algo que caiu em desuso. As pessoas estão enfiando vegetais em seus briocos ao vivo em vídeo de redes sociais, estão mandando foto de soro na veia e lamuriando que estão hospitalizadas, estão fazendo a baldada todos os dias coisas absurdamente mais vergonhosas. Sim, nos tornamos inofensivos graças a uma sociedade que se tornou muito mais vexatória do que a gente.

Vai ter quem pense que a qualquer momento podemos surtar e escrever algo agressivo, polêmico ou polarizado que comprometa assumir ser leitor. Bem, nossa linha editorial, se é que pode ser usado esse termo, sempre foi trazer um novo ponto de vista sobre cada assunto, um que não esteja sendo falado por aí. Hoje, tudo que vemos por aí é agressividade, polêmica e polaridade, então, acho que você não corre o menor risco.

Ler Mein Kampf não te faz um nazista, ler a Bíblia não te faz cristão, ler o Desfavor não te faz o que quer que as pessoas pensem sobre nós. Não precisa sair berrando, mas também não precisa esconder.

Para dizer que precisa esconder enquanto o C.U. escolher pauta mensalmente, para dizer que mesmo que fale ninguém quer ler nada hoje em dia ou ainda para dizer que você mesmo tem vergonha de ler o Desfavor: sally@desfavor.com

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Comments (36)

  • thainá da amazônia

    Olha, eu estudo em uma universidade federal, e acredite, não há local mais frequentado por lacradores de esquerda lunáticos do que em ambientes como esse com sua alta taxa de cotismo. E nem sou de humanas. Acredito que pra essas pessoas cujo mantenho vínculo apenas por ser obrigada a vê-los todos os dias por 10 fucking horas, não saberem que eu sou leitora assídua do Desfavor é um facilitador do contidiano. Tenho meus pensamentos muito convicctos acerca dessa polaridade atual mas não quero comprar briga de graça com esse povo [apesar de a ideia de fazê-los encarar a realidade e as inúmeras falhas dos seus movimentos ser tentadora] que por falta de argumento, sempre partem pro ad hominem e eu prezo pela minha saúde mental. Mas pra pessoas realmente próximas, vale a pena sim compartilhar a mina de ouro que é o posicionamento político do Desfavor, coisa que ja fiz duas vezes.
    Mas isso não quer dizer que concordo 100% com que está aqui. Apesar de concordar com MUITA coisa dita por vocês aqui, como a análise do BM, interesses e principalmente com o visão política do cenário brasileiro, sou cristã, e sabendo do caráter ateu do blog, simplesmente ignoro a maioria das postagens sobre religião, e sigo feliz minha vida.

    • Mas isso não quer dizer que concordo 100% com que está aqui. Apesar de concordar com MUITA coisa dita por vocês aqui, como a análise do BM, interesses e principalmente com o visão política do cenário brasileiro, sou cristã, e sabendo do caráter ateu do blog, simplesmente ignoro a maioria das postagens sobre religião, e sigo feliz minha vida.

      Um excelente exemplo do que dissemos na postagem do último dia 25: não precisa concordar em tudo para jogar junto. Ninguém aprende nada se só escutar eco da própria voz.

  • Eu compartilho sim, mas com pessoas que eu sei que têm um mínimo de inteligência e criticidade. Não digo pra qualquer um não.

  • Recomendei pro meu namorado, no início do namoro. Fora ele, recomendo normalmente alguns textos pontuais para amigos, mas já escutei “e tu é de direita agora?”.

    • Provavelmente essas pessoas que te acharam de direita, achariam por quaisquer outros fatores, quando a pessoa tem a necessidade de rotular, ela se apega a qualquer coisa para enquadrar e classificar os outros.

  • Entendo o ponto de vista do Somir, suas preocupações são bastante pertinentes e até mesmo me sinto tentado a concordar com ele, mas, por outro lado eu, assim como a Sally, também já não tenho mais saco e nem idade pra manter tudo o que penso e sinto o tempo todo debaixo de “máscaras sociais” só pra evitar chatear este ou aquele. Quero mais é que se foda! E, por enquanto, ainda não tive nenhum problema nem fiz nenhum inimigo por causa do Desfavor. Quando me deparo com algum texto daqui que eu acho que mais gente deveria ler, eu mostro o link mesmo. Pena que até pessoas que eu tinha em conta como seres pensantes ou ignoram totalmente a minha indicação ou sequer entendem o texto e a proposta do blog.

  • O meu nome é realmente o que aparece, aliás meu sobrenome, e o e-mail também. Em matéria de redes sociais e aqui também, e já faz tempo, nunca optei pelo anonimato, até que ponto essa opção é inteligente ou não, não sei, e não precisa ser famoso para que essa opção pelo não anonimato lhe prejudique, no seu círculo próximo isso já te afeta, mas não mudo, e já usei alguns trechos do desfavor nas minhas redes, e vendo o que eu vejo hoje em dia e vocês também, o hospício tá lá fora, aliás, o hospício é fichinha, o hospício já deu tchauzinho!

  • Eu sempre indico , posto e até marco as pessoas. Mas meu nível de escrotidão é de Rafinha Bastos, então quem me conhece sempre espera uma provocação. Com a vantagem de usar umas frases de efeito e opiniões inteligentes de vcs.

    • Sei lá, eu já estou sem paciência para fingir ser algo que não sou. Pago o preço e dou minha opinião sincera no mundo real também.

  • Não vejo problema em dizer que leio o desfavor, ou mesmo indicar pra alguém. Já fiz isso, e vez por outra compartilho algo no twitter que achei interessante por aqui. O problema talvez não seja o blog em si, mas sim eu que acabo que ficando mal compreendido por quem eu indiquei o blog.

    Já me aconteceu, por exemplo, de eu indicar para alguém justamente por achar muito legal essa coisa de tentar mostrar outro ponto de vista sobre determinado assunto, ou mesmo tentar mostrar um pouco de sanidade ou neutralidade diante de tanta polêmica, e acabar sendo mal compreendido a ponto de a pessoa falar, “nossa, não sabia que tu era de direita”, ou, “não sabia que tu lia esses blogs de direita/bolsonazi”. Fico um tanto chateado com isso, mas fazer o quê…

    E, na real, o processo é quase sempre o mesmo: a pessoa não compreende bem o texto, ou a pegada do blog, ou fica ofendida com qualquer ponto do texto e já cria uma barrera, uma resistência, e julga o blog inteiro como algo negativo, de direita, enfim.

  • Nunca contei pra ninguém que eu leio o Desfavor, mas nem é por medo de represália, e sim porque eu não costumo conversar com outras pessoas sobre sites que eu leio. A maioria tá presa à trindade “Facebook-Instagram-Twitter”, então deve ser um pouco difícil encontrar pessoas que leem algo além do que é postado em rede social.

    Mas eu não recomendaria o Desfavor pra qualquer um. Isso é um fato.

    • Gente que não está acostumada a ler nada além de rede social escolhe umas palavras aleatórias do texto e gera uma reação emocional automática. Acho um perigo.

    • Recomendar para quem não vai gostar é provocação, tem que recomendar só para quem tem alguma afinidade mesmo…

  • Ah, eu faço questão de falar sobre o Desfavor, mas um total de 0 amigos entraram aqui (a nãos ser por um texto ou outro que enviei) e eu não sou insistente com relação a recomendações.

    Quem perde são só eles e no final das contas eu posso falar abertamente que leio tudo daqui pq ninguém entra mesmo.

    • Pelo menos dá para tirar uma informação do nada no meio de uma conversa de bar e deixar todo mundo surpreso. Sempre bom ter uma fonte “secreta”… eu tenho várias.

  • “Tentar se manter próximo do centro tende a te manter fora da mira dos canhões dessa guerra, mas se por um acaso você for avistado, não tem multidão próxima para se esconder.”

    Nada disso. Tentar se manter próximo do centro é virar saco de pancadas dos dois lados. É onde a corda arrebenta. Defender bandeiras liberais ou mesmo social-democratas só dá algum crédito se as pessoas tem percepção de alguma vantagem pessoal nisso.

  • Hoje em dia o diferente não choca mais. O povo passou a curtir polêmica e na era Trumponaro, as tretas são bem vidas! Quando eu curto um texto eu compartilho. Já mandei váaarios do Desfavor e ninguém me criticou nem deixou de falar comigo. A única escrotice que vi aqui era Pilha na Fazenda e esses textos do C.U. Tirando isso tem textos ótimos!

  • Mussolini e Francisco Franco reviram no caixão toda vez que chamam os bolsominions de neofascistas.
    Na verdade, é lulistas x antilulistas, com a polarização sendo aplicada ao PT e a esquerda em geral por extensão.

    • Que desonestidade resumir a “antilulismo”. Eu me pergunto em que mundo você vive pra não reparar na quantidade absurda de pessoas endeusando o Bolsonaro. É um culto de personalidade que vai muito além do “antilula”. Bolsonarismo é um câncer e precisa ser combatido.

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