Primeiros Socorros – Sobrevivendo a uma queda.

A cada ano, mais de 500 mil pessoas morrem em decorrência de algum tipo de queda, desde um tombo bobo no banho até quedas sérias como a que matou o apresentador Gugu Liberato. Mas não será o leitor do Desfavor a cair e morrer, não se nós pudermos evitar!

Vamos começar falando de quem cai alto. Geralmente quedas de grandes alturas são vistas como sinônimo de morte. Não são. Claro que as chances de você se arrebentar muito e até morrer são maiores, mas não é uma certeza, portanto, não desista nunca de seguir as nossas dicas.

Estatisticamente falando, uma queda acima de 30 metros gera mínimas chances de sobrevivência, uma queda acima de 10m gera poucas chances de sobrevivência, aumentando as chances a cada metro a menos. Quedas de menos de três metros raramente são fatais. Porém, são apenas números. Há casos documentados de pessoas como Nicholas Alkemade, que pulou de um avião a uma altura de mais de 5 mil metros e sobreviveu, apenas com uma torção de joelho. Então, não acaba até que realmente acabe, lute.

Em grandes alturas, a pessoa tem algum tempo de reação, pois fica vários segundos experienciando a queda. Não tem muito que se possa fazer, mas tem algumas dicas que podem salvar sua vida. Leia com atenção, pode parecer que você esqueceu tudo depois mas na hora, se um dia for necessário, eu te garanto que o cérebro busca essa informação lá no cantinho dos arquivos.

Em uma queda de grandes alturas, seu corpo será “atraído” pela Terra, graças à força de gravidade. A cada segundo que se passa, sua velocidade aumentará. O inimigo da gravidade é o atrito, ou seja, qualquer força que atrapalhe a atração que a Terra exerce sobre o seu corpo. Qualquer coisa que cause atrito é válida: desde um lençol aberto, até seu próprio corpo e o ar.

Quando seus membros estão rentes ao corpo, sua velocidade será maior e o estrago ao tocar o solo também. Porém, se você abrir pernas e braços, provocar o máximo de atrito possível com o ar, a velocidade será menor. Repare em gatos quando caem de grandes alturas: eles se abrem todos, de modo a que seu corpo crie resistência com o ar e forme uma espécie de paraquedas. Faça o mesmo.

Se for possível se agarrar a algum objeto durante a queda, como um galho, um toldo ou qualquer outra coisa, isso vai te ajudar. Por mais que o objeto se parta, não suporte o peso ou caia junto com você, isso ajuda a desacelerar sua velocidade de queda e, portanto, ao tocar o solo com menos velocidade, reduzindo os danos.

Em caso de quedas específicas, dependendo do cenário, é possível tentar fracioná-las, dividi-la em partes. Por exemplo, se você caiu em um penhasco, em uma ribanceira ou coisa do tipo, direcione o corpo para tocar o solo diversas vezes durante a queda. Transformar uma única grande queda (onde só se toca algo quando se chega ao chão) em várias pequenas quedas tocando um barranco várias vezes pode salvar a sua vida. Vários pequenos impactos fazem menos dano ao corpo do que um único grande impacto.

Onde você vai cair também faz diferença. Não que seja possível total liberdade de escolha, mas, às vezes, dá tempo de direcionar uma queda de grandes alturas mais para um lado ou mais para o outro. Terrenos macios são seu objetivo: vegetação, areia, neve, toldos… Superfícies duras devem ser evitadas. No caso que narramos no segundo parágrafo, o infeliz caiu primeiro em meio a pinheiros cujas folhas e galhos reduziram a velocidade da queda e aterrissou em uma espessa camada de neve fofa, o que contribuiu muito para sua sobrevivência.

Isso acontece por um motivo muito simples: quanto mais brusca a desaceleração, maior é o impacto no seu corpo. Quem anda de ônibus entende bem a diferença que faz parar gradualmente e uma parada repentina. Quem anda de ônibus no Rio de Janeiro só conhece as paradas repentinas, mas o resto do Brasil vai saber. Quando você atinge galhos, toldos e outros obstáculos que absorvem o impacto na sua descida, o corpo vai desacelerando e o estrago ao tocar o solo é menor.

Cuidado com o mito da água. Água só é uma superfície segura se a queda for de uma altura inferior a 50m. Acima disso a água pode ser tão fatal quando cair no concreto. Sem contar que cair na água fraturando alguns membros pode significar alto risco de afogamento, então, a água não é tão boa como parece. Reparem que acidentes aéreos (uma das principais quedas de grandes alturas) geralmente não terminam bem quando caem na água.

Mesmo terrenos fofos, que podem salvar sua vida, como neve, areia ou um pântano, podem se voltar contra você: com o impacto da queda você pode afundar e ficar soterrado. Se isso acontecer, mantenha a calma, você tem pelo menos um minuto para sair sem precisar respirar. Faça movimentos como se estivesse subindo uma escada em direção à superfície, ajudando com as mãos a empurrar o corpo para cima. Você vai subir gradualmente. O que não funciona: se debater, gritar, tentar sair usando apenas os braços.

Agora vamos a dicas gerais, que valem para qualquer queda, até mesmo para uma queda durante um banho. Repito: leiam sem preocupação, seu cérebro é uma máquina que só trabalha para te manter vivo, pode parecer que será tudo esquecido, mas, quando chegar a hora, se for preciso, será lembrado.

A melhor posição para a queda é de pé. Pode parecer assustador cair de pé, mas é a sua melhor chance. Quando os pés tocam o solo primeiro, o impacto é sentido apenas por uma pequena área do corpo, fazendo com que pés e pernas absorvam o pior impacto da queda. Quebrar o pé, tornozelo ou perna não é agradável, mas, entre todas as lesões possíveis, a fratura é uma das menos ruins. Salvo casos excepcionais, ossos consolidam bem e rápido.

Para minimizar o dano ao máximo, tente manter os pés próximos, de modo a que eles toquem o solo juntos. Mantenha os joelhos levemente flexionados, para distribuir o impacto sem “travar” a perna. Uma vez que seus pés cravarem o chão, o impacto será muito grande e é provável que seu corpo venha a tombar ou quicar. Pode ser para frente, para trás ou para o lado.

Se puder direcionar, que seja para o lado. Se não conseguir e puder escolher, caia para frente, amortecendo a queda com os braços dobrados na frente do rosto. Só caia para trás se não puder fazer mais nada. Em qualquer um dos casos, proteja rosto e cabeça com os braços e mãos. Estatisticamente, ao cair de pé a morte acontece nessa segunda queda-rebote, quando se bate com a cabeça. A posição recomendada é: palma das mãos para baixo, abraçando o topo de cabeça, paralelas, com os cotovelos para frente, de modo a proteger o rosto também. Mas, nem sempre dá para fazer o ideal. Proteja a cabeça e o rosto como puder.

Em hipótese alguma caia de cabeça no chão, seja de um penhasco, seja tropeçando em um capim. Em quedas pequenas, de curta distância, pode não haver tempo ou espaço para rotar o corpo até cair de pé. Nesses casos, o ideal é cair de lado, para que o grosso do impacto seja absorvido pela lateral das coxas e pela parte traseira dos ombros, regiões mais resistentes e que avacalham menos o corpo em caso de forte impacto. Sentiu que vai cair? Vire a cabeça de lado e tente rotar o corpo depois, para que a lateral dele toque o solo. E, sendo redundante, proteja a cabeça, sempre.

Uma dica muito importante, mas muito difícil de seguir: em qualquer queda, relaxe o corpo. Sim, eu sei, deve ser um tanto quanto difícil relaxar o corpo enquanto você está em queda livre, mas se você cair duro, contraído, o estrago vai ser bem maior. Na medida do possível, relaxe o pescoço, as pernas e os braços. Joelhos e cotovelos travados significam danos maiores. Musculatura contraída significa danos maiores.

Agora uma dica quase impossível, mas importante, sobretudo para grandes quedas: se você conseguir, assim que tocar o solo, dê um tapa forte no chão. Isso ajuda a distribuir o impacto da queda. Mas não descuide de proteger a cabeça, o timing é difícil, é preciso bater no solo e, no segundo seguinte, dar um tapa no solo.

Vamos falar agora das quedas mais comuns, aquelas que acontecem no dia a dia: cair da cadeira (não tinha nem que ter subido na cadeira!), tropeçar no tapete, etc. Provavelmente todos nós ainda vamos vivenciar uma dessas.

Está de pé em qualquer objeto (banquinho, escada, cadeira) e percebeu que vai cair? Primeira coisa, dobre os joelhos. Isso mesmo, dobrar os joelhos amortece a queda e reduz a distância entre seu corpo e o chão, reduzindo, consequentemente, a intensidade do impacto. No geral, as pessoas fazem o contrário, se assustam, esticam os membros e acabam dando ainda mais impulsão para essa queda.

Geralmente essas quedas são de costas no chão e não dá tempo de virar o corpo de lado, então, o que você pode fazer para minimizar os danos é encostar o queixo no peito e virar a cabeça de lado (assim ela não será a primeira abater no chão e absorver todo o impacto). E sempre, sempre, sempre proteja o rosto e a cabeça. Pode parecer besteira, mas uma mão ou um braço tocando primeiro no solo podem fazer a diferença entre um machucado grave ou apenas uma pancada.

Quando caímos de costas, é natural que as pernas sejam jogadas para trás ao tocar o solo. Se isso acontecer, relaxe o corpo, não lute contra, deixe as pernas subirem, pois isso ajuda a distribuir a energia durante a queda. Se as pernas forem tão para trás que te fizerem dar uma cambalhota invertida, proteja o pescoço colocando todo o apoio nos ombros e deixe fluir. Não lute contra o impacto.

Se, além da queda, ainda tiver rolamento (por exemplo, cair escada abaixo), o melhor que você faz é proteger o rosto e reduzir sua área de impacto (já que virão sucessivas porradas leves). Faça uma bolinha com o corpo, protegendo o rosto e os órgãos vitais. É assustador, mas geralmente essas quedas não são tão ruins como parecem.

Caiu, de onde quer que seja, como quer que seja. Continua vivo? Beleza, abra os olhos, mas tente não se mexer. Não se levante. Peça ajuda chamando alguém, pegando um celular. Só se mexa em último caso, quando não exista outra forma de buscar por ajuda. Se a pancada foi forte, não ligue para um amigo, ligue para uma ambulância. Mesmo que você não esteja sentindo dor, pode ser uma falsa sensação. A adrenalina muitas vezes disfarça a dor e o estrago e começa a doer um pouco depois. Queda feia, porrada forte, requer ambulância e pronto-socorro!

Agora que sabemos mais ou menos como tentar cair, vamos aprender como socorrer quem caiu. Quedas de menos de dois metros de altura costumam ser menos perigosas e, no geral, os estragos são menores. Quedas de mais de dois metros de altura preocupam muito mais e as chances de um problema sério aumentam consideravelmente.

O ideal é não mexer na pessoa após a queda, pois pode haver fraturas que causem hemorragia interna se mexidas ou até danos na coluna que cause paralisia permanente se a pessoa for mal deslocada. Chame socorro especializado, evite colocar a pessoa em um carro e levar para o hospital. Ela tem que ser deslocada protegendo sua coluna, por profissionais que saibam manipular pessoas com esse tipo de lesão.

Enquanto o socorro não chega, verifique se a pessoa está respirando e se tem batimentos cardíacos (conforme já ensinamos em outros textos desta série de Primeiros Socorros). Você pode fazer isso observando o movimento do tórax ou chegando seu rosto perto do nariz da pessoa. A ordem é não mexer em quem está caído, mas se a pessoa não estiver respirando, ela vai morrer, então, diante da alternativa, sua melhor chance é fazer RCP (conforme ensinamos em outros textos), pois a outra opção é a morte. Tente manter a pessoa viva até a chegada do socorro. Se não souber fazer, ligue para a emergência que vão te orientar sobre como fazer.

Verifique se há feridas ou sangramentos que precisem ser estancados (como já ensinamos também). E tenha em mente que: por mais boba que seja a queda, se a pessoa bateu com a cabeça ou se a pessoa tem osteoporose é inegociável ir ao pronto-socorro para verificar se está realmente tudo bem. Mesmo que a pessoa se sinta ótima sem qualquer dor ou desconforto, ela precisa ser examinada por um médico.

Um adendo importante e ofensivo: crianças e idosos sobem basicamente em qualquer lugar perigoso que lhes seja deixado à disposição. No caso das crianças nem tanto, mas em se tratando de idosos, não adianta falar, não adianta pedir, não adianta conversar, não adianta advertir, não adianta nem implorar.

Eles vão subir em uma cadeira giratória para pegar algo no alto do armário ou em um banquinho colocado em cima da mesa para troca uma lâmpada. Nada, eu disse nada do que você possa dizer vai mudar isso. Acho que de certa idade em diante o ser humano desenvolve uma compulsão por subir em locais perigosos. Logo, a única solução é tentar vedar o acesso a esses riscos.

Como não há diálogo, bom-senso nem raciocínio, o ideal é retirar dos idosos os motivos para subir nos lugares. Casas para idosos tem que ter prateleiras e armários de, no máximo, um metro e meio de altura. Mande fechar e concretar as luzes do teto, transforme tudo em abajur de pé, abajur comum, luzes no chão, uma fogueira, pouco importa. Jogue fora as escadas. Aparafuse as cadeiras no chão. Faça o que estiver ao seu alcance para que idosinhos teimosos não trepem nas coisas. Quedas são causas diretas e indiretas de muitas mortes de idosos.

Remova tapetes ou qualquer coisa no chão da casa que possa causar uma queda. Banheiros tem que ter aquelas barras de segurança, para que o idoso possa tentar se segurar em caso de desequilíbrio (não, a torneira não funciona para esse fim e sim, eles vão te dizer que não precisa, que eles se seguram na torneira). Também é prudente eliminar regiões de impacto, coisas nas quais um idoso possa bater se cair: móveis com quinas, pontas, enfeites de vidro, badulaques no geral. Missão impossível? Com certeza, mas casa de idoso tem que ser clean, com o mínimo de enfeites e móveis possíveis e com proteção de borracha em todas as quinas. Eliminar os fatores de risco, na medida do possível, também salva vidas.

Para dizer que se deixar o idoso sobre até no gato, para dizer que depois deste texto está confiante para pular de paraquedas ou ainda para dizer que achou oportunismo: sally@desfavor.com

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Comments (34)

  • Teve uma vez que eu cai da escada de uma passarela, que era alta pra cacete. Tropecei no próprio pé e cai, só que eu rolei escada a baixo. Não sei se nesse caso se eu tivesse me jogado para frente os danos seriam menores. Eu simplesmente rolei e me lasquei toda, tive alguns hematimas, mas não fraturei nenhum osso e não bati a cabeça.

  • Geraldo Renato da Silva

    Como foi muito bem dito: em residências de pessoas idosas, quanto menos coisas, melhor. E tudo tem que estar acessível, em lugares mais baixos.
    E nunca entre em lugares que não conhece: isso vale tanto para pequenos reparos domésticos como para a vida em geral.

    • Acho impossível presumir que tem um local da casa no qual não se pode pisar. Não me entra na cabeça, pra que isso? Se não pode pisar, mantem fechado.

  • Reforço a orientação de, em qualquer queda, mesmo que não sinta nada, procure o médico. Dois exemplos que acompanhei:
    – adolescente caiu de uma árvore, nenhum machucado aparente, nenhum sintoma. Dias depois, morreu de traumatismo craniano.
    – adulto caiu sentado em casa, nenhum machucado aparente, nenhum sintoma. No dia seguinte, amanheceu morto. O baço havia estourado na queda.

    Melhor pecar pelo excesso de zelo.

    • Sendo bem sincera, aquele tropeção do chão ao chão, que eu caio de bunda não vale a fila no PS, mas o certo seria procurar mesmo, qualquer queda.

  • Sobre a morte do Gugu, pensei: poxa, que morte medíocre! Isto é, antes morrer de velhice, causas naturais, um câncer, enfim. Mas uma queda? Ok, não foi uma quedinha qualquer, foram 4 metros, mas… A gente nunca pensa que uma queda, um acidente doméstico possa causar morte, né?

    Sobre quedas, bem, tenho lá meus testemunhos: acho que já comentei aqui no desfavor que tive uma infância ativa, andava de patins e ainda fazia ballet e jazz, cheguei naquela fase avançadíssima de treinos diários de domingo a domingo 5hs por dia. Mas no meio disso, houve consequências: já caí várias vezes de patins, quase sempre porque estava correndo demais e não freei a tempo, irresponsabilidade minha, ok. No caso do ballet, já caí do palco uma vez por causa de um salto “mortal” seguido de giros na ponta. Aliás, acabei que fodendo meu joelho (a ponto de precisar de uma cirurgia e pinos!0 por causa disso: não aguentou a pressão dos giros e dos saltos enormes.

    Então, sim, cair de pé é um tanto menos doloroso (dói pra caramba as pernas, mas uma hora para!) do que cair com o corpo todo no chão. Aliás, ainda sobre quedas, não recomendo – como já fiz várias vezes a burrice de – apontar os braços e mãos para o solo quando sentir que está caindo de frente. Pode torcer os pulsos e dar bem ruim depois!

    • O problema do Gugu nem foi a queda, acho que se ele tivesse caído de pé seriam apenas ossos quebrados. O grande problema foi que ele bateu com a cabeça em uma quina de ferro, isso causou a sua morte.

  • Idoso é um bicho teimoso pra caralho, chega dá raiva! Se for homem então, parece que a tendência suicida aumenta em 2 vezes! Não pode ver uma escada bamba, um banquinho trêmulo, qualquer coisa do tipo que lá vai a criatura querer subir pra se estrepar logo em seguida! Meu pai caiu uma vez, mas por sorte teve o pensamento rápido de se segurar numa bicicleta ergométrica pra amenizar o impacto, não gosto nem de imaginar se fosse o contrário…

    Surreal demais essa morte do Gugu. Difícil de acreditar que ele se foi tão de repente e de uma maneira tão banal, mas é aquilo que dizem, infelizmente a morte só precisa de uma desculpa. Triste demais…

    • Sim, idosos trepam, sobem, escalam tudo que houver de perigoso e instável. Não tem o que fazer, é entregar para a sorte e desejar o melhor.

      Também fiquei chocada com a morte do Gugu, sempre vi em filmes americanos pessoas guardando móveis, baús e coisas pesadas no sótão (é típico em filmes de terror), jamais me passaria pela cabeça que na verdade o piso é super frágil e não aguenta o peso de um ser humano.

      • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

        Essa placa de gesso acartonado NÃO FOI FEITA pra suportar o peso de uma pessoa. Esse tipo de placa é utilizado como FORRO. Inclusive foi o mesmo tipo de forro que caiu na casa do Felipe Neto ano passado e que teve de ser reparado.

        • Ok, mas por qual motivo neste mundo instalam coisas que precisam ser mexidas em um local onde não pode ser pisado? Um local desse nem deveria ser aberto para que pessoas tenham acesso…

          • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

            Essa placa em específico é utilizada pra efeitos estéticos e pra melhorar o isolamento acústico no ambiente, sendo que esse tipo de vedação é relativamente comum em casas mais novas, com construção semiautomatizada. Fosse aqui, ia sobrar pro responsável técnico pela obra.

  • Quedas de pouca altura também podem ser letais. Um exemplo que me veio à cabeça agora é o da luta-livre, a popular “marmelada” estilo “Gigantes do Ringue”. Em eventos desse tipo já houve diversos casos de “lutadores” que morreram em plena arena ao fazer aquela manobra característica de subir nas cordas e se jogar em cima de um adversário já estirado na lona. Tudo bem que o que acontece nesses casos não são exatamente quedas, porque os sujeitos se atiram propositalmente e caem num piso com amortecimento construído pra fazê-los “quicar”, mas basta um “erro de cálculo” nesses saltos ou uma combinação infeliz de fatores e a desgraça está feita. Em tempo: a corda mais alta de um ringue de “wrestling” fica a cerca de 1,20 m de altura.

  • Sobre isso de cair na água sem tão danoso quanto cair num piso de concreto: acho que os Mythbusters fizeram um experimento pra demonstrar isso em um episódio.

  • Um assunto correlato pra esta série sobre primeiros socorros – porque também tem a ver com impactos – e que eu já tinha sugerido anteriormente: como lidar com concussões e traumatismos cranianos causados pelos mais diversos motivos. Dentre esses “diversos motivos” posso listar coisas que vão desde pauladas na cabeça em briga de torcidas e surras com cassetete de polícia em manifestações até nocautes devido a socos e pontapés em lutas ou em brigas de rua.

    • O problema desse tema é que só se pode lidar procurando um médico. O texto teria 4 páginas de “vá para o hospital”, pois não tem muita coisa que se possa fazer sem exames de imagem. Leigos não podem lidar com um traumatismo craniano sozinhos.

  • Porra, esse Gugu tinha cara de quem nunca subiu nem em um banquinho pra trocar uma lâmpada e morreu porque quis inventar de subir logo no telhado!

    • Sinceramente, eu não sabia que o sótão de todas as casas dos EUA tinha chão de gesso e que não se pode pisar no chão de jeito algum, que tem que se locomover equilibrado nas vigas. Como é que ele poderia saber disso? Ele tinha se mudado para a casa há apenas 4 meses. Não vou criticar pois eu poderia ter cometido o mesmo erro.

  • Interessante isso de buscar minimizar o estrago da queda tentando mudar a posição do corpo ainda no ar ou se agarrando a objetos quando possível. O problema é quando a pessoa cai de qualquer jeito, sem controle algum de si mesma, por estar desacordada ou grogue por causa de alguma pancada ou – no caso de alguém de mais idade – de uma queda súbita de pressão. Falo de situações do tipo “fulano sobe no forro de uma casa pra mexer na caixa d’água, se distrai, bate a cabeça numa viga do telhado, tonteia, perde o equilíbrio e despenca”. Uma vez um colega de trabalho do meu pai capotou feio de cima de uma escada no barracão da oficina. Sobreviveu, mas o braço que quebrou nunca mais foi a mesma coisa. Também não sei o que ele fez pra cair. E o cara tinha um ano inteiro pra consertar uma lâmpada que pendia do teto e vivia dando problema, mas, sei lá, por quê, deixou pra fazer isso nos últimos minutos do último dia antes da pausa para o Natal. Se me lembro bem, meu pai estava em outra sala, já se preparando pra voltar pra casa, e escutou um barulhão, correu de volta e deu de cara com o sujeito estabacado no chão.

  • Não é muito o caso, mas o chão do meu chuveiro é tão liso, descalço eu patino naquela merda, de chinelo melhora um pouco. Alguma dica?

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