Pronto para nascer?

Que aborto deveria ser um direito fundamental da mulher, Sally e Somir concordam. Mas olhando para o brasileiro médio de ambos os sexos, os dois terminam precocemente a concordância quando o tema é a capacidade do povo de lidar com isso. Os impopulares opinam, estando prontos ou não.

Tema de hoje: o Brasil está pronto para descriminalizar o aborto?

SOMIR

Não. O momento histórico é péssimo para isso. Mesmo acreditando que é bizarro esse direito ainda não ser uma realidade, eu já aprendi a duras penas que as pessoas não correm na mesma velocidade nesse mundo. O que não quer dizer que o correto seja sempre se arrastar para acomodar uma massa ignorante, mas que é medida de sabedoria conseguir compreender a sociedade antes de impor uma mudança de ritmo.

Tem uma expressão da língua inglesa que explica bem essa mentalidade: “read the room”. Numa tradução literal, significa “ler a sala”, mas no uso prático, é bem mais complexa: é a capacidade de uma pessoa analisar o lugar onde está e as pessoas presentes antes de abrir a boca. O mais próximo que temos é “não falar de corda em casa de enforcado”. Quem sabe ler a sala brasileira vai entender que no meio dessa confusão ideológica toda, não é hora de seguir em frente com uma pauta progressista dessas. Ela acirraria ainda mais a briga por ser um dos temas mais queridos dos conservadores.

E um pouco de conhecimento de atualidades internacionais ajuda aqui: como o Brasil está com o péssimo hábito de imitar o ambiente sócio-político americano, com quase todos os temas de lá vazando para cá, já adianto que a briga seria muito feia. O aborto é uma causa que mexe muito com o emocional das pessoas, e normalmente atrai gente bem descompensada como ativistas para qualquer um dos lados desse argumento. A briga americana é feia, com gente saindo na porrada na frente de clínicas de aborto, e até mesmo no Brasil, onde é proibido salvo alguns casos, já tivemos notícias de brasileiros macaqueando ao fazer ativismo na frente de um hospital que faz os abortos nesses casos especiais previstos em lei.

Tem algo sobre o aborto que atrai gente sem capacidade de abstração e empatia pelo ser humano. Especialmente nos ativistas contrários à prática. É gente disposta a partir para a agressão, acreditando que está salvando uma vida inocente, garantindo seu ingresso VIP para o paraíso cristão. Não se importam com a mulher ou com o que vai acontecer com a criança depois, mas enquanto o feto estiver na barriga, é a coisa mais importante do mundo para elas. Brasileiro já é um povo que mata mais que a maioria das guerras atuais a cada ano sem estar em guerra… não é um povo pacífico, de forma alguma. Dê uma causa que eles considerem nobre e que tenha alguma forma de recompensa, mesmo que imaginária, e eu temo seriamente por um grau de violência medieval ao redor do tema.

Já do outro lado, também estamos numa fase ruim dos ativistas por direitos humanos como o aborto. A polarização tornou boa parte deles muito mais combativos e menos propensos ao diálogo do que já foram. E com a instauração da lacração, temos uma receita de desastre nas mãos. Tenho quase certeza que muitos dos defensores do aborto no Brasil vão perder completamente a mão na hora de expressar sua opinião, mais interessados em provocar conservadores e ganharem pontos nas redes sociais do que tentar mostrar seu argumento. Um dos lados vai estar com uma fúria sobrenatural ao redor do tema, o outro vai provocar de forma infantil.

E é aí que entra o meu maior medo: uma medida que deveria garantir direitos básicos da mulher ficar soterrada abaixo das toneladas de estrume de uma guerra cultural entre gente que só se importa com o status dentro do próprio grupo. Primeiro que seria quase uma guerra civil para aplicar a medida, e provavelmente seria barrada pelos Três Poderes, claramente reacionários em relação ao tema. E depois porque mesmo que por um milagre o aborto fosse descriminalizado, teríamos que lidar com o resultado disso nesse mesmo ambiente cultural.

Tenho certeza que o suporte da comunidade médica ainda seria bem limitado. Médico brasileiro dá lição de moral em mulher que quer fazer procedimento anticoncepcional permanente em pleno 2019, há de se considerar que ainda seria uma minoria que praticasse o serviço. Sem contar que não sendo mais crime, o medo de açougueiros assumirem controle do mercado à lá mercado de cirurgia plástica seria bem real. Podem apostar que a maioria dos abortos seria realizado por pessoas do naipe do Dr. Bumbum. O Brasil tende à precariedade, ainda mais considerando que o SUS provavelmente colocaria uma série de pré-requisitos bizarros no procedimento e a fila de espera acabasse mais longa que qualquer gestação…

E de volta ao ambiente cultural, veríamos dois cenários distintos: a grávida buscando aborto seria cenário de guerra entre reacionários e lacradores. Todo mundo tentando influenciar a escolha sem o menor interesse no bem estar dela. Grupos contrários ao aborto tentando táticas de manipulação emocional ou partindo para a agressão explícita; grupos favoráveis transformando o ato numa declaração política e ignorando o que provavelmente é uma decisão difícil para a maioria das mulheres. Insensíveis ao momento psicológico da grávida, tentando criar mais soldados para seus times. Vai ter gente na rede social armando manifestações para expor publicamente quem estiver entrando no hospital que realiza abortos, vai ter gente alardeando quantos abortos fez para “sambar na cara dos fascistas”.

É só pegar o cenário americano e colocar 200% de macaquice para descobrir como as coisas vão acontecer no Brasil. Violência, falta de educação, precariedade, desinformação… o maior perigo disso tudo é que a experiência de liberação do aborto seja tão traumática para o país que uma nova onda conservadora ganhe força e retire esse direito algum tempo depois, com a confiança que deu muito errado quando fizeram. E aí, podem apostar que vão ser necessárias gerações para conquistar isso de volta. Ou pior ainda, vira queda de braço entre direita e esquerda: quem está no poder liga ou desliga esse direito como primeiro ato de governo.

O Brasil teve uma chance no primeiro mandato da Dilma. Se ela tivesse ido bem, ainda estávamos calmos o suficiente para tentar essa experiência, mas aconteceu o que aconteceu… agora, vamos ter que esperar mais alguns anos (talvez muitos) para ter uma nova chance. O Brasil não está pronto, infelizmente.

Para me chamar de fascista, para dizer que as mulheres começariam a dar sem parar (começariam?), ou mesmo para dizer que direito se conquista: somir@desfavor.com

SALLY

O Brasil está pronto para descriminalizar o aborto?

Percebam que a pergunta não é sobre o que vocês fariam, o que vocês acham certo ou o que se acha sobre o aborto. A pergunta é se o Brasil está pronto para descriminalizar o aborto. Sim, está. A maior prova é que já o faz e a sociedade não faliu por causa disso.

O Brasil pratica aborto em condições ilícitas, desumanas, privando pessoas de condições mínimas de segurança e submetendo-as a verdadeiros extermínios. A escolha real é: matar apenas o filho ou matar a mãe e o filho? Se você é realmente pro-vida, quando menos gente morrer melhor, né?

Não fazer abortos no Brasil não é uma opção. Cresçam. Não vai ter fiscalização, as pessoas vão continuar fazendo em clínicas clandestinas ou em casa, sem a menor higiene e segurança. Isso não vai mudar. O Brasil não consegue reverter quadros muito menos graves, não será esse a ser revertido. Aceitem a realidade, trabalhem com a realidade, não com um mundo ficcional.

Mas essa nem é a minha linha mestra condutora da argumentação de hoje. Minha opinião é bem menos simpática: quanto menos gente no Brasil, melhor. Chega de produzir brasileiros, faz mal pro país e pro mundo. Eu não acho que aborto deva ser permitido, eu acho que ele deva ser estimulado pelo Estado e pela iniciativa privada.

Não cabe mais gente neste país, não temos condições de sustentar mais pessoas. Não tem escola para todo mundo, não tem hospital para todo mundo, não tem nem cadeia para todo mundo. O brasileiro médio não tem tempo, dinheiro ou estrutura emocional para criar um ser humano decente. Hora de parar de fingir que isso aqui é uma sociedade decente.

Pouco me importa se o seu Deus fica triste ou se você não tem conhecimento científico o suficiente para saber que, até certo prazo, não é uma pessoa e sim um amontoado de células sem sistema nervoso, incapaz de sentir qualquer coisa. Eu finco meu pé na teoria que, quanto menos brasileiro nascer, melhor para o Brasil e para o mundo. E acho improvável que alguém desbanque essa afirmativa de forma racional, sem apelar para sentimentalismo ou emoções estupidas. Tem orgulho de ser brasileiro? Só lamento por você, você está fora da realidade.

Foda-se “a criança que não vai nascer”, foda-se “uma vida bla bla bla”. É uma decisão para ser tomada pensando no coletivo. É por isso que o Brasil é e sempre será uma merda de país, as pessoas decidem de acordo com seus umbigos, com suas conveniências, com um pensamento pequeno e individual. Uma sociedade progride quando se pensa no que é melhor para o coletivo. Seu achismo ou uma religião não são assim tão importantes para nortear uma questão de saúde pública, sinto informar.

Vai ter gente fazendo aborto a rodo? Problema dessas pessoas. Não é o fato de existirem pessoas idiotas e irresponsáveis que vai fazer com que uma proibição seja aplicada a toda uma nação. E se você discorda de mim, bem, deveria repensar uma série de outras coisas que hoje são lícitas no país.

Morre mais gente em acidente de trânsito no Brasil do que em grandes guerras, e nem por isso alguém pensou em proibir carros. Sim, brasileiro, via de regra, é um idiota que vai fazer mau uso de basicamente qualquer coisa que lhe seja permitido, desde enfiar uma colher no próprio olho enquanto come, até matar uma família por dirigir de forma imprudente. Essa é a nossa realidade. Se tentarmos contornar isso proibindo tudo de que se pode fazer mau uso, proibimos até a venda de paçocas.

Então, partindo do princípio que o preparo do brasileiro é baixo para qualquer tarefa, não vale exigir um alto nível de preparo para permitir algo, caso contrário, os nacionais só poderiam sentar a fazer bolhas de baba com a boca. Criar filhos exige muito mais preparo do que abortar filhos, se o argumento é preparo, só depõe a favor de liberar o aborto. Na real? Lembrando aqui de meus tempos de estagiária em clínica veterinária, nem cachorro o brasileiro está preparado para criar.

Vai ter alguém com culhões de aprovar qualquer lei ou medida que imponha alguma restrição ao direito de ter filhos? Não vai, pois com a sagrada instituição da família não se mexe. Se qualquer débil mental pode ter filhos, a saída mais coerente me parece permitir que os débeis mentais não os tenham se não os quiserem. E não venha me falar em contraceptivos, pois métodos anticoncepcionais e débil mental não combinam. É ilusório, é fantasioso, é fora da realidade achar quem uma pessoa idiota vai ser capaz de usar um método anticoncepcional bem usado 100% das vezes. Repito: para discutir o assunto com seriedade, é preciso trabalhar com a realidade, não com um mundo ideal inexistente.

Quando convém o brasileiro está muito preparado para tudo. Um ignóbil de 16 anos que se veste como K-Pop e faz Stories chorando para a câmera pode escolher Presidente. Um imbecilóide de 18 anos que bebe litros e depois dirige em alta velocidade pode ter Carteira de Habilitação. Então, francamente, se vocês forem adotar esse rigor todo, vamos ter que proibir muita coisa. Não dá para exigir rigor para atestar o preparo do brasileiro, estar preparado no Brasil significa basicamente o mínimo do mínimo.

Brasileiro tá preparado sim. Tanto que faz aborto a rodo por conta própria. Compra o produtinho na internet, toma por conta própria, quando não dá certo mete uma agulha de tricô, faz o caralho a quatro, até morre no processo, mas performa o aborto desejado. Está acontecendo, com ou sem a autorização legal. Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga e ignora o direito. Se não estivessem preparados, a sociedade tinha colapsado de alguma forma. Mas não, tá todo mundo aí.

Se as pessoas estão fazendo a torto e a direito por conta própria, permitir que o façam em condições minimamente seguras me parece vantajoso. Para cada criança “normal e acima da média” que nasce por causa de um Citotec mal tomado é dinheiro do Estado que se vai, é uma família condenada a uma prisão sem grades, é uma espiral de danação que prejudica a sociedade. Melhor não nascer do que nascer cego, surdo, deficiente mental, todo fodido. Dá para dizer isso em qualquer lugar que não seja aqui? Não dá. Gera histeria. Mas não quer dizer que não seja verdade.

“Ain mas que absurdo permitir que uma mãe mate o próprio filho”. Meu anjo, você lê as notícias? Acontece impunemente todo santo dia. E vai continuar acontecendo enquanto pessoas sem preparo para terem filhos colocarem filhos neste mundo. Melhor que aconteça quando essas crianças ainda não percebem o que está acontecendo e não podem sentir dor. Hoje de parar de trabalhar com um mundo ilusório ideal ao discutir proposições que envolvam o Brasil. Trabalhar com a realidade gera resultados mais assertivos.

Quem está preparado para fazer filho é adultinho e está igualmente preparado para abortar, se for o caso. Chega de passar a mão na cabeça desse povo! Essa conversa de não estar preparado é balela, brasileiro sabe muito bem o que faz, é malandro pra cacete, se puder vai te passar a perna e tirar vantagem de você. Hora de deixar o povo assumir mais responsabilidades por suas vidas, só assim vão aprender a se comportar como adultos.

Para dizer que este texto não pode nunca sair daqui, para dizer que vai concordar de forma anônima pois é um texto muito pesado ou ainda para dizer que deveria ter programa de milhagens e a cada dez abortos o Governo deveria pagar um salário mínimo: sally@desfavor.com

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Comments (20)

  • ”O brasileiro médio não tem tempo, dinheiro ou estrutura emocional para criar um ser humano decente.”

    Se chama GENÉTICA…

  • ”Mas essa nem é a minha linha mestra condutora da argumentação de hoje. Minha opinião é bem menos simpática: quanto menos gente no Brasil, melhor. Chega de produzir brasileiros, faz mal pro país e pro mundo. Eu não acho que aborto deva ser permitido, eu acho que ele deva ser estimulado pelo Estado e pela iniciativa privada.”

    Concordo também em relação aos hermanos…

  • Não teve aquele caso de mulheres que tinham ganho na justiça o direito – previsto em lei, diga-se – de abortar uma gravidez oriunda de estupro e, na porta do hospital, apanharam de manifestantes que queriam impedir que elas abortassem?

    Acho que isso meio que pontua se estamos preparados: não, não estamos. Mesmo que fosse legalizado, a crentaiada ia fazer barricadas nas portas dos hospitais pra impedir quem quisesse exercer seu direito previsto em lei.

    Só estaremos prontos quando o brasileiro abandonar essa mentalidade de “o que eu não gosto/aprovo tem que ser proibido”

  • Um país cujo povo produz as pérolas que vemos nos “Ei, Você!” e em que político faz projeto de lei querendo proibir venda de margarina na sua cidade não tem nem a mais remota condição de sequer começar a sonhar em um dia vir a discutir um tema serio e complexo como esse do aborto!

    Pra quem não entendeu bem o que eu disse sobre margarina: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/deputado-do-rio-quer-proibir-fabricacao-e-venda-de-margarina/

  • Geraldo Renato da Silva

    Com relação a pergunta feita, minha singela opinião é: não. Ainda somos um país atrasado culturalmente/socialmente (complexo de vira-lata, meu Deus!), ainda mais agora que estamos nessa polarização que leva a lugar algum. Talvez meus sobrinhos-trinetos possam discutir melhor esse tema. Atualmente, temos assuntos mais sérios para nos preocuparmos, como recuperar a economia que dois desmiolados conseguiram destruir em menos de uma década e meia.

  • O aborto deve ser incentivado e os defensores de fetos que ficam se intrometendo nas escolhas alheias deveriam ser obrigados a fornecer suprimentos e serviços comunitários para famílias carentes, defendendo assim a vida e a família brasileira.

    Esses macaquitos imbecilóides eleitos pelo povo ainda tem a audácia de tentar proibir os contraceptivos. Os médicos igualmente acéfalos que restringem a liberdade reprodutiva da mulher, se recusando a fazer laqueadura, vasectomia ou colocar diu, deveriam ser condenados a sustentar uma criança até que cresça e se torne independente. Uma recusa= 1 pensão pra uma criança, podendo acumular até 5, sendo que na quarta vez perde permanentemente a licença profissional.

  • Principalmente no Brasil, onde quase todo dia se lê notícias de crianças jogadas fora! Interromper o nascimento seeia muito mais digno. Morro de pena, além de não ser desejada pelos pais, ainda é largada na própria sorte. Bem melhor não nascer.

  • Falando nisso, o que vocês pensam sobre médicos religiosos que se recusam a fazer abortos? Possuem o direito de escolher ou devem ser obrigados porque faz parte da profissão? Rende outro Ele Disse Ela Disse?

    • Eu acho que médico religioso tem que ser reprocessado como ração animal. Os da homeopatia virariam cola, porque vai que é contagioso?

    • Está parecendo um Sally surtada rs .
      Concordo completamente com Somir , e no caso do ponto de vista de Sally q acha q o brasileiro tem q acabar não faz sentido a descriminalização . O incentivo teria q ser dado ao aborto ilegal mesmo , com sorte mãe e filho morrem e acaba com o problema na fonte.

  • Tenho a impressão de que o Somir só disse que ‘não’ pra praticar sua retórica e dar material pra coluna. O país está mais do que pronto, quantas mulheres são presas anualmente por fazer aborto? Como iriam distinguir um aborto provocado de um aborto espontâneo? A essa altura do campeonato leis anti-aborto não tem mais poder nenhum, se é que um dia já tiveram.

    Libera logo, disponibiliza no SUS e deixa as minas serem responsáveis pelas suas próprias decisões. Só depois não vão mendigar indenizações pro Estado se coisas assim acontecerem:
    “Woman, 27, left ‘infertile’ after having 17 abortions in six years”
    https://www.mirror.co.uk/news/world-news/woman-27-left-infertile-after-14050118

    • É que o argumento não é sobre o aborto descriminalizado ser uma necessidade para esse país. É, e com isso eu concordo.

      É sobre a torrente de merda que viria junto, e possivelmente terminaria com uma proibição ainda mais hardcore de rebote.

      • Praticamente todo ano surge um político mentalmente afetado falando que vai criminalizar o aborto em todos os casos no Brasil, e nunca passa. Então, se o aborto for descriminalizado, apesar da histeria religiosa nos primeiros anos, acho difícil regredirem pro aborto restrito. É tal do “progresso gradual da humanidade” que você já escreveu algumas vezes, só não foi com essas palavras.

        • Pedófilo Fascista Satanista e Neonazista

          Não subestime a força da bancada evangélica em nosso parlamento. Eles foram os que decidiram o impeachment da Dilma.

  • Preparado ou não, é só questão de tempo até ser legalizado. Não é SE, é QUANDO. Hoje em dia qualquer chororô de feminista é atendido, vide leis sobre feminicídio (como se determina que uma mulher foi morta por ser mulher, só Deus sabe) e a cultura da castração masculina cada vez mais forte. Os progressistas já venceram, só resta aceitar.

    Mas antes que um analfabeto funcional me chame de reaça, deixo bem claro que sou a favor da legalização. Se proibição do aborto impedisse putaria, o Brasil não seria… o Brasil.

    • O Twitter não é a vida real… no chão lamacento que a maioria dos brasileiros vive, as coisas são diferentes. Salvo um governo de esquerda bem raiz com apoio popular massivo, duvido que o aborto seja aprovado tão cedo.

  • Algumas amigas minhas compram todos os remédios abortivos nas farmácias e chazinhos disponíveis para um caso de aborto. Uma delas, até, foi parar no hospital com hemorragia, quase morreu, mas no fim abortou. Sim, as mulheres fazem aborto direto, outro exemplo é um amigo meu que é deficiente pois sua mãe não conseguiu aborta-lo decentemente. Ele sofre horrores para viver. Isso sim é de partir o coração. Concordo que o brasileiro deveria acabar, esse povo não tem jeito.

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