A última treta da internet não é pequena nem simples. A frase “apaga, isso me dá gatilho” virou um meme bem popular (e tétrico) nas últimas semanas. Tudo começou com este print publicado no Twitter. O “alerta de gatilho” se popularizou na internet, principalmente, dentro de grupos de apoio que se formaram na rede nos últimos anos. (…) O alerta serve para prevenir leitores desavisados de que o teor do material é forte — e poderia fazer quem passou por traumas semelhantes reviver suas sensações de sofrimento. LINK


Sob o risco de fazer parte do problema, nós não podemos deixar de falar sobre o tema. Não é só uma mimada de Twitter, é uma forma de funcionar que não pode ser incentivada. Desfavor da semana.

SALLY

O exemplo da notícia é meramente ilustrativo, vem acontecendo nas mais diversas situações: um floquinho de neve especial quer impedir que o resto da humanidade diga alguma coisa por motivos de “dá gatilho”, ou seja, ativa uma memória desagradável sobre o assunto.

No caso da notícia, uma moça postou em suas redes sociais uma mensagem de “bom dia” que seu pai deixou para ela, mostrando como ele era fofo. Apareceu uma anencefálica deixando o seguinte comentário “Apaga isso, me dá gatilho”. Aparentemente, ter um pai presente, carinhoso e legal incomoda um little snow flake, por isso não pode ser compartilhado. Todos juntos, em uma só voz: vai tomar no cu.

A pessoa tem um problema, um trauma, uma questão a resolver e, em vez de resolver (ou se afastar do que quer que lhe remeta a isso), ela pretende que o resto do mundo se adapte ao seu querer, sendo o caso, até se cale, deixe de falar ou apague o que já foi dito sobre o assunto. Tudo gira em torno dela. Total desconexão da realidade. Zero de estrutura emocional e, ao que tudo indica, orgulhosos disso.

Em um primeiro momento eu fico indignada, mas, em uma análise mais cuidadosa, eu tenho muita pena dessas pessoas. Quando a realidade bater à porta, quando tiverem que sair dessa bolha e entrar na vida real e no mercado de trabalho, vai ser um festival de depressão, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade e similares. Vimos um exemplo disso na prova do Enem deste ano: adolescente faniquitando por causa da camiseta do coleguinha, que fazia com que se sinta inseguro.

Pode parecer um problema pontual, mas não é. Reflete justamente o que há de errado com a humanidade: perda do bom-senso e do senso de coletividade em detrimento de um individualismo que chega a doer. Se você analisar todas as questões que assombram o ser humano hoje em dia, vai ver que a grande maioria está, de alguma forma, relacionada a isso.

Sentimentos egoístas todos nós temos. É normal eventualmente se perder e ter um devaneio egoístico, isso eu não recrimino. O que me espanta é o tamanho da desconexão com a realidade, que faz com essas pessoas passem a vergonha de exteriorizar um devaneio egoístico como se fosse algo normal, algo exigível do outro, algo aceitável. Você pode sentir isso, mas saberá que é algo doentio, vergonhoso, inaceitável e vai refrear seu instinto e lutar contra isso. Essas pessoas parecem ter perdido qualquer pudor social.

A pessoa sequer percebe que ela está passando vergonha, vivendo em uma bolha muito distante da realidade e que deseja algo completamente impossível e inadequado. É uma questão de tempo até a realidade bater à porta e a pessoa desmoronar. Depois não entendem essa geração Rivotril, geração que vive de reguladores de humor e remédios para dormir.

A sociedade atual recompensa a vitimização? Sim. Mas afaga com uma mão e bate com a outra. Se, pela frente, pessoas que tornam público algum sofrimento recebem algumas migalhas de atenção e um desconto no grau de cobrança, por trás, essas pessoas são motivo de piada, taxadas de incapazes e alvo de todo tipo de chacota que é possível. Já vi acontecer nos mais diversos meios: a pessoa acha que está saindo no lucro se vitimizando, mas quando essa conta chega, nunca compensa.

Quando é o idiota do bairro quem faz isso, está dentro do que a sociedade pode absorver. Mas… e quando é uma geração inteira, ou boa parte dela? O que esses cuzões vão provocar na sociedade em algumas décadas? Além de inundarem o mercado de trabalho e provavelmente não conseguirem se adaptar a ele, também criarão filhos igualmente desequilibrados. No macro, já pararam para pensar quais serão as consequências?

Já está acontecendo. Nas últimas grandes empresas em que trabalhei, com atividades bem diferentes umas das outras, havia uma faixa etária e de perfil de pessoas jovens a ser evitada nas contratações, pois a experiência indicava que eram pessoas sem qualquer percepção da realidade, do outro e de normas sociais básicas. Uma breve olhada em redes sociais e qualquer ativista, militante ou vítima era descartado mesmo antes da entrevista de emprego.

Bom senso e adequação nunca foram o forte do brasileiro. Falta o básico do básico. Por exemplo, o filho da puta que escuta música ou áudios altos no celular em locais públicos: essa pessoa não tem qualquer percepção do outro. Ela sequer entende, lembra ou se importa com o fato de existirem outras pessoas ali que estão sendo obrigadas a escutar algo que não querem, que não é de seu interesse. Talvez por essa pessoa ter sido exposta a isso desde pequena, em sua casa, naturalizando algo que é uma tremenda falta de educação e desconsideração com os outros.

Isso cresceu rápido e está tomando proporções assustadoras. As pessoas parecem desejar viver em uma bolha que se adeque a seus valores, a seus achismos, a seus quereres. A internet facilitou o processo, uma vez que pode ser usada como um supermercado de gente, onde você só vê e escuta pessoas que compactuem com o seu jeito de pensar, criando uma falsa noção de realidade. A pessoa acha que o mundo todo é como ela quando, na verdade, só uma pequena parcela pensa assim.

A questão é: quando a realidade bater à porta dessas pessoas, algo que já está começando a acontecer, elas provavelmente não terão o que é preciso para lidar com isso, para sobreviver, para se adaptar. É como um organismo sem anticorpos que morre na primeira gripe. Nem acho que seja má vontade, é falta de capacidade mesmo, como uma musculatura atrofiada que não consegue mais carregar o peso do próprio corpo. O que resta a essas pessoas quando essa hora chegar?

Não acredito que a realidade seja uma opção com a qual possam lidar. Vejo dois cenários: que elas sejam obrigadas a entrar na realidade na marra, por falta de opção, e isso as leve a uma série de distúrbios físicos e psicológicos que atormentarão suas vidas e quase que lhes tirará a funcionalidade ou que se refugiem em seu mundinho paralelo criado e pensado conforme seus gostos, e vivam ali, no virtual, na bolha, fingido ser uma opção não-doentia, validados por todos os outros aleijados emocionais que optaram por fazer o mesmo.

Em ambos os casos, o futuro dessas pessoas é tenebroso. O mais triste é que a culpa sequer é dessas pessoas, e sim de pais ausentes, acomodados ou despreparados para educar um filho para a vida, que permitiram que seus filhos se transformem nesse tipo de parasita emocionalmente retardado.

Se você conhece pessoas assim e as quer bem, o melhor que faz por elas é trazê-las à realidade. Elas não vão gostar nada disso, mas amor não é passar a mão na cabeça, amor é dar à pessoa ferramentas para que ela não seja esmagada pela vida.

Talvez se a sociedade se unir e decidir que não vai mais aceitar essa aberração, essas pessoas se vejam obrigadas a uma reestruturação positiva. Improvável, uma vez que o brasileiro não tem noção de coletividade, mas, fica a sugestão: faça a sua parte, não compactue com esse tipo de comportamento aberrante. Não contrate, não mantenha amizade, não fale com quem insiste em se portar como um retardado emocional. Você merece melhor.

Para dizer que estou pregando o preconceito, para me mandar apagar este texto pois te deu gatilho ou ainda para dizer que quer que fiquem todos retardados mesmo assim sobra mais vaga para você no mercado de trabalho: sally@desfavor.com

SOMIR

Isso é tão repetitivo que eu me sinto repetitivo: mais uma das sandices que vem da internet em inglês que finalmente chega na em português. Eu já fazia piada com “triggered” há uns dois anos… porque francamente, essa história de gatilho é no máximo uma piada quando aplicada no ambiente online. Parece que as novas gerações não têm mais conceito de mídia de massa e não sabem diferenciar uma conversa direta de uma mensagem distribuída em larga escala.

Não estou pregando a insensibilidade: se você conhece uma pessoa que tem uma história difícil ou um trauma com um tema, é bom senso básico tomar cuidado com o tema que faz mal para ela. Normalmente não te custa nada acomodar as peculiaridades de um conhecido numa conversa. Ninguém aqui está dizendo que o certo é ir fazer piada de estupro para uma mulher que você sabe que tem esse histórico. Mas estamos falando de um contexto de pessoas que se conhecem em mensagens direcionadas.

A coisa muda muito de figura quando entramos num meio como a internet ou qualquer outra mídia de massa. Quando suas mensagens são generalizadas para um grande público, não faz sentido considerar o que pode incomodar uma pessoa específica. Primeiro porque é um exercício fútil de tentar adivinhar uma mensagem que não ofenda absolutamente ninguém, e segundo que não é saudável que uma pessoa espere que o mundo todo se adapte às suas necessidades.

Novamente estamos falando de adultos só no corpo. É compreensível que uma criança ainda tenha dificuldades de entender que o mundo não gira ao redor dela, porque faz parte da educação que ela precisa receber. Boa parte da transição da infância para a vida adulta é reduzir o grau de egoísmo (necessário para a sobrevivência nos primeiros anos) e aprender a lidar com o resto das pessoas nesse mundo. A criança simplesmente não percebe que as coisas não são só sobre ela e se sente compelida a parar tudo o que os outros estão fazendo para acomodar suas vontades. Mas nós perdoamos, porque sabemos que logo ela vai aprender e se adaptar ao funcionamento esperado em sociedade.

Quer dizer, era o que se esperava até pouco tempo atrás. Uma criança que cresce dentro da internet pode simplesmente não entender que o mundo não foi feito só para ela. Todos os sites sabem o nome dela, os serviços online se adaptam aos seus gostos, suas opiniões parecem importantes… e talvez o mais relevante: praticamente não tem contato com mídia de massa tradicional. A criança dos anos 80 não tinha influência alguma sobre o que a Xuxa estava fazendo na TV. Podia mandar uma carta, mas mesmo assim, era uma loteria ser sequer notado, quanto mais ter algum poder sobre o conteúdo que recebia. A criança dos anos 2000 já estava interferindo diretamente nos conteúdos criados para ela, sendo informada constantemente que sua opinião e interação era muito importante.

Longe de mim pregar a volta da Xuxa, mas o conceito de consumir um conteúdo que você não controla e simplesmente lidar com isso ajudava gerações anteriores a aceitar um tanto de insignificância na escala geral das coisas. E isso era importante para gerar uma certa humildade, entender que o mundo é feito de muito mais gente; mas principalmente para entender uma verdade: nem tudo é direcionado para você. E é aqui que as insanidades lacradoras parecem ter sua raiz. Esse povo não consegue diferenciar o sentimento sobre uma mensagem pública de uma privada.

Os “floquinhos de neve” podem até racionalizar que a influencer com milhões de seguidores não falou diretamente com eles num post, mas nunca prepararam seu emocional para entender a mesma coisa. Eu não costumo fazer pouco do sofrimento alheio, quem sofre sofre de verdade, a questão é que não dá para acomodar todo mundo ao mesmo tempo. Se a pessoa está sofrendo por causa de uma postagem, deveria conseguir se desvencilhar dela de alguma forma. Mas a “geração gatilho” não conseguem. Sentem que tudo é feito para eles. Sentem que são o centro da internet.

E a única forma de controlar esses emocionais infantis é com didática educativa. Criança fazendo manha não pode ser atendida todas as vezes. Egoísmo não pode ser incentivado. Não porque queremos ver a criança sofrendo, mas porque precisamos preparar ela para as dificuldades da vida. É duro, mas é para o bem dela. Se algo te deixa engatilhado, espere só que as pessoas mais próximas se preocupem com isso quando falam diretamente com você. O resto do mundo quer que você se exploda. Ou cria anticorpos para o seu “gatilho”, ou vai sofrer.

E aqui eu quero deixar a parte mais assustadora dessa história: esses floquinhos de neve são jovens, e mesmo que sejam gordos e cheios de tatuagens bizarras, ainda são atraentes para uma parcela considerável da população. Eles vão envelhecer, começar a ficar doentes, sozinhos e deprimidos. Eu aposto com vocês que em uns 30 a 40 anos, o número de suicídios vai ser pelo menos o dobro dos atuais. Ninguém cuidou dessas crianças, e quando o corpo delas começar a falhar e ninguém mais quiser fazer sexo com eles para fingir que se importa… não vai ser um gato que vai segurar esse emocional preso na primeira infância. Estamos mandando essa geração para um abatedouro, e não tem gatilho nenhum que evite isso.

Para dizer que queria um gatilho de texto chato, para dizer que está sorrindo ao imaginar as feminazis sozinhas e doentes com 60 anos de idade, ou mesmo para dizer que tudo se resolve: somir@desfavor.com

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Comments (18)

  • Parabéns por apoiarem a confusão entre má educação com posicionamento político. O sujeito pode ser competente e capacitado, mas se não se submeter ao alinhamento político do patético patronato brasileiro está fadado a ser relegado ao desemprego. No mais, fundem um asilo. É um bom lugar para velhos rabugentos.

    • Releia o texto, desta vez se esforçando para entender o que foi dito sem contaminar o conteúdo com as suas crenças.

    • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

      Esse anônimo ai colocou o argumento certo no lugar errado. Que tem que aguentar capricho de sinhôzinho que se acha demais, é bem verdade, mas é em outro departamento.
      Os textos acima nessa edição do desfavor da semana são meros relatos de mais um dos ganchos aproveitados pelos urubus da lacrosfera.

  • Engraçado, é algo (exatamente) o que estava comentando com um colega outro dia no twitter: afinal, agora tudo é trigger? Banalizaram o conceito, é?
    Não querendo me passar por insensível, eu até entendo gente que passou por alguma situação realmente traumática, como algo que aconteceu na guerra, a perda de um ente querido por um acidente trágico, incêndio e tudo mais; mas poxa, agora pra qualquer coisinha é gatilho? As pessoas não sabem mais lidar com seus traumas de maneira contundente, procurar um profissional, ir a um psicólogo? São os outros que tem que se adaptar à elas? Oras…

    E daí eu pergunto: o que diachos está errado com essa geração? Não, porque com a minha do começo dos anos 90 ainda não era assim não. Tudo um bando de floquinhos de neves mesmo! Intocáveis! É triste ver que rumo a sociedade está tomando, e ver que muitos não dão conta mais de olhar pra si mesmos, e lidar com os problemas interiores cara a cara.

    • Deu gatilho? NÃO LEIA. Pare de ler e vá ler outra coisa. Por mais justificável que seja o tal gatilho, pretender que alguém não possa falar sobre X assunto é doentio.

      • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

        Se deu gatilho, faz o seguinte: Pega uma arma de fogo carregada, mira dentro do cu e atira.
        A última coisa que tenho que aguentar é cuzão arrombado chorando com essa de “dá gatilho”.

  • Saudades da época em que o jovem, pra se sentir “diferentão-e-especial”, ouvia bandas desconhecidas. Hoje inventa inimigos, bosteja muito na internet e realmente crê que está numa cruzada contra algum tipo de “opressaum”, quando na verdade tá só passando aquela vergonha monstra de sempre. E são tão inúteis que nem criar os próprios termos conseguem. Até esse tipo de baboseira é importada de outros países.

    Como diz o meme “o jovem tem que acabar” (e pra ontem).

  • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

    Essa do “gatilho” é só o GANCHO pra mais um daqueles pseudointelectuais de internet cheios de pagarem de politizadões e de preocupados com o social.
    O intelectualoide chato só mudou as táticas para continuar a passar as suas mensagens chatas e intelectualoides.

  • “E é aqui que as insanidades lacradoras parecem ter sua raiz. Esse povo não consegue diferenciar o sentimento sobre uma mensagem pública de uma privada.”
    Não à toa que esse perfil de gente costuma ser favorável a ideologias coletivistas.

    “para dizer que está sorrindo ao imaginar as feminazis sozinhas e doentes com 60 anos de idade”
    Previsão: essas mulheres, envelhecendo sem terem construído nada, nem um relacionamento duradouro (marido/parentes/amigos), nem reserva financeira (faculdade de Filosofia de Gênero…), vão exigir que o Estado invente um Bolsa-Idosa especial pra sustentá-lAs, vão justificar que é dívida histórica do patriarcado ou algo assim… Alguns países mais envelhecidos que o nosso já vivem o problema da explosão de idosos solitários largados na miséria das ruas.

    • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

      Até porque a melhor filosofia é a do charlatão radicado na Virgínia e só não se tornou Ministro da Educação aqui no país porque não quis, né?
      Isso sem contar que ele ainda passa recibo para paradas como antivacina e terraplanismo.
      Por favor, desculpa, mas não dá. Não que eu ache essas “feministas” estilo Lola Aronovich lá grande bosta, mas o lado oposto também não ajuda.

      • >um cara critica a tendência da geração atual de se recusar a se responsabilizar por suas escolhas de vida e querer que o governo seja um gênio da lâmpada com dinheiro infinito
        >outro cara do nada começa a falar de olavo de carvalho e terraplanismo

        meu amigo…

        • Fascista Pedófilo Neonazista de Satã

          Precisa explicar no tatibitatitatitati pro anônimo desinformado que o pessoalzinho ultraparanoico com a esquerda que se acha “lacradora” é justamente aquele que bebe a água da chuca desse verdadeiro guru do estelionato?
          Ah, sim. Quem ficou nessa de babar ovo desse Alan Jones tupiniquim garantiu uma boa boca, nem que seja como aspone em Brasília.

  • até essa baboseira de linchar pessoas famosas por dizerem coisas impopulares veio da gringa, lá se diz “call out culture”, aqui se diz “cancelar”, haja saco… e vai piorar quando as últimas gerações mais “conservadoras”, que ainda equilibram um pouco as coisas, morrerem de velhice na próxima década.
    a tendência é as pessoas se fecharem cada vez mais em bolhas mesmo, estamos desaprendendo a conviver em sociedade.

  • Curioso essa da idade. Onde trabalho também não contratam jovens, só entra acima de 25 anos. Faz sentido, esses jovens que curtem Anitta e Ludmilla ninguém merece!

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