Ted Talk 2040

Voz em off: “O Ted Talk 2040 apresenta a palestrante Dra. Sbrubles, neurocientista, antropóloga e historiadora, que vai nos contar um pouco mais sobre a Síndrome de Brasil, termo popularizado no mundo inteiro que ela mesma cunhou em seu livro “Pandemia no Brasil – uma análise neurológica, cultural e histórica”

– Aplausos –

Boa noite a todos. É um privilégio poder estar aqui, não apenas por participar de um evento como o TED TALK, mas também por estar em um ambiente com mais de cem pessoas reunidas, algo que não foi possível durante muito tempo. É também uma oportunidade para celebrar: vinte anos depois, já temos toda a população mundial vacinada e podemos voltar às palestras presenciais.

Quando a Grande Pandemia começou, em 2020, vimos muitos comportamentos estranhos pelo mundo, porém um deles acabou se destacando dos demais: o comportamento do povo brasileiro. Enquanto todos os países, cedo o ou tarde, reconheceram a pandemia e a necessidade de medidas para mitigar seus efeitos, meu país foi na contramão.

Ano após ano, o brasileiro se portava da forma mais nociva possível, o que exacerbou as consequências e culminou no maior número de mortes já visto em razão de uma doença em todo o mundo, em todos os tempos. Durante muito tempo o resto do mundo, inclusive a comunidade médica e científica, procurou explicar esse fenômeno atribuindo algum grau de psicopatia aos brasileiros.

Até hoje encontramos pichações com escritos como “Brasileiros psicopatas” e coisas do gênero nas casas que eram de brasileiros em outros países, antes de serem definitivamente banidos. O tratamento que o povo brasileiro deu à pandemia gerou xenofobia, sanções e até crimes de ódio. Como brasileira, eu me recusei a aceitar essa explicação simplória. Não, as pessoas que insistiam em sair às ruas não eram psicopatas, o Brasil não é um povo de psicopatas.

Agora, depois de muito estudo e distanciamento, é possível compreender o que aconteceu com o Brasil. Hoje entendemos as razões científicas, sociais, culturais e históricas que geraram essa “tempestade perfeita” que levou a uma das maiores tragédias humanitárias do planeta. Assim como na “Síndrome de Estocolmo”, os acometidos pela Síndrome de Brasil são vítimas, e não psicopatas.

Talvez a Síndrome de Brasil tenha demorado tanto para ser detectada pela confluência de fatores que exige para que ocorra. O brasileiro foi praticamente único povo no mundo que reuniu estes fatores, gerando esse resultado catastrófico que vimos.

Para começar a entender a reação do povo brasileiro e a Síndrome de Brasil, é preciso traçar o perfil do povo brasileiro quando a pandemia começou. Era um povo extremamente polarizado por questões políticas, abandonado pelo Poder Público, com muitas pessoas vivendo em condições de precariedade e vulnerabilidade. Mesmo aqueles com boas condições financeiras experimentavam a precariedade do Estado, o abandono, a corrupção, a incompetência e a violência urbana. E é daí que parte a minha análise.

Todo ser humano vivencia um determinado nível de ansiedade/medo em sua vida. É um mecanismo protetivo, ele que norteia suas escolhas, que te faz olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, que te faz não comer algo que pode te fazer mal.

Esse nível oscila de acordo com sua realidade, com seu entorno. Quanto maior o risco, mais atuante é esse sistema de alerta, mais alto o alarme soa, mais atento e cuidadoso ele te coloca. O grau de prontidão e cuidado de quem trabalha em um laboratório com um vírus letal não é o mesmo de um jardineiro, que trabalha regando plantas.

Durante muito tempo se acreditou que essa oscilação era de caráter predominantemente psicológico, moldável, negociável. Mas hoje se sabe que estas pessoas sofrem alterações em certas regiões do cérebro, algo que não podem ser modificadas com terapia, resiliência e que independem da vontade delas.

Também chegamos a um passo além, e a compreensão disto é crucial para entender que o brasileiro não é um psicopata: se acreditava que, quanto maior o perigo, mais alerta a mente mantinha o corpo. Porém, existe um grau de medo, ansiedade e sofrimento e o corpo e a mente humana podem suportar. Ultrapassado esse grau, a sirene de alerta que toca começa a ficar insuportável, incapacitante, inviável. Então, o corpo simplesmente a desliga. E, quase todo brasileiro já tinha, por um motivo ou por outro, essa sirene de alerta tocando no seu máximo quando a pandemia começou.

Em 2020, quando a pandemia começou, mais de 50% da população brasileira vivia em condições de vulnerabilidade extrema, que, se pensadas com base na Pirâmide de Maslow, estariam no primeiro degrau. Pessoas cuja vida era colocada em risco diariamente, mesmo sem pandemia. Hoje sabemos que não ocorrem apenas alterações psicológicas com essas pessoas, mas também neurológicas.

Quando a realidade é viver em uma comunidade desassistida, sem condições mínimas para uma existência digna, o cérebro humano tende a “desligar” a região do cérebro responsável por enviar sinais de ansiedade e medo, caso contrário os níveis de ansiedade e medo seriam tão altos que a pessoa não conseguiria viver. Essa anestesia emocional turva o discernimento, altera a percepção e é um mecanismo inconsciente, incontrolável e indispensável para a sobrevivência de pessoas que vivem em sociedades tão brutalizadas.

Então, podemos dizer que o brasileiro não saía às ruas por egoísmo, por descaso ou por não se importar. O sistema de alerta de boa parte dos brasileiros já estava de fato desligado, pelo excesso de perigos que enfrentavam no seu dia a dia. Diversos estudos avaliando vídeos em redes sociais antigas mostram que o comportamento padrão destes brasileiros já era o de quem não tem nenhum sistema de segurança que lhe avise do perigo e exames cerebrais realizados à época confirmam nossas suspeitas: essa parte do cérebro estava desligada.

Um psicopata tem a total compreensão do que faz (tanto é que se comete um crime esconde seus vestígios e tenta negar que o fez), apenas não se importa com nada que não diga respeito a ele mesmo. Uma pessoa com esse sistema de alerta desligado por sobrecarga simplesmente não recebe do cérebro o alerta de que ali há um perigo, não importa quantas vezes isso lhe seja repetido ou provado. Seu corpo e sua mente não conseguem lidar e promovem uma cegueira seletiva. É como gritar com um surdo: não importa o quão alto se fale, ele não te escuta por uma incapacidade física.

Obviamente, nem todos os brasileiros estavam nessa condição. Muitos possuíam de fato seu sistema de alerta funcionando, mas, devida a outros fatores, a sirene também se tornou alta demais e seus cérebros desligaram.

A polarização social, não apenas política, também contribuiu muito, tirando o foco do que era importante e urgente. Em uma sociedade sem diálogo, onde não havia possibilidade de escutar o outro, compreender seu ponto de vista e chegar a um meio-termo, vimos medidas sanitárias sendo politizadas e tratadas de forma radical.

Em um contexto onde precisamos de uma união de esforços para sobreviver, esta é a pior postura possível. Essa ruptura social, onde cada grupo fez questão de se radicalizar para um lado, parte trancada sem sair de casa e parte saindo sempre que tinha oportunidade, com a clara intenção de confrontar e fazer valer sua opinião, também gerou muitas mortes.

Nós, brasileiros, não soubemos conversar. Teria sido preferível que ambas as partes cedam e cheguem a um meio termo ainda que não ideal. Morreriam menos pessoas se todos os lados tivessem capacidade de diálogo: quem achava que não tinha que sair nunca e quem achava que tinha que sair sempre poderiam ter estipulado saídas duas vezes por semana. Mas não havia qualquer possibilidade de diálogo. E isso estressou ambos os lados, levando seus cérebros ao limite.

Essa necessidade de diálogo é indispensável para que uma sociedade, qualquer sociedade, sobreviva. Em uma colmeia ou em um formigueiro, se você tira a capacidade dos membros de se comunicarem entre si, em pouco tempo aquela sociedade colapsa e desaparece. Da mesma forma, quando artificialmente jogamos membros de uma sociedade contra os outros, a sociedade colapsa.

Quando o outro é visto como rival e faz algo que te desagrada, isso não apenas acirra a polaridade, como faz do outro um inimigo que precisa ser exterminado, pois coloca sua vida em risco, o que reduz mais ainda as chances de um diálogo e uma composição amigável, um meio termo que poderia ter salvado milhões de vida.

Então, o desespero tomou conta de ambos os lados, ao perceberem que dividam um país com muitos “inimigos”, elevando seu sistema de alerta já sobrecarregado pelos medos de saúde econômicos inerentes à pandemia, fazendo com que o alarme toque alto demais e seja desligado pelo cérebro.

Quem estava em casa se sentia “idiota” pois havia gente na rua. Quem estava na rua se sentia idiota por ver gente em casa que não iria consumir e seria responsável por quebrar a economia. Um grupo foi alimentando ódio do outro e, com o passar dos anos, a falta de diálogo nem era mais o principal problema. O ódio teve tal proporção que desligou o sistema de alerta, e, sem medo para freá-las, pessoas raivosas não fazem boas escolhas.

Ambos os grupos acreditavam sinceramente que estavam fazendo a coisa certa e que o outro grupo estava fazendo a coisa errada. Um grupo passou a ver o outro como ameaça. A tensão aumentou ao longo dos anos. O sistema de alerta desligou e vimos explodir uma guerra civil em meio a uma pandemia que gerou muitas mortes em paralelo.

Também tivemos o caso apelidado de “apagão mental”, onde o sistema de alerta desliga pelo excesso de informações. Quando mídia ou ciência expõe constantemente a noção de perigo, muitas vezes por dia, o cérebro de exaspera até que não aguenta e desliga o mecanismo de alarme para que a pessoa se cuide.

Informações (verdadeiras e falsas) bombardeado pela mídia e o excesso de informações científicas divulgados gerou uma sobrecarga no cérebro de muitas pessoas. A regulação de percentual de notícias que podem tratar sobre certo tema que vemos vigente hoje, surgiu, em parte, pelo estrago causado pela mídia na Grande Pandemia de 2020. Hoje temos medidas preventivas para evitar que o cérebro desligue a região responsável pelo medo e todos tenhamos um sistema de alerta funcional.

Hoje entendemos que divulgar cada passo, cada achismo, cada fase do estudo científico é contraproducente. Gera um overload na cabeça das pessoas. O cérebro não é capaz de absorver tudo, então, instintivamente, apaga a área do medo, pois seriam medos demais para lidar, e absorve as informações que melhor atendem a aquela pessoa.

Se um estudo dizia que determinada coisa fazia bem e outro estudo dizia que determinada coisa fazia mal, cada pessoa aderia ao que mais lhe beneficiava, à que não lhe causava medo ou ansiedade. Um exemplo: a grande controvérsia sobre atividade física. Tivemos estudos conflitantes e o resultado foi: quem gostava de atividade física acreditou que ela era benéfica e quem não gostava acreditou que ela era prejudicial. Ambos foram divulgados antes que a ciência chegue a um consenso, permitindo que os cérebros danificados decidam. Uma temeridade.

Com esse overload de informações (muitas mentirosas ou não confirmadas) se criou um bufê de condutas desejáveis que cada cidadão seguia conforme suas preferências, convicto de que estava fazendo a coisa certa, pois havia um estudo científico respaldando sua decisão. O cérebro desligava, mas a pessoa nem desconfiava, ela estava tranquila, pois estava seguindo a ciência.

Este mesmo overload de informação também ajudou a justificar muitos desligamentos da zona responsável pelo medo no cérebro com uma falsa premissa: desacreditar a ciência. Pessoas que não tinham letramento científico e não compreendiam que um processo de estudo é feito de indas e vindas, de comprovações e refutações, de testes e contraprovas, desacreditarem da ciência, alegando que “cada hora falam uma coisa”, passando a ignorar mesmo as recomendações que era unanimidade.

O gasto energético do cérebro para “aprender” e depois “desaprender” é muito grande. Por questões evolutivas, nos dói desapegar de algo em que acreditávamos. Esse “vai e vem” de informação começou a gerar uma exaustão mental em boa parte da população, gerando medo e ansiedade suficientes para esse desligamento cerebral.

O pior é que com a área do medo desligada, uma informação única e constante passou a ser mais atraente para o cérebro, que, com isso, se tranquilizava e poupava energia. O problema é que as informações únicas e constantes que temos em períodos de inconstância, no geral, não são verdadeiras.

Isso abriu portas para que falas religiosas dizendo que o vírus nunca existiu, que Deus salvaria a pessoa e coisas no estilo fossem uma isca fácil, mordida por milhões de brasileiros. Não é qualquer pessoa que tem estrutura emocional para viver em incertezas, muitos precisam de respostas para viver em paz, e quando não as encontram na ciência, as procuram na religião, em políticos ou em qualquer outra fonte. Assim, o cérebro desligou o sistema de alerta, mas a pessoa não sentiu nada estranho, pois estava escorada por uma informação atraente: imutável e compreensível.

A Lei de Responsabilidade Científica, aprovada ano passado, surgiu graças a esses efeitos. Entendemos que divulgar cada parte do processo científico para leigos é nocivo, gera medo, angústia, ansiedade e pode sim fazer com que a área do cérebro responsável pelo medo pare de funcionar.

Agora um estudo só pode ser divulgado pela imprensa ou por quem o conduz uma vez que revisado e publicado por instituições com credibilidade. Percebemos (um pouco tarde) os efeitos nocivos de bombardear o povo com dezenas de informações novas não-confirmadas, que posteriormente teriam que ser desmentidas, minando a credibilidade da ciência ou informações conflitantes.

Somado a esses fatores, o Brasil teve uma liderança política catastrófica. Acho que não preciso descrever aos senhores os sucessivos erros do então Presidente Bolsonaro, já julgado e condenado pelo maior tribunal internacional da atualidade. Por mais que cada cidadão tivesse a capacidade de se autorregular, existem atividades e prerrogativas que são monopólio do Estado, e essas jogaram todas contra o povo na pandemia. Ao perceber que o Estado não apenas não faz o que tem que fazer para cuidar de você, como ainda faz o contrário, o medo que se instaurou foi insuportável para muitos, gerando o desligamento dessa zona cerebral.

Um dos maiores exemplos dos danos causados, foi o caso dos chamados “Mancheters”. Boa parte da população tinha planos de dados em seus telefones celulares (por serem mais baratos) que lhes permitia WhatsApp gratuito, porém não podiam acessar nada além. Estas pessoas recebiam uma notícia, mas não podiam clicar nela e abrir o site onde ela estava estampada para ler e avaliar se era verdadeira ou não.

Ou seja, se informavam apenas pelas manchetes do que recebiam. Para essas pessoas, a fala de um líder era essencial, e sabemos muito bem o tipo de informação que lhes foi transmitida. O esquema criado pelo então presidente de divulgar manchetes falsas que lhe convinham por whatsapp e depois confirmá-las em pronunciamento à população manipulou milhões por muito tempo.

Isso, somado a seu discurso de medo, fez com que o cérebro de muitas pessoas apague e foque apenas no que o presidente registrava como positivo: o vírus não existe, o vírus já foi embora e aquelas outras coisas ainda piores que nem tenho coragem de repetir.

Por isso hoje temos a Lei Ampliativa dos Planos de Dados, nenhum plano pode excluir amplo acesso à mídia e a publicações científicas, para que as pessoas não possam mais ser manipuladas desta forma. É graças a isso que temos também o Sistema Público de Verificação, com o qual qualquer cidadão pode entrar em contato e conversar com especialistas da área à qual se refere a notícia, que lhe darão informações sobre sua veracidade.

Estes são apenas alguns exemplos, uma pincelada do que está no meu livro, de uma confluência de fatores, muitas vezes sobrepostos, que sobrecarregaram o cérebro do brasileiro a ponto dele não suportar o medo e ansiedade gerados e, como mecanismo de defesa, desligar esta área, deixando-o completamente sem discernimento e sem a capacidade de se cuidar.

Após o lançamento deste livro fui convidada para gerenciar o Centro Integrado de Monitoramento de Funcionamento Cerebral, onde se oferece de forma gratuita um exame simples para avaliar se esta área do cérebro responsável pelo alerta de perigo está funcionando. A meta é fazer deste exame uma prática anual, incluindo-o nos exames básicos do checkup e fornecer os cuidados necessários a aqueles cuja região cerebral esteja desligada. Aprendemos, do pior jeito, que pessoas com este problema são um perigo para si mesmas e para toda a sociedade.

O brasileiro não é e nunca foi um psicopata. O brasileiro é um povo vítima da Síndrome de Brasil, onde a desinformação, a confusão, a polarização e desamparo silenciam uma zona do cérebro, gerando uma cegueira temporária e turvam o discernimento.

Cada pessoa envolvida nessa tragédia acreditava que estava fazendo o bem, a coisa certa. Cada pessoa envolvida nessa tragédia fez o melhor que pode, considerando suas capacidades à época. É hora de absolver o brasileiro.

A perseguição que brasileiros vem sofrendo pelo mundo desde então é injusta. É incorreto presumir que essas pessoas se portaram como se portaram simplesmente por não se importar com a vida alheia. Não são psicopatas, são apenas o resultado de uma sociedade muito conturbada que levou seus cérebros ao limite do suportável.

Sei que após o lançamento do meu livro esse estigma que persegue o brasileiro vem sendo repensado, mas, ainda assim, precisamos da ajuda de todos para mostrar ao mundo que o brasileiro é digno de poder voltar a transitar livremente pelo mundo, poder voltar tomar decisões sobre sua própria vida e poder voltar a ter soberania nacional.

Peço que compartilhem esta palestra para o máximo de pessoas possível, pois estrangeiros não tem a real dimensão de como era a sociedade brasileira nem do emaranhado de fatores que levaram ao sofrimento extremo e insuportável que gerou Síndrome de Brasil.

Deixo aqui meu apelo ao mundo: o brasileiro não é um psicopata.

– aplausos –

Para dizer que tem sim muito psicopata, para dizer que acredita que a Síndrome de Brasil seja possível ou ainda para dizer que em vez de escrever historinha de ficção eu deveria fazer um FAQ para informar o leitor: sally@desfavor.com

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Comments (14)

  • Leane Lorguetie

    Isso parece tão real, chega a ser reconfortante essa explicação do conto. Está muito difícil lidar psicologicamente com essa pandemia no Brasil, me sinto no limite o tempo todo. Eu já tinha planos de sair do país, mas precisava de alguns anos ainda, agora nem vejo muita esperança de conseguir sair daqui tão cedo.

    • Eu sinceramente não duvido que alguma parte do cérebro desligue pelo excesso de medo/estresse/ansiedade/angustia que o brasileiro vive.
      Só me dei conta disso quando saí do Brasil: como o cérebro relaxa, como o comportamento passa a ser outro e como esse constante estado de prontidão de viver em um local perigoso desgasta a gente.

      • A gente estranha e até demora um pouco para se acostumar a viver sem o medo constante de ser assaltado a qualquer hora do dia em qualquer esquina e de morrer só por “ousar” ter apenas 10 reais na carteira.

  • Queria ser otimista para acreditar que esse tipo de discurso ocorreria na realidade. Infelizmente a tendência pro futuro nosso NÃO é tão otimista.
    Bolsonaro julgado por tribunais internacionais é piada… Vale menos que papel de pão, até porque sabemos que o câncer do aparelhamento político chegou até mesmo na ONU.
    E vem coisa pior depois do Bolsonaro e não é o Mourão.
    Rede Globo (aquela rede brega que agora se faz de progressista PSOL por já estar em risco iminente por conta da crescente influência evangélica neopentecostal) que se prepare, até porque o mar não tá pra peixe.

  • Sally escrevendo descontos… Vish! Haha
    Mas achei tão realista num futuro próximo que olha… Quando vemos um pingo de bom senso nessa loucura toda, até assustamos!

  • Vcs tão sabendo que somente ontem votaram projeto de metas sobre saneamento básico, né! Básico! Claro que a petezada e psolzada votaram contra, mas perderam e o bom senso venceu. E só de imaginar mais de uma década na mão dessa laia, explica o comportamento bizarro brasileiroide.

  • Que surpresa, Sally escrevendo um DesContos. E sim, uma guerra civil seria uma boa ideia. Quem sabe assim as pessoas tomam jeito. Eu acho que se tivesse havido desabastecimento já seria um bom começo. Eu pensava que as pessoas teriam mais medo do vírus no início, pelo desespero por máscaras cirúrgicas, álcool gel e papel higiênico.
    A parte de acreditarem em notícias falsas por whatsapp não dá para levar a sério, porque por mais que não se tenha acesso ao site para ler tem rádio e televisão para ouvi-las. Na pior das hipóteses arrume um jornal velho e leia.
    Eu não acredito que uma vacina resolverá o problema. Se até hoje tem gente contraindo febre amarela, sendo que mandaram todos se imunizarem 3 anos atrás, nunca que vão conseguir para a população toda, nem se for compulsória.

    • Leona, muita gente não quer escutar notícias ruins, que vão restringir suas vidas, por isso preferem afirmar que “a mídia mente”, “a mídia é alarmista” e coisas do tipo, desacreditando tudo que a mídia diz.

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