Mentes infectadas.

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (7) que seu exame para detectar Covid-19 teve resultado positivo. Após fazer o anúncio durante entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente tirou a máscara que usava. LINK


Mas é claro que ele tirou a máscara… Bolsonaro, seus defensores e até mesmo detratores conseguiram tirar o pior da situação, de novo. Desfavor da semana.

SALLY

Como todos sabem, esta semana o Presidente Jair Bolsonaro divulgou um exame onde testaria positivo para Coronavírus. O que se seguiu, com sempre, foi um compilado de burrices, imbecilidades e desfavores, vindos dos mais diferentes lados da atual polarização brasileira.

Pela milésima vez: como Bolsonaro se fortalece perante o eleitorado? Por sua competência? Por suas realizações? Por sua inteligência? Não. É sempre da mesma forma, acirrando uma rivalidade, gerando caos e pegando cada porrada que dão nele e revertendo a seu favor. O que as pessoas que dizem ser oposição a Bolsonaro fazem? Continuam dando porrada nele, ou seja, atuando como cabos eleitorais do tiozão.

“Bolsonaro está fingindo estar doente para promover Cloroquina”, “Tomara que ele morra não sou obrigado a ter empatia” e muitas frases do tipo vem sendo repetiras à exaustão desde que o diagnóstico se confirmou. Entendam, não se trata de dar lição de moral em ninguém sobre “ser feio desejar o mal de outra pessoa”, é questão de um mínimo de inteligência: atacando Bolsonaro você o fortalece. Gente, já se passaram dois anos, já deu tempo de aprender, né?

Talvez as pessoas saibam, talvez as pessoas estejam cagando para o fato do Bolsonaro sair ou ficar, perder ou ganhar as próximas eleições. O importante é dar uma lacradinha, apontando o problema, porém deixando-o sem solução. “Vejam como EU sou sensato, centrado e inteligente, vejam como eu aponto as incoerências de quem não é”. Meu anjo, falar obviedades não é lacrar, é ser um carente chato pra caralho.

Por sua vez, Bolsonaro também se encarregou de dar vários tiros no seu próprio pé, alguns fortes demais. Por mais que atraiam as pancadas que ele tanto quer para capitalizar em seu favor, também geram uma perda de popularidade, pelo grau de imbecilidade.

É evidente que sempre que ele puder, ele vai promover a Cloroquina, sua aposta errada. Mandou comprar toneladas desse troço que, salvo um grande surto de malária, vão acabar indo pro lixo, uma vez que a maior parte dos médicos sabe que é ineficiente e nociva e não a prescreve. Dentro da mentalidade tosca, eu entendo fazer um vídeo estilo “Cogumelo do Sol” promovendo a Cloroquina, mas, alguns cuidados são indispensáveis para não acabar produzindo prova contra si mesmo.

Por exemplo, não mentir de forma a contrariar o que os próprios especialistas do seu governo dizem. Afirmar que estava passando mal e com febre e que melhorou e a febre passou após um comprimido de Cloroquina vai de encontro ao que qualquer cartilha básica do próprio governo dele diz sobre o remédio, sobre qualquer orientação que se receba em posto de saúde. Não é assim que o remédio funciona, conforme o próprio Poder Público divulga.

Também teria sido conveniente ocultar que, desde que começou a tomar Cloroquina, ele se submete a dois exames cardíacos por dia, para avaliar os estragos que o remédio está fazendo no coração. Se você defende que um remédio é a quinta maravilha do mundo e não faz mal algum, a ponto de sugerir que ele seja tomado por gestantes e crianças, o ideal seria se portar conforme essa propaganda.

Será que o SUS vai disponibilizar dois exames cardíacos por dia para as pessoas que tomarem Cloroquina? O infeliz acabou atestando que esta porcaria é de fato perigosa para o coração. Não custava nada fazer os exames escondido, aparecer saudável e dizer que tomou sem o menor problema, como o Trump fez.

O grande ponto deste texto é a incompetência brasileira: quem tenta atacar o Bolsonaro acaba fortalecendo-o e quando Bolsonaro tenta conseguir algum resultado, sempre acaba piorando sua situação. Bastaria que um lado, qualquer lado, ficasse em silêncio para que o outro lado se destruísse sozinho. Mas não, estão sempre esfregando merda no próprio corpo nesse grande apontar de dedos para dizer quem é o mais fedido.

Mas, para variar, o pior veio do povo. Sim, o brasileiro consegue ser ainda pior do que o Bolsonaro. Nessas horas a gente entende como só se elege merda no Brasil: a maior parte das pessoas é tão merda como os merdas nos quais elas votam. Se Bolsonaro ou a oposição estão se cobrindo de merda, saibam que todos eles têm um belo respaldo financeiro e uma rede de contatos para socorrê-los. Vocês, povo brasileiro, dificilmente. Então, recomendo que parem de se cobrir de merda junto, pois quando a corda arrebentar, vocês serão o lado mais fraco que vai se foder.

Politizar (e, por consequência polarizar) questões de saúde, questões que deveriam ser olhadas apenas à luz da ciência, é um desfavor para toda a sociedade. É bom para políticos, para vocês, é péssimo. Mas a vontade de lacrar, de mostrar que percebe tudo, que sabe além, que entende cada jogada em um tabuleiro imaginário maquiavélico é maior. Não tem tabuleiro. Tem símios atirando fezes uns nos outros.

O que se consegue ao politizar uma questão científica é essa desgraça que está acontecendo aí: gente tomando ou não tomando um remédio por causa de ideologia política. Quem sai prejudicado é o povo, apenas o povo. E curiosamente, é o povo quem está se encarregando de divulgar tudo aquilo que pode gerar instabilidade e caos. Atestado de imbecil. E isso pode desdobrar muito pior.

Se a vacina que se comprove eficiente for chinesa, vocês acham que todo mundo vai tomar? No Brasil, claro que não. Vão surgir mil teorias, mil boatos, mil fake News, que vão convencer muita gente. E aí, quem depende da imunidade de grupo para se proteger, pois não pode tomar a vacina por problemas em seu sistema imunológico, vai adoecer e morrer, por causa de uns debilóides que em vez de calar a boquinha sobre um achismo que prejudica a coletividade, preferem mitar em rede social falando sobre teorias da conspiração chinesas.

Tem provas? Se não tem provas, é teoria da conspiração. Achismos, indícios, achismos de terceiros, teorias… nada disso são provas. Se surgirem provas, aí se tornará realidade e nós seremos os primeiros a reconhecer e criticar. Mas sem provas, ficar alimentando teoria da conspiração é ser manipulado pelo Bolsonaro e atuar como um agente do caos que ele tanto gosta. E que fundo do poço se prestar a esse papel de ser uma peça nessa engrenagem para causar caos social neste momento, que deveria ser de serenidade e união.

Não querem usar seu tempo de forma construtiva? Beleza, a pessoa tem o sagrado direito de levar uma vida medíocre. Mas não usem de forma destrutiva, pois estarão cagando na própria cama. Ninguém aqui está livre de, de um dia para o outro, ter uma doença autoimune, precisar se tratar de um câncer ou qualquer outra circunstância que os impeça de tomar uma vacina.

Amanhã, qualquer um de nós pode precisar da imunidade de rebanho para se proteger, para sobreviver. Então, parem de cagar na própria cama e levantar qualquer hipótese que gere qualquer resistência a qualquer tratamento que se comprove eficiente. Não é o momento. Para dar sua lacradinha, você contribui para jogar um grande grupo de pessoas na fogueira.

Tenham bom-senso. Repito: NÃO É HORA. Quando tudo isso passar e todas as vidas que puderem ser salvas forem salvas, aí quem quiser que perca tempo com teorias e especulações. Fazê-lo agora é prejudicar a sociedade a troco de nada, pois um achismo de Josué, funcionário público, morador de Bauru, não muda em absolutamente nada o cenário internacional.

A vacina é apenas um exemplo ilustrativo do mecanismo de cagar na própria cama. Nunca contribuam para aumentar o caos social que Bolsonaro está tentando (e conseguindo) causar. Ninguém além dele ganha com isso. Esse comichão por dar opinião em tudo, por ter que falar tudo que pensa, está causando um mal à sociedade, neste caso, está criando um grupo anti-vacina no Brasil.

Você não é tão importante, tenha responsabilidade e guarde sua opinião para quando ela não for socialmente nociva. Antes de dizer algo referente à pandemia, pense: como isso contribuí para a sociedade na qual eu vivo? Não é tão difícil. Não existe “eu” em uma pandemia, é hora de pensar no coletivo, ou todos vocês vão se foder muito.

Para dizer que o mundo precisa saber sua opinião, para dizer que se você acha que faz sentido deixa de ser uma teoria e passa a ser uma verdade ou ainda para dizer que queremos impor censura ao pensamento alheio: sally@desfavor.com

SOMIR

Eu gostaria muito de conseguir entender o que desencadeia esse processo de politização compulsiva do mundo moderno. Não que seja uma novidade, como vimos nessa semana em diversos exemplos históricos de pandemias, o ser humano acha algum jeito de enfiar ideologias onde elas não tem utilidade alguma, mas parece que recentemente a coisa tomou proporções imensas: cada informação parece se transformar em soldado aliado ou inimigo numa guerra cultural sem fim.

Bolsonaro faz parte de um time que precisa fazer pouco da pandemia de Covid-19 a todo momento. Mesmo tendo pegado a doença por não ter seguido as orientações mais básicas dadas pela medicina, nada parece ser capaz de demovê-lo da ideia que um vírus tem partido político: na prática, não havia necessidade alguma de tirar a máscara numa entrevista coletiva chamada por ele para dizer que tinha o coronavírus. Mas mesmo assim, o impulso foi incontrolável: tirou para mostrar o rosto e demonstrar que estava bem. Ele precisava dessa demonstração mais do que se importava com uma possível contaminação de terceiros.

Transparência é importante no caso de um presidente da república, e não há nada de errado em dar a notícia de contaminação assim que a recebesse. Na verdade, essa foi a parte correta da história, talvez a única. Mas a politização da pandemia é tão prevalente que não dava para fazer isso de forma responsável: Bolsonaro poderia perder muito de seu apoio se fizesse algo mais humano como gravar um vídeo ou mandar uma nota para a imprensa. Ele acabou encurralado na própria retórica, ou ia soltar perdigotos contaminados na cara de jornalistas, ou achariam que ele começou a levar a doença a sério.

E isso não podia acontecer. Ele é o líder nacional de um movimento que se escondeu atrás de ideologias políticas para não encarar uma doença que assustou muita gente. Quanto mais o tempo passa, mais clara fica a noção de que os negacionistas estão se forçando a agir como se a doença não fosse esse problema todo para evitar ficar de frente com o próprio medo. Tal qual uma criança tapando os olhos com as mãos quando quer se esconder. Ainda não entende que o mundo ao seu redor não depende da sua percepção para continuar existindo. Se a pessoa negar a doença, a doença não pode fazer mal para ela.

E muita gente que sai pelas suas e áreas públicas sem máscara – se aglomerando com orgulho e brigando com fiscais – na verdade está se autoafirmando contra um fator externo pouco controlável. Desliga a racionalidade naquela área e racionaliza a estupidez através da política. Se o vírus é uma armação do soldado inimigo, tudo bem agir como agem: na verdade, estão se empoderando ao acreditar que sabem mais sobre a realidade que os outros ao seu redor. “Essas ovelhas de máscara não sabem o que eu sei, estou mais seguro que elas…”

Mas como a pandemia da politização também assola o mundo no momento, não é só Bolsonaro e sua turma que vão se afastando de uma análise realista do momento que vivemos: começamos a ver a verdadeira face de muitos que pareciam mais atentos às medidas de segurança contra a Covid-19; em poucos momentos após o anúncio da contaminação do presidente, milhares comemoraram. Muitos desejaram que a doença punisse seu adversário. O que me faz considerar que se por um acaso o discurso de Bolsonaro fosse por respeitar a ciência, quantas dessas pessoas não fariam parte da turma que se recusa a usar máscaras…

Se você politiza um vírus e vê o mundo dessa forma maniqueísta, algo me diz que a realidade não é uma prioridade para você. Só calhou da opinião mais aceita na ciência estar mais próxima da sua se você é do time que defende máscaras e isolamento social. Muita gente na “esquerda” moderna finge que ciência não existe quando se entra em temas como biologia básica, então não é como se alguém tivesse o monopólio da racionalidade. Tudo parece depender de como o tema em questão mexe com seu senso de valor pessoal: se você se sente validado por algum discurso, ele é real, se você sente que seu adversário político que ganha com isso, é mentira.

O que estamos vendo aqui é a guerra contra a realidade sendo travada neste momento. Como o mundo ao nosso redor é feito de muitas coisas que não conseguem escolher um lado nem mesmo se quiserem, resta a muita gente a via do pensamento conspiratório e da negação explícita de fatos apresentados para manter sua mente funcionando. Eu acho o Bolsonaro um babaca por tirar a máscara sabendo que está contaminado e por dizer que está sendo tratado pela Cloroquina? Acho sim. Mas isso não me faz deixar de ver como no final das contas, ele é escravo de uma ideologia que não pode questionar nem se quiser.

O mundo de hoje, com tanta informação fluindo livremente, acaba acorrentando muita gente numa necessidade quase que patológica de pensar de uma forma bem específica para se sentir parte de um grupo (e por consequência, protegido por ele). Essa volta agressiva à mentalidade de tribo cria boa parte das loucuras que vemos por aí. Gente derrubando estátuas para acabar com a polícia nos EUA, gente contaminando os outros com coronavírus para enfrentar o comunismo no Brasil? Eu tenho a impressão que o grau de complexidade das informações do século XXI passou da capacidade de compreensão do cidadão médio.

E ainda querem te colocar dentro dessa mesma forma de radicalismo se você aponta qualquer inconsistência no método. Como já vi aqui mesmo no desfavor várias vezes em comentários que eu tentei responder com a melhor das intenções, a pessoa que vem defender sua tribo frequentemente não entende nada sobre o tema que discute tão agressivamente: some assim que percebe que eu sei do que ela está falando e faço análises ou perguntas mais específicas. Não tem profundidade, só tem palavras de ordem sobre algum tema que sua tribo diz ser importante. Só estão nessa pela sensação de pertencimento de sair tacando pedras no “inimigo”.

Lacração é um termo que se usa para fanáticos do culto de esquerda, mas os fanáticos do culto de direita fazem a mesma coisa: Bolsonaro não parece ter a menor ideia do que está fazendo com sua negação da severidade da Covid-19 e Cloroquina, está só lacrando para seu público. Essa é a linguagem política atual: ostentação de pertencimento a uma tribo sem profundidade alguma de pensamento. E como estamos vendo, tudo o que essa mentalidade consegue é destruir propriedade pública ou contaminar mais gente com uma doença. Pelo visto o grande inimigo de toda essa gente é a verdade.

Para dizer que criticar crítica é crítico, para dizer que é muito mais divertido jogar pedras, ou mesmo para dizer que é seu direito torcer para o Bolsonaro morrer (eu sei, mas não finge ser outra coisa): somir@desfavor.com

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Comments (20)

  • Porra, mas será possível que hoje em dia TUDO tem que ser politizado, todo e qualquer gesto público tem que ser motivado por picuinhas e apenas e tão-somente “pra calar o outro lado”? E o bem comum que se foda, né? Puta que o pariu! Parem com essa bosta de polarização, caralho! Quem tem bom senso não agüenta mais essa merda!

    • Estava pensando algo parecido enquanto lia o texto, W.O.J. Afinal, política não se trata, ou antes, se tratava de pensar no bem público maior? De pensar em melhores condições de vida no coletivo? Desde quando perdemos o sentido primordial, por assim dizer, e caímos em discussões tão fúteis e mesmo nessa busca desenfreada pelo poder “só por estar” lá?
      Eu não sei, tenho a impressão de que perdemos o sentido das coisas, e é difícil recuperar, e mais ainda, é difícil minimamente saber por onde começar alguma coisa. Tudo muito confuso, muito nebuloso…

  • Brasileiro cansado

    Tudo isso não passa de alienação de mão-de-obra. Não quero dar uma de socialista mas o funcionário é cada vez mais descartável, essas lutas artificiais dão um propósito pra eles continuarem nessa vida sem valor. E também redireciona os votos dessas pessoas para políticos que as elites querem que sejam eleitos, políticos que vão favorecer as elites e ampliar o próprio sistema.

  • O ser humano médio passou séculos tendo suas preocupações limitadas ao seu vilarejo. Hoje, estão discutindo (palpitando) sobre a situação de Hong Kong, refugiados na Europa, guerra comercial China x EUA, política na Venezuela, disputas étnicas na África. Ninguém consegue ter tanta coisa na cabeça sem enlouquecer, até acho impressionante que vocês estejam conseguindo manter o Desfavor nesse ritmo por tanto tempo. Nunca pensaram em fazer um hiatus ou algo do tipo? Vocês não devem nada pra gente.

    Vai ver o melhor é voltar aos velhos tempos, se seu contexto permitir. Minha profissão não exige que eu saiba o que caralhos acontece em Taiwan, as chances de eu ir pro exterior algum dia são quase nulas, então não tenho por que me preocupar com a “decadência da Europa”. Aliás, quem mora no Brasil tem problemas de sobra pra se preocupar. Vai reclamar na prefeitura sobre o asfalto esburacado da sua rua que você já está fazendo mais do que postar #hashtag.

  • “Meu anjo, falar obviedades não é lacrar, é ser um carente chato pra caralho.“

    Adoro essa coluna de sábado, na qual os blogueiros fazem autocríticas perfeitas. Parabéns e obrigada! Aprendemos muito com vocês.

    • Ainda aqui? É seu inconsciente agindo. Quando a coisa é ruim de verdade, a pessoa não consegue sequer achar motivação para voltar. Mas você… toda semana sem falta. Até semana que vem!

      • Sô, se tô aqui é pq vc abriu a porta e me deixou entrar. Blog moderado, é só não aprovar o comment. Não se deve dar “atenção” aos anônimos, lembra, Sô? Claro que não lembra, você é anônimo tb. Mas eu vim para elogiar. Coluna de sábado é muito boa e divertida. Parabéns.

  • A melhor vacina do mundo é justamente a chinesa! Eles por serem a fonte dos vírus, levam a maior vantagem em combater! E o Bozo já tá fazendo live, aparentemente o xingling nem fez cócegas.

  • “Lacração é um termo que se usa para fanáticos do culto de esquerda” Ultimamente tem pessoas chamando os lacradores de direita de mitadores. Então o culto direitista seria “mitação”?

    • Faz sentido. Talvez a mesma lógica que dita que a partir de uma certa renda, todo mundo fica mais conservador. Quem tem algo a perder tenta viver num mundo mais estável, quem não tem só quer ver tudo pegar fogo.

    • Isentão virou elogio em tempos de fanáticos que seguem cultos políticos sem entender uma vírgula de política. Obrigado!

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