FAQ: Coronavírus – 14

Como foi que chegamos aonde chegamos? Alguns culpam o governo, outros culpam a nova variante, outros culpam a geografia. O que deu tão errado? Como resolver?

A culpa nunca é de um só. É do Fator Brasil: um povo ignorante, arrogante e irresponsável somado a um governo com as mesmas características.

Quem é leitor do Desfavor sabe que a gente está gritando há meses que vírus respiratórios geralmente voltam em uma segunda onda ainda pior, que vírus que tem muita transmissão também tem mais oportunidade de sofrer mutações e que uma delas poderia piorar em muito a pandemia e, principalmente, que não existe “eu” em pandemia.

Não existe “minha” saúde mental, não existe “meu” filho tem que voltar às aulas, não existe “eu” tenho o direito de correr o risco. Ou todos colaboram, ou todos afundam juntos. Sua saúde mental não pode colocar o mundo em risco de vida, é tão difícil de entender?

Quando o pico do ano passado acabou, as pessoas se descuidaram, com aval do Governo, que tem sim sua parcela de responsabilidade, mas nem de longe é “o responsável” por isso. Se você disse ou conhece alguém que disse alguma dessas frases, aí está o cerne da responsabilidade para chegar aonde chegamos:

“Todo mundo vai pegar mesmo, vou pegar logo”
“Prefiro pegar logo e ficar imunizado”
“Não sou do grupo de risco, não preciso ter tanta preocupação”
“É só uma gripezinha”
“Só causa problema grave em idoso”
“Melhor alcançar logo a imunidade de rebanho”
“Tenho que fazer tal coisa pela minha saúde mental”

Graças a essas pessoas, graças a essa mentalidade, o vírus circulou muito, sobretudo em Manaus, o que lhe permitiu uma infinidade de mutações. Não se enganem, a variante P1 não surgiu um dia, por azar, ao acaso. Antes dela, muitas outras surgiram, não prosperaram e não se fizeram notar. Foi um belíssimo e longo trabalho de tentativa e erro do vírus até se aperfeiçoar na P1, uma versão mais contagiosa, que burla mais facilmente o sistema imunológico e, ao que tudo indica, mais letal.

Quem não entende como a ciência funciona, viu que não subiam os casos após a reabertura e relaxou: “o vírus está indo embora” foi uma das frases que eu mais no segundo semestre de 2020. O vírus nunca esteve indo embora, ele estava se aprimorando. Mas, na cabeça das pessoas, se abriu tudo, se as pessoas voltaram a circular e não aumentaram as mortes e as internações de forma imediata, então estava tudo bem e podia continuar saindo.

Graças a esse erro de estratégia, se criaram as condições ideais para que o vírus sofra uma mutação que o deixa absurdamente mais “potente” e essa conta está começando a chegar agora. Eu disse “começando”. Em algumas semanas vocês vão ver no que dá desafiar um vírus de forma irresponsável.

Um dos fatores que agrava tudo é essa mania de deixar para tomar atitude só quando dá merda, o clássico só aprender a nadar quando a água bate na bunda. Se o país estivesse mais preparado, poderia conter essa tsunami. Agora não dá mais tempo. E dessa vez essa conta vai vir cara demais.

Não surgiu uma variante “do nada”, não foi “azar” e não foi repentino, dava tempo de tomar medidas para evitar que ela se espalhe. Estima-se que a variante P1 esteja circulando desde outubro do ano passado, ou seja, se o país estivesse atento, teria percebido e contido seu espalhamento. Mas não, o Brasil permitiu, criando as condições ideais para isso, o surgimento de um monstro e ainda permitiu que ele se espalhe, dentro do território nacional e para o mundo.

É um novo patamar: além de se destruir, além de fazer cagada dentro do seu território, agora conseguiram colocar a vida de todos os outros países em risco. Esta semana o “The Guardian” classificou o Brasil como “ameaça mundial” por espalhar variantes mortais e continuar permitindo que novas variantes ainda piores surjam. Não é bom ser visto como “ameaça mundial”, o mundo tende a tomar providências contra “ameaças mundiais”.

Por hora, o que temos é quase todos os países do mundo recusando a entrada de brasileiros e o coronavírus sendo chamado de “o novo vírus brasileiro” ou “a variante brasileira” (a China agradece). Mas a tendência é que a paciência dos outros países acabe em breve. Isso pode tomar vários caminhos, o mais agradável seriam múltiplos embargos comerciais deixando o Brasil, olha que karma, com uma carinha de Cuba ou de “Nova Venezuela”. Tripudiem da Argentina enquanto podem, em breve não poderão mais.

Quem agiu de acordo com essa mentalidade imbecil de “todo mundo vai pegar, foda-se, vou pegar logo” tem tanta culpa quanto o Governo. Além de contribuir com a criação de uma variante que hoje ameaça o mundo todo, também se colocou em risco de ter sequelas (mais de metade das pessoas que pegou vai ter alguma sequela a longo prazo) a troco de nada, pois agora pode pegar a P1 também, correndo o risco de morrer ou de mais sequelas. Lembra daquele “painel da vida” ridículo, onde o Poder Público divulgava os curados de covid? Pois é, ele não significa nada. Zerou o contador. Essas pessoas podem pegar covid novamente e ficar com novas sequelas.

Mesmo depois de constatado o surgimento dessa variante mais transmissível e mais letal, que por sinal, foi percebida pelo Japão, pois se dependesse do Brasil talvez estivessem até agora sem entender o que está acontecendo, nada foi feito. As pessoas tinham a informação e, em sua maioria, ninguém se privou de nada. Centenas de pessoas em Manaus que sabiam estar contagiadas pegaram um avião e voaram para São Paulo ou para o Sul do país em busca de um atendimento médico melhor, disseminando esta porcaria por todo o território nacional. As pessoas não tiveram a consciência de não viajar de avião e o Poder Público não teve a consciência de fiscalizar.

Em todo o país, se priorizou vontades e necessidades individuais: o que “eu” acho, o que “eu” quero fazer, o que “eu” escolho sacrificar. A gente entende que para uma parcela da população que não tem a menor condição de começar a entender como funciona a ciência é preciso uma liderança que os conduza e diga: “vamos fazer isso aqui, goste você ou não, se não fizer vai perder auxílio, vai ser multado, vai ser preso”. Isso faltou. Mas boa parte das pessoas tinha acesso à informação e condições de entendê-la e, ainda assim escolheu fazer o que lhe impunha menos restrições, colocando em risco vidas no país e no mundo.

Sinto muito dar esse tipo de informação, mas agora o Brasil vai amargar algumas semanas duras de colapso no sistema de saúde e isso é inevitável. Se um lockdown rigoroso começasse hoje (e sabemos que não vai), demoraria cerca de 30 dias para vermos uma queda na demanda por atendimento médico, ou seja, na melhor das hipóteses, o país passaria pelo menos mais um mês no caos. Sabemos que vai ser mais.

Hoje, no Brasil, qualquer pessoa que precise de atendimento médico-hospitalar corre o risco de morrer. Não é que não tem médico ou insumos para tratar pacientes de covid, não há essa separação. Não tem médico e medicamentos para ninguém. Um acidente de carro, uma apendicite, um bebê prematuro… pouco importa. Precisou de hospital? Precisou de oxigênio? Precisou de centro cirúrgico ou UTI? Grandes chances de não ter, mesmo pagando bem.

Além disso a taxa de mortalidade do covid é de “apenas” 1% quando as pessoas recebem o tratamento adequado. Sem tratamento, sem hospital, sem respirador, sem oxigênio, essa letalidade sobe bastante. Então, esse papo de “não vai morrer tanta gente pois a letalidade é baixa” precisa ser revisto por dois motivos: a nova cepa é mais letal e sem atendimento médico adequado a letalidade sobre ainda mais. Na média mundial, de cada dez pessoas que entram em uma UTI com covid, uma morre. No Brasil, a cada três que entram, morrem dois.

Vejo muita gente propondo supostas soluções para o problema, que na atual realidade não são mais uma solução.

Comprar vacina, a essa altura, é algo muito complicado. O Brasil é um retardatário, que recebeu diversas ofertas para comprar vacinas e ignorou. Agora, se quiser comprar, vai demorar a receber. Se quiser comprar hoje a vacina da Pfizer, o país entra no final de uma fila de 115 países, se quiser comprar a vacina da Moderna, entra no final de uma fila de 68 países, se quiser comprar a vacina Sputnik V, entra no final de uma fila de 67 países, se quiser comprar a vacina Janssen, entra no final de uma fila de 55 países, só para citar alguns exemplos. Então, contar com compra de vacina para melhorar a situação do Brasil é um devaneio.

Mais leitos de UTI são uma solução impossível, não contem com isso. Primeiro que não adianta leito se não tiver médicos e profissionais intensivistas, e esse tipo de profissional não se cria do dia para a noite, demora, no barato, pelo menos dez anos para formar um. Além disso, quando falamos de uma doença que cresce exponencialmente, não há condições físicas de ir aumentando o número de leitos acompanhando o crescimento da doença. Se alguém oferecer isso como solução, ou é um idiota, ou está mal-intencionado.

E mesmo onde tem muito leito, os médicos e todos os profissionais envolvidos estão exaustos, trabalhando no limite, passíveis de falhas e erros horríveis. Qualquer escorregão vira uma tragédia, causa mortes. Colocar pessoas e aparelhagem para trabalhar em sobrecarga é pedir para acontecer uma sequência de desgraças, de falhas, de mortes. Não se assustem com as barbaridades que estão prestes a acontecer, elas são o resultado de hospitais levados ao limite por muito tempo e colocados em situação de colapso. É certo que tragédias por erros e falhas vão acontecer.

Eu sei que muita gente ainda discorda, mas não tem mais para onde correr: isso só se controla com lockdown, testes em massa e rastreio de contatos (entrar em contato e isolar todos os que estiveram com as pessoas doentes). É a única forma de reverter a atual situação do país. Os três, simultaneamente e, em paralelo, vacina. Um deles não resolve, tem que ter todas essas medidas.

Vale lembrar que fechamento de comércio não é lockdown, toque de recolher não é lockdown e que nenhuma das medidas impostas pelo Brasil até hoje é lockdown. Lockdown é impedir a circulação de pessoas, de preferência mantendo 80% da população sem sair de casa, saindo apenas para atividades essenciais, que são: comprar comida e ir à farmácia, de forma rápida, vigiada e controlada. Academia, igreja e outras atividades devem ser proibidas e deve existir uma fiscalização e punição constantes.

O que eu faria se tivesse que botar ordem na casa: lockdown rigorosamente vigiado e punido, rastreio de contatos (o SUS tem pessoal treinado para isso, dá para começar hoje) e testes e massa, indo de casa em casa, testando todos. Também autorizaria os estados e municípios a fecharem suas fronteiras sem precisar do Governo Federal para tal, assim quem faz a coisa certa não fica recebendo contaminados de localidades vizinhas. Sabemos que isso não vai acontecer, portanto, cuidem dos seus por conta própria.

Espero que agora todos estejam começando a compreender nosso desespero, nossa insistência e nossa postura radical no que diz respeito a coronavírus em todo o ano de 2020. O que está acontecendo hoje era totalmente previsível e evitável e nosso radicalismo e insistência foi a forma que encontramos de contribuir. Infelizmente não deu. Se cuidem muito, as próximas semanas serão as mais difíceis que vocês já viveram.


Vi que estão reclamando da compra da Covaxin. Não é bom para o Brasil comprar mais uma vacina?

O Brasil teve oportunidades (no plural) de escolher entre muitas vacinas, muitas testadas do Brasil (ou seja, se sabe que funciona bem na realidade do país) e com uma eficácia absurdamente alta, como por exemplo a da Pfizer (já aprovada para uso regular pela ANVISA) e Janssen (que com uma única dose imuniza as pessoas). Recusaram todas e, entre todas as escolhas, optaram por comprar a Covaxin.

É uma vacina ruim? Não sabemos, pois ela acaba de sair da Fase 2, ou seja, tudo que se sabe é que ela é segura (ou seja, ela não vai te fazer mal), não se tem qualquer garantia de que ela seja eficaz (algo que é atestado na Fase 3). Pode ser que ela seja insuficiente para proteger de forma eficiente contra o coronavírus. Não me parece um risco que o Brasil deveria correr.

Nossas críticas vêm, em parte, daí: tendo muitas vacinas com eficácia comprovada, o Brasil achou que seria estrategicamente bom comprar 1,6 bilhões de reais de uma vacina cuja eficácia ainda não foi comprovada e ainda por cima pagando mais caro por ela. Sim, a Covaxin foi comprada por um valor superior ao que poderia ser pago pelas outras.

E o fato de comprar uma vacina que pode não ser eficaz é apenas uma parte do problema, se fosse só isso, seria uma jogada de risco e, com sorte, se a vacina fosse eficaz, a população poderia ser imunizada. Só que não é assim que funciona.

Como já explicamos várias vezes, uma vacina que está e Fase 2 não pode ser aplicada na população, então, mesmo que todas essas vacinas cheguem no Brasil amanhã, elas não poderão ser distribuídas, pois será preciso realizar toda a Fase 3, um processo que, com sorte, durará meses.

Então, não apenas estão apostando mais de um bilhão e meio de reais em algo que pode não funcionar, como também estão apostando mais de um bilhão e meio de reais e algo que, se funcionar, só pode ser aplicado dentro de vários meses. A situação atual do Brasil não permite essa espera, principalmente quando poderia comprar vacinas já testadas e aprovadas no Brasil, que precisam de uma única dose e custam mais barato.

Em vez disso, o Brasil comprou uma que não se sabe em quais condições pode ser aplicada, qual a dose certa e qual a eficácia para cada grupo populacional. E que de quebra é mais cara. Por qual motivo isso foi feito? Não sabemos. Talvez seja uma estratégia para abrir as portas para que empresas particulares possam comprar vacinas por sua conta e vende-las, obrigando a população que quiser se vacinar a pagar caro por isso em função do desespero. Talvez seja apenas incompetência. Não sabemos.

O que sabemos é que as justificativas para recusar a compra de outras vacinas não se sustentam. Por exemplo, alegaram que a Pfizer quer que o país assine um termo isentando-a de responsabilidade se algo der errado com as vacinas. Meus queridos, todas as farmacêuticas pedem isenção de responsabilidade pela vacinação, é um padrão.

Não é falta de confiança na vacina, até porque quem diz se a vacina é segura em última instância, é a ANVISA. É padrão, pois eles não têm como assegurar que o Brasil vá manipular, conservar e aplicar a vacina da forma correta, então, se o país fizer uma cagada, o fabricante não se responsabiliza. Todos os fabricantes colocam essa cláusula na venda, inclusive a vacina de Oxford tem a mesma cláusula no contrato e não impediu que o Brasil compre essa vacina.

Então, que fique claro: nada contra a Covaxin, ela só não é adequada para uma necessidade urgente do Brasil.


Ok, tá tudo uma merda, vamos passar por um inferno. O que posso fazer para me proteger?

Não saia de casa, a menos que seja para ir à farmácia e supermercado. “Mas eu…”. Não, não tem “mas”. Você perguntou como se proteger. Se sair de casa diariamente não há proteção possível, sinto muito. Saia uma vez por semana, para fazer todas as compras da semana em supermercado e farmácia. Só. Fique o mínimo de tempo possível nessa jornada.

Quando for sair para ir a supermercado ou farmácia, só saia com máscara PFF2 (ou N95), sem válvula. Sair de máscara de tecido não é mais uma possibilidade. Sair com máscara no queixo ou com nariz de fora então, nem pensar. Sair com máscara que não fecha com força no seu rosto e permite que você sinta aquele ventinho lateral de ar entrando pelas bordas é pedir para morrer.

Não tome qualquer remédio na esperança de um tratamento preventivo: desde vitamina D até Ivermectina, NADA. Todos eles podem piorar sua situação se pegar covid e nenhum deles te protege. A única coisa que te protege é ficar em casa, sair o mínimo possível.

Saia de redes sociais ou pare de seguir pessoas que seguem sua vida normalmente, isso cria uma falsa sensação de segurança e permite um escape para o seu cérebro, que pode te fazer acreditar que não é tão grave assim e te fazer relaxar. É tão grave assim. Nas próximas semanas vocês verão cenas de horror que nem em guerras foram vistas. Afaste-se de negadores, eles te colocam em perigo, fazendo com que você questione a seriedade do que está acontecendo.

Não visite ninguém, não se encontre com ninguém. Se tem alguém precisando da sua assistência, se mude para a casa da pessoa ou a leve para morar na sua casa. Agir de outra forma é colocar em risco a vida dessa pessoa e a sua.

Não mande seus filhos para escola. Eu não sei que tipo de consequência negativa pode gerar manter uma criança em casa por tanto tempo, mas certamente é melhor do que morte. E não estou falando só de covid: se a criança se machucar, quebrar um braço, se cortar, cair e precisar de pontos na testa ou qualquer outra situação comum em escola, não vai ter hospital para ela.

Se você tem plano de saúde, se informe sobre a possibilidade de solicitar um Home Care, assim, se acontecer algo grave, você sabe que tem a possibilidade de transformar a sua casa em um hospital.

Procure manter sua saúde mental, dentro do possível, fazendo atividades que te tragam um pouco de paz, obviamente sem sair de casa. Não tem mais essa de “mas é um lugar aberto” ou “vou com máscara e álcool gel”. Acabou. Essa página virou. É momento de confinamento.

Por fim, ache curadores de conteúdo, pessoas que falem sobre o assunto e sejam confiáveis e acompanhe a situação por eles. Assim você evita o bombardeio de desgraças da mídia mas se mantém informado. Em uma pandemia as coisas podem mudar rapidamente, não dá para se alienar e achar que está protegido. O que servia até ontem pode não servir amanhã. Boa sorte a todos vocês.


Vocês têm postado muito FAQ e Ei Você, isso é uma estratégia de alívio cômico?

Não. É uma estratégia pensando em vocês, leitores. Queremos que vocês conheçam os perigos do vírus e os perigos do brasileiro, pois só conjugando essas duas informações vocês vão entender quão grave é a situação e o tanto de cuidado que vocês precisam tomar.

Para perguntar se agora que o bicho tá pegando os negacionistas sumiram dos comentários (sim, sumiram), para dizer que FAQ te dá gatilho ou ainda para dizer que o problema do brasileiro é que ele escolhe o zap como curador de conteúdo: sally@desfavor.com

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Comments (18)

  • Hoje finalmente a ficha de que o Brasil acabou caiu pra mim. Aproveitar que sou solteira e não tenho filhos pra traçar um bom plano de fuga e sair daqui pra algum lugar decente assim que possível. É foda, tô bem triste e cansada…

  • O mais bizarro nesse caso da Covaxin é que uma das principais birras do Bolsonaro com vacinas (especialmente a Coronavac) é justamente que ele batia o pé sobre a comprovação científica de eficácia e segurança. Ele e seus torcedores alegava que “não tinha comprovação sobre a Coronavac ser efetiva e segura”. E ele vai lá e faz o quê? Compra um vacina que recém se provou minimamente segura e que não se sabe se é efetiva! Alguém ainda precisa de alguma prova de que ele não faz a menor ideia do que ele tá falando?

  • Essas siglas aí é máscara cirúrgica? Eu sou antissocial só saio quando preciso e preciso porque sou pobre. Hoje precisei ir num lugar entrou um filho da puta no ônibus sem máscara ficou bem atrás de mim, aí eu comecei e fingir acesso de tosse pra ver se ele ficava com medo e saia fora, mas ele nem se moveu. No mesmo ônibus entrou a velha gorda sem máscara, grupo de risco 2X idade e obesidade. Motorista não barrou o cara por medo de tomar tiro, mas a velha ele poderia ter falado, mas tão nem aí.

    • São máscaras capazes de proteger contra partículas finas, que filtram mais impurezas que as outras. São usadas na área médica mas também são usadas em outras áreas.

      Li que muitos brasileiros estão desistindo de usar máscara por ela incomodar no calor. As pessoas não tem ideia do desconforto que é estar em um respirador.

    • Pode piorar mesmo sem pegar covid. Ao contrário de outras vitaminas (como a vitamina C, por exemplo), a vitamina D em excesso não é expelida pelo organismo, ela vai se acumulando. Se a pessoa não souber qual é a sua real necessidade de vitamina D e sair tomando na ânsia de se proteger, pode gerar um excesso de vitamina, que o corpo não vai conseguir expelir, e que pode causar uma infinidade de danos à sua saúde. É mais ou menos como se intoxicar diariamente com algo que seu corpo não consegue eliminar.

  • Já pensei em procurar um médico e tomar um remédio pra ansiedade, mas eu fico um pouco com o pé atrás sobre doenças mentais e remédios. Porque eu sei que tem excesso de diagnósticos e casos de gente que piorou depois que começou a tomar remédio, ficou dependente e até se suicidou.

    • Procure um bom médico, ele vai saber se é melhor para você tomar ou não tomar e vai saber escolher o melhor remédio.

  • ” Na média mundial, de cada dez pessoas que entram em uma UTI com covid, uma morre. No Brasil, a cada três que entram, morrem dois.”

    Apenas esta frase já bastaria para deixar qualquer um apavorado. Mas será que os BMs agora não têm mais sequer senso de autopreservação?

    • Essa frase deixa pessoas normais apavoradas. O BM acha que isso tudo é “mentira fabricada pra criar caos” e vender uma situação mais grave do que realmente estaria. Sério, tem uma porrada de gente na internet que acha que a situação “só tá grave no Uol e no G1” (eu não inventei isso, eu li um comentário em que a pessoa dizia isso, sério).

      • Taí uma coisa que eu não entendo: se eu tivesse essa dúvida, visitaria um hospital para descobrir qual é a verdade.
        Basta pisar um um hospital que a realidade aparece.

    • Pelo que eu conheço do brasileiro, eu duvido muito que mantenham o distanciamento correto, que mantenham máscara na cara. Além disso, não se chega à praia de teletransporte, muitas dessas pessoas vão usar o transporte público, que deveria ser prioridade e exclusividade de prestadores de serviços essenciais.

      • E que são contingenciados pra reduzir o preju (ou aumentar o lucro) dos empresários envolvidos no esquema oligopolizado do dito “transporte público”, onde o lugar comum é ter licitação pró-forma pra render alguns caraninguas pras prefeituras quando tem, com tais grupos tendo boas condições de fazer lobby no judiciário em favor de seus próprios intere$$e$.

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