Problema mundial.

A imprensa internacional repercutiu nesta quarta-feira o agravamento da crise da covid-19 no Brasil, que, em meio a um colapso dos hospitais em cidades de várias regiões do país, registrou ontem 1.726 mortes por causa da doença, um recorde desde o início da pandemia. LINK


Você quer tropa da ONU na sua cidade? Porque é assim que você consegue tropa da ONU na sua cidade. Desfavor da Semana.

SALLY

Esta semana vimos países e imprensa do mundo todo começarem a mudar o tom ao falar do Brasil. O que antes era uma crise humanitária e merecia toda a ajuda e solidariedade do mundo, está rapidamente virando uma “ameaça global” seguida de um “algo precisa ser feito”. O Brasil está prestes a aprender que não dá para fazer sucessivas cagadas quando elas afetam o resto do mundo.

Enquanto o brasileiro senta e aponta o dedo para Bolsonaro, como se o Presidente coagisse a população a ir à praia ou a frequentar restaurantes, o resto do mundo se mostra imune a essa tática chantagista e vitimista de manipulação. Esse discurso só cola dentro do país, com um povo que fez um pacto por não querer que as coisas mudem, sem precisar assumir a responsabilidade quando tudo mais der errado.

Bolsonaro de fato é um agente do caos e está fazendo uma gestão tenebrosa da pandemia, sendo o mais ignorante possível e jogando contra, mas, ele não é o único responsável. Cada brasileiro é responsável. Cada idiota que saiu “pela sua saúde mental”, cada imbecil que pensou “todo mundo vai pegar essa merda, vou pegar logo”, cada anta que acha que tem o direito de se poupar do desconforto de usar máscara colocando em risco a vida alheia.

O povo brasileiro tem a informação necessária para saber o que fazer, e, em vez de fazer a coisa certa, diz “ah, mas não tá proibido, então eu posso fazer”. Faz merda e coloca a culpa no Presidente. O Presidente tem culpa? Sim, de uma tonelada de coisas, é um genocida filho da puta, mas o povo brasileiro é igualmente culpado. E é muito importante que tenham essa consciência, pois ela vai ajudar no que pode estar por vir.

Querem ser bicho regido pela proibição? Pois adivinha só, estão muito perto de conseguir. Só que quando acontecer, vai ser um chororô sacal e infinito. É como a criança que desobedece, faz algo que a coloca em risco e depois quando fica de castigo acha aquilo uma baita injustiça.

Optaram por se comportar como crianças, como animais, como retardados? Pois bem, assim serão tratados. Na República das Bananas cagada comportamental do povo nunca teve consequências, mas, quando você mexe com a estabilidade do resto do mundo, a coisa muda. Percebam o que o povo brasileiro está fazendo: colocando em risco o mundo todo. Tenham isso em mente quando a resposta vier, antes de chamá-la de “desproporcional”.

Eu já devo ter dado esse exemplo aqui em algum outro texto, mas vou usar novamente: se tem um surto de dengue no seu bairro, se está morrendo gente, se há uma campanha para evitar a propagação do mosquito, você acharia razoável que o seu vizinho diga que vai acumular pneu cheio de água no quintal pois é “direito dele” fazer o que quiser no “quintal dele”? Obvio que não. Agentes públicos podem entrar à força na casa dele e arrumar a bagunça, jogando fora todos os pneus e ainda metendo uma multa, para que ele não contribua para a reprodução do mosquito.

Não existe “eu” em pandemia. Não existe “meu querer” em pandemia. Não existe pensar no que é melhor para você na pandemia, quem pensa no que é melhor para si é um escroto.

Não dá para querer transladar direitos e realidades normais para tempos de pandemia. Sinto muito, mas não é o seu direito deixar pneu com água no seu quintal, assim como não é seu direito sair sempre que quiser, deixar de usar máscara ou descumprir isolamento social. Afeta o mundo todo e se os símios não conseguiram ver isso por bem até agora, temo que verão por mal.

Não sei que tipo de intervenção poderia ser feita no Brasil, mas se surgir uma nova variante que estrague as vacinas desenvolvidas, vai ficar feia a coisa. Aí não adianta gritar pela “soberania nacional”, vão entrar no país mais rápido do que cotonete no cu de passageiro em aeroporto chinês. E, quer saber? Estão certíssimos. Por isso hoje viemos aqui dizer: façam as pazes com essa ideia. Mais: a celebrem. A melhor coisa que pode acontecer no Brasil é uma intervenção internacional.

Soberania não existe quando você coloca o resto do mundo em risco de vida. O Brasil não é assim tão importante, nem prestigiado, nem respeitado. O Brasil é visto, em muitos países, no mesmo nível de Haiti ou qualquer republiqueta africana. Comecem a digerir essa ideia. Faniquitar por uma intervenção internacional é passar um ridículo sem precedentes. Se não souberam se gerir, tem mais é que ser arrombados por tropas da ONU ou pelo que for, quem a porra do brasileiro pensa que é para colocar a vida do resto do mundo em risco?

Clamar pela soberania nacional é como demandar seu direito de deixar pneu cheio de água no seu quintal, pois o pneu é seu e o quintal é sua propriedade. A vizinhança não tem que ser exposta à dengue por causa disso, é um argumento que não se sustenta, assim como o direito de “sair de eu quiser pois a vida é minha” ou “o direito a abrir meu comércio”. Não, não tem. E o brasileiro não aceita isso, se acha muito importante, muito centro do mundo. Não é sobre o Bolsonaro, é sobre o brasileiro. Se houver uma intervenção internacional, está na conta do brasileiro.

O que Bolsonaro fez foi ser um “pai permissivo”. Quando uma criança é mal-educada e o pai a deixa fazer o que quer, ela faz merda. Bolsonaro só ajudou a revelar a plenitude do que tem dentro do brasileiro: sempre esteve lá, porém contido por alguma repressão estatal. Quando essa repressão foi embora, foi possível expor ao mundo o que realmente é o povo brasileiro. E, cá entre nós, é horrível.

Nós sempre soubemos, nós sempre falamos. Mas éramos “exagerados”, “elitistas” ou adjetivos ainda piores. O erro está sempre no outro, não é mesmo? Esse brasileiro vil, que para bundear no carnaval coloca o mundo todo em risco, eu vi desde o dia um que pisei nessa pocilga. Para quem vem de fora, para quem não está contaminado por esse jeito babaca, egoísta e irresponsável de ser, fica nítido, cristalino, a boa bosta que é esse povo. E estou muito feliz que o mundo todo esteja podendo ver o que eu via desde a infância.

Para que o mundo veja, precisou de uma pandemia. Ela veio. Taí, a máscara caiu. O mundo está vendo o que é o brasileiro. O mundo sabe que isso não é culpa de um homem só. Quando esse caldo entornar, o que vai ter de gente colocando toda a culpa no Bolsonaro não vai se brincadeira. Não é. Ter permissão para fazer não significa que você tem que fazer. É preciso um grau de escrotidão muito enraizado para colocar em risco a vida de todos à sua volta só para tomar um chopinho, dar uns beijos na boca e pular carnaval.

Acabou o mito do povo alegre, malemolente e de bem com a vida. São infantilizados, egoístas e escrotos. São os párias do mundo (a China agradece). Estejam bem cientes disso, pois a imprensa brasileira dificilmente vai falar as coisas com essa clareza. Brasileiros sempre foram isso que são hoje, só que antes não transbordava para o resto do mundo. Agora transbordou. E serão tratados como tal. E não será covardia, nem violação à soberania, nem arbitrariedade. Será uma consequência mais do que justa da escolha do brasileiro como povo.

E, na real? Eu agradeceria se fosse apenas uma intervenção ou um embargo. Pode ser muito, muito pior. Eu agradeceria uma intervenção para finalmente colocar um pouco de ordem nessa casa e sentar um precedente lindo: há um limite na quantidade de merda que se pode fazer e o mundo não é essa bagunça que é o Brasil, uma hora alguém vem te disciplinar. Isso vai fazer muito bem ao povo brasileiro. Saber que a punição não vem só da Banânia, ela pode vir de outros países também.

O mundo está indignado com o Brasil e com o povo brasileiro, e eu estou segurando um cartaz escrito “Galvão, eu já sabia”. Não passem a vergonha de defender esse país ou esse povo, quando a hora chegar, fiquem do lado do que é certo e civilizado.

Para dizer que adoraria uma intervenção internacional, para dizer que está me imaginando fazendo a dancinha do Coringa ou ainda para dizer que vai adorar ver os debilóides armados com um 38 tentando resistir: sally@desfavor.com

SOMIR

Em janeiro do ano passado, quando começávamos a escrever sobre a pandemia, eu lembro de falar que provavelmente não daria em nada, mas que era saudável prestar atenção no desenvolvimento do caso. Os últimos surtos de coronavírus tinham feito algum estrago, mas nunca tinham se espalhado o suficiente para nos preocupar.

Naquele momento, fazia sentido dizer que o mais razoável era imaginar que não viraria uma doença global, mas rapidamente aquela parte do “fica esperto mesmo assim” se provou a verdade. Foi em março do ano passado quando eu decidi mudar o modo de atenção para “elevado” e entrei em isolamento social. Um ano depois, estamos no pior momento da pandemia!

Os líderes se provaram muito incompetentes e o povo demonstrou uma incapacidade assustadora de trabalhar em prol de uma causa comum. Não foi uma grande surpresa, não? Era possível prever isso lá no começo da pandemia, o Brasil tem uma série de problemas causados exatamente por essa combinação de incapacidade e irresponsabilidade, problemas dos quais falamos praticamente toda semana.

Mas… lá no começo do ano passado, eu considerava que os fatores externos não gerariam tanta pressão assim. Os coronavírus anteriores eram contagiosos, mas não tão contagiosos assim. Um ou dois países mais organizados no caminho dele era tudo o que precisávamos para evitar consequências mais sérias. Infelizmente, dessa vez não tinha proteção suficiente para nos poupar da doença chegando em território tupiniquim.

Eu falo disso porque assim como senti no começo do ano passado que havia uma probabilidade pequena da doença tomar o país de assalto, eu começo a sentir que o absoluto fracasso em lidar com ela gera a probabilidade, pequena, do país lidar com uma intervenção internacional. O clima para isso já está aqui, mas assim como as epidemias anteriores eram muito fracas para aterrorizar o país, o grau de perigo que o Brasil está gerando para o resto do mundo ainda não é muito grande.

Mas ele existe. E já se fala disso ao redor do mundo. Como lidar com o país que por um misto de incompetência, desorganização e ignorância está permitindo que o vírus sofra mutações atrás de mutações? É muito difícil interferir num país democrático, ainda mais um gigantesco como o Brasil. Tenho certeza que nenhum dos líderes mundiais está muito interessado em arranjar essa dor de cabeça, especialmente sabendo o tipo de bronco negacionista que ocupa cargos de poder por aqui.

Por isso, posso te dar a mesma segurança que tive ao dizer que o tal de Covid não daria em nada no comecinho do ano passado: em tese, não é para chegar num ponto onde uma intervenção se fará necessária, mas não é como se fosse algo totalmente impossível. Vale a pena prestar atenção no desenvolvimento desse caso.

Não quer dizer porque no começo do ano passado eu estava errado que no começo desse eu vou estar também, mas a combinação de dificuldade de assegurar vacinas para a população com a resistência absurda do brasileiro médio a tomar medidas para controlar a disseminação da doença cria o ambiente ideal para o estopim de uma necessidade internacional de controlar o país: uma mutação do vírus que burle as vacinas ou uma que torne a doença muito mais mortal.

Existe um risco real que a falha brasileira cause um problema terrível para o mundo todo. Não é muito realista isolar um país com mais de duzentas milhões de pessoas, por mais problemas que nossa economia tenha, somos exportadores de commodities usadas no mundo todo e temos uma quantidade considerável de pessoas com muito dinheiro. É complicado proibir o brasileiro de sair do país e ir contaminar outros por aí.

Por isso, caso continuemos sendo a maior reserva natural do mundo do coronavírus, permitindo que evolua sem controle, algo vai ter que ceder. E eu não apostaria no presidente que chamou preocupação por falta de UTIs de “mimimi” como o vetor dessa mudança. Muito menos no povo que vai para festas e praias como se nada mesmo durante um colapso explícito do sistema de saúde. Vai ser necessário um choque de realidade.

Não sei o que seria mais dolorido: receber intervenção internacional antes de um desastre humanitário ou depois dele. Se vier antes, é bem provável que o governo federal trate como declaração de guerra e multiplique o sofrimento absurdamente, se vier depois, provavelmente seremos terra arrasada por algumas décadas. Eu chamo o Brasil de país médio por não ser destaque positivo ou negativo em praticamente nenhum dos índices de desenvolvimento humano, mas o problema de ser médio é que qualquer problema pode te derrubar para a categoria de nação fracassada. Desenvolvimento humano alto é quase como um seguro contra desastres, porque se você cair, ainda se mantém viável como país.

O verdadeiro desfavor dessa história toda é que estamos basicamente na mão do vírus e suas mutações aleatórias para evitar todos esses problemas. Se ele não conseguir vencer a vacina ou se tornar muito mortal nesse meio tempo, vamos lidar “apenas” com uma crise econômica, se ele mudar o suficiente para chamar a atenção do mundo todo, o prognóstico é desanimador para todos os elementos da nossa sociedade.

E nesse meio tempo, se tínhamos a imagem de algo além de um país de terceiro mundo dominado por burrice e corrupção, ela já se foi. O acaso nos escondeu por muito tempo, mas acho que depois dessa crise da pandemia, não tem mais volta. Só não torço pela intervenção porque a condição é terrível, mas que esse país está merecendo, ah, isso está.

Para me chamar de traidor da pátria, para dizer que basta meia dúzia de soldados para tomar o país todo, ou mesmo para dizer que ninguém vai sujar as mãos com o Brasil: somir@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: ,

Comments (20)

  • Nessa altura do campeonato, tudo pode acontecer. Tentarão neutralizar tudo a distância,se não funcionar, farão ao vivo. A BBC lançou um artigo, divulgando o risco desse país virar uma fábrica de variantes e, pra comunidade internacional,melhor por os pés aqui e impedir que isso aconteça do que arcar com o risco do Brasil espalhar mais variantes letais. Só acho que não vão bombardear aqui pq talvez ainda tenha fauna e flora aproveitáveis, mas não duvido de mais nada. O que me deprime é que o país já teve potencial pra ser um bom lugar.

  • Pergunta digna de FAQ: os EUA tb cagaram pra pandemia, a população é quase 50% maior que a nossa, cheio de guetos com pessoas marginalizadas vivendo em condições precárias (nem se compara às palafitas que vemos no norte e nordeste do Brasil, mas também não são casas de reality show de decoração), eles já tem algumas mutações preocupantes (california e ny) e lá tem uma parte considerável da população que não vai se vacinar; eles também não são um “celeiro de mutações”, que nem o Brasil?

    Em tempo: torço pela intervenção, não é de hoje. Maldita cultura BM que nos faz viver na merda, eternamente.

    • Eram. Agora com o novo Presidente estão vacinando na velocidade da luz, adotando medidas severas de isolamento (fiscalizadas e obrigatórias) e tratando o problema com seriedade. Em resumo: o povo americano é a mesma bosta ignorante que o brasileiro, mas o Governo americano faz as coisas acontecerem e os obriga a andar na linha.

  • “O Brasil está prestes a aprender que não dá para fazer sucessivas cagadas quando elas afetam o resto do mundo”

    Fiquei assistindo os protestos hoje dos paraguaios contra a má gestão do governo contra a pandemia e não pude deixar de pensar no papel que os brasiguaios possam ter tido para agravar a pandemia por lá…

    Até porque, até no futebol querem distância de nós: suspenderam os jogos das eliminatórias da Copa do Mundo aqui na América do Sul.

    • Já que brasileiro sai para ir à praia, para pular carnaval e para jantar com os amigos, poderiam estar nas ruas para evitar essa carnificina também…

  • Blá-blá-blá.
    Intervenção direta seria cara demais para países em dificuldades econômicas. O isolamento do país com impedimento de entrada (ou mesmo permanência temporária em aeroportos ou portos) de brasileiros associada à sanções comerciais é muito menos implausível.

  • Seria ótimo uma intervenção internacional, mas só se fosse pra sempre, como não vai ser, isso acarretaria na certeza de reeleição do Bozo. Vcs não tem ideia do que a seita dele é capaz de boa, imagina pistola da vida com os gringos invasores. Não tem saída.

    • Eu não acredito que se a coisa chegar nesse grau de complicação o Congresso e o STF permitam que ele se candidate novamente. Seria um estrago muito grande para o país.

      • A UE e os EUA mal e mal estão dando conta de cuidar de si mesmos. Imagina se eles vão querer se meter aqui nessa pocilga. Vai acontecer pra caralho.

        O máximo que pode acontecer é um Dória da vida ou algo do tipo forçar “Lockdown” pra tentar manter as aparências, as tropas de PM e das guardas civis marcando em cima e o chororô se instalando só facilitando as coisas pra oportunistas do naipe de Bolsonaro e de Guilherme Boulos.

        • Talvez eles não queiram ir até o Brasil. Muito menos para ajudar a controlar a crise. Eu estou mais inclinada para o lado de “neutralizar a ameaça” mesmo, que é o que eles sempre fazem, e dessa vez teriam a opinião pública a seu favor. Para isso eles não precisam colocar o pé no Brasil.

            • Não sabemos. Pode ser inclusive algo que desconhecemos. É imprevisível.
              Mas o brasileiro adora pensar que isso seria um absurdo e que ninguém teria coragem de fazer isso com o Brasil. Pois adivinha só: o Brasil não é tão importante. É possível que um dia alguém use de violência contra o comportamento símio sim.

          • Impor barreiras fitossanitarias seria o caminho mais fácil, mas países sul-americanos tenderão a ter mais dificuldade nesse sentido.
            O efeito tenderia a piorar o inflacionamento de produtos alimenticios, mas é algo que o mundo pode lidar, ainda que eventualmente piorando crises humanitárias em países mais problemáticos no que diz respeito a distribuição de tais produtos.

            • Não tenho ideia. Mas acho que o Brasil tem uma autoimagem muito distorcida: acham inconcebível que qualquer país ou entidade faça qualquer coisa fisicamente contra o país. Não é.

  • Os antissociais que falam tanto que a população deve ser reduzida deviam estar comemorando. Achavam que redução populacional seria como, as pessoas iam fazer *puf* e sumir igual mágica?

    • Eu aplaudo a redução da população brasileira, o problema é que da forma como acontece com o coronavírus, ela é injusta.
      Nem sempre é o filho da puta que vai a jantarzinho na cada de amigo “em nome da saúde mental” que morre. Muitas vezes ele pega, fica assintomático e quando cruza com a Dona Maria, mãe de três crianças, na farmácia, passa para ela.
      Se fosse uma doença como HIV, onde só quem se descuida pega, eu estaria aplaudindo de pé e sacudindo uma bandeirinha escrito “GO CORONA”, mas não é. Coloca em risco a todos nós e às pessoas que amamos.

      • Nem no caso do HIV o negócio é simples. O que tem de portadora mãe de família, dona de casa, não é pouca coisa não.

          • Mais ou menos, Sally!

            Na maioria das vezes a mãe de família, religiosa, 3 filhos, pega do marido que não tá nem aí pra usar camisinha nem com ela e nem com as outras…
            Hoje em dia o maior índice de casos novos de HIV é na população mais velha, mulheres casadas, vindos do marido que descobriu o Viagra.

            No meu dia a dia, o que eu pego de Gonorreia de moleque que tá pulando diveeeeersas cercas por aí não tá no gibi!
            E as namoradas/esposas fiéis expostas…

            To pra ver homem casado que vai usar camisinha com esposa, ainda mais se ela usar algum tipo de anticoncepcional… ainda corre o risco de ter briga, pq se um do casal quiser usar camisinha é sinal que tá traindo…

Deixe um comentário para Sally Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: