Antissocial?

A Semana do Mimimi continua com um tema de extrema desimportância: sempre fui acusado de ser antissocial, mas depois de muita introspecção e sem consultar ninguém, cheguei à conclusão que na verdade eu não sou antissocial, vocês todos que estão errados!

A quantidade de rituais estúpidos e sem sentido que somos obrigados a seguir no dia a dia para lidar com outros seres humanos é absurda. São todas convenções que ninguém sabe muito bem porque existem, só repetem como macacos treinados no grande circo da sociedade humana. Está na hora de quebrar esse ciclo.

Eu detesto “bom dia”. Eu detesto “bom dia” com todas as forças mesquinhas do meu ser. Bom dia, boa tarde e boa noite. Um pedágio bizarro para começar uma conversa que nunca teve significado real. Por que eu tenho que iniciar um contato com isso? Por que acham que é falta de educação não fazer isso?

A não ser que a pessoa tenha um motivo muito bom para acreditar que eu desejo seu mal, eu acredito que possamos entrar num acordo que na média queremos que as outras pessoas tenham um bom dia. Se você me fez mal ou se é um notório bandido ou mau-caráter, eu quero que seu dia seja uma merda, mas na imensa maioria dos casos, esse tipo de pensamento passa longe da minha cabeça.

Eu não preciso ficar provando toda vez que não estou torcendo para você levar um chifre ou ser atropelado por um caminhão. Se em algum momento eu deixar de torcer para que boas coisas aconteçam na sua vida, vou informar diretamente ou pelo menos te ignorar. Via de regra, se eu iniciei um contato com outro ser humano, ele não é meu inimigo mortal.

O que a pessoa acha? Que se você não der bom dia é porque fez uma macumba pro pinto dela cair (ou o peito, sei lá) e não quer atrapalhar o trabalho do exu mandando energias positivas? Tem que provar toda vez que não é inimigo?

Sem contar que isso quebra o fluxo de uma conversa. Especialmente em tempos de pandemia quando tantos contatos são por meio escrito. Bom dia é um ritual besta na fala, mas na escrita é um atraso de vida. A pessoa tem que mandar bom dia pra você no WhatsApp? Não tem. O meio escrito digital existe justamente para enviar mensagens em alta velocidade. É um saco ter que ficar testando esse campo minado de rapapés com cada pessoa, para descobrir as que conseguem tocar uma conversa prática e as que precisam de ritualzinho besta para começar.

Precisa de preliminar para falar de trabalho ou interesse comum? Precisa estimular o clitóris social da pessoa para ela entrar no clima de trocar informações como um ser humano deveria? Me parece uma espécie de frigidez intelectual, a pessoa nunca está pronta para ligar o cérebro e reagir de forma razoável a uma conversa. E “tudo bem?” entra nesse pacote.

Tudo bem é a minha segunda expressão mais odiada porque, e só porque dependendo da pessoa e do contexto pode fazer sentido. Uma pessoa querida e próxima preocupada com você pode perguntar isso com as intenções mais reais do mundo, mas vamos concordar que em 99,99% das vezes esse não é o caso? Quase sempre é só mais um dos rituais sem sentido que gente que não pensa muito faz no dia a dia, por pura pressão social.

Vamos ser honestos? Tem pouca gente nesse mundo que você realmente se importa se está bem ou não no momento. E tudo bem com isso, somos, na maior parte, adultos com vidas complicadas para tocar. Eu sei que um conhecido ou um contato aleatório de trabalho não tem tempo ou disposição para lidar com meus problemas também. Não o julgo por isso. Pra isso servem família, amigos próximos, namoradas, esposas… é normal que não estejamos preocupados com o bem-estar alheio.

Então eu não fico perguntando se está tudo bem. Porque se não estiver, grandes chances que eu não possa ajudar ou nem queira ajudar. Sim, essa é a verdade: você não quer ajudar todo mundo. Você pode se esforçar às vezes, faz bem pra alma ajudar até mesmo desconhecidos, mas são situações pontuais que dependem de contexto. Eu não estou pronto para ajudar todas as pessoas que esperam que eu pergunte se está tudo bem.

E sei que elas não estão para me ajudar também. É uma pergunta estúpida que só explicita a superficialidade das relações cotidianas. Reforço do contrato social de fingir que se importa. Pra que fingir? O que ganhamos com isso? Se você me perguntar se está tudo bem e eu disser que na verdade não, que estou com uma caganeira demoníaca e faltou água em casa, o que você vai fazer? Chamar um motoboy pra me entregar uma rolha? Ou vai ficar em choque porque eu te contei a verdade?

Quem pergunta se está tudo bem deveria se responsabilizar por tomar alguma atitude, pelo menos. A pergunta teria algum valor. Até segunda ordem, presume-se que a outra pessoa está capaz e operacional quando interpelada. Se não estiver, ela tem a obrigação de te contar. Porque é assim que o mundo funciona. Se não consegue me entregar um relatório ou sair de noite porque seu cachorro morreu atropelado e você está de luto canino, é só dizer. Eu não tenho que ser obrigado a perguntar se uma pessoa é capaz de realizar as ações esperadas dela antes de qualquer coisa.

E outra, quem disse que eu quero dividir com alguém se está tudo bem? Alguns problemas são bem pessoais. Vou responder para um estranho que estou mal porque descobri que minha namorada tem uma conta ativa no Instagram e eu perdi todo o respeito que tinha por ela? Não, né? Vou dizer que estou com dor porque encravou um pelo no saco? Não! Ou dizer que estou chateado porque minha atriz pornô preferida virou evangélica? Tem coisas que simplesmente não cabem numa conversa com estranhos.

E quase todas elas são a resposta real para “tudo bem?”. Eu não sou antissocial por não dar bom dia nem perguntar se está tudo bem, eu só não sou maluco. Eu escolho desperdiçar meu tempo escrevendo textos como este na internet, não fazendo rituais bizarros de conversa. E se não bastasse essa palhaçada toda, tem gente que insiste nisso!

Você manda uma mensagem clara e objetiva para a pessoa, ela demora pra responder, e quando o faz, diz cretinices como “bom dia, né?” ou “tudo bem comigo, obrigado por perguntar”. Olha, depois de receber uma resposta dessa, eu começo a procurar uma galinha preta e uma encruzilhada pra fazer aquela macumba de cair o pinto! Vá à merda. Quer escutar bom dia? Compra um papagaio e ensina ele a falar isso toda vez que te vê. Ô carência e senso de auto importância exagerado.

E sempre quem faz isso só faz porque tem algum pequeno poder sobre você, mesmo que momentâneo. E lá vai você ter que afagar o ego da pessoa para poder continuar o que queria fazer. Se eu recebo uma resposta dessas, pode ter certeza que na primeira chance eu pulo fora dessa interação. Quem faz isso é sequestrador de atenção, e eu não quero ficar um segundo a mais que o necessário nesse cativeiro.

Tem mais! Porque eu sou mimizento assim! Eu também detesto a convenção social de cumprimentar pessoas quando você chega num ambiente. Pra que falar oi pra todo mundo? Sério que você precisa que todo mundo reconheça sua existência de forma deliberada para se certificar dela? Acha que vai virar um fantasma e desaparecer lentamente se não vierem te dar a mão? Eu até entendo o anfitrião ir receber as pessoas que acabaram de chegar, até para tirar dúvidas e situar a pessoa, mas fora isso, é só masturbação coletiva social.

Se duas pessoas têm interesses comuns, elas se encontram naturalmente nos ambientes. Pessoas compatíveis tem gravidade. Não precisa ficar forçando a barra. Essa mania de ficar fazendo “marketing pessoal” gera contatos de baixa qualidade, gente querendo se valorizar pelo número de pessoas conhecidas. Eu gosto da Netflix porque não tem propaganda no meio da série, eu não quero ser audiência da sua estratégia publicitária interpessoal. Não quero ficar rodando por um ambiente cumprimentando gente que provavelmente nem me interessa muito, e não faço questão alguma de ser reconhecido em multidões.

Quem sabe que tem valor e pode ser interessante não se prende a esses pequenos truques para lidar com outros seres humanos. Eu SEI que as pessoas vão querer continuar falando comigo mesmo se eu não ficar mandando bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem… e quem não quiser, quem ficar ofendido… vai tarde! Temos que respeitar o tempo do outro, é o recurso mais finito de todos.

Para dizer que eu sou um chato que vai morrer sozinho (em paz), para me desejar um bom dia, ou mesmo para dizer que eu não devo estar bem: somir@desfavor.com

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Comments (36)

  • Concordo 100%. Tenho alunos que msm com dúvida só mandavam a pergunta depois do “bom dia” de volta um inferno. Passei a responder esses só no dia seguinte, de preferência quando prazo de entrega estava no limite. Minha chefia é um teletubbie que acha que temos que estar felizes o tempo todo, alias ela trouxe uma “inovação” para reuniões que tudo agora quer aplaudir- Fulano deu uma ideia “boa ehhh vamos bater palma” ridícula é pouco.

  • Achei que era só eu… odeio cumprimentar um por um senão X ou Y se ofende… então não cumprimento ninguém, que se ofendam todos.

    E gente que manda gif de bom dia, daqueles cheios de glitter e animação e passarinhos, me dá vontade de ir até a casa deles só para socar, especialmente quando mandam essa joça CEDO e mais nada! Gente estranha!

  • Tem 4 bom-dias q me fodem a vida:
    1) Qdo corrigem o outro, dizendo “boa tarde, né?” Foda-se! Bom “dia” deveria servir pro “dia” todo!;
    2) A pessoa te manda msg com “Bom dia”, vc fica esperando ela desembuchar e nada. A FDP só diz o q quer depois q vc responde “bom dia”. Vá à merda! É msg, não é telefonema! Fale o q quer q o outro responde qdo e se quiser;
    3) Aqueles que passam por uma sala dando um ALTO “bom dia” coletivo, desconcentrando todo mundo;
    4) E os cretinos q qdo vc anda uma msg direto ao assunto responde com um “bom dia” (provavelmente querendo dizer q vc é mal educado).

    Sobre o “td bem?”, a vontade que tenho é responder cantando “Oi! Tudo Bem?” dos Garotos Podres:
    ” Oi, tudo bem?
    – Tudo Bem…
    …Fora o tédio que me consome,
    todas as 24 horas do dia,
    fora a decepção de ontem a decepção de hoje,
    e a desesperança crônica no amanhã,
    tenho vontade de chorar,
    raiva de não poder,
    quero gritar até ficar rouco,
    quero gritar até ficar louco,
    isso sem contar com a ânsia de vômito,
    reação a tal pergunta idiota
    …Fora tudo isso, tudo bem.”

    • Essa pessoa do número dois, que manda um “bom dia” e para de falar, é um mistério para mim. Qual o prazer estranho que a pessoa tem em me dar um “bom dia”?

      • se for um “bom dia” num grupo e a pessoa para de falar, dá pra presumir que a pessoa tem sérios problemas mentais. Mas quando é no privado, aí tem que tomar cuidado (claro, se não conhecer a pessoa). Aconteceu comigo uma vez, me mandaram um “bom dia” no whatsapp, aí eu fui responder “pois não?”, e aí o cidadão sumiu. Depois de alguns dias descobri que o sujeito era nada mais nada menos que um colega de trabalho, bem casado e com filhos, que estava achando que eu daria bola, ou ficaria puxando papo pra dar umas com ele. Desde então, nunca mais respondo esses bom dia sem assunto e sem a pessoa se identificar.

        • Uma pessoa do meu trabalho fazia isso comigo. Me mandava mensagem às nove da manhã: “Bom dia, Sally”. Eu respondia “Bom dia, Fulano” e o Fulano desaparecia. Reaparecia horas depois, para pedir alguma coisa. Credito isso a algum tipo de demência.

  • Esse texto me representa muito. Eu tenho TDAH e por vezes tenho dificuldade de concentração. Então, tento ficar quieta no meu canto, as vezes acontece de passar por pessoas e não falar o famigerado bom dia. Já fui taxada de chata, mal educada, enjoada, etc. As pessoas tem mta dificuldade de não levar tudo pro pessoal, elas acham q elas sao muito especiais e precisam de atenção o tempo todo! Muito desperdício de energia essas convenções. Fico parecendo um robozinho dando bom dia pra não ter que ouvir encheção de saco. É desgastante.

  • Aaaah, Somir, você tocou em um assunto delicado que faz parte do meu mimimi. Eu moro em um conjunto de prédios e, infelizmente, pra chegar no estacionamento tenho que passar por um caminho bem longo. Lá estou eu indo em direção ao meu carro quando me vem um vizinho FDP que nunca nem vi e muito menos conheço com aquele “bom dia, boa tarde, boa noite”. Sabe o que eu faço? Eu ignoro. Sério mesmo. Não dou bom dia pelos mesmos motivos que vc citou. Sério? Precisa mesmo? Eu sou adepta do nunca incomode estranhos e me vem um sujeito com bom dia? Teve outro que quando fui pegar o elevador meu deu bom dia, eu não respondi e depois gritou bem alto na minha cara “mal educada!”. Sério isso? Acredite se quiser somir, eu não pego mais elevador por causa disso, agora subo as escadas e perco uns quilinhos. Mas bom dia eu não dou!
    Isso também interfere nos meus relacionamentos amorosos pois esses machos carentes de merda, me vem com bom dia etc, mando logo pra pqp.

    • Pessoa de bem.

      Sabe uma coisa divertida de fazer? Fingir que não está vendo a pessoa. Olhar através dela, olhar para os lados, como se tivesse ouvido uma voz do além… às vezes dá um tilt na cabeça da outra pessoa.

  • Eu teria várias histórias dessas no meu local de trabalho, mas pra não ficar repetitivo vou me limitar a citar o maluco que fica ofendido se você não responde “disponha” ou “de nada” quando ele agradece algo. Já me chamaram de mal educada uma vez porque não retornei uma mensagem assim. Desculpa, floco de neve, se estou atolada de trabalho e não consigo saciar sua carência de atenção.

    Também é irritante quando você chega/sai distraído, cansado, doente ou de mau humor UM DIA e esquece ou opta por não cumprimentar, e aparece um infeliz gritando “ooooi fulano” ou tchaaaau fulano” pra chamar a atenção. Respeita quem quer ficar quieto UM DIA, inferno.

    Sobre o uso do “tudo bem”, é uma aberração. Maldito quem inventou isso.

    • Pois é. Você não sabe como está o outro, e esse povo só entende o conceito de educação se for algo ensaiado. Pentelhar quem não quer ser pentelhado é muito mais mal educado que não dar bom dia ou tchau.

  • Putaqueocaráleo!!!Ficou ótimo…
    Somir, vc merece uns 1.000 boquetes como prêmio no “paraíso dos sinceros ascensos”….hahahahaha
    Vou guardar umas frases na manga.
    E que venham mais mimimimimimis!!

  • Vou discordar em partes, acho que bom dia até e válido dizer, questão mínima de educação. Ou então, substituir por algum termo, sei lá… Agora, o tudo bem é que mata mesmo pelamor! Realmente, ninguém quer saber de verdade e é tu está bem ou não, e mesmo que não esteja, não vai fazer muita coisa por ti, então… Convenção forçada do caralho que pelamor!

  • Imagina se tu tivesse sido selecionado pro serviço militar… no meio militar esses protocolos de interação são mais numerosos e obrigatórios, pode ter punição se não forem respeitados.

  • Belezura de texto.
    To nessa também.
    Pena que nem todos pensam assim. Meu WhatsApp tem 3 porqueiras que enviam
    Bom dia, boa tarde e boa noite TODO SANTO DIA, além
    do beijo de luz e beijo no coração.
    Ja me vejo levando choque com o beijo de luz e sofrendo um infarto com o beijo no coração.
    Pior que é parente, vão se magoar se eu chutar o balde.
    Retorno uma figurinha, devem pensar que agregaram algo no meu dia.

    • Quem faz por achar que é um gesto de carinho não me incomoda tanto, é meio chato, mas se for pra aguentar chatice, que seja de gente que te quer bem. Pior é quem não tem relação alguma com você e fica te pentelhando com essas coisas.

    • Eu sempre encaminho uma dessas mensagens q me enviaram como resposta pra outra q Tbm enviou, principalmente aqueles textos enfeitados . Não custa nada e as tias ficam felizes.

  • Bom dia é da mesma família do por favor, com licença e obrigado. Quando tem intimidade pode chegar falando, mas vai iniciar uma conversa com desconhecido sem bom dia, vão te achar mal educado. Pra quem é vendedor ou lida com público tem que usar.

    • Discordo. Com licença ou por favor são os termos corretos para interpelar um estranho. Bom dia é estelionato: você abre a conversa com um desejo positivo, colocando a pessoa na obrigação de te dar atenção para não fazer desfeita. Com licença e por favor são termos muito mais lógicos: você está ciente do potencial de incômodo, e se coloca em dívida imediatamente.

      A máfia do bom dia não se cria aqui!

  • Eu odeio Zé Linkedin servo de mega corporação, está entre os 10 piores tipos de pessoas que habitam o planeta. Linkedin é um antro de puxa saco, gente forçada, adolescente tardio e pessoa que quer ser escrava de empresa/grupo/networking que tá cagando pra ela. Aliás essa forçação de empresa “moderna e humanizada” é um câncer.
    “Nós somos uma família” *emoji de coração* “Vista a camisa da empresa”.

    Imagina se tivesse sinceridade, você chega lá e “Bom dia, eu sei que você só está aqui por dinheiro, me diz aí o que você pode fazer pra aumentar meus lucros.” Isso seria muito mais saudável, a meu ver.

    • “Somos uma família até descobrir que um dos filhos dá prejuízo e colocar ele na rua”. Papo corporativo é uma palhaçada, e você tem que fingir que está tudo bem senão o Zé Linkedin (adorei o termo) tenta te foder.

    • Eu comecei a responder nessa linha com essa punhetagem do linkedin e a cultura de empresa de tecnologia querendo ser ultra moderna e inclusiva. Não dá mais pra ter saco com essa merda, puta que o pariu. “P:Pq vc quer trabalhar aqui? R:Mas… foram vocês que me abordaram… P:Sim, mas você se interessou. QUal o motivo? R:bom, vá lá.. Dinheiro. Vcs estão oferencdo mais que meu atual. P:Sim, mas e além do dinheiro? R: Ahhh… mais dinheiro?”

      • O Linkedin está ficando inabitável. O mercado de trabalho como um todo está insalubre.
        Se eu não fosse uma rata de cidade grande, eu largava tudo e ia pra uma fazenda apenas com tecnologia básica (água encanada e eletricidade, mas nada de computador) e só iria pra cidade 2 vezes por mês pra comprar alguns mantimentos que não podem ser plantados ou pescados. Tenho um parente que vive assim.

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