Jogos mortais.

A data se aproxima, e até segunda ordem, as Olimpíadas de Tóquio está mantida. Sally e Somir, talvez por motivos bem parecidos, discordam sobre a possibilidade de cancelamento do evento. Os impopulares escolhem seu time.

Tema de hoje: as Olimpíadas de Tóquio devem acontecer em 2021?

SOMIR

Não. Porque não tem resultado positivo nessa história. Se o evento for mantido, ou temos um desastre com inúmeras contaminações e talvez até uma nova variante, ou as coisas dão certo e passa a mensagem errada para o mundo, gerando mais problemas no futuro.

Fizeram a coisa certa ano passado, não tinha condição de fazer os jogos olímpicos em meio a uma pandemia, em 2021, em boa parte do mundo, as coisas continuam mais ou menos iguais. Sim, nem todo país é o Brasil, mas mesmo os países que se cuidaram melhor ainda estão vulneráveis à pandemia. Isso não funciona se apenas uma minoria fizer a lição de casa.

O ser humano não desenvolveu resistência à doença naturalmente, e as vacinas estão demorando muito para chegar na maior parte dos países. Não se pode considerar a pandemia num estágio de menos perigo, pelo menos não em relação a um evento das proporções de uma Olimpíada.

Vamos para a primeira possibilidade: o evento é realizado e um monte de gente acaba contaminada. Nós já sabemos o quanto adianta fazer as coisas “com todas as medidas de segurança”, né? Mesmo no Japão eu duvido que todo mundo que participe diretamente dos jogos vá estar vacinado com a segunda dose a tempo suficiente.

E vacina não é mágica, ela reduz consideravelmente os riscos, mas depende de uma grande cobertura da população para funcionar. E não é imediatamente: com o tempo o vírus vai desaparecendo pelos seguidos insucessos em se reproduzir. Ainda restam muitas brechas para ele se desenvolver atualmente, especialmente em aglomerações de pessoas vindas dos quatro cantos do mundo.

E muitas delas, pessoas no auge da forma física. Gente que dificilmente vai se abalar por causa da doença e é capaz de voltar pra casa assintomática, espalhando novas variantes em seus países. E alguns azarados podem ter versões pesadas da doença, daquelas que deixam sequelas incompatíveis com esporte de alto rendimento. Podemos perder alguns dos melhores atletas do mundo, mesmo que eles sobrevivam.

E vamos concordar que o mundo não tem nada de homogêneo em organização e honestidade: é bem provável que muitos atletas e membros de comissões técnicas, executivos, políticos e afins viajem para Tóquio com vacinas ineficazes ou mesmo sem vacinação alguma, com atestados falsos. Quem tenta disputar Olimpíada com esteroides não está acima de falsificar um atestado de saúde.

Além disso, estamos criando um caldeirão de cultivo de variantes, os jogos olímpicos da Covid, onde variantes do mundo todo se encontram e medem suas forças para saber qual é a mais poderosa. Não se sabe ainda o que pode acontecer se uma pessoa for exposta a diversas variantes. Talvez até tenhamos uma nova surgindo desse campo perfeito de testes para todas as variações genéticas humanas.

Os atletas não vão ficar isolados. Nem em seus esportes, nem fora deles: o apetite sexual dos olímpicos nos alojamentos compartilhados é lendário. E se as notícias de festas e até mesmo surubas ocorrendo normalmente ao redor do mundo são uma indicação, não vai ser dessa vez que vão se controlar. Sem querer ser escroto, mas já sendo: atletas de alto rendimento não dedicaram muito tempo da vida para estimular o cérebro. É aquela gente que faz educação física na faculdade… não aposte na mente sobre a matéria…

Podemos ter um festival de contaminação no Japão, pertinho de vários dos países que mais conseguiram se controlar durante a pandemia. O mundo só está minimamente viável atualmente porque boa parte da Ásia e da Oceania conseguiu manter as coisas funcionando. Não queremos um desastre por lá, o resto do mundo não está pronto para segurar esse tranco.

Mas tem uma outra possibilidade nefasta: por uma sorte absurda do destino, as coisas ficam sob controle e as Olimpíadas funcionam sem grandes surtos de contaminação. Qual a mensagem que isso vai passar para o resto do mundo? Que fazer as coisas com “todas as medidas de segurança” funciona. Se os jogos olímpicos funcionaram assim, um churrasquinho com amigos funciona também. Um bailezinho funk, um showzinho, uma festinha…

E quem estava pentelhando até agora dizendo que isolamento social não funciona vai pentelhar o dobro: “Tá vendo? Não deu ruim em Tóquio!”. E vai ser complicado explicar para o povão que eles não estão falando a verdade. Existe uma chance de você entrar numa UTI de doentes de Covid, lamber todos os pacientes e ainda sim não pegar. É absurdamente baixa, mas a chance existe. Tóquio pode dar sorte. Sorte não significa que o problema não existe, apenas que você evitou sofrer com ele.

E tem mais: talvez a incrível capacidade de organização japonesa realmente dê conta da situação. É um povo diferente da média. Lá normalmente se faz o prometido e não se dá “jeitinho” nas coisas. Isso aumenta a possibilidade da sorte sorrir para eles em casos assim. O problema é que esse não é um exemplo saudável para o resto do mundo: imagina brasileiro achando que basta fazer como os japoneses para poder voltar ao normal? No país onde clínica vende atestado de comorbidade para cidadão furar a fila da vacina?

Não se enganem, mesmo que os japoneses consigam montar uma organização perfeita para o evento, ainda sim vai ser questão de sorte, e muita sorte, não ter problemas com contaminação. Mas pode acontecer. Se acontecer, se prepare para boa parte do mundo cismar que a pandemia está acabando. Esquecendo que não são japoneses extremamente organizados e cegos sobre o risco desnecessário que Tóquio correu.

E aí, dá-lhe mais anos de pandemia, até as vacinas (se não forem derrubadas por uma variante) realmente cobrirem a maioria da humanidade. Se der errado, nos damos mal. Se der certo, nos damos mal também. A única solução é não ter as Olimpíadas.

Para dizer que só precisa manter tênis e vôlei feminino, para dizer que quer ver o circo pegar fogo (você está dentro do circo), ou mesmo para dizer que se nem os japoneses derem conta é porque não tinha chance mesmo: somir@desfavor.com

SALLY

As Olimpíadas devem acontecer este ano?

Desde o ano passado estou dizendo que não, mas, quer saber? Faz sim, faz logo essa bosta, desgraça tudo, joga merda no ventilador, que é para deixar um marco de aprendizado escrito com sangue: não dá mais para aglomerar enquanto a pandemia não acabar. Não existe protocolo de segurança possível que autorize alguém a aglomerar. Não querem aprender no amor? Pois bem, aprendam na dor o custo de colocar dinheiro acima de vidas.

E, vejam bem, meu posicionamento só é esse pois estamos falando de um evento que será sediado pelo Japão, um país onde criança que tira nota baixa se suicida. É um país com potencial para sentir o baque de ter feito uma cagada e se mortificar com culpa e vergonha por muitas décadas. Se estivéssemos falando do Brasil, eu jamais defenderia essa ideia, pois qualquer desgraça seria inútil e traria zero aprendizado.

Todos os avisos que poderiam ser dados foram dados: aumento de casos, especialistas dizendo que os jogos devem ser adiados, população se posicionando de forma contrária à realização dos jogos (80% é contra), atletas de vários países adoecendo mesmo vacinados… Tudo que poderia ser colocado no caminho dos organizadores para que eles reflitam sobre a real conveniência da realização dessas Olimpíadas foi oferecido pelo universo. Ainda assim, a resposta continua a mesma: não há qualquer possibilidade de adiamento.

Então tá bom. Vai lá e faz essa porra, cambada de filho da puta. Vai lá e aglomera gente pra caralho de diferentes partes do mundo achando que todos estarão vacinados e fora de perigo. Não vai ter um com vacina merda, com vacina mal armazenada, com vacina falsa. Só na delegação do Brasil deve ter uma meia dúzia que tomou vacina vencida por funcionário boçal ter desligado geladeira para carregar o celular. E mesmo que não tenha, pessoas vacinadas podem se contaminar, contaminar os outros e até morrer. Parece uma boa hora para realização de uma competição mundial com delegações de mais de mil pessoas por país?

Vai lá e faz essa bosta, tomara que crie uma nova variante que escape às vacinas, assim o Japão fica para sempre escrotizado como o país que fodeu com o mundo (e ainda livra a cara do Brasil se aí também surgir uma). Faz sim, seus merdinhas. Não tem preparo emocional nem para encarar uma demissão sem se suicidar, imagina a culpa de ter ferrado com o mundo todo. Acha que é exagero meu? Pois saiba que os médicos japoneses já têm até um termo cunhado, de tantos avisos e comunicados que enviaram para os organizadores: “Cepa Olímpica de Tóquio”.

É provável que todas as variantes de coronavírus existentes no mundo se reúnam em Tóquio. Não sabemos o que pode acontecer nessa situação específica, mas sim, pode acarretar o aparecimento de uma super-variante. Pessoas se contaminam, cruzam cepas e depois volta cada um para o seu país e espalha isso para todos, inclusive para pessoas que ainda não estão vacinadas. Olha que joinha! Querem fazer jogos a qualquer preço? Pois façam. Todo mundo ali tem tecnologia, ciência e capacidade para entender o risco. Que façam uma merda monstra para ficar de lição eterna.

Imagina pensar que ninguém vai se contaminar em um evento desse porte, onde, além dos atletas tem as delegações, os jornalistas, funcionários e todo o staff envolvido. Vacina é para a gente não morrer, ok? Vacina não é cura. Vacina não é passaporte de total imunidade contra o vírus. Pessoas vacinadas se contaminam, adoecem e contaminam os outros. Parece bacana que pessoas contaminadas (ainda que sem sintomas) se juntem, mixem variantes e voltem para os seus países? Hein? Parece?

E não é como se o Japão estivesse em um ótimo momento. Tem muitas regiões em estado de emergência por uma quarta onda de contágio, imposto até o dia 20 de junho, três dias antes do início dos jogos olímpicos. Dica: se você está em estado de emergência três dias antes do evento, cancele a porra da festa. Não querem, né? Então tá. Se é para acontecer uma cagada mundial que vai entrar para a história como uma gigante burrada, que seja ali: um lugar onde vai ser sentido, vai ser sofrido, vai ser amargado com ondas de vergonha, arrependimento e culpa.

A Associação Médica de Tóquio, com mais de 20 mil membros, está pedindo desesperadamente o cancelamento total do evento. Eu quero que o mundo veja o que acontece quando você desafia a ciência. Com ou sem Olimpíadas, não vamos sair dessa merda tão cedo, e isso é fato, então, que ao menos aconteça uma cagada memorável para gerar algum aprendizado em países civilizados. Quem tem potencial para aprender, que receba uma lição.

A coisa está tão grotesca que, em um primeiro momento, estavam mantendo a compostura, mandando cartinha e fazendo reunião particular com o comitê olímpico. Como foram ignorados, partiram para as coletivas de imprensa e estão pegando pesado. Vocês têm ideia do quanto precisa acontecer para japonês fazer barraco e jogar merda no ventilador assim?

Naoto Ueyama, presidente do Sindicato dos Médicos do Japão, deu uma entrevista coletiva recentemente onde disse o seguinte, e abro aspas, pois quero reproduzir exatamente a fala dele: “Uma nova variante pode surgir e ser batizada de ‘cepa olímpica de Tóquio ‘, e as críticas de que os Jogos foram um grande ato de loucura da humanidade podem nos perseguir pelos próximos 100 anos”.

Quem ignora um aviso com esse conteúdo vindo de quem vem, não merece ser salvo pelo gongo e ter o evento cancelado alheio à sua vontade. Não. Merece fazer a porra do evento que quer tanto e depois lidar com a fúria da população e do mundo, merece entrar para a história como exemplo do que não fazer. Vai lá, arrombadíssimo, faz seus joguinhos, contamina e mata cidadão do primeiro mundo, confia no seu potencial.

Não, eu não sou sádica. Eu apenas estou desesperada para que caia a ficha na cabeça de quem tem capacidade para isso e se perceba que o antigo normal não volta, não adianta tentar forçar. Não adianta querer fazer das Olimpíadas um “renascimento da humanidade”. O vírus está ganhando e quem tentar vai levar uma sova. Que a lição venha logo: não há protocolos de segurança que permitam aglomerar de forma segura em tempos de pandemia. Que a lição venha logo, pois no ano seguinte tem Copa do Mundo.

Como eu sei que os envolvidos têm capacidade para aprender esta dolorosa lição, sim, eu torço para uma grande desgraça em nome do que eu considero um bem maior. É como deixar que a criança enfie o dedo na tomada e leve um choque depois de inúmeros avisos que foram ignorados, para que ela experimente as consequências de suas más decisões e nunca mais ponha o dedo na tomada. Se der uma merda tamanho GG nessas Olimpíadas, nem tão cedo países civilizados vão considerar aglomerar. O excesso de confiança vai ruir – e isso é ótimo.

Faz logo essa merda. Já está bem claro que a humanidade só aprende pela dor mesmo, então, que venha mais dor para evitar o pior.

Para dizer que está assustado, para dizer que só veio aqui por ter promessa de Siago Tomir ou ainda para dizer que gosta dessa pegada de ver o mundo pegar fogo tocando harpa: sally@desfavor.com

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Comments (30)

  • Mesmo que ocorra a Olimpíada, creio que não teremos tantos recordes…(a não ser de contaminações mundo afora, a confirmar)

        • Os cinco aros interligados que compõem o símbolo olímpico possuem cores diferentes, cada uma representando um continente: azul, a Europa; amarelo, a Ásia; preto, a África; verde, a Oceania; e vermelho, as Américas.

          Agora vão representar as cinco cepas mais famosas: Britânica, Sul-Africana, Brasileira, Indiana e a Japonesa (Cepa Olímpica de Tóquio).

  • E que venha a copa américa para o Brasil, porque aqui só tem atleta e pessoas imune e o presidente incomivel, imbroxavel e esqueceu de dizer incompetente, louco e suicida .

  • Some está coberto de razão e seus argumentos são irrefutáveis. No meio dessa zona toda, causa perplexidade que o Japão (justo ele!) insista nessa cagada, cujas conseqüências até uma água-viva com derrame poderiam prever. Muito decepcionado com este grande país.

  • Acho difícil que o Japão aprenda alguma coisa com isso, mesmo dando merda. É só lembrar que não aprenderam quase nada mesmo após levar duas bombas (EUA iam jogar bem mais), justamente pela teimosia. Eles dizem que isso foi uma vergonha, uma humilhação, mas continuam teimosos e arrogantes. Falei com uma japonesa recentemente que disse que está “rezando” pelo bem do Brasil, mas que “no Japão está tudo OK, corona está controlado” (eu ri). Japoneses também são conhecidos por esconder/ ocultar notícias ruins de seu país, então se chegaram nesse nível, a coisa está feia. Espero que cancelem, mas se não rolar, só vai ser mais uma vergonha.

    • “Japoneses também são conhecidos por esconder/ ocultar notícias ruins de seu país”
      Longe de querer defender o Japão (assim como a Coreia, é um shithole que só se desenvolveu por causa do apadrinhamento americano), mas outros países ditos “civilizados” também são assim. Se eu ganhasse 1 real por cada europeu que eu já vi na internet falando que o governo de seu país faz de tudo pra esconder notícias relacionadas à criminalidade…

    • Você acha que os japoneses não aprenderam nada com as bombas atômmicas?
      Quando foi a última vez que o Japão ficou tretando, bravateando ou se metendo em guerras?

      • Até onde eu sei, os japoneses, e também os asiáticos em geral, tem sérios problemas em admitir publicamente falhas ou incompetência. Me parece que, para a cultura deles, não conseguir cumprir direito uma tarefa é, na maioria das vezes, uma desonra e uma vergonha inomináveis.

      • Bem, pelo visto não aprenderam não. Até recentemente o governo queria alterar a constituição para ampliar o papel do exército japonês. O país é “pacifista” e não pode declarar guerras (até quando né?). Estavam querendo transformar o Japão em um país militarista novamente, mas agora que Shinzo Abe não está mais em seu cargo como ministro, não sei como está. O problema é que eles cometem erros mas não admitem, tem o caso dos crimes de guerra na china e coreia, mas o Japão se nega até hoje a responder por isso. Infelizmente eu já trabalhei com Japoneses e sei como eles são. Não são todos, óbvio, não quero generalizar, mas eles não são tão certinhos quanto querem parecer ser.

      • Eles até querem se defender da coreia do norte, que vive ameaçando com mísseis o território deles, mas eles não podem se defender por causa desse status de pacifista. Porém, até quando? Uma hora eles vão tretar com alguém.

  • Japão está com a economia estagnada há anos, taxa de natalidade despencando, por isso o desespero pra fazer esse evento a qualquer custo.

    O Estado quer manter a economia girando, mesmo à custa da segurança de seu próprio povo. Os países europeus recebendo aquele monte de refugiados na década passada não me deixa mentir.

  • Há quem diga que chikungunya e zika aportaram no BR pelos eventos em 2014. Para a versão indiana e outras piores da COVID afetarem o Japão e outros países mundo afora, pouco custa.
    E pra surgir uma versão resistente as vacinas existentes, é um pulinho.

    • Certamente. Novas variantes VÃO surgir, isso já está pago e será entregue. Já que vai acontecer de qualquer forma, que seja por causa de um mega-evento, assim ao menos fica um aprendizado. Pior se surgir do nada em outro país, aí as pessoas vão ficar dizendo “tá vendo? ficou todo mundo trancado e surgiu mesmo assim, não adianta nada fazer isolamento social”

  • Sem dúvida, fico com o Somir nessa. Não somente porque concordo com tudo o que foi exposto em seu texto, mas também porque, nas suas “considerações finais” ele nos lembrou de que não é bom querermos ver o circo pegar fogo enquanto nós também estamos todos dentro desse mesmo circo. Com a pandemia de Coronavírus ainda longe do fim, a Olimpíada de Tóquio já deveria ter sido cancelada faz tempo. É uma simples questão de bom senso, caramba! Outra coisa: esse tipo de evento, a bem da verdade, é uma grande congregação festiva global; só que não há “clima” algum para se fazer festa enquanto ainda há tanta gente no mundo morrendo por causa dessa maldita doença.

    • Spoiler: o circo vai pegar fogo de qualquer jeito, é inevitável

      Que ao menos pegue fogo vinculado a um grande evento, assim o resto do mundo fica com receio de fazê-lo

  • E já que nós estamos falando na teimosia de dirigentes em irresponsavelmente querer promover eventos esportivos internacionais em plena pandemia de Coronavírus…

    DEVIDO ÀS NOVAS ONDAS DE COVID-19, CONMEBOL ANUNCIA SUSPENSÃO DA COPA AMÉRICA NA ARGENTINA, MAS AINDA ESTUDA POSSIBILIDADES PARA LEVAR COMPETIÇÃO PARA OUTRO LOCAL:
    https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-america/noticia/conmebol-anuncia-suspensao-da-copa-america-na-argentina-e-estuda-onde-realizar-torneio.ghtml

  • “É como deixar que a criança enfie o dedo na tomada e leve um choque depois de inúmeros avisos que foram ignorados, para que ela experimente as consequências de suas más decisões e nunca mais ponha o dedo na tomada.” O que tem de “criança” por aí que continua “enfiando o dedo na tomada” repetidas vezes mesmo depois de “levar choque” não está no gibi… E olha que eu nem estou falando somente de Brasileiros Mé(r)dios. A julgar pelo histórico da Humanidade, certas lições não serão aprendidas nunca…

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