Carta a mim mesma.

Existem algumas coisas que eu sei hoje que gostaria que alguém tivesse me dito quando eu tinha 18 anos. Bem, para ser franca, é bem provável que eu não escutasse, mas talvez você seja mais evoluído do que eu era e possa, quem sabe, ao menos refletir sobre e se beneficiar com ao menos uma das ideias. Então, aqui vai: uma lista das coisas que eu queria poder dizer a mim mesma quando eu era mais nova.

Você não precisa “ser alguém na vida”, você já é. E seja exatamente quem você é, não quem os outros gostariam que você fosse. O combo diploma/casa/casamento não é nenhuma garantia de felicidade. E escolher uma carreira tida como promissora não é garantia de dinheiro. Por sinal, sua melhor chance de ganhar dinheiro não está vinculada a diploma, carreira ou profissão, é sim à sua criatividade e, acima de tudo, capacidade de execução. Boas ideias todo mundo tem alguma vez na vida, tirá-las do papel e executá-las é o grande diferencial.

Ninguém precisa de ídolos e, quem acha que precisa, precisa na verdade de terapia. E quando falo em ídolos, não falo apenas de pessoas (um cantor, um ator, um político), falo em qualquer coisa que possa ser idolatrada, como por exemplo, uma ideologia, um estilo de vida, um cargo. Você não gosta do seu ídolo, você gosta daquilo que você acha que ele te proporciona, daquilo que ele te inspira, daquilo que ele te faz sentir. E isso, você pode acessar sem ídolos, é seu, está dentro de você.

Amor não é isso que vendem em filmes, isso na verdade é romance (quando é fofinho) e paixão (quando é intenso). Amor não tem nada a ver com isso e, só pelo fato de estar condicionado de alguma forma (a uma pessoa, a um comportamento da pessoa ou a qualquer outra coisa) deixa de ser amor. Amor e incondicional, amor é consciência, amor é serenidade e paz. E, acredite, não é ruim não ficar perdidamente apaixonada – muito pelo contrário, é um alívio, ainda que a sociedade só acredite nesse amor passional, ele não é saudável. Por sinal, o oposto do amor não é o ódio, o oposto do amor é o medo.

Felicidade também não é essa coisa intensa e neurótica que a sociedade busca. Isso é euforia, e é uma merda, pois tudo que sobe tem que descer: não se pode passar toda uma vida eufórica, portanto, quem experimenta euforia em algum momento vai experimentar um contraponto de baixos nesse alto. E viver em altos e baixos também é uma merda, é desgastante, é cansativo. Felicidade é estabilidade emocional, que, ao contrário do que a sociedade vende, não é chato, nem tedioso nem “deixar de aproveitar a vida” – é exatamente o oposto de tudo isso.

Ninguém fica preso a uma situação desagradável se não tiver um grande ganho secundário nisso: viver como vítima (recebendo acolhimento, atenção e menos cobranças), deixar o outro na posição de devedor (recebendo um passe livre para cometer erros, sendo visto como superior ou barganhando com essa moeda de troca) ou qualquer outro motivo. Se a pessoa diz que não consegue sair dessa situação, é por, inconscientemente, não querer abrir mão do ganho secundário. Se você não conseguir sair dessa situação é por, inconscientemente não querer abrir mão do ganho secundário.

Você não pode mudar o mundo. Hoje você pensa que pode, mas com o tempo, vai ver que não só não pode mudar o mundo, como não pode mudar nem sequer as pessoas que te cercam. Você só pode mudar a você, e é assim que as grandes mudanças acontecem: quando cada pessoa decide transformar a si mesma em sua melhor versão. Não foque nunca em mudar os outros, isso não tem que ser importante, foque em mudar a você. Então, sorria, você não pode mudar o mundo, mas pode mudar a forma como você vê o mundo, o que, no final das contas, acaba sendo muito mais eficiente.

Tentar controlar algo, qualquer coisa, é fazer um pacto com o sofrimento. Por mais duro que seja desfazer esse condicionamento social, acredite, é verdade: você não controla nada. E querer controlar, seja em que nível for, é pedir para sofrer. Mais vale estar aberta para o que quer que aconteça e, quando acontecer, lidar com isso da melhor forma possível. Tudo aquilo a que a gente resiste, persiste. Surfe a onda do que quer que venha e faça o seu melhor, sem desejar, lamentar ou espernear que não era o que você queria nem da forma que você queria. Pode ser que no futuro você perceba que o que veio acabou sendo melhor do que o que você queria e você apenas não conseguia ver isso no momento.

Qualquer sentimento bom que você almeje, desde felicidade até completude ou realização, tem que ser buscado e conseguido dentro de você, sem depender de nada externo. Trabalho, cargo, poder, status, família, bens, fama, reconhecimento… não são nada. Podem até, temporariamente, acessar algum sentimento de recompensa, mas é efêmero, passa. Portanto, se você for buscar isso neles, você terá que alcançar algo ainda maior para voltar a se sentir assim. É o mesmo mecanismo das drogas. Se você condicionar sentimentos bons a isso, vai viver feito uma drogada, sempre em busca de uma nova dose, se matando de trabalhar, se matando de gastar. Seu bem-estar está dentro de você, não fora. Não busque fora, não seja uma drogada.

O que não quer dizer que você deva se tornar uma hippie e ir vender gnomos de madeira na beira da estrada. Também não quer dizer que você tenha que descuidar do seu corpo e do seu intelectual. Só não deve depender deles, mas cultivá-los tem a sua relevância. A vida é uma jornada de autoaprimoramento e corpo e intelecto são ferramentas importantes para ela, portanto, cuide bem deles. É como usar um carro para ir trabalhar: você não é o seu carro, não deve se confundir com ele, mas seu carro é uma ferramenta importante para o seu trabalho. Cuide bem dele, mas não faça dele um fim em si mesmo.

A Bíblia é apenas um grande erro de tradução, não fique brava nem perca tempo anunciando ao mundo a “fraude” que é essa ou outra religião. Pessoas estão em estados de consciência diferentes e pode ser que para muitas um ídolo seja necessário e que, a outra opção, se você tirar o ídolo delas, seja muito pior do que a idolatria. Por sinal, não tente esfregar nenhuma “verdade” na cara de ninguém, se a pessoa não está pronta para ver, você vai causar mais mal do que bem, mais resistência do que compreensão. Esqueça os outros, o foco é você: seus próprios enganos, seu aprimoramento, sua evolução pessoal.

Saia da dualidade: bom/mau, bem/mal, certo/errado, correto/incorreto. Mas só na sua cabeça, pois se sair da dualidade e ficar alardeando isso em público você vai ser internada em um hospício. A linguagem social é na dualidade, este mundo é totalmente baseado na dualidade, portanto, aprenda a transitar nela sem se tornar ela. Não há problema em usá-la, apenas não a pratique, não acredite nela. Esteja no mundo sem ser do mundo. Bom e mau são construções sociais que só levam à divisão, separação e conflito.

Por sinal, julgamentos não levam a nada. Sejam os de tribunal, sejam os sociais. Porém, durante toda sua vida, julgamento será uma realidade muito forte e presente no mundo em que você vive, portanto, eventualmente ele tem que ser usado como recurso para pontuar alguma ideia que você acredite válida. Mas, novamente, no que diz respeito apenas a você, tente não julgar: “isso é bom, isso é ruim”. Não se luta contra o que é. Apareceu na sua vida? Aceite e aprenda com o que aquilo tem a te ensinar, sem julgamentos.

Caridade é hipervalorizada. É uma forma da pessoa se sentir bem consigo mesma, de aplacar culpa ou de mitigar outros problemas pessoais. Além disso, caridade como a conhecemos (doar bens, doar dinheiro) retira a dignidade da pessoa e reforça a ideia de que ela não é capaz de conseguir as coisas por ela mesma. Se quer fazer um bem ao mundo, mantenha sua mente em um bom lugar e ofereça oportunidades e novos pontos de vista às pessoas, de forma gratuita.

A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. O que você faz com aquilo que se apresenta na sua vida é escolha sua, e apenas sua, e se você sofre, pois a sociedade te incutiu que quando acontece isso tem que sofrer, também é responsabilidade sua: pode ser diferente. Existem formas de olhar para tudo que chega como aprendizado, e é recomendável que você entenda isso logo. Por mais sofrido que pareça, se olhar direitinho, dá para ser grato pois a pior merda que possa acontecer com você é a vida te dando um alerta: pare e olhe para isso, tem algo aqui para ser resolvido. Então, tenha em mente que todo sofrimento é um erro de interpretação. E se cair, não de preocupe em se lamentar e sofrer, apenas levante. Sempre dá para levantar.

Nada, eu disse nada, se resolve fora de você. E nada, eu disse nada, se resolve pelo ataque, pela briga, pelo combate ou por qualquer forma que crie dualidade e separação. Muito pelo contrário, quando você polariza, automaticamente cria ou fortalece o outro “lado”, gerando ainda mais ataque e divisão, em um círculo vicioso sem fim. Isso quer dizer que você nunca mais vai poder criticar nada ou se opor a nada? Não. Isso quer dizer que o lugar desde onde você o faz tem que mudar. Não é para virar uma ameba que acha tudo lindo, é para mudar o lugar desde onde se critica.

Ataque ou defesa só geram mais do mesmo: você topa participar do jogo do outro. Fique acima, não aceite nenhum convite para brigar, dividir, separar. E os convites virão. E se você não aceitar, quem convida vai continuar provocando, desafiando. Tenha compaixão dessa pessoa, ela deve estar em um lugar da mente muito ruim. Mantenha-se na neutralidade, mantenha-se no seu lugar, não se mova um milímetro dele, os outros não tem o poder de te desestabilizar, não dê esse poder a eles.

Todo extremo é ruim. Encontre seu próprio equilíbrio, sem proibições, sem regras socialmente impostas, sem radicalismos. Ninguém precisa ser vegano para ser bom, ninguém precisa de porra nenhuma a não ser aprender a se ouvir e se respeitar. Não faça nada que você sente que não tem que fazer, seja ir ao bar da esquina, seja aceitar um emprego: custa caro demais. Ainda que todos digam que é a coisa certa a fazer, se for contra o que você quer/sente, você vai pagar com a sua alma e paz de espírito – e esse preço é muito caro. Tenha sabedoria para diferenciar o que você realmente quer daquilo que foi imposto como condicionamento, é muito fácil confundir um com o outro.

Olhe para o que é, tire o foco do que não é. Isso significa colocar seu foco, sua atenção e sua energia no que você quer e acha positivo e não olhar, não perder seu tempo com o que você não quer. Ok, essa foi bem abstrata, e talvez você não tenha abstração para entender isso, então, aqui vai um exemplo: se você acha que praticar atividade física é muito bom, foque nisso: fale dos benefícios em se exercitar, desfrute do que isso te traz de bom, em vez de falar dos malefícios do sedentarismo (certamente agora você me entendeu).

Seu melhor guia é a sua sensação interna. Não são livros, não são pessoas, não é o conhecimento racional. Sua sensação interna é o mais importante e o que você mais deve escutar. Porém, não é fácil silenciar todos os ruídos que impedem que ela seja ouvida com clareza. Observe, escute, respeite: sentiu que não é para ir, não é para fazer, não é para continuar? Desista. Sentiu que aquilo faz bem? Siga nesse caminho.

Saber rir de si mesmo e não se levar a sério é uma prova de sabedoria. Não se importe com o que os outros pensam de você, principalmente se forem desconhecidos. O que uma pessoa fala a seu respeito, ou a respeito de um texto seu, diz mais sobre ela do que sobre você mesma. Mas, sagrado direito seu não dar voz a essas pessoas: se expor a elas é um convite, para que você caia na mesma vala na qual essas pessoas estão. Não aceite esse convite. Você só vai se você quiser. Não queira.

Não existem “limites do humor”. Uma piada é apenas uma piada e quem se ofende com isso tem severos problemas de autoestima e/ou mentais. Obviamente, você não vai na casa de ninguém impor uma piada, mas no seu blog, faça o que você quiser: quem gostar consome, quem não gostar que não leia. Escreva o que você quiser, quando quiser, pois mesmo eventuais equívocos terão o potencial de ajuda alguém, ainda que seja te usar como exemplo do que não fazer.

É possível fazer bom uso das redes sociais, basta não usá-las para brigar, antagonizar, se aborrecer, panfletar ou para olhar a vida alheia. Você vai atingir esse patamar, de ler qualquer coisa e nada te desestabilizar. Elas podem ser um bom lugar para conversar com pessoas que você admira, manter os amigos por perto mesmo quando fisicamente distantes e divulgar o seu trabalho. Se você parar para pensar, as pessoas mais importantes da sua vida você conheceu em redes sociais e o próprio Desfavor não existiria sem elas. Porém, antes de postar qualquer coisa, se pergunte: “isso interessa ao outros? O que isso acrescenta aos outros”. Rede social não é diário. Ninguém quer saber como está a sua vida, o que você está sentindo, o que você comeu. Você não é tão importante – e quem quer saber de você por redes sociais, está mais interessado na sua vida do que em você.

A única certeza que se tem na vida é a da impermanência, ou seja, tudo vai mudar. Não se apegue a situações, status ou a determinada realidade, pois você vai sofrer quando elas acabarem – e elas vão acabar, ou mudar, ou se transformar. Tenha sempre consciência da impermanência e faça as pazes com ela, se mantendo aberta para abraçar o que quer que venha. Essa é a melhor forma de estar preparada.

Você não sabe nada, e vai morrer sem saber. Você não sabe o que os outros estão pensando, o que os outros estão sentindo, o que os outros estão passando, então, na dúvida, pergunte, não presuma. Você não lê mentes e nunca vai compreender na totalidade o que se passa à sua volta. Sempre pergunte, sempre busque o contexto no qual as coisas estão acontecendo.

E, mesmo quando você tenha consciência de tudo que está escrito aqui e, por um milagre, concorde com tudo, ainda assim vai demandar trabalho para colocar isso em prática. Desconstruir todos os condicionamentos sociais não é algo automático, não basta “saber” tudo que foi escrito aqui, é preciso internalizar, integrar e permitir que você se transforme nisso, para que esta passe a ser sua nova forma de funcionar. E, para isso, o racional não vale nada: você pode saber, racionalmente, que tudo isso é verdade e, ainda assim, não conseguir colocar em prática. Dica: treino. Uma mente sem treino não consegue porra nenhuma.

Não sinta medo. Sentir medo é uma escolha. Desista desse sentimento, deixe ir – sim, é possível. O tempo não é linear, isso é apenas uma percepção sua no momento: a verdade é tudo já aconteceu e não há motivos para ter medo, nem você, nem ninguém.

Dinheiro não traz felicidade, mas, no mundo em que você vive, a falta de dinheiro certamente provoca a infelicidade, pois gera limitações, escassez e privações. Por isso, anota aí os números que serão sorteados na Mega-Sena no dia 16/10/2021 do concurso 2419: 10 – 35 – 43 – 48 – 50 – 53. Se até essa data você tiver internalizado tudo que foi dito aqui, você vai fazer bom uso dele, caso contrário, melhor não, se não, você vai transformar o Desfavor em um canal de TV e sua vida vai virar um inferno.

Para perguntar que tipo de drogas estou usando, para dizer que daí só queria os números da Mega-Sena mesmo ou ainda para guardar o texto e ler dentro de alguns anos pois hoje não concorda com porra nenhuma: sally@desfavor.com

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Comments (24)

      • Perdoe-me pela intromissão, mas acho que isso é bom sim, Sally. Eu posso até estar enganado, mas creio que o Anônimo aí de cima quis te elogiar dizendo que você está ficando mais sábia. E, citando um pensamento que vi por aí atribuído ao Augusto Cury: “sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.”

  • “Boas ideias todo mundo tem alguma vez na vida, tirá-las do papel e executá-las é o grande diferencial.” —–> Nem precisa, é só estudar Matemática: você tira uma ideia do papel e executa… no papel. Ou seja, nem precisa sair do papel! Hehehehe. Fermat, ‘criador’ do Cálculo DIFERENCIAL, que o diga! :P

    Mas enfim, depois de algum tempo sem passear por estas terras desfavoráveis, vim e, em plenos 21 anos de vida ou mais exatamente cerca de 7.900 dias de vida, deparei-me com este texto.

    Só vim dizer que esse texto é EXCELENTE! Lê-lo-ei mais vezes. E nada tenho a acrescentar. Grato pelo poder lê-lo!

  • Esse foi o melhor e mais Lúcido texto que já li nos últimos tempos. Apesar de não concordar com tudo, me fez tao bem ler. Vivi tantas coisas diferentes nos últimos anos e eu vi em cada parágrafo um pouco do que eu vivi e na época não compreendia o motivo das coisas. Posso compartilhar?

  • Que frase:

    Boas ideias todo mundo tem alguma vez na vida, tirá-las do papel e executá-las é o grande diferencial

  • Não diria pra mim com 18 q o amor é incondicional , pelo contrário. Até o amor materno tem a condição de ser seu filho. E não entendi pq o contrário de amor é medo, não seria desprezo?
    Diria com certeza pra me concentrar em mim mesma pq tem muita coisa para melhorar e principalmente NÃO ENGORDE !!! Vc vai levar o resto da vida para emagrecer. Vc adora patins e trilhas lhe renderam boas conquistas. Tamojunto❤️

    • Quando se parte do princípio que eu parti, de que amor é consciência (e não um sentimento fofinho ou passional), seu oposto é o medo, pois o medo é falta de consciência. Quem está realmente consciente não sente medo, o que não quer dizer que seja uma pessoa irresponsável ou se coloque em risco: a vida requer uma série de cuidados e limites e eles devem ser tomados, mas não motivados pelo medo.

  • Sally guru autora de auto ajuda, adoro! Rs

    A parte de sair de uma situação difícil, com um ganho secundário, foi bem pra mim! Preciso de muitas forças pra dar conta de lidar com a situação em que estou.

    • Tenta olhar para ela pelo lado do aprendizado. O que você está aprendendo com isso?

      E deus me dibre de ser guru ou de auto ajuda

  • “Seu melhor guia é a sua sensação interna.”

    Difícil achar o equilíbrio, pois os malucos e os esquizofrênicos só se guiem por sensações internas.

    • Não, os esquizofrênicos se guiam por vozes que escutam em função de um delírio causado por alterações bioquímicas do cérebro. É bem diferente.

  • Eu teria me escrito:
    Pare de levantar a saia pra brigar com o mundo e as pessoas que estarão contra você, é como bater palmas pra louco dançar.
    Cultive a paciência porque ela é igual a dinheiro, será de muita serventia para o resto da sua vida.
    Não perca tempo com conhecimentos inúteis, estude menos, o conhecimento em excesso irá tirar a sua capacidade de maravilhar-se com o desconhecido.
    Sossegue, tire poucas fotos das viagens que irá fazer, um dia todas as paisagens estarão no google.
    Fique na casa e no colo gostoso dos seus pais, lá fora é assustador, sua paciência não é suficiente para um casamento e filhos.
    Continue a agir conforme a sua consciência manda, ela sempre será o seu melhor travesseiro.
    Ah, pode parar de rezar, nada cai do céu e Deus é um mito cultuado pelos que não tem responsabilidade sobre os seus atos.
    Seja mais doce e menos pimenta.
    Quando atacar a irritação, respira… respira… respira…
    Se cuide com 2019, vem muita merda por aí.
    Rasgue o seu título de eleitor ou pague multas, não autorize com o seu voto quem quer que seja para gerenciar o Brasil.

  • Eu acrescento que: está tudo bem em falhar. E você vai, várias vezes. Só aprenda algo com isso. Deixar ir é o perdão a si mesmo e a outrem por si só.

    E que: mesmo que você permaneça em situação abusiva por ganho secundário, isso também vai mudar por si só. Crianças crescem, pessoas morrem. Demissões e falências acontecem.

  • Eu queria ter lido algo assim quando era mais nova, mas acho que essas coisas você só aprende mesmo passando por diversas situações e aprendendo ao longo do caminho.
    Eu adicionaria mais um ponto.
    -Levante e saia quando necessário. Pode ser numa briga, discussão com marido ou namorado, reunião familiar com mais ataques do que diversão, com um chefe que te humilha…não fique no mesmo lugar a ponto de ser insultada ou machucada. Tenha coragem, levante e saia. Isso NÃO é covardia ou fraqueza, é cuidar do seu bem estar físico e emocional.

    • Concordo totalmente com o “levante e saia”, temos o direito de não querer participar de algo que nos faz mal.
      O ideal seria poder ficar e não dar importância às palavras que estão sendo ditas, mas eu ainda não cheguei nesse patamar.

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