Sou uma pessoa cética. Cética e pessimista. Por isso por muitas vezes questionei se Ele voltaria. Esse papo de “Ele vai voltar, todo mundo sabe que um dia Ele vai voltar” nunca me convenceu. Confesso, aqui entre amigos, que eu sempre quis que Ele voltasse, porque contra tudo que prego no Desfavor, eu acho que Ele tem sim o poder de fazer do mundo um lugar melhor. Eu preciso Dele, por mais que odeie admitir. Nós precisamos Dele. E sim, eu dou o braço a torcer, eu acredito Nele.

Aos poucos fui tendo sinais de que Ele voltaria. Semana passada, por exemplo, em um programa da TV aberta, mais precisamente da Rede TV. Mesmo assim, eu duvidava. Depois de tudo que Ele passou, achei que já tivesse cumprido sua missão aqui. Mas não, Ele vai continuar se sacrificando por nós. Ele é assim, em sua imensa gloría.

É com o maior prazer que renovo minha fé e compartilho a seguinte notícia com vocês:

“Dia desses, Rafael Ilha foi a uma loja de colchão do Morumbi com a namorada e um cachorro. Ocorre que o bichinho se empolgou e subiu em um colchão de R$ 12 mil. A vendedora, atenta, pediu ao rapaz que retirasse o cão dali. Ele não gostou. Os ânimos ficaram exaltados. O ex-Polegar bateu boca com a moça, jogou uma caneta em seu rosto e foi embora. Minutos depois, o rapaz voltou e pediu desculpas à vendedora. Ainda bem, né?”

Estou tomada por forte emoção, mas vou tentar tecer rápidos comentários.

Pilha foi a uma loja de colchões levando seu FUCKIN´ cachorro. Não contente em levar o FUCKIN´ cachorro para comprar colchão, deixou o FUCKIN´ cachorro entrar na loja. Não contente em deixar o FUCKIN´ cachorro entrar na loja, ainda o deixou sem supervisão alguma, a ponto do animal subir nas camas sem o menor constrangimento. Tem como não amar? Melhor parte: o PilhaDog escolheu um colchão de 12 mil para tocar o zaralho, tipo, pra que escaralhar um colchão de dois contos? Quando eu digo que os animais são o reflexo dos donos…

A vendedora, ao ver que o PilhaDog vandalizava um colchão de 12 mil, pediu que ele retirasse o animal e o Pilha se aborreceu, afinal, qual é o problema do seu cão dançar macarena no colchão da loja? Nossas fontes relatam que a certa altura do bate-boca Pilha perguntou à vendedora se ela sabia com quem ela estava falando. Provavelmente não, se não teria não apenas permitido que o cão mijasse no colchão como também que ele cagasse em sua boca. Fazer o que? Brasileiro é um povo ignorante que só reconhece seus heróis depois que eles morrem. E o Pilha não vai morrer tão cedo (o que não faltou foi tentativa).

Depois do bate-boca da vendedora piranha inconveniente e mal educada, Pilha pegou uma caneta e… JOGOU NA CARA da vendedora. Atentem para a evolução do ser humano em todo seu esplendor. Ele não deglutiu (comeu, animal!) a caneta. Ele atirou a caneta na vendedora! Quando eu achava que o Pilha não podia melhorar, ele me surpreende! Pilha 2011, mais agressivo do que nunca. ME MATA DE ORGULHO, PILHA! Você não é o patrono deste blog só por ser um rostinho bonito e um astro do rock!

Após sair da loja, Pilha se lembrou da quantidade de processos que ele responde (sequestro por exemplo, lembram? ficou mais de um mês preso quando foi detido com a camisa do DENARC e tirou onda com o delegado dizendo “tão me prendendo por sequestro? vocês nem viram que eu estava com uma arma ilegal!”), pensou o que acontece com quem viola a Condicional, lembrou como é ruim voltar para a cadeia e entrou na loja e se desculpou. Mas isso não é demérito! NÃO! Porque temos certeza que foi aquela desculpa cuspida bem da boca pra fora, sabe? Tipo, para se safar de alguma punição: “Pede desculpa pro seu irão A-GO-RA!”. Certeza que foi uma desculpa escrota e debochada, com aquele sorrisinho maroto no canto da boca.

O importante é que ele está de volta. E ele está com a Macaca (Lindamar?). O fato dele achar bacana que seu PilhaDog fique sacaroteando dentro de uma loja em um colchão de 12 mil mostra que ele continua o mesmo: ousado, fascinante e admirável. O fato que além de ter batido boca ele ainda tenha arremessado um objeto na vendedora nos faz quase que chorar de emoção, tipo pais orgulhosos do progresso do filho. Só tente algo mais pesado da próxima vez, Pilha. Uma cadeira, uma mesa ou uma bigona (ACME feelings).

Outra questão que não pode deixar de ser citada. Pilha estava acompanhado de sua namorada. Da última vez que vimos Pilha dando entrevista ele fez o (des) favor de contar que parou de tomar seus remedinhos para gente dodói da cabeça porque estavam deixando ele broxa, completando com a sublime frase “Nunca mais paro de tomar, prefiro ser broxa do que maluco”. Pilha evade privacidade como ninguém jamais vai conseguir fazer! A questão que fica é: a namorada dele está namorando um broxa ou um maluco? A gente torce muito para que seja um maluco e que o episódio da caneta voadora ser apenas o couvert.

Ainda me lembro do último episódio famoso do Pilha que eu tive o prazer de noticiar no Desfavor (Plantão Pilha), quando ele pegou um garfo enferrujado numa vibe Dr. Fritz, se trancou no elevador e ficou berrando por quase quarenta minutos que ia se matar, até que os vizinhos cansaram da barulheira e chamaram a polícia. Pilha enterrou o garfo em sua garganta e depois ficou esmurrando o elevador gritando que não queria morrer. Tem como não amar? TEM COMO NÃO AMAR? Depois desse episódio ele ficou em off por um bom tempo, mas parece que recarregou as baterias (turun tss).

É isso. Desfavor está aqui na torcida para que você, Pilha, volte a ser esse popstar carismático sempre presente na mídia. Não se deixe abater pelas críticas, são todas motivadas por inveja. Inveja do seu carisma, do seu sistema digestivo inabalável, inveja da sua imortalidade. Pilha é o Wolverine brasileiro, ele tem fator de cura mutante e fica furioso de uma hora para a outra. Tudo bem que aparentemente suas garras de adamantium são um garfo de cozinha, mas a gente te ama mesmo assim.

Pilha, tamojunto. Desfavor te venera. Desfavor te dá apoio incondicional. Desfavor quer você Presidente do Brasil! E se tudo mais der errado (como deu da última vez), já sabe: chama a imprensa, bota a mãozinha na cara dá uma choradinha. Não tem quem resista.

Para dizer que isto é curto demais para configurar uma postagem e quer uma coluna nova amanhã, para falar mal do Pilha e ser banido para sempre ou ainda para pedir que a Lindamar conte sua versão do ocorrido: sally@desfavor.com