“Eu não prendi o cinto.”
A frase passou pela sua cabeça de Karin no segundo entre o tranco habitual da reentrada atmosférica e a fria e dura realidade do chão metálico da cabine. Os estabilizadores lá fora entram em ação, permitindo seu retorno ao compartimento da cama. O colchonete fino cheirava mal e parecia sempre úmido, mas depois de quatro meses de viagem num velho cargueiro do tempo das colonizações, qualquer coisa macia já era um alento.