O sol acabara de se por em São Paulo, a cidade quieta como nunca. Nas ruas não haviam congestionamentos, as calçadas vazias, lojas fechadas. No horizonte, milhares de janelas escuras. Podia-se ouvir o latido de cachorros irrequietos há quilômetros de distância. Dentro de um centro comunitário, algumas dezenas de pessoas, principalmente idosos e crianças esperavam pelas palavras de um homem posicionado diante do microfone no palanque. O burburinho da sala cede rapidamente quando o homem pigarreia por atenção.