O dia ontem foi dos advogados e promotor, cada um teve duas horas e meia para amarrar todas as provas colhidas em um grande resumo e com isso fechar uma conclusão para tentar convencer os jurados (com direito a réplica e tréplica). Os advogados de Bruno atrasaram porque ficaram presos no trânsito. Você pega um caso de repercussão nacional, aonde o Brasil todo vai estra de olho no seu trabalho, e chega atrasado. Sensacional. Os jurados lá, sem poder voltar para casa há três dias, e os advogados atrasando.

Ontem aconteceu o interrogatório em juízo do goleiro Bruno. É a ocasião onde o réu presta seu depoimento pessoal e conta sua versão dos fatos para ajudar no convencimento dos jurados. Não, o depoimento dado em delegacia não basta, é preciso que seja um depoimento em juízo, assegurados os direitos a contraditório e ampla defesa. Até porque, se depoimento em delegacia fosse prova cabal, qualquer um poderia ser preso no Rio de Janeiro. Eu mesma confessaria até que sou um coelho se fizessem comigo o que fazem com presos.

Assim como fizemos com o caso Pistorius na semana passada, Desfavor te dá mastigadinho um belo material para você falar sobre o julgamento do goleiro Bruno, que começou ontem. Já que não dá para contar com a imprensa falando sobre direito (sério mesmo, contratem uma assessoria jurídica, jornalistas!), a gente faz a nossa cobertura por aqui mesmo. Mas antes, se vocês tiverem tempo, recomendo que leiam este texto para entender o funcionamento do Tribunal do Júri, pois como já escrevi sobre o assunto, não vou me repetir.