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Siago Tomir II

| Sally | , | 13 comentários em Siago Tomir II

Considerando o tipo de pessoa com a qual estou lidando, resolvi esperar até que termine oficialmente o sábado para fazer esta postagem, porque se bem conheço Madame, ele poderia alegar que postaria “mais tarde” e que minha punição foi injusta, coisa que fez na quarta-feira passada. Pois bem, o sábado acabou oficialmente. Já é domingo e nada de Madame postar a parte dele no Desfavor da Semana. O tema escolhido era uma notícia sobre uma mãe que gastou uma fortuna em cirurgias para ficar igual à filha, minha parte está pronta e já foi enviada a ele. Madame deve apresentar o Desfavor da Semana amanhão. Se não postar, eu vou escrever a parte dele de forma debochada e postar a minha. Agora, vamos à MSE.

Como prometido, conto aqui mais alguns detalhes de Siago Tomir nos bastidores.

EPISÓDIO DO GATO – Siago Tomir tem gatos em casa. Eu tenho predileção por um deles, que é meu queridinho, cuja foto que já estampou uma postagem nossa aqui no blog. Eu me acostumei a dormir com esse gato na cama, até porque, Siago Tomir mora em um lugar que faz um frio da porra (frio da porra para carioca = menos de 20º) e o gato me ajudava a esquentar a cama. Sim, Siago Tomir dificilmente deitava para dormir na mesma hora que eu, até porque Siago Tomir tem uma psicose: ele tem que ser o ÚLTIMO da casa a ir dormir. Como eu sou geração saúde, durmo cedo. Siago Tomir é geração insônia, dorme de madrugada, então, o gato me esquentava. Ocorre que, Tomir é radicalmente contra gatos na cama. Em uma ocasião ele descobriu o gato na cama e me encheu o saco, deu esporro e ainda jogou o gato para fora do quarto. Disse que nunca mais queria que eu fizesse isso. Não sou muito obediente, então, comecei a fazer escondido. Fui flagrada e ele resolveu tirar onda com a minha cara, disse que ele “sentia o cheiro” de gato na cama e que não havia a menor possibilidade de eu colocar o gato na cama e ele não saber. Ele foi rude no esporro e eu me senti injustiçada, então, achei que seria bacana sacaneá-lo para desbancar essa arrogância. No dia seguinte coloquei um bolo de roupas debaixo das cobertas, na altura do meu pé e fui dormir. Ele entrou no quarto todo Sherlock Holmes, se achando espertão, e começou a gritar comigo. Fiquei olhando. Ele me deu um esporro dez vezes pior do que no dia anterior e eu fique em silêncio. Ele repetiu “Eu farejo gato, você ainda não aprendeu isso?”. Quando ele levantou as cobertas para tirar o gato e confirmar o flagrante, viu uns casacos meus ficou com uma cara de bunda fenomenal. Ficou um longo silência. Eu disse “Já que levei o esporro sem culpa, agora tenho direito ao gato”, fui até a sala, peguei o gato e o esparramei no travesseiro de Tomir que acompanhava à cena mudo, com as feições distorcidas. Apenas disse “Na cama com o gato eu não durmo!” e eu peguei o gato no colo, segurei sua patinha e fiz voz de ventríloco, como se fosse o gato falando: “Tchau, Tomir, Tchaaaaaau!” enquando acenava com a patinha do gato dando adeus. Madame bateu a porta e dormiu na sala.

EPISÓDIO DO 300 – Decidimos ver o filme 300 de Esparta. Madame aceitou induzido porque leu que o filme era baseado em uma história em quadrinhos de Frank Miller. Logo no começo do filme o bom humor de Tomir se manifestou: “Os homens andavam pelados naquela época?”. Cada vez que aparecia um homem se sunga era uma bufada de Madame seguido a um sinal de desaprovação com a cabeça. No meio de uma cena de luta, Tomir diz “Que bosta esse filme! Um bando de homem brigando de sunga”. Me mantive muda. Tomir disse “Você está gostando?”. Continuei muda. Ele repetiu a pergunta um pouco mais alto. Eu apenas respondi “Shhh, deixa eu ver o filme, depois a gente conversa!”. O silêncio durou uns cinco minutos: “Sally, você sabe que essas barrigas são photoshop puro, não é?”. Ignorei. Dois minutos depois “Barriga assim não existe, isso é feito por computação!”. Continuei em silêncio. Mais uma: “Tudo artificial!”. Eu já estava de saco cheio daquilo, então o olhei e disse em voz baixa: “Playboy também é photoshop puro e todo mundo gosta, todo mundo lê. Me deixa ver os moços de sunga brigando”. Madame fechou a cara e resmungou que sunga era coisa de viado. Em uma cena com o Rodrigo Santoro, que eu acho bonito, ele riu e disse “Olha aí, bicha careca cheia de purpurina pelo corpo!”. Eu nem o olhava mais. Reclamou o filme todo, fez comentários maldosos e quando acabou, ainda soltou a seguinte pérola: “Você não parava de olhar”. Ora, como eu vou ver um filme sem olhar para a tela? Alguém sabe me explicar? Eu respondi isso e ele disse que “ainda por cima debocha!” (não era deboche, é uma pergunta sincera! como? como ver um filme sem ficar olhando para a tela?) Terminado o show, fez questão de procurar as piores fotos possíveis de cada ator do filme no Google Imagens, para mostrar como eram barrigudos ou magrelos na vida real. Olhei com cara de desdém e disse “Não estou nem aí,”. Ao final, Madame disse, com indiretas, que eu era fútil, vazia e levava um tipo de vida que ele reprovava. Fui dormir chateada. No meio da madrugada acordei e vi que ele ainda não tinha vindo para a cama, então decidi ir até a sala conversar com ele. Quando abro a porta do quarto, vejo Tomir fazendo abdominais no chão da sala. Fiquei olhando com cara de deboche e ele disse, em tom agressivo “Que é? Que foi? Estou me exercitando! Normal, nada de mais! Normal! Normal!”.

EPISÓDIO DA BOLA DE CRISTAL – Transcrevo diálogo do MSN: incia com um diálogo normal, afetuoso e carinhoso, que, com o passar do tempo, se torna tenso sem motivo aparente.

obs: Somir, eu sei que você considera diálogo no MSN falta grave, mas, Meu Querido, foram dois furos na mesma semana. Isso tem um preço.

(…)
Tomir: Perdi a chave do carro…
Sally: Onde foi a última vez que você a viu?
Tomir: Se eu lembrasse, não teria perdido, certo?
Sally: Não está no bolso de uma calça sua?
Tomir: Não estou pedindo a sua ajuda, estou dizendo que perdi a chave do carro
Sally: Ok, desculpe, estava tentando ajudar
Tomir: Não preciso de ajuda
Sally: Ok, não falo mais nada sobre a chave do carro se isso te deixa nervoso
Tomir: A questão não é a chave do carro
Sally: Qual é a questão?
Tomir: É você achar que eu preciso de ajuda
Sally: Não acho que você “precise de ajuda”, eu queria ajudar, mesmo sem você precisar
Tomir: Eu não preciso de ajuda
Sally: Você leu a última frase que eu escrevi? eu sei que não precisa…
Tomir: Se sabe que eu não preciso, porque faz essas coisas?
Sally: Porque quero te ajudar, independente de ser por necessidade!
Tomir: Eu não preciso de ajuda!
Sally: O que está acontecendo com você, Siago?
Tomir: Nada
Sally: Porque você está ficando assim agressivo comigo?
Tomir: Nada, estou normal
Sally: Ok, então deve ter sido impressão minha
Tomir: Vai dizer que você nunca perdeu a chave do carro?
Sally: Não estou dizendo nada… só sugeri que…
Tomir: PERDEU OU NÃO PERDEU A CHAVE DO CARRO?
Sally: Não, Siago, eu nunca perdi as chaves do carro
Tomir: Parabéns, Miss Organização! Quer uma medalha?
Sally: Mas você perguntou! Eu só respondi!
Tomir: Tá bom Sally…
Sally: Siago…
Tomir: ?
Sally: Posso te fazer uma pergunta?
Tomir: mmmmm
Sally: Quando foi a última vez que você comeu?
Tomir: No café da manhã
Sally: São quase dez horas da noite!
Tomir: Esqueci de comer
Sally: Então vai comer, porque esse seu mau humor é fome
Tomir: Fome me deixa de mau humor?
Sally: Deixa, Siago
Tomir: Você acha que eu estou de mau humor?
Sally: Acho, Siago
Tomir: Você está enganada, meu humor está ótimo
Sally: Ok, mesmo assim, vai comer porque faz mal ficar tanto tempo sem comer
Tomir: Mais tarde
Sally: Por favor, você pode ir comer AGORA? Por mim?
Tomir: Ok

Retomada a conversa Madame estava de pança cheia e de ótimo humor. Madame é que nem criança, não sabe identificar que sente fome, apenas começa a sentir um tremendo mau humor.

Para me pedir que esta MSE vire um quadro fixo no blog, para me dizer que seu namorado também faz essas babaquices e para aprender como colocar um gato na cama TODA SANTA NOITE depois que seu namorado dorme sem ele descobrir: sally@desfavor.com

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