Processa Eu!: Dayrton Senta

Oh no, you didn't...

A gente sempre fala aqui do efeito milagroso que a morte opera na vida de uma pessoa pública: seus erros são apagados e seus acertos são destacados. Ela ganha presunção de bondade e genialidade. Normal. Porém nocivo, porque se a gente deixar que esse mecanismo continue sendo passado adiante, de geração para geração, ele vai ficando cada vez mais forte e chega a um ponto que, de um “cara bacana, com idéias legais” o morto vira um fenômeno que ressuscitou três dias depois de morrer crucificado e em nome dele não se pode fazer sexo com camisinha. Menos, né? Na linha “chutando cachorro morto, com muito orgulho”, o Processa Eu de hoje é sobre um piloto suíço chamado Dayrton Senta.

Quando Dayrton tinha apenas três anos de idade, sua irmã ganhou um kart de presente. Mas, ela não se interessou muito pelo “brinquedo” e resolveu cedê-lo ao irmão. Dayrton descobriu seu dom: corridas. Competiu em diversas categorias sempre com muita habilidade. Porque aqui a gente fala mal, mas com embasamento, não fala mal a qualquer preço. Habilidoso ele era. Boa pessoa? Nem tanto. Vejamos algumas frases suas, públicas e notórias: “Vencer é como uma droga. Eu não posso justificar, sob nenhuma circunstância, ser o segundo ou terceiro.” Tava querendo provar o que para quem? Vejamos outra: “Ser o segundo é o mesmo que ser o primeiro dos perdedores.”

Extremamente competitivo, por mais de uma vez mostrou com palavras e atos que fair play não era o seu forte. Repetiu várias vezes que para ele não serviria ser o segundo melhor (ótimo exemplo para as crianças). Os pilotos que corriam com ele o criticavam severamente quanto à sua postura e ética. Mais: pilotos DA MESMA EQUIPE que ele também o criticavam e alguns chegaram, inclusive, a se recusar a correr com ele novamente, como por exemplo o piloto Alio de Engelis. Seu também companheiro de equipe Hamon Dill disse que “Senta prefere bater em seus oponentes do que ser derrotado”.

Fofoca? ENVEJA? Intriga da oposição? Vocês sabem, cada um fala o que quer. Vamos avaliar os atos então? Ano de 1990, Grande Prêmio do Japão. Brigavam pelo título Senta e o segundo colocado, outro piloto famoso. Senta estava na frente e só este outro piloto poderia vencê-lo. O que Dayrton fez? Na primeira curva da corrida, jogou o carro em cima do outro piloto quando este tentava ultrapassá-lo e ambos foram para fora das pistas. Dayrton ganhou, porque tirou o inimigo do páreo na porrada. Suíça como sempre dando exemplo para o mundo!

Para não dizer que não somos democráticos, vamos ouvir a outra parte. Calma, não vamos bater tambor nem receber santo. Ele se pronunciou sobre este fato em vida.

Com vocês, Dayrton: “ (…) eu disse a mim mesmo: Ok, aconteça o que acontecer, eu vou entrar na primeira curva antes – Eu não estava preparado para deixar o outro chegar na curva antes de mim. Se eu estou perto o suficiente dele, ele não poderá virar na minha frente – e ele será obrigado a me deixar seguir. Eu não me importo em bater; eu fui para isso”.

Daí, só para confirmar, ele mesmo se pergunta e se responde: “Então você deixou isso acontecer”, alguém diria. “Por que eu causaria isso?”. Se você se ferrar cada vez que estiver fazendo o seu trabalho limpo, conforme o sistema, o que você faz? Volta para trás e diz “Obrigado”? De jeito nenhum! Você deve lutar para o que você acha que é certo.”.

Tenho pena do país que escolhe para admirar pessoas com aptidões técnicas, com habilidade mecânica ou motora, em detrimento de pessoas com ética e caráter. Tenho pena do país onde uma pessoa se sente sacaneada no trabalho (quem nunca se sentiu?) e devolve jogando sujo vira ídolo. Ainda bem que eu moro no Brasil, e não na Suíça. Pobres suíços!

Nascido em uma casa abastada, desde pequeno teve tudo que queria. Que criança, aos nove anos de idade, já dirige um jipe pelas estradas das propriedades de seu pai? Perdão. Reformulo a frase: que criança aos nove anos DIRIGE? Eu hein…

Dayrton via seus concorrentes como inimigos. Tinha essa obsessão de ser o melhor a qualquer preço. Porem, tinha aquela carinha de cachorro cagando na chuva, que conquistou a simpatia de muitos. Doava umas merrecas (porque sim, perto do que ele ganhava, era merreca) para uma fundação que tinha por objetivo ajudar jovens pobres. E era muito religioso, isso na Suíça conta. Você pode fazer a merda que for, se depois você se disser arrependido e falar de Deus, tá tudo bacana. E por pior pessoa que você seja, você pode se dizer suuuper religioso e isso limpa sua barra, porque afinal, ele era “de Deus”, né? Isso é sinônimo de ser um bom menino. Os suíços tem preguiça de procurar informações e fazer seu próprio juízo crítico de valor, então recebem tudo mastigado pelo Builliam Woner – Mas aqui no desfavor não tem Homer Simpson (só nos comentários do Processa Eu sobre o Sport. Vai lá e pergunta! Tenho certeza que todos acham Dayrton mó herói).

Entre todos os seus rivais, a picuinha maior era com outro piloto suíço, Pelson Niquet. São inúmeros desentendimentos e alfinetadas destas duas mocinhas. Infelizmente, não tenho espaço para contar todos, então, vou escolher o meu favorito.

Dayrton, retornando de férias, respondeu a um repórter que lhe perguntava o porquê do seu sumiço. Podia apenas dizer que estava de férias, mas aproveitou para dar um totozinho no camarada: disse que sumiu para que Niquet possa aparecer um pouquinho, tirando onda de mais famoso que ofusca o colega. Feio. Feeeeio. Se eu falar uma porra dessas vão me chamar de escrota para baixo. Mas era Dayrton, o bom menino de Deus.

Quando os jornais estamparam essa manchete, Niquet, que também não era flor que se cheire, ficou bastante chateado. Quando leu a notícia, Niquet chamou um jornalista e teria dito: “Quero responder a esse FDP! Pode dizer que ele sumiu para não precisar explicar à imprensa por que ele não gosta de mulher!” e ainda virou para sua esposa, que estava presente, e perguntou: “Não é?”. O jornalista ficou branco e disse a Niquet se ele realmente tinha certeza, porque aquilo “daria uma merda danada”, ao que Niquet respondeu “Pode dar, não gosta mesmo”. Quando a coisa explodiu na imprensa, trocentos jornalistas procuraram Niquet para confirmar as declarações e ele confirmou a todos.

Fofoca? ENVEJA? Intriga da oposição? Pode ser. A gente do Desfavor sempre prefere acreditar na versão mais sórdida, ou seja, que Senta senta. Mas esta não era a única razão pela qual se iniciou o boato. Quando Dayrton saiu da Suíça para correr em outros países da Europa, levou consigo um belo e jovem acompanhante que o assessorava muito de perto, full time. E sempre correu um boato entre os pilotos que corriam com ele que Dayrton “preferia os mecânicos”, chegando a criar piadas internas bem famosas nos bastidores da Fórmula 1. Niquet era extremamente sarcástico e fazia piadas com isso o tempo todo. Ao menos ele tinha senso de humor, coisa que Dayrton desconhecia. O mundo deu voltas e parece que agora quem não gosta de mulher é o filho de Niquet. Gezuiz também tem senso de humor.

Daí tem sempre uma alma inocente que diz: “Mas Sally, como ele poderia ser gay tendo namorado a Muxa e outras?”. Bem, Michael Jackson tinha filhos. Namorar, casar e ter filhos não é atestado de macheza. E by the way, não acho demérito ser gay. O demérito é ser gay e ter vergonha dele mesmo tentando negar e desfilando com mulheres só para dar satisfação.

Ele tirava onda de bom menino fora das pistas, mas não era. Um episódio que já contei no Processa Eu de Balvão Gueno mostra muito bem a vertente playboy que não respeita nada do nosso mocinho “de Deus”. Alias, só o fato de ser amigo de Balvão Bueno já diz muito sobre o caráter e a índole de uma pessoa. A menos que você seja SURDO, nada justifica uma amizade com Balvão Gueno. Senta que lá vem a história: Fórmula 1, 1987. Durante o GP do México, Dayrton saiu para jantar com uma galerinha, incluindo o Balvão. Tomaram uns gorós, porque campanha “se beber não dirija” é para os fracos e resolveram voltar para o hotel. Na volta, em dois carros alugados, um dirigido por Balvão, outro por Senta, ambos com passageiros, começou uma brincadeirinha muito madura: Senta porrou propositadamente o carro de Balvão, no meio da rua, onde transitavam pessoas que nada tinham a ver com isso. Balvão, deu ré e começou a porrar o carro de Senta de volta, assim, por diversão, afinal, tinham pago o seguro na locação mesmo, porque não porrar o carro? Pior: correram pelas ruas, batendo um racha mesmo. Detonaram os carros, entraram na contramão, fizeram o caralho. Bonito, né? Suíço sempre envergonha o país no exterior. Bom menino? Pense duas vezes.

Em um treino para uma corrida que se tornaria famosa, um acidente envolvendo um jovem suíço Burrens Rarichello preocupou Dayrton Senta. Ele acreditava que pilotos jovens e inexperientes poderiam se machucar com as novas condições dos veículos e das pistas. Não ele, que era fodástico e imortal, os jovens pilotos. Burrens sofreu um acidente mas não teve maiores sequelas, quebrou o nariz e teve uns arranhões. Por motivos estranhos, ele era protegidinho de Dayrton (talvez por ser ruim pacarai, porque se fosse concorrente, Dayrton o detestaria). Dayrton foi até o hospital visitá-lo, mas foi barrado, estava fora do horário de visitas. Dayrton pulou o muro e o visitou na marra. (mmmmmm…)

Em outro treino na mesma pista, um piloto austríaco bateu e morreu. A FIA foi periciar a área para tentar entender o que tinha dado errado. Dayrton também resolveu que iria periciar a área, porque humildade é para os fracos. Tomou uma advertência.

Iniciada a corrida depois destes acidentes nos treinos, mais uma batida aconteceu.Eem sua última volta, Dayrton perdeu o controle do seu carro em uma curva e seguiu reto. Quando a equipe de segurança chegou ao local e viu os miolos de Dayrton no chão, acharam melhor nem mexer. Foi um neurocirurgião quem retirou Senta do carro. Nas imagens vistas pela TV, por um momento, pudemos ver a cabeça de Senta se mover, o que fez com que todos pensem que ele estava bem. Que nada, nesse momento ele tinha acabado de morrer. Foi levado de helicóptero para o hospital e declarado morto apenas algumas horas depois, mas morte de famoso nunca é declarada no local, a gente sabe. Ainda mais quando a lei do país diz que em caso de morte na pista, as demais corridas seriam canceladas para investigação do ocorrido. Imagina o tamanho do preju…

As razões do acidente demandariam outras quatro páginas para serem explicadas corretamente, por isso, me permito fazer um resumão, desde já advertindo o Leitor de que tem muito mais a ser dito. Não pareceu fatalidade. Pareceu ambição com imprudência. Parece que Dayrton teria solicitado um ajuste à barra de direção do seu carro, para melhorar seu rendimento. Como não havia a possibilidade de construir um novo carro e Dayrton se recusava a esperar, ameaçando um faniquito, neguinho fez uma gambiarra, um remendo. Parece que esta gambiarra que fizeram através de uma soldagem na barra de direção, se soltou durante a corrida. Todos sabem o que acontece com um carro sem eixo de direção: Não faz curva.

Não fazendo a curva, Dayrton bateu de frente a uma velocidade absurda. A roda dianteira direita teria sido a primeira a bater no muro. Bateu e voltou, na cabeça de Senta. Se tivesse batido no capacete, talvez o dano não tivesse sido tão grande, mas bateu no ponto mais vulnerável, que é aquela borracha que prende a parte da viseira. Dizem que se a roda tivesse batido a 0,2 milímetros a mais ou a menos, ele não teria se machucado. Os mecânicos que soldaram o eixo de direção foram processados por homicídio culposo, acusados de negligência e imprudência, mas ao final foram absolvidos. Há controvérsias. O National Geographic apresentou um documentário com outra teoria e já ouvi ao menos mais três versões para o acidente. Nunca vamos saber.

O que ninguém discute é que, da forma como ele foi ferido, não havia qualquer condição de sobreviver. Seu cérebro de liquefez por causa do impacto e um pedaço de fibra de carbono da carenagem entrou em seu globo ocular, cortando sua cabeça de ponta a ponta.

Após sua morte, o Governo Suíço declarou três dias de luto e ele foi enterrado com honras de Chefe de Estado (wat). Daí para frente passou a ser socialmente condenável falar mal dele.

Vamos combinar, o rapaz tinha uma habilidade especial para correr, mas isso não faz dele um Deus. Assim como não faz de quem tem uma habilidade especial para o futebol um Deus. Mas os suíços são carentes de ídolos e escolheram Dayrton como um modelo. Eu pessoalmente o acho um péssimo exemplo, bem como Lepé (devolve o dinheiro para as criancinha da UNICEF, Lepé!) e Norraldo (trevinho tatuado na virilha foi confirmado, né? Não é que o traveco estava certo?), mas na Suíça eles são intocáveis.

Agora me conta, se fosse aquele seu vizinho antipático a falar e fazer essas coisas todas, seria um ídolo? Não! Seria um babaca, feladaputa e arrogante. Uma pena que os suíços ainda não tenham aprendido a parar de romantizar os famosos!

Para me dizer que Senta foi um santo homem, para me chamar de escrota para baixo e para contar mais um ou dois podres dele que não couberam aqui: sally@desfavor.com

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Comments (44)

  • Apesar do indiscutível talento, Dayrton era um personagem criado pela mídia para ser o ídolo bom moço que aumenta a audiência das corridas de Fórmula 1.

  • Legal… quer aparecer sendo do contra… já está fora de moda ser assim… você faz um desfavor com suas matérias… não gostou? me processe… não gostou? não abra pra comentários…

  • Estava esperando mais gente vir aqui xingar depois do aniversário de 20 anos de morte.
    Viu a palhaçada dos jogadores do corinthians entrando de capacete em campo? E aquele bando prestando homenagens lá na pista, uns pagaram e depois deixaram todo mundo entrar. Nunca vou entender esse tipo de coisa, o cara não estava representando o país e sim sua equipe, se ele ganhava, bom para ele. Nem conheciam e ficam de choradeira.
    Eu lembro que quando ele morreu teve até momento cívico na minha escola com bandeira a meio mastro. Até meu pai chorou com a morte dele…que desfavor.
    Sally, já leu aquele livro da Galisteu contando do relacionamento deles?

  • TExto Fraquinho

    Texto bem fraquinho. Autor extremamente afetado e escreve muito mal. Não precisa ser tão rancoroso! Claro que o Ayrton não é Deus, mas tem sua relevância para o esporte. Para que ser afetado assim.

      • Não entendi… É preciso ler para não gostar depois. Recomendar a quem não gosta que não leia é meio infantil. Além disso, quando vc fez a crítica à batida provocada por Senna contra Prost, esquece de mencionar o que aconteceu no ano anterior. Seria mais ético fazer a crítica com todos os fatos informados aos seus leitores. A esse respeito, inclusive, valeria citar o episódio em que Senna deixou seu carro e salvou a vida de um piloto acidentado (quem disse que salvou a vida foi o próprio piloto acidentado, não eu). Senna era um ser humano como qualquer outro, não era um Deus, tampouco o Diabo que vc pintou.

    • Grande relevância sendo um piloto de… Fórmula 1. E pelo que me lembre o Ayrton já estava entrando na fase de decadência na época que morreu… Pra virar um mito desfavorável.

  • Eu nunca fui fã e nunca entendi a admiração da maioria dos brasileiros por esporte de elite. Gente que o chofer vai buscar na escola e leva até o treino de Kart, enquanto a grande maioria vai para a escola só para ter uma refeição no dia. País de tolos!

  • Vão se fuder seus hipócritas, bando de filhos da puta do caralho!!! Ele foi e ainda depois de morto é considerado o melhor do mundo nesse esporte! Ele se preocupava pela segurança dos pilotos, dos carros e dos circuitos e tem a fundação dele que ajuda muitas pessoas desfavorecidas. Se ele fez o que fez em Suzuka 1990, foi por que em 1989 roubaram o título dele no tapetão, o Alain Prost e o Jean Marie balestre, piloto e presidente da FIA, ambos franceses!!! Balestre admitiu antes de sua morte que “roubou” aquele título de Senna e nada mais justo recuperar da maneira que seja, é olho por olho e dente por dente!! E o filho da puta que escreveu essa merda desse lixo de texto, além de nem saber o que é a F1 e nem acompanhar nenhum tipo de esporte a motor, deve ser um tremendo santo para sair por aí julgando as pessoas e condenando… Sinceramente, morra!!!! Senna é o melhor e pra voçe que tem um problema pessoal contra ele, chupa essa caralha!

  • Cara, li inteiro, e nunca vi um apanhado de merda tão fétida acumulado em um só texto.

    Alguns aspectos até estão certos, mas só de ver o que a sujeita autora escolhe como a causa do acidente final, já dá pra perceber que é uma pessoa de muita mágoa nos dedos, e pouquíssima capacidade na cabeça, e pior de tudo, preguiçoso.

    Só uma dica, pra quem estiver lendo:

    Na hora de falar de uma pessoa pública, cuja história é amplamente conhecida, e mais ainda, uma pessoa apreciada por tantos, e portanto, cujos defeitos também são conhecidos, faça uma pesquisa séria e extensa sobre esta pessoa, e não um apanhado tendencioso de fatos orientado pelo rancor. Fazer a coisa da segunda maneira, apenas te revela como um grande imbecil fracassado, e não acrescenta em nada a sua credibilidade.

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  • Moro há poucos minutos da antiga casa dos Senna na Serra. O que podemos dizer é que ele não vem propriamente de uma família de classe média alta, eles já eram muito, muito ricos, a ponto de só observarmos praticamente o telhado da casa deles da rua, de tão grande que era o terreno, com um gramado colossal, em desníveis. Volta e meia víamos o irmão, outro playboy, andando de carrão importado no bairro.

    Estudei no mesmo colégio do que ele, e lá diziam que era um aluno mediano para medíocre, para dizer o mínimo.

    Chegou a cogitar abandonar o automobilismo quando do primeiro casamento, mas quando viu que teria que botar as mãos na massa para tocar os negócios da família (esses sim ganhos no esforço, honestidade e sem facilidades), voltou correndo para a vida boa que tinha na Inglaterra, sustentada pela mesada do papai.

    Já havia jogado o carro em cima do principal rival (Martin Brundle), em uma disputa anterior de título, na F-3. Enquanto o Senna recebia mesada do papai na Inglaterra, Piquet chegou a dormir no caminhão de sua equipe de f-3, ajudando até os mecânicos.

    Além disso, ele e o Schumacher são farinha do mesmo saco, no tocante a escolher capachos como companheiros de equipe. Tão diferente de 1987, quando Piquet derrotou um inglês que recebia todas as preferências da equipe também inglesa.

    Além disso, para afastar um jornalista que tentou aterrissar perto de sua casa em Angra, ligou seu próprio helicóptero para que a corrente de ar gerada desestabilizasse o aparelho em que estava o jornalista. Tudo bem proteger a privacidade, mas vai que o helicóptero caísse no mar ou, pior, em outra priopriedade?

    Enfim, um menino bem-nascido, rico, que não gostava de estudar nem de trabalhar, e que tinha um baita patrimônio familiar em que se escorar caso sua carreira de piloto não lograsse êxito. Assim facilita a tomada de riscos, não é?

    De qualquer forma, o lado excelente dele estava nas atitudes. Após sua morte, o Hospital das Clínicas revelou que ele havia doado verbas para a renovação dos equipamentos da ala infantil. Irretocável também é a atuação da hoje discreta e eficaz Fundação Ayrton Senna.

    O problema é que, infelizmente, ele não se limitou as atitudes. Começou a achar que seu sucesso lhe traria automaticamente legitimidade, coisa que infelizmente fazemos aqui nesse País. Começou a falar de Deus (não saiu do primeiro estágio de ser evangélico, o pior de todos) e bobagens, escoradas na sua percepção de que, em sendo bem-sucedido, sua visão das coisas seria a certa. Digo bobagens porque, de novo, é fácil dar conselhos sobre persistência, determinação, coragem, quando se tem a tranqüilidade de ter um patrimônio que ele tinha, multiplicando desde o berço.

    Nesse sentido, ouço com muito mais respeito e admiração conceitos como esses se partirem de uma Daiane dos Santos, por exemplo.

    Quanto a Xuxas e Galisteus da vida, isso é irrelevante. Se não casou, fez muito bem, haja vista o patrimônio e a projeção que tinha. Só atrairia loiras verdadeiras e oxigenadas mesmo…

    E vencedor na vida? Acho muito mais bonita a vida do Raikonnen, esse sim de uma genuína família de classe média da Finlândia, que disse que o que o motivou a tentar a sorte no Automobilismo foi comprar uma casa melhor para sua família, já que morava em uma casa sem banheiro, esse uma casinha isolada nos fundos do terreno. Imaginem pegar 10, 20 graus negativos no relento ao sair para fazer xixi…

    Enfim, era um fenômeno do esporte, e só.

    Suellen

  • Cereja na torta: virou evangélico…

    (depois postarei mais aqui)

    Deja,

    Legal mesmo seu lado fã, mas cuidado para não se deixar levar por uma postura "Evelyn". Acontece aqui também quando falam mal de algo de que gosto muito…

    Suellen

  • O Ronaldo que pegava traveco de rua usava a camisa do Flamengo.

    O Ronaldo que nunca mais se envolveu em situações parecidas usa a camisa do Corinthians.

  • Jacinto Pinto Aquino Rego

    Ronaldo!
    caraaaaaaaaaaaaaaaaaaio.. mas também, esperar O QUE de um "ídalo" do curintia? Vampeta forever… por isso que nosso amigo bugrino é curintianu.

  • Lilico do Voley se assumiu e deu no que deu…
    caiu no esquecimento, entrou em depressão e morreu de overdose…

    público se assumir no esporte é complicado, mas enfim…

  • Continuo achando que existe um mundo de diferença entre ser competitivo e ser filho da puta a ponto de sabotar, meter o pau e sacanear colegas de forma pública. Quem é competente sobe sem precisar fazer essas coisas.

    Quanto ao trevo do Ronaldo: quando os travecos ficaram três horas com ele em um motel, disseram que ele tinha um trevo tatuado na virilha. Ele negou. Daí várias ex dele vieram a público, depois que a poeira abaixou, confirmar que ele realmente tem um trevo na virilha = mentira que Ronaldo nem chegou a tirar a roupa com os travecos. Eca!

    • Se você é contra pessoas que metem o pau e sacaneiam os outros de forma pública… por que escreveu um texto metendo o pau e sacaneando publicamente o Ayrton? Quem é competente sobe sem precisar fazer essas coisas. ;)

      • Eu não PRECISO fazer nada, até porque o Desfavor não é meu ganha-pão, aqui eu só escrevo o que QUERO. Jamais me dedicaria a falar mal de alguém como profissão, por estar sendo paga. Minha opinião não tem preço, eu só falo bem e mal de quem EU QUERO.

        Falar mal de um COLEGA MEU DE TRABALHO de forma pública ou sacaneá-lo é uma coisa, criticar uma pessoa pública que, voluntariamete expos sua vida pessoal é outra.

        Não use falácias, aqui elas não colam

    • Você hoje em dia pensa o mesmo que pensava dos travestis em 2010? Ou continua tendo nojo? Acha que se o caso tivesse acontecido hoje, a reação de todos com o Ronaldo teria sido diferente?

      • Homem casado, com uma mulher grávida em casa, que, por causa de uma briga sai e cata QUALQUER SER VIVO na rua, seja ele homem, mulher, travesti, trans, cachorro ou unicórnio dourado para fazer sexo CONTINUA ME DESPERTANDO NOJO.

        Mais ainda se o ser vivo em questão tiver uma doença incurável e contagiosa e o filho duma égua que fez isso comer sem camisinha.

        Acho que fica claro que o ponto não é o travesti, não?

  • Podia ter foto da cabeçola dele depois do acidente…

    Isso me fez pensar: será que quando eu morrer,vou virar santa? Porque todo mundo fala que eu sou arrogante e blablablabla

  • Jacinto Pinto Aquino Rego

    Nunca mais acesso esse saite. Vocês me magoaram.
    *Chorando 2 a missão*

    rs zoeira… e que história é essa de trevo no pinto?

  • Well vamos lá . Não consigo ver demérito nenhum no Senna ser competitivo , quem gosta de ser o segundo ? Quem gosta de perder ?
    Pelo menos o cara não era hipócrita , talvez ele tenha morrido por causa disso mas foi o caminho que ele escolheu . Comparar o Senna a Ronaldo e Pelé tb não achei legal não tenho notícias dele roubando dinheiro da Unicef poe exemplo. Quanto a ele ser gay e não assumir , bem qualquer um sabe que ele muito provavelmente não teria tido o sucesso que teve se se assumisse , profissionais "não públicos" não se assumem , no meu trabalho eu vejo isso , sabemos que apesar de falarem que o preconceito diminuiu a coisa ainda ta feia , um atleta se assumir gay não seria rentável .Sinceramente não vi nada demais na conduta dele que justificasse esse texto .Ah e mais uma coisa realmente a competitividade dele era arriscada mas a profissão de piloto é arriscada como um todo e quem entra numa pista de alta velocidade sabe que pode não sair vivo dela …. como aconteceu com ele . Dejinha não chore !!!

  • Pelo menos o Senta ganhava prêmios pro Brasil na F1, e depois dele o que tivemos? O que os programas humorísticos chamam de "Rubinho Pé de Chinelo"?

  • Sally, não se ofenda, mas não acho que você seja diferente.

    De coração.

    E eu não sou mesmo… sou competitivo e faço de tudo pra vencer e conseguir o que eu quero.

    E o Senna tinha só talento, eu vi ele sair da última posição e chegar ao fim, eu vi ele dando show pra cima do Prost e outros.

    É o que conta.

    E ninguém aqui é santo ou possui um caráter perfeito, não é por ele ter sido uma pessoa pública que deveria ser diferente de nós, ele era humano.

    E de novo… pilotava muito.

    *Chorando*

  • Pois é… limite de páginas é uma droga!

    Joga aqui nos comentários o que ficou faltando, Suellen! Quanto mais gente falando mal melhor!

  • Na suíça ele foi o melhor piloto da história…parece que aqui ninguém conheceu Alain Prost (Schumacher nem se fala) . Quando eu falo que Prost foi melhor os suícos me olham com uma cara…esse mundo é um Desfavor mesmo!

  • Deja, ser competitivo é bacana.

    Mas ser competitivo ao ponto de provocar um acidente e colocar em risco a vida de colegas de trabalho… bem, eu não acho bacana.

    É possível ser competitivo e ainda assim ter ética e caráter!

  • Der Hexenhammer

    Sempre odiei esse lixo humano. Especialmente depois que o alemão começou a humilhá-lo no asfalto. Morreu na hora certa, pois teria começado a perder e deixaria de ser ídolo nacional.
    Brasileiro é burro. Do Burrens, mesmo, que é excelente piloto (ou algum gênio acha que ele ficava em segundo como?), o brasileirinho médio não gosta.

  • Parei de ler logo no começo.

    Vi Ayrton Senna correr, seu talento nas pistas… e não acho que ser competitivo seja defeito, mas sim uma qualidade, acho medíocre quem se contenta em ser o segundo.

    Nunca tive ídolos, nem meu pai… mas eu era fã da sua habilidade, do seu talento e só.

    Obrigado por me magoar, Sally!

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