Flertando com o desastre: Falando errado.

Abaixem as orelhas!O brasileiro é um povo que escreve errado. Disso a gente já sabe, vide os comentários teratológicos que deixam aqui (KKKKK GRIPE SUÍNA), e das consultas bizarras feitas ao Google que acabam trazendo as pessoas ao desfavor (“como fasis as mais ficar feliz cor a filia” ). Como aqui lidamos mais com o escrito do que com o falado, acabamos deixando de lado outro aspecto fascinante do nosso povo: os erros de pronúncia. Sim, também é um povo que FALA fala errado, e nesta tecla quase ninguém bate. É sobre isso que venho falar hoje. E não pretendo tripudiar daqueles que não tem recursos, quero falar sobre pessoas que tiveram opotunidade e subsidios para falar de forma correta e ainda assim falam ridiculamente errado.

Tudo bem que o português é um idioma difícil e o ensino público do país é vergonhoso, sem contar outros fatores que não cabem (literalmente, malditas quatro páginas!) citar aqui. Sim, existem pessoas que falam errado porque não tiveram subsídios para construir um vocabulário ou uma pronúncia correta, e quanto a estes, sou solidária e acho que não cabe qualquer tipo de cobrança ou recriminação. MAS, também acho que existe um grande grupo que erra por preguiça, por acomodação, por não querer se esforçar ou até mesmo por amor ao erro. E é nestes que eu quero meter o pau hoje. Um grupo que comete uma série de “incoerências ortográficas” no que tange à pronúncia das palavras (porque se for falar da escrita, precisaria de 40 páginas) e que parece gostar de ser medíocre. Gente que não faz questão de falar direito, talvez porque não mensure a importância da linguaghem na sua vida pessoal e profissional.

Como estrangeira alfabetizada em outro idioma, acho que tive o distanciamento necessário para entender a dificuldade do português e de seu aprendizado. Fui criada por pais que não sabiam falar português, ao menos não um português correto. O português que aprendi, aprendi na rua, apenas quando tive idade para começar a frequentar a rua. Se eu consegui, apesar de uma escorregada ou outra, quem nasceu e cresceu com o português como primeiro idioma e teve condições e estudo de qualidade também tem o dever de conseguir. Mas as pessoas parece que não pensam antes de falar, a impressão que me dá é que vomitam palavras sem se preocupar com o que vai sair.

Para começar, quero tentar entender o que é esse problema maldito que brasileiro tem com encontros consonantais. Porque, tudo bem, é difícil pronunciar encontros consonantais, mas o que vejo na prática é uma dificuldade seletiva. Exemplo: P+R. Muitas pessoas tem dificuldade em pronunciar o encontro consonantal P+R e acabam soltando pérolas como PLoblema. Ok, até aí tudo bem. O que me intriga é que estas mesmas pessoas incapazes de pronunciar P+R em palavras que o requerem, são perfeitamente capazes de pronunciar o P+R em palavras onde NÃO existe este encontro consonantal: não conseguem dizer PROblema, acabam falando PLoblema, entretanto, na hora de falar PLAnta, soltam um PRanta. Isso quando não vem um PRAnta de PRAstico. Que porra é essa? Amor ao erro? Quando é P+R usam P+L e quando é P+L usam P+R? Ora, se são capazes de ambas as pronúncias, encaixem cada uma nas respectivas palavras! Só pode ser preguiça.

Porque da mesma forma que as pessoas escrevem sem pensar, e os comentários do Desfavor me deram a plena certeza de que existem muitas pessoas que fazem isso, existem pessoas que também falam sem tomar o cuidado necessário de pensar no que vão dizer. É uma versão oral daquelas pessoas KKKKKK GRIPE SUÍNA que começam a escrever, se perdem no meio do caminho e criam um texto completamente sem sentido. Eu sempre me condicionei a pensar bem nas palavras que vou usar, justamente por esta dificuldade com o idioma, que não é minha língua materna, não é o meu natural (penso e sonho em outro idioma, por exemplo) e garanto que ninguém morre ou fica estressado por pensar um pouquinho antes de falar. Muito pelo contrário, em pouco tempo isso se torna automático e não representa mais qualquer esforço.

Voltando ao encontro consonantal, ele é tão emblemático que eu costumo brincar que você pode mensurar o grau de instrução e preocupação de uma pessoa com o idioma e com a própria imagem pedindo que ela pronuncie uma única palavra: ESTUPRO. Se a pessoa pronunciar ES-TU-PRO, é Prêmio Nobel. Se falar ES-TRU-PO, tá na média geral da população, mas se ela fala ES-TLU-PLRO ou coisa pior, corra como se não houvesse amanhã. E pode apostar que boa parte das pessoas que falam ESTRUPO, são perfeitamente capazes de repetir este encontro consonantal P+R ou o PRO em outras palavras, desde que ele seja incorreto no caso concreto. É o amor ao erro.

O mesmo ocorre com a ausência preguiçosa de plural. Poucas são as pessoas que desconhecem que um S no final da palavra significa plural. Mas muitas são as pessoas que comem esse S no substantivo, achando que basta inserir o S no artigo que o precede para caracterizar o plural. Daí vemos aberrações como aS estrelA, oS cachorrO e similares. Se são capazes de pronunciar o S no artigo e de ter a noção de que, por se tratar de um plural, deve haver um S no artigo, porra, mas que caralho, custa inserir um S no substantivo também? É amor ao erro, só pode! Porque pronunciar um mísero S nem sequer dá trabalho ou exige muito da sua dicção!

Outro erro que me atormenta e nem ao menos encontro consonantal é, diz respeito à pronúncia de certas letras em determinadas palavras. A letra G pode ser muito problemática em algumas palavras, como por exemplo na palavra REGISTRO. Porque, Gezuiz Amado, porque alguns seres humanos simplesmente se sentem no direito de pronunciar reZIstro, como se fosse a coisa mais normal do mundo? Soltam um reZIstro e ficam olhando com aquele olhar bovino, como se nada. Gente, reZistro desce arranhando, dóóóói, ok? Estas mesmas pessoas não tem qualquer problema em pronunciar palavras como GIrino, GInecologista, ou Luciana GImenez! Nunca vi ninguém dizendo Zirino ou Luciana Zimenez. Qual é o problema com a porra do REGISTRO? Com certeza não é incapacidade de efetuar esta pronúncia em particular. Talvez seja mais cômodo e mais fácil no calor da frase soltar um “rezistro”, mas porra, a pessoa tem que ter a consciência (sobretudo se for advogada) que pega mal pra caralho, que é atestado de ignorante soltar uma porra dessa. Se policie, fale correto. O único prejudicado pelo reZIstro é você!

Fui tirar algumas dúvidas com uma professora de português, que em um primeiro momento, tentou me mostrar a dificuldade de algumas pronúncias, em especial de encontros consonantais onde exista a letra R. Parece que o R é meio problemático, os maiores erros ocorrem quando tem um R no meio das palavras. Daí surge uma pergunta na minha mente: se o R gera tanta dificuldade, porque merda as pessoas inserem um R deliberadamente onde não existe? laRgartixa, ioRgurte (ou a derivação ainda mais popular: ioRgute) e outras palavras são um exemplo deste amor ao erro que alguns brasileiros ostentam. Porque errar em uma pronúncia difícil, oriunda de um encontro consonantal que existe já é ruim, mas CRIAR um encontro consonantal que sequer existia, criando um erro por inserir uma consoante no meio da palavra simplesmente não me entra na cabeça. Estão dificultando a pronúncia da palavra voluntariamente! Devem ter a maior saStisfação em fazer isso!

Nessa mesma vibe de inserir consoante onde não existe, vem a Máfia do N, que insere N indiscriminadamente no meio das palavras: mendiNgo, mortaNdela e cia. Não venham me dizer que fica mais fácil pronunciar uma palavra com mais letras no meio, porque não fica. É vício, é erro repetido por gerações e gerações e copiado por pessoas que não apresentam qualquer capacidade de questionamento. Será que quando eles assistem Bonner Simpson todas as noites (porque ler nem pensar, eu nem cogito) não conseguem perceber a discrepância entre o que eles falarm e o que Bonner fala? MEN-DI-GO x MEN-DIN-GO. São surdos? É isso? Vai ver são apenas iNdiotas.

E quando as pessoas simplesmente invertem as letras sem um motivo aparente? A inmpressão que me passa é a de que um dia, uma pessoa apressada, falando rápido, se confundiu como quem troca “bife a milanesa” por “bife ali na mesa” e as pessoas à sua volta, tal qual símios, começaram a repetir e propagar o erro. Macaquinhos de imitação que não se mancam que estão falando errado. Quer um exemplo? O remédio GARDENAL. Eu disse GAR-DE-NAL, que algumas pessoas insistem em chamar de GA-DER-NAL. Porque? Não há diferenças no grau de dificuldade na pronúncia. Custa ler na caixa o nome correto? Custa escutar o nome do remédio da boca do médico? Não, nem pensar! Prestar atenção dá trabalho. Solta um GADERNAL mesmo, afinal, Fulaninha e Sicraninha também falam, deve estar certo.

Pior do que trocar uma letra, só trocar mais de uma letra ou até mesmo uma sílaba toda: CO-CRE-TI. Custa falar CROQUETE? E quando insere uma sílaba inteiramente nova na palavra? asterisTIco. Caraleoooouuu! É ASTERICO. TOPPER em vez de Top e por aí vai. Porque? Tão fácil e simples dizer “top”. Topper é efetivamente mais difícil!

Hoje em dia não faltam recursos práticos para descobrir a grafia correta das palavras. Tá com dúvida? Nem precisa se dar ao trabalho de consultar o dicionário, abre o computador e digita a palavra no Google, ele mesmo vai te corrigir com um “você quis dizer…” e te dar a grafia correta da palavra. Basta prestar atenção na forma com a qual pessoas confiáveis pronunciam as palavras. Basta prestar atenção e querer se aprimorar. Ou quem sabe até mesmo ler um livro. Não custa tentar.

Vejam bem, eu não estou aqui falando de erros sutis com “despercebido” x “desapercebido”. São erros gritantes, que num mero pronunciar de palavras ficam explícitos. Mas as pessoas não fazem a menor questão de falar direito. Pra que, né? Se você pode ser Prisidentchi da Rebúbrica sem falá direitu! Bra-siu-iu-iu! E olha que eu tenho a política de não corrigir as pessoas em público, porque acho que ofende. Mesmo assim, quando digo, em abstrato, que acho um absurdo quem fala errado, sempre vem alguém desmerecer meu discurso: “Ahhh, você entendeu o que a pessoa quis dizer, vai, se dá para entender tá tudo bem”. Não acho. Eu correia de um advogado que fala que o documento vai a reZIstro. Mina a credibilidade.

Palavras bobas tipo sobrancelhas viram SOMbrancelhas, ou salsicha, que vira SALCHICHA . E não vou nem começar a discorrer sobre as pronúncias que pessoas “cometem” contra a palavra cabeleireiro. As pessoas sabem (ou teriam condições de saber caso tivessem o capricho de se esforçar para falar certo) que estas palavras são erradas. Mas a permissividade social faz com que continuem errando impunemente. Se houvesse uma reprovação social tenho certeza que tomariam mais cuidado antes de falar. Infelizmente o único motivador para falar correto é a reprovação social. Medíocre.

Esta falta de cuidado com algo tão básico passam uma idéia de acomodação, de quem não faz a menor questão de passar uma boa imagem, de quem não se preocupa em não passar vergonha. Porque tem esse tipo de pessoa, que sai na rua com calça furada nos fundilhos e henê pelúcia no cabelo com saco de supermercado amarrado cagando para o vexame que está protagonizando, muitas vezes resmungando “ninguém paga as minhas contas!”. Então tá, então cultive uma opinião social negativa, só tome cuidado, você nunca sabe quem está te vendo.

Fico pensando se as pessoas que tem essa falta de cuidado com o idioma tem igual falta de cuidado com outras áreas da vida. Será que a higiene é tratada com o mesmo cuidado? Se for, não devem nem limpar a bunda depois de cagar. E a casa dessas pessoas, tem o mesmo cuidado que elas tem com o idioma? Se for, deve ser uma pilha de lixo com baratas. E no trabalho? E com os filhos? E com os relacionamentos?

Falar certo não é luxo, não é frescura, não é preciosismo. É OBRIGAÇÃO, principalmente quando se vive em um mercado de trabalho tão competitivo como o nosso. É o mínimo que se exige de quem teve condições e oportunidade de aprender. Falar errado tendo oportunidade de falar certo é atestado de acomodação, falta de ambição e falta de vergonha na cara.

Para dizer que eu estou exagerando porque é possível até ser Presidente da República falando errado, para dizer que não vê o menor pobrema de falar do seu jeitinho e para dizer que eu sou um pau no cu: sally@desfavor.com

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Comments (37)

  • Tem aquelas pessoas que fazem questão de escrever : fica=ficar, compra=comprar, sai=sair, cozinha=cozinhar…
    Ex. : Vou sai pra compra pão pra nóis lancha.
    Pqp… Pq será que estão abolindo o “r”?

  • Não é à toa que teve essa ameaça de uma nova reforma ortográfica. Medo do que o idioma poderia se tornar (sério? tirar o u de guerra? SÉRIO?). Porque se bobear, até “mortandela” seria considerado correto.

    Aproveito pra acrescentar pessoas que falam SANDÁLIO.

  • Putz, e eu que achava que o correto era “Gadernal”, e que quem falava “Gardenal” é que estava errado! Meu mundo desabou, sinto-me tão humilhado!
    Agora, falando sério, existem alguns outros erros tão comuns, que até fiquei surpreso por não terem sido inclusos no texto. Creio que seja por falta de espaço.
    Um deles é o uso de pronomes oblíquos. Especialmente na terceira pessoa. O que tem de gente por aí falando “pegar ela”, “juntei eles”, “vou encontrar ela” e outros do tipo não é brincadeira!
    Outro muito difundido é quanto ao uso da segunda e terceira pessoas: “tu faz”, “tu foi”, “você sabe que te amo” etc.
    O pior é que tais erros são tão comuns, que muitos de nós, que sabemos a forma correta, acabamos por cometê-los, sem nos preocuparmos muito com isso. Após ler este texto, no entanto, vou me policiar para falar de forma mais correta.

    • Putz, um dia depois de fazer este comentário, me deparo com estes dois trechos em um texto anterior:
      “é a puta que pariu ele? (“que o pariu”, para os escorreitos)” e “já que tu não usa elas mesmo! (as usa, para os escorreitos).”
      Me senti no cantinho da vergonha!

  • Olha, não querendo talvez botar mais lenha na fogueira mas, faço faculdade de música, e tenho um pé nas letras: ja puxei como optativas varias disciplinas de lá, dentre elas sobre estudos linguisticos.
    E concordo com um amigo que postou acima (bem acima) a respeito de preconceito linguistico.

    OK! não querendo delongar um discurso aqui, é fato que alguns não tem oportunidades de estudar, outros gostam de erros, porém é mister considerar o que a linguistica tem a dizer sobre isso: na lingua não existe o certo e o errado. Existem apenas variantes e variantes no decorrer do uso que a sociedade faz da lingua.

    A gramática (padrão) está lá. Ela apenas dita o que é certo e o que é errado, mas não da conta de explicar como e o porque que determinada regra é do jeito que é. É neste sentido que entram as outras gramaticas referentes às linhas de pesquisas desenvolvidas na linguistica, entre elas: a gramatica funcional, o estruturalismo, gerativismo e outras. O que quero mostrar com isso é: existem varios fatores a serem considerados no estudo da lingua, porém não devemos nos caber de paradigmas sociais só pelo fato de acreditar apenas na "gramatica padrão".
    Bom, é isso…

  • Sei que to lendo/comentando atrasada mas preciso desabafar…

    Putaquepariu, dizer que é falta de oportunidade é desculpa esfarrapada… Minha mãe fala "TAUBA", meu deus, como fico puta quando ouço… Dani, abre a TAUBA pra MIM passar roupa…

    Na boa, se ela teve condições de me dar uma educação mínima pra que saiba que TAUBA e TÁBUA são coisas distintas ela tbm deveria saber, até mesmo pq a TAUBA nem existe… Eu já corrigi 450 milhões de vezes mas não adianta… É vício!!!

    Fala errado pq gosta de ser motivo de CHacota!!!

    Odeio quando minha mãe fala TAUBA!!!!!!

    Prontofalei!!

  • Faltou o "min", de "min dá 2 real?", "Min empresta um lápis" etc., e os "pra mim ir", "Pra mim fazer" etc…

    Alas, quanto ao plural, em defesa dos Paulistanos:

    Alguns estudiosos julgam ser redundância pluralizar o artigo _E_ a palavra, e que seria uma evolução natural da língua eliminar o plural do substantivo (Muitas línguas evoluíram pra não ficar repetindo o plural o tempo todo), seria uma forma de "limpar" a língua que foi feita pra ser bonita e "de elite" no passado.

    Quanto a despercebido x desapercebido, dentre outras, ambas as palavras são consideradas corretas.

    Sobrancelhas dão trabalho, mas é porque antes de P e B sempre vem M, ensinam isso tanto na escola que a gente acostuma, e efetivamente facilita na hora de falar, vc tem que se policiar pra não pronunciar o M. Eu me policio sempre que possível, mas não condeno.

    O que me fode mesmo nem é a mortandela, nem as latrinhas de ervilha, isso é coisa de gente mais iNgorante, e eu procuro ajudar a pessoa a aprender se ela valer o esforço. O que me fode é gente endinheirada que estudou em colégio bom e fala laRgatixa, ioRgute, e asterísTIco…. Sem falar em "Guspe" e no verbo "Guspir". Porra, custa falar CUSPIR? Isso revolta… Muito.

  • Quem faz a revisão dos textos do desfavor sou eu.

    E a minha capacidade de concentração numa tarefa é…

    Olha, uma moeda no chão!

  • Adorei o teste de saber como definir a pessoa, kkkkk

    Aqui no meu trabalho tem uma tia da faxina que fala Istripada. (estuprada)

    Fulana foi vítima de um istripamento.(Fulana sofreu um estupro). Devo correr como se não houvesse amanhã?

    kkkkkkkkkk

    • hahahahaha // É preciso correeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer da pessoa, como se não houvesse amaaaaaaaaaanhãããã… // Lamento, Somir, me lembrei do “Renato Suíço” e quis fazer a minha versão, não resisti… (risos)

  • Erros ortográficos e de pronúncia,parecem não ter mais conserto na República das Bananas,já que o hábito de escrever errado de forma proposital na internet, está se enraizando e virou um vício sem cura. É só olhar os perfis do povo no orkut por exemplo, dá vontade de cagar e chorar ao mesmo tempo ao ver tanta pobreza de educação e noção! rs!
    O que me deixa emputecida é:
    Os poucos que sabem escrever e falar com certa precisão,não os fazem por causa do modismo;
    Se você se preocupa em apresentar um bom português,logo é apontada como arrogante pelo povo com síndrome de vira-lata. Já me chamaram inúmeras vezes de dicionário ambulante;
    Aprender e pesquisar dá preguiça! Mas ficar atualizando sites de relacionamento e brincar na fazendinha não…
    O interessante, é que muitos estrangeiros,assim como a Sally que se diz argentina, tiveram e tem maior preocupação de aprender nossa língua do que o próprio brasileiro,que com sua baixa auto-estima,acha que se estiver no mesmo nível de merda que os demais, pra ele já está de bom tamanho.

  • Senhores: eu SEI que é totalmente off-topic, mas se ainda não tiver sido escrito, Chico Buarque está IMPLORANDO por um Processa Eu!

  • mas já ouvi falar também que quem nasce em virgem não é virginiano como dizem mas virgiano e quem é de áries não é ariano, o certo seria arino.
    ah, vão se fuder! vão se foder! sifudê!

  • mas vcs só podem tá brincando! eu jurava que era asteristico e não asterisco. takiparil e eu todo dia na merda do call center falando asteristico vai ser até difícil arrumar a línga pro asterisco agora.
    eu nasci ouvindo asteristico, mas e meu supervisor falando reZistro aí é de fuder, pq quando fiz prova eles reprovavam quem dizia reZistro e o ruela virou supervisor. não é questão de ignorância é a língua que enrrola…

  • ''Falar certo não é luxo, não é frescura, não é preciosíssimo. É OBRIGAÇÃO''- Só para acompanhar meu comentário, possuo problema na fala, que mesmo tratando, me senti no dever de lapidar, lendo e quando era corrigida agradecia.Ainda possuo dificuldades na pronuncia, tento me policiar.
    Já ouvi que era arrogante, metida, e sem humildade por falar (ou tentar) corretamente, essas mesmas pessoas mediócres ainda caçoavam da minha dificuldade de dicção, corrigiam meu inglês, mas falavam ''menas'' , falta de plural, e um vocabulário chulo digno de pessoa vulgar.
    Dai quando algum cliente ALEMÃO corrigia a figura, a mesma achava ruim, digno de vergonha.Não menos pior que isso, é quando seu chefe, por vezes com diploma universitário repetia ''menas'', e '' mais menor '' sempre.

    Quando as pessoas olharem seus umbigos sujos, parar de achar bonito escrever em redes sociais feito um pateta, se exibir como um idiota nessas mesmas redes sociais, e ficar olhando o defeito do outro e corrigir o seu.E ainda melhor, usar essa ferramenta que chamamos de Internet para algo útil, pois não é vergonha alguma perguntar como se escreve correto, alias não é vergonha nenhuma aprender (como muitos acham), quem sabe a próxima geração mude.Mas como sou realista, essa próxima geração, segue o caminho para ser pior ainda-fato.

  • Meu, pra mim o pior de tudo era quando trabalhava no fórum e uma colega estagiária (tinha que ser) falava LIGITIOSO ao invés de LITIGIOSO. E olha, que tava escrito em cima de muuuuuito processo.

  • Esses dias durante a aula, um professor comentou que o Brasil é o único pais que ele tem conhecimento onde esculhambar com o próprio idioma é legal.

    Ainda citou como exemplo o comércio, onde as pessoas adoram colocar nomes de lojas com uma grafia muito… peculiar! E muita gente acha isso legal.

  • PAU NO SE CÚ COLEGA
    sE ATE O O NOBRE MOLUSCO PRESIDENTE FALA PRETOBAIS EM VEZ DE PETROBAS KKKKK PORQUE EU NAUM POSSO FALAR COCRETI, CHUPA AI NEGA

  • Eu trabalho em RH…
    Aviso breve = Aviso prévio
    Rezistro = Registro
    Recisão = Rescisão
    Pior é que vem de quem teria "obrigação" de falar e escrever direito…
    Braziiillllll

  • Aliás, sugestão para um próximo texto: além de grafia errada, também concordâncias verbais inexistentes, como o clássico "Pra MIM fazer".
    Outra coisa que me enlouquece é a completa incapacidade das criaturas colocarem vírgulas em vocativos: "Bom dia, amigos", "Fala, pessoal" e derivados. Isso sem contar os KKKKK GRIPE SUÍNA que escrevem parágrafos INTEIROS sem uma vírgula sequer.
    Francamente, queria era andar com um Houaiss debaixo do braço pra tacar na cabeça dessa gente. ¬¬

  • Temo que expressões tais como "HÁ dez anos (mil) ATRÁS", de tão consagradas, incorporem de vez o Aurélio, o Houaiss.

    Maldito Paulo Coelho…

    Suellen

  • Tenho amigas que fazem/fizeram faculdade de Letras, já até li um pequeno livro explicando sobre o "preconceito linguístico" e tal. PRECONCEITO LINGUÍSTICO É O MEU CARALHO! É errado SIM! A gente pode até entender o que a pessoa diz, mas que desce arranhando, desce. ¬¬
    Aliás, o que vocês acham dessa mania de escrever errado na internet? Aqui vai um glossário: http://mypix.com.br/pixpocketmag/a-nova-gramatica-da-internet/ Eu, pessoalmente, não vejo nada de errado, desde que você SAIBA qual é o certo e a ocasião de usar. Se você, sei lá, manda um e-mail para uma vaga de emprego perguntando "comofas", merece ser avacalhado.

  • Hoje, enquanto eu aguardava para passar no caixa e pagar minha negresco, uma moça solicitou recarga do seu celular, ao questionada sobre qual operadora, eis que ela responde:"-CRaro".

    Antes de ouvir isso eu ainda pensei "Hummm, eu comia". Depois… bem, ainda assim comia.

  • Leandro, na mesa de bar, entre amigos ou em um blog informal sob um pseudônimo não é necessário ter cuidado algum. Já no ambiente de trabalho e em outras ocasiões formais sim.

    Da mesma forma que ninguém vai de terno para a praia, ninguém deve ir de biquini trabalhar.

  • Sally, sabia que hoje em cursos como Letras e Comunicação Social na UFRJ eles ensinam que "desde que se comunique é certo"? Ficam mimimi preconceito linguístico pra lá e pra cá. Se você diz que acha que existe sim ERRO de português e que seria muito legal se realmente ensinassem português nas escolas, nego acha que você é um elitista que devia morrer queimado, SÉRIO. Aliás, até os dicionários têm essa postura…"desapercebido" está como sinônimo de "despercebido", assim como "perca" está como sinônimo de "perda" (esse é um dos piores, pra mim), "presidenta" (daqui a pouco vão falar "estudanta" e dicionarizar, né)…

  • Nobre Doutora Sílvia: a senhora esqueceu (ou o limite de quatro páginas não lhe permitiu abordar a questão) de escrever a respeito das pessoas que inserem vogais em palavras com consoantes mudas. Um exemplo clássico é o caso do indivíduo que fala adEvogado.
    Atenciosamente
    Anônimo "olavete"

  • Achei um "linguaghem" e "correia" no texto. Além de um "passam" (plural) quando o sujeito era singular ("esta falta de cuidado")

    Ora, "fico pensando se as pessoas que tem essa falta de cuidado com A DIGITAÇÃO tem igual falta de cuidado com outras áreas da vida. Será que a higiene é tratada com o mesmo cuidado?"

    Hahahaha, não vá levar a mal, eu estou só trollando.

    Mas errar ao falar não é luxo dos brasileiros. Aqui em Portugal eu já ouvi da minha professora de Português: "subir pra cima", "salCHIcha", entre outros. Sem contar que os erros falados se transformam em erros escritos e surgem pérolas como: "constrol" (colesterol), "difrente" (diferente) e "intreça" (interessa).

    PS: tema pra coluna Cadê seu Deus?: http://www.youtube.com/watch?v=FuDYSEVeoAk&feature=player_embedded

  • Asteristico é revoltante, tive uma gerente que falava (e uma enorme corja de puxa-sacos batendo palminha e copiando). E a gentalha sempre teima que está certa, que o correto é asteristico. Tomar no meio do cu viu.

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