Sally Surtada: Aconteceu…

Relaxa, mulher, aqui é tranquilo!“Aconteceu”. Uma palavra que resume toda a covardia e auto-perdão de um ser humano que não quer se responsabilizar por suas cagadas. Eu ODEIO essa expressão: “aconteceu”. ACONTECEU É O CARALHO, ACONTECEU PORQUE VOCÊ DEIXOU ACONTECER. Desídia, falta de cuidado, irresponsabilidade, excesso de confiança, escrotidão… podem existir mil motivos para o “aconteceu”, e todos implicam na responsabilização dos envolvidos. Gente que usa o “aconteceu” como se fosse um fenômeno da natureza inevitável, imprevisível ou instransponível merece um chute no cu.

Vamos tomar como exemplo o namorado de uma amiga sua. Nenhuma pessoa de caráter planeja ou pretende se envolver com o namorado da amiga. Uma pessoa que zela pela amizade tem o cuidado e o respeito de se manter a uma distância razoável do namorado da amiga, justamente para se assegurar de que nada possa vir a acontecer. Pessoas que tomam este cuidado preventivo são pessoas humildes e vividas, que sabem não ser possível controlar 100% os sentimentos e que sabem que, na essência, o ser humano é uma merda. Precisamos nos policiar constantemente para “nos salvar de nós mesmos”.

Mas sempre tem uma pessoinha arrogante, que acha que sabe tudo, que tem o controle de tudo ou que sequer consegue pensar mais para frente e fazer projeções de possíveis catástrofes (essa gente meio hippie que só quer saber de viver o momento) que não toma qualquer precaução. Daí não estipula limites, achando que isso jamais vai acontecer, afinal, esta pessoa sabe tudo e tem controle de tudo. Fodástica. Até que um dia acontece. Não necessariamente com o namorado da amiga. Acontece algum envolvimento extremamente antiético e prejudicial: com uma pessoa casada que assim pretende continuar, com um chefe que mistura as coisas e prejudica profissionalmente ou qualquer outra situação que não deveria ter acontecido. Mas “aconteceu”.

E neste momento do “aconteceu”, a pessoa muitas vezes não tem a auto-crítica de pensar qual é a sua parcela de culpa na história. Porque quando a gente se fode na vida, geralmente temos a nossa parcela de culpa na história. Não. A pessoa suspira e diz “Aconteceu”, como quem diz “não tinha nada que eu pudesse fazer para evitar”. Isso é mentira. Uma paixão ou um amor não surgem do nada, do dia para a noite. Surgem com o convívio e a proximidade. Pequenos atos aparentemente inofensivos como pegar carona com a pessoa, bater um papinho de dez minutos todos os dias na saída da aula, conversar rotineiramente no MSN e outros podem terminar em uma lambança.

E por “lambança”, nem mesmo quero dizer que você efetivamente consume alguma coisa. Você pode nem ao menos ter interesse na pessoa, mas por não ter mantido a distância desejável, a pessoa pode acabar se apaixonando por você. Olha que bonito, o namorado da sua amiga terminando com ela alegando estar apaixonado por você. Esse tipo de coisa não “aconteceu”, esse tipo de coisa é CULPA SUA, que foi uma merda de amiga e não soube se distanciar o suficiente para se assegurar que o namorado dela não tivesse subsídios para se encantar por você. Foi você quem não leu as placas de “Pare”. E não foi por inocência ou ingenuidade, não adianta tentar romantizar. Foi por um egoísmo filho da puta de não se dar ao trabalho de pensar nas consequencias, porque aquilo estava te trazendo algum benefício e/ou por uma arrogância do caralho, se achar que tem controle de tudo.

Podem me chamar de paranóica, mas eu não fico sozinha com namorado de amiga minha. E “namorado” é termo genérico para qualquer homem com o qual ela esteja envolvida, desde marido até um peguete qualquer. Não fico mesmo. Por exemplo, se estou na mesma casa e a namorada vai dormir, eu não fica na sala com o namorado dela. Paranóica? Pode ser, na dúvida, e por respeito a minha amiga e a um eventual namorado meu, não faria isso. Não pegaria carona com o namorado de uma amiga minha sem que ela estivesse no carro. Não sairia sozinha com o namorado de uma amiga minha nem que fosse para ajudá-lo a escolher um presente para ela.

Eu sei que muitas mulheres cometem este erro de não colocar limites, mas vocês devem concordar comigo que é um erro predominantemente masculino. Desde o dia que aprende a cagar no troninho, homem passa a achar que tem controle de tudo. E não tem. Também acham que são mais bem resolvidos que nós emocionalmente do que as mulheres. E não são. São os primeiros a serem sacaneados, manipulados e a fazer merdas gigantes. Mas não adianta, enquanto o caldo não entorna, eles continuam ali flertando com o desastre. E discutem com você que aquilo não tem o menor problema. Porque nada nunca tem o menor problema para homem, desde que eles estejam fazendo (quando a gente faz sempre tem problema). Eles sabem tudo, eles tem tudo sob controle e qualquer tentativa de aviso nos coloca no papel da paranóica histérica controladora.

Até que o caldo entorna. E quando você mete o dedo na cara do Zé Ruela e diz “Não disse? Não te avisei?” ele faz cara de cachorro cagando na chuva e solta o nefasto “Aconteceu, ué? O que que eu posso fazer? Essas coisas a gente não escolhe”. Só matando. A menos que você seja uma adolescente de 13 anos apaixonada pelo Justin Bieber sem nem ao menos conhecê-lo, ninguém se envolve com outra pessoa se não for cruzada uma barreira de intimidade e contato frequente indesejável. E não se trata de um inocente erro de cálculo, porque no meio do caminho com certeza várias pessoas devem ter reclamado do rumo que aquela suposta “amizade” estava tomando. Se trata de falta de consideração, egoísmo e arrogância de não escutar o outro e não se colocar no lugar dos outros.

Você, Amigo Cueca, que está torcendo esse seu nariz cabeludo para o que eu estou falando, me conte como se sentiria se outro amigo seu contasse que fez sexo com a sua mãe porque “aconteceu”. Fazer sexo com alguém não é uma coisa que simplesmente “acontece”. Ninguém chega na casa dos outros, olha para a dona da casa tira a roupa e pula na cama, a menos que exista um precedente mínimo de intimidade e proximidade. E se um amigo seu contasse que comeu a sua irmã mais nova porque “aconteceu”? Dói quando é com a gente, né? E se um amigo seu falasse que está apaixonado pela sua namorada e que eles chegaram a se beijar, mas que não foi nada planejado, apenas “aconteceu”?

Nojento esse argumento. É a mesma coisa que fazer sexo por meses sem camisinha e fazer cara de espanto quando descobre que está grávida, dizendo “Não me culpe, eu não planejei isto! aconteceu!”. EVIDENTE QUE IA ACONTECER. Não planejou mas também não evitou, né? A omissão é a mentira do covarde. Se alguém acha que omitir é menos grave que mentir, pense duas vezes. Ao menos é preciso culhões para mentir. Omitir é baixo, covarde e babaca. Omitir fatos ou se omitir diante de situações que deveriam ter sido conduzidas de outra forma é, no mínimo, tão reprovável quanto mentir. Eu acho ainda pior! Mas homem acha que tudo bem se omitir. Eles batem no peito cheios de orgulho e dizem “Eu não menti, eu omiti”. Até o dia que escutarem “Eu não menti, eu apenas omiti que era HIV positivo” depois de comer mil vezes a mesma mulher sem camisinha. Talvez aí eles entendam quão baixo nível pode ser uma omissão.

Porque vocês acham que existem tantos filmes, novelas e livros tratando de romances proibidos, inconvenientes ou pecaminosos? A arte imita a vida. O proibido exerce um fascínio incontrolável no ser humano. Mas ainda tem gente boba nesse mundo, que se auto-perdoa acreditando na baboseira de que se o seu relacionamento for amor verdadeiro, pode fazer o que quiser que nunca vai trair nem se envolver com mais ninguém. Tia Sally tem uma novidade para te contar: é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo. É possível amar uma pessoa e estar apaixonado pela outra. É possível estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo. TODO TIPO DE COMBINAÇÃO é possível em matéria de ser humano. Por isso, não descuide do seu relacionamento achando que porque é amor de verdade está blindado para o mundo externo, porque não está. O ser humano é uma merda promíscua por natureza. Lutamos (bem, alguns de nós) contra isso, mas quando a gente menos espera, tem uma recaída.

Se você se aproximou de alguém, ou deixou que alguém se aproxime de você, o suficiente para estabelecer um vínculo que pode gerar intimidade a ponto de virar algo a mais, então você já errou. Mesmo que no fim das contas não dê merda. Já errou porque colocou seu relacionamento em risco (ou a carreira, ou a família ou qualquer que seja o bem que está em jogo). Mas homens não sabem ler os sinais.

Perguntem ao Somir. Um dia você bate um papinho com uma pessoa no MSN. Foi bem divertido e como a pessoa não flertou com você, você não vê problema em conversar em um outro dia. Sim, porque na cabeça simplória de homem, a coisa é pão pão, queijo queijo: “Conversei com ela + ela não deu em cima de mim = posso conversar com ela outras vezes”. Tolinhos. Quando vai ver, está conversando com a mulher regularmente no MSN e inclusive sente falta quando ela eventualmente não comparece para a conversa no horário habitual. E nem assim conseguem ler as placas de “Pare”. Na mente simplória continua marretando a frase “Ela não está dando em cima de mim e eu não estou dando em cima dela, então isso aqui não tem problema algum”. Desculpa, mas esse excesso de racionalidade masculina emburrece. Partem de premissas erradas e chegam a conclusões muito equivocadas. Tecla SAP: IDIOTAS!

Anota aí outra dica que a Tia Sally vai te dar, Amigo Cueca. Anota na mãozinha e lê todos os dias quando levantar da cama, antes de sair de casa: MULHERES INTELIGENTES, QUANDO QUEREM CONSEGUIR UM HOMEM COMPROMETIDO, NÃO FLERTAM. Porque nós sabemos que, salvo se o sujeito for um galinha fdp (e quem quer um galinha fdp?), o flerte vai afastá-lo de nós. Mulheres inteligentes, quando querem um homem comprometido, apenas conversam, se aproximam, são agradáveis, ATÉ O SUJEITO SE APEGAR A ELA. Porque sim, homem se apega. Homem gosta de atenção e por mais que tenha bastante atenção de sua namorada e que esteja feliz com ela, caso ele se habitue a receber atenção de uma outra TAMBÉM, vai sentir falta quando não a tiver mais.

Homens se dizem super frios e acham que mulher é que se envolve fácil. Eles acham que isso nunca vai acontecer com eles. Discordo. Até acho que homem tenha uma resistência inicial para se apegar, mas quando cai, cai de quatro muito pior do que qualquer mulher. Costumo dizer que o homem é como uma maçã do amor: se quebrar a casquinha dura que tem por fora, entra fácil fácil. Então, cientes de que são uns molóides por dentro, façam o favor de proteger esta casquinha dura, para o bem de todos. E não adianta estabelecer limites onde VOCÊ acha que é seguro, porque geralmente homens erram. Escute o que os outros tem a dizer, escute com atenção. Não seja arrogante. Quem vê de fora vê melhor e vai poder te ajudar a estabelecer limites.

Homens ou mulheres que usam o argumento “Aconteceu” tentando fazer parecer que o ocorrido independia de sua vontade ou se suas escolhas merecem um joinha e seu eterno desprezo. São pessoas hipócritas, baixo nível. São eternas vítimas: são vítimas das circunstâncias, vítimas de outras pessoas, vítimas do destino. Nunca tem culpa de nada e nunca se responsabilizam. Tenho asco de gente assim.

Para os Cuecas, o mesmo recado de sempre: fidelidade não é só não beijar outras bocas. Fidelidade começa muito antes, com POSTURA E DISTANCIAMENTO do sexo oposto. Não acredito em fidelidade sem esse caráter preventivo. Mais cedo ou mais tarde vai dar merda se esta ética preventiva não for respeitada. E quando isso acontecer, não ousem se auto-perdoar e dizer que “aconteceu”. Digam “Foi mal, EU deixei acontecer”.

Para dizer que me odeia por eu ter retirado sua capacidade de se auto-perdoar, para dizer que eu só falo essas coisas porque não sei o que é amor de verdade e para dizer que este Sally Surtada não foi surtado o suficiente: sally@desfavor.com

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Comments (33)

  • adoro

    Entretanto, o objeto da postagem não é discutir o caráter de quem fica com um homem casado. Posso até escrever sobre isso se vocês quiserem… Podemos retomar o assunto ou querem me xingar um pouco mais? pó xingar, eu vou aprovar o comentário.

    Me envaidece que pessoas que desgostam de mim percam seu tempo acompanhando a minha "história" (a história que divulgo aqui no desfavor) e que se achem espertonas "jogando na minha cara" informações que colheram lendo um blog que é trollada do começo ao fim.

    Me diverte por dois motivos: 1) eu ser tão importante ao ponto da pessoa dedicar tempo do seu dia lendo e depois comentando para me atacar e 2) eu ser tão competente de fazer uma pessoa acreditar que o que escrevo aqui é verdade.

    Me sinto duplamente poderosa, obrigada.

    E voltando ao assunto do texto… caso alguém QUEIRA VOLUNTARIAMENTE deixar acontecer, caso alguém ciente dos riscos OPTE por deixar acontecer, nada contra. O que eu critico são pessoas que colocam o "aconteceu" como inevitável quando na verdade é uma opção. Adoro quem faz merda com consciência e convicção!

    • Parabéns!!

      Isso foi publicado em qual século?….

      No mundo onde mulher é homem e homem é mulher, (viado e sapatão não existe mais) o que isso importa? Hoje é liberado!!!
      Dá uma palmada no teu filho para ver o que te acontece…..
      Cadê nossos direitos “Direitos”
      Escravidão nos dias de hoje.. Paga não tua luz (Tu assiste novela?)…. Paga não teu IPVA (Tu vai passear?) e tantas outras coisas….

      Porra…. isso sim que é ser prisioneiro, escravo… e pior todo mundo aceita…
      É…. vamos nos policiar constantemente para “nos salvar de nós mesmos”.
      Isso é normal?…
      Estou procurando um novo planeta….

  • Adoro gente que aponta a vida dos outros. São os que tem mais sujeira em suas próprias vida.

    Moralistas de plantão… Eles me divertem.

  • Merda de domingo que não tem postagem, ficam todos vendo Faustão e não postam, então vamos animar: Fodam se vcs, a culpa é sempre do homem. Homem que trai o pipi cai. Vamos, entrem na porrada tipo funk AS FIÉL X AS AMANTI. Que o jogo comece!

  • Querida… você deve ser uma dmulher traída, porque se valhe do mesmo mecanismo de todas as cornas no gerel: culpar a mulher. Ninguém "acaba" com o casamento de ninguém, ninguém "rouba" ninguém de ninguém. Os envolvidos fazem o casamento fracassar e ter espaço para entrar outra pessoa. Já tinha acabado FAZ TEMPO antes de eu chegar.

    Além disso, não foi assim que a minha história aconteceu. Quem se aproximou de mim foi ELE e durante um bom tempo eu não sabia e não tinha como saber que ele era casado, uma vez que estavamos em dois estados diferentes.

    Uma coisa é uma mulher que sabe que o sujeito é casado e fica lá atentando ele mesmo assim, cagando para o fato que vai desfazer o casamento, assumindo o risco disso acontecer e magoar outra pessoa. Outra coisa é alguém que não sabe onde está pisando.

    Sim, a gente assume um risco quando se envolve com uma pessoa que não convive ao vivo e a cores diariamente, e esse risco eu assumi. Mas daí a colocar Somir como vítima dos meus "ataques" e me colocar como destruidora de lares… bem… eu até queria ser isso tudo, mas não sou.

    Impressionante como as pessoas falam sem saber meiá vírgula da nossa história.

    E para terminar, quem te garante que o que a gente conta aqui é verdade? Sei lá, meio inocente confiar que duas pessoas que zelam absurdamente por sua privacidade viriam na internet contar sua história real de vida. Inocência, a gente se vê por aqui.

  • Faltou um exemplo didático, Sally:
    _ Fulana se aproxima de Fulano sabendo que esse é casado e, com essa aproximação, pode acabar com o compromisso dele e fazer uma terceira pessoa sofrer. Bom, mas o compromisso é dele, nao é? E vc nem é amiga da esposa de Fulano logo…tá perdoada (auto perdão e egoísmo? oi!!!!)

  • Irmã do Sérgio

    Que??? Eu matava e esquartejava as bolas do feladaputa do meu irmão se ele tivese um amigo gateenho e proibisse de ficar comigo. Combinado é coisa de viado! Meu irmão lê esse blog, então tá avisado. Se não quiser virar transex, não se meta com meus peguetes.
    Fui

  • Pois é, aqui chegou ao ponto de trocar de gerente no Banco justamente por conta de projetar os possíveis resultados dessas inocentes conversas. Mesmo sendo fisicamente repulsiva, o cidadão se interessou…

    Nisso, sempre procuro qualquer outro funcionário (simpáticos, feios, bem-casados) para fazer aplicações, resgates, financiamento etc. E toda vez desconverso quando eles perguntam porque não vou tratar desses assuntos com o gerente responsável, logo ao lado.

    "Dói quando é com a gente, né?"

    Empatia, a gente se vê por aí…

    Suellen

  • @, você entendeu errado.

    O texto é sobre envolvimentos que acabam sendo prejudicias. Além de pegar o namorado alheio, muitos outros podem ser pejudiciais e não necessariamente envolvem piranhagem.

    Exemplos didáticos:

    – Fulana fica com melhor amigo do irmão, ambos solteiros, mas sabe que o irmão tem um combinado com os amigos proibindo-os de ficar com a irmã. Vai dar merda.

    – Fulano tem uma chefe carente, meio pancada, controladora e possessiva que vive dando em cima dele. Ambos solteiros. Um dia ele não resiste e fica com ela. Vai dar merda

    – Fulana se interessa por Fulano sabendo que em dois meses Fulano vai fazer um doutorado na Malásia, onde ficará três anos. Começa a conversar e nutrir sentimentos por ele e acaba começando um namoro. Vai dar merda.

    – Fulana começa a sair com Fulano e descobre que ele é a) viciado em drogas b) bandido condenado criminalmente foragido da justiça ou c) colunista do Desfavor e ainda assim insiste em continuar saindo com ele e acaba se apaixonando

    Como este, poderia citar mais de mil exemplos onde todos são livres e descompromissados porém seria uma furada se envolver com a pessoa.

    O objetivo não é fazer um julgamento moral de quem é piranha quem não é e sim alertar as pessoas para as placas de PARE, de modo a que façam menos MERDAS nas suas vidas.

  • Ainda bem que sou lésbica e não tenho esses problemas, mas pelo que entendi essa ética é só com namorados das amigas, então Creusa e outras colegas leitoras PODEM PIRANHAR À VONTADE!!! Desde que preservem suas amigas, as outras fêmeas que se fodam, manda vê aí!

  • Para os Cuecas, o mesmo recado de sempre: fidelidade não é só não beijar outras bocas. Fidelidade começa muito antes, com POSTURA E DISTANCIAMENTO do sexo oposto. Não acredito em fidelidade sem esse caráter preventivo. Mais cedo ou mais tarde vai dar merda se esta ética preventiva não for respeitada. E quando isso acontecer, não ousem se auto-perdoar e dizer que "aconteceu". Digam "Foi mal, EU deixei acontecer".

    SALLY – VOCÊ ARRASA.
    Sabe o que eu acho? Certinha… e assim, é saber por limites… se a pessoa passar, corta… amizade tbm tem limite…
    Bjos Linda…
    VC ARRASA!

  • Pois é, Camilla.

    Uma vez uma amiga pediu para que eu espere no carro do namorado enquanto ela subia para buscar uma coisa na casa dela e eu me recusei. Fiz questão de subir com ela.

    Daí ela disse que confiava em mim e eu disse que eu também confiava em mim, mas não confiava nele.

    Morro de medo de criar uma situação propícia para o sujeito dar em cima de mim. Imgina o problema? Se eu contar para uma amiga o cara pode me desmentir e aí pega mal para mim. Se eu não contar estarei sendo uma canalha.

    Logo, para ME POUPAR desse tipo de coisa, não dou chances ao azar. Dizer que "aconteceu" do cara dar em cima de mim seria babaquice. Mesmo sem dar em cima dele, eu teria feito por onde, criando uma oportunidade para que ele fala isso!

    • Sally, parabéns pelo seu discernimento! Nos dias de hoje, onde tudo é normal, estabelecer os limites, às vezes, se torna difícil (sobre dar carona para o sexo oposto).

  • Paulo, não "aconteceu" não, foi opção não cortar, prosseguir.

    Por um acaso, deu tudo certo, mas as coisas poderiam ter dado bem erradas para mim e eu poderia sair bem magoada. Foi um risco calculado que decidi correr.

    Em parte a minha postura radical me protegeu, pois fui firme na minha exigência dele largar a esposa caso contrário eu sumiria do mapa…

  • Morita, é um assunto delicado.

    Eu acredito em amizade verdadeira entre homem e mulher, MAS, se nenhum dos dois for fisicamente repulsivo, eu também acredito que além da amizade verdadeira sempre exista uma vontade de experimentar algo mais, ao menos de uma das partes (porque amizade verdadeira não excluí atração física)

    A questão é: pode se manter uma amizade verdadeira respeitando alguns limites para evitar acidentes de percurso, não é?

    Não vejo necessidade de "amigos verdadeiros" trocarem de roupa um na frente do outro ou dormirem juntos na mesma cama.

    Para evitar acidentes que poderiam ser prejudiciais para um ou para ambos, até uma amizade verdadeira precisa de limites.

  • Dani, até conheço homens que tem esse discernimento, mas são tão raros, mas tão raros que no cômputo geral ficam como inexistentes na estatística.

    Pior é que eles se ofendem se a gente fala nos cornos deles que eles não tem discernimento, por mais que a gente enumere uma lista de coisas sem noção que já fizeram. Impressionante como o auto-perdão opera milagres na mente masculina! Bando de negadores!

  • Rita, no caso, o sujeito não era "dela", porque ele não ficou com ela e aparentemente não queria nada com ela. Além disso você ficou com ele seis meses depois, não "roubou" ele de ninguém.

    Não sei o quanto sua amiga gostava dele, por isso não tenho como saber o quanto isso a magoou. Se fosse comigo, se um sujeito não quisesse ficar comigo e seis meses depois quisesse ficar com uma amiga minha, eu não veria problema nenhum.

    No seu lugar eu não acharia necessário tomar nenhum cuidado para evitar o "aconteceu", pois acho que você não fez nada errado, nem desleal nem prejudicial. Ela é que tá com dor de cotovelo mesmo.

    Poucas vezes eu justifico as coisas como sendo inveja, mas acho que nesse caso é inveja sim. Meio doentio esse pensamento de que "eu quero ficar com ele e se ele não ficar comigo não quero que mais ninguém fique com ele". Dodói da cabeça…

  • Não é paranóia sua Sally, eu não fico no mesmo ambiente que o meu padrasto sem minha mãe ou outra pessoa por perto. Muitas vezes até trato ele meio mal, tenho medo de tratar bem e ele achar que tenho algum interesse.

  • Paulo César Nascimento

    Sally: então você assume que escolheu não somente um cara CASADO, mas especificamente o Siago Tomir, tendo consciência dos riscos, dos aspectos morais envolvidos, etc? Usando de licença poética, houve no mínimo dolo eventual, né? E eu que pensei que tinha "acontecido"… tsc, tsc.

  • Tia Sally. Alguns homens são mesmo assim, às vezes, se deixam levar pela conversa, que geralmente é agradável, e quando percebem já estão envolvidos. No entanto, não podemos generalizar, pois acredito na amizade verdadeira entre um homem e uma mulher. Daqueles que, "se alguém atirar pulo na frente da bala", porque ele é meu amigo (a). Tenho para mim que o amor tem várias facetas e não podemos confundir o amor com o puro e simples sexo. Esse tipo de amor acostuma acabar com o tempo, pois a ninguém foi dado o poder da juventude eterna (sexo por toda vida). Agora aquele amor verdadeiro (pode ter sexo ou não), pode ser inclusive entre amigos. Nesse caso, a amizade perdurará para sempre, pois não há interesses escusos nas conversas. Logo, vislumbrando por essa ótica, nada vai "acontecer".

  • Sim Sally, devido aos motivos por você expressos acima, homens não devem sair sozinhos MESMO, eles não tem noção de nada!!!! Deixam as piranhas se esfregarem e se fazem de malucos para andar de ambulância!

    "sou uma piranha feliz" Futuramente será uma corna feliz também! Mas o que vale é ser feliz não é?

  • Eu tenho um caso quase similar…
    Era minha amiga. Havia um cueca que eu, ela e todas as outras mulheres próximas pegariam sem pensar duas vezes. A que era minha amiga começou a dar indícios mais fortes de que queria ficar com ele. Querer todas queriamos, mas ninguém ia às vias de fato, nem ela, nunca teve culhões de chegar nele.
    Ela contou pros amigos próximos e deu a eles o papel de cupido. Eles tentaram, incentivaram mas não houve interesse por parte do cueca. Ouvi da boca dele que ele não queria mas que se ela tivesse sido mais "invasiva" teria rolado algo do tipo uma ficada e nada mais (aí um outro motivo pra ele não querer é que ele não queria ter que encontrar com ela constantemente no meio das outras pessoas depois de ter ficado só uma vez). Essa lenga lenga durou uns 6 meses.
    6 meses de indiretas, tentativas de flerte e nada. Aqui eu tenho que falar a verdade sobre a aparencia dela, motivo muito forte para fazer um cueca rejeitar alguém: numa escala cuja mais bonita é nota 10, ela seria 5,5 (não vou falar que é baixinha sem sal e usa lentes fundo de garrafa difarçadas num modelinho de óculos moderno de grife).
    Após esses 6 meses teve uma festa, eu fiquei bem alegre (não bebada chata que vomita, mas bem alegre) e num dado momento fiquei sozinha com ele. Comecei a falar dela, claro. A resposta foi que ele queria ficar comigo e não com ela, isso dito em indiretas que na hora eu não entendi 100% mas a sementinha estava plantada. Umas semanas depois tivemos outra oportunidade de ficar sozinhos, hoje namoramos há quase 1 ano. Desnecessário falar que não tenho mais a amiga e as outras (que teriam feito igual ou pior) ficaram todas do lado dela (hipocrisia feminina, mais presente que pontas duplas).
    O que você acha Sally?

  • Autora do Texto: não vejo problema que o cueca saia desacompanhado desde que saiba estabelecer limites, tenha ética, não flerte e não se deixe flertar e saiba escolher o tipo de ambiente que é adequado para ir sem uma namorada.

    OU SEJA, HOMENS NÃO DEVEM MESMO SAIR SOZINHOS PORQUE SÃO SEM NOÇÃO DE TUDO ISSO QUE FOI DITO ACIMA!

    HAHAHAHAHAHAHAHA

  • Creusa, é um julgamento pessoal que só você pode fazer.

    Minha opinião é ficar com uma pessoa comprometida não é a situação ideal, mas não acho tão condenável como o resto das pessoas costumam achar. Quem deve algo para a namorada é ELE, e não você. Apenas tenha o cuidado de pensar que se ele está fazendo isso com a namorada dele hoje, amanhã, quando você for a namorada, pode fazer com você também.

    Eu disse PODE, as chances são grandes. Mas também pode não fazer. Não é uma certeza. Apenas fique esperta.

    O único porém, ainda na minha opinião (sem a menor intenção de ser dona da verdade ou convencer alguém) é o sofrimento que implica dividir o homem com outra. Eu não conseguiria dividir um homem com outra por muito tempo. MAS, se isso não acarreta nenhum sofrimento para você…

  • Anônimo, claro que dá para bater um papo com o sexo oposto! Só é preciso colocar um freio quando as coisas ultrapassam uma barreira que pode causar danos a você ou a terceiros!

    Além disso, se a pessoa for solteira e isso não lhe trouxer prejuízos, tem mais é que acontecer mesmo, com quantas pessoas ela quiser. Os cuidados só se fazem necessários em situações onde iniciar um relacionamento (ou uma bimbada) pode causar prejuízo. ex: chefe possessiva, mãe do amigo, irmã do amigo ciumento e similares

    Sim, merdas fulminantes acontecem. Mas mesmo na mais fulminante das merdas, existe um momento onde você poderia ter respirado fundo e colocado limites dizendo "Chega, se passar daqui, estarei sendo incorreto e vai dar merda". Não é o seu caso, mas seria se, por exemplo, sua patroa fosse, à época, esposa do se chefe…

  • Autora do texto

    É… os argumentos descritos nesse texto podem ser usados para justificar que o cueca em hipotese alguma saia para festas ou baladas desacompanhado da namorada. E tenho dito.
    Essa coisa moderninha de sair sozinho é um barco furado. Quem duvida ainda vai precisar de um colete salva-vidas.
    Claro, eu digo isso para um relacionamento em estágio mais avançado, onde já foram superadas as fases chatas e os dois querem algo mais (casar não, por favor. É brega e dispendioso$ demais)

  • Tia Sally, eu fico com um cara que tem namorada…mas ela não é minha amiga, nem a conheço… isso é considerado muito grave?!
    E eu admito, aconteceu pq eu deixei e pq eu quis que acontecesse…
    na verdade, pouco me importa a outra, ela que se foda…
    quem quiser que me chame de piranha, sou uma piranha feliz :D

  • Tia Sally:
    Aí fodeu o barraquinho geral, se for assim não dá mais pra puxar papo com o sexo oposto só pra matar o tempo. Por que foi num papo à toa pra matar o tempo do busão Sampa-São José domingo à tarde que eu conheci minha rádio-patroa, e já nos "conhecemos" (no sentido bíblico) na mesma noite, no hotel onde ela estava hospedada.
    Tá certo que eu era solteiro e descompromissado até a última gota (zero namoradas no curriculum e sequer esperança de peguete antes de conhecer minha pitchuquinha primeira e única), mas o meu ponto é que esse período de aproximação evitável que você descreve não é condição necessária para que aconteça algo na vida de alguém. De onde se depreende que merdas fulminantes também existem.
    E aí, vem a minha perguntelha (pergunta pentelha): "aconteceu" também não existe para o caso de merdas fulminantes?
    Abraço por trás!

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