Ele disse, ela disse: Burro, eu?

KKKK GRIPE SUÍNA!

SEMANA DO AVESSO: O desfavor traz mais uma semana temática, desta vez Sally mostra seu lado Somir, Somir mostra seu lado Sally.

Nesta coluna, um assunto que normalmente apresenta pontos-de-vista opostos nos dois: Preocupação com a opinião alheia.

Ela normalmente se importa, ele normalmente não. Mas quando uma palavra surge na discussão, os papéis de invertem.

Tema de hoje: Te incomoda ser chamado de burro(a)?

SOMIR

Lembro bem até hoje da cena: A professora me entregando uma prova com um ZERO como nota. Ao contrário da vez onde eu recebi meu primeiro B, no primário, chorar não era uma opção. Quando eu tinha 9 anos de idade, meu medo era ficar burro como as outras crianças, mas eu já estava no terceiro ano do segundo grau, contemplando algumas questões mais sérias.

O que me deixou preocupado não foi exatamente a nota, foi a forma arrogante como eu decidi fazer o teste sem sequer ter estudado, esperando tirar uma nota boa apenas por me achar um gênio. Aquilo tinha sido uma… burrice.

Evidente que não foi a primeira coisa burra que eu fiz na vida, mas foi algo que marcou. Eu pude perceber claramente o processo de ter informações para fazer a decisão certa e não utilizá-las, a definição de burrice no meu dicionário. A nota ruim foi ignorância, eu não sabia mesmo o que estava respondendo na prova, mas se assustar por recebê-la? Ô coisa burra!

Nem tive chance de me redimir, larguei a escola no dia seguinte. Não foi por causa da nota, tinha problemas diferentes e foi naquele momento que eu percebi que não dava para conciliar. (Salvo pelo supletivo…)

Vejam bem, até aquele momento eu só me preocupava em não SER burro. Mas bastou um olhar para eu começar a não querer ser visto como burro. Eu praticamente não frequentava as aulas e ainda por cima tive que mudar de período do ano anterior, então era um completo estranho na classe. Naquele dia, enquanto eu observava atônito aquela prova, a garota sentada na carteira ao lado pergunta para mim como eu tinha ido.

Mostrei o papel cheio de rabiscos vermelhos e fiz uma cara envergonhada. Ela viu a nota, olhou para mim e fez uma expressão que eu nunca vou esquecer. Difícil explicar em palavras, mas é um misto de condescendência e desistência. Ela não riu, ela não fez piada, ela só fez aquela cara e virou para o outro lado.

Eu reconheci a expressão não por tê-la visto antes, reconheci porque já a havia feito para outras pessoas. Sabe quando alguém diz algo tão estúpido que você nem sabe por onde começar a responder? Nunca ninguém tinha me disparado um olhar desses. Talvez quando criança, mas além dessas coisas não registrarem na memória, não é a mesma coisa.

E eu sei muito bem como eu trato quem considero burro. Não necessariamente de forma antagônica, mas definitivamente ofereço menos. Torna-se uma interação mais superficial e propensa a interrupções. E eu tenho que ser honesto: ME CAGO de medo de ser tratado assim. Superficialidade excessiva acaba com o sentido das coisas para mim. É como se eu nem estivesse tentando.

Se eu for tratado como burro por outras pessoas, é como se eu tivesse morrido para o mundo. E puta que pariu, NEM FODENDO que eu deixo algo importante assim totalmente nas mãos dos outros. Se quer me achar burro, direito seu, mas eu vou me esforçar para não deixar isso acontecer. Essa é a porta que eu não gosto de fechar (porque todas as outras eu dou um jeito de fechar… “terno e gravata? valeu, prefiro continuar desempregado”).

A vida é “menas” se você for considerado burro. Bonitinho dizer que é azar delas, mas também é azar seu. Não estou advogando que você deva ficar furioso(a) quando alguém te trata assim (até porque é burrice, ha!), mas deixar barato é fazer uma falha de comunicação se tornar realidade. Você continua sendo mais do que a outra pessoa está enxergando, mas se ela não tiver nem chance de rever seus conceitos, para ela você se torna burro. Não vai ter acesso ao que poderia ter se ela te tratasse como capaz.

Eu sempre imagino uma criança ouvindo sobre um daqueles assuntos “de adulto”. Os pais tem que se virar para adaptar o conhecimento para o tamanho da compreensão dos fedelhos. E não é raro que mandem tudo à merda e inventem uma historinha ridícula para tapar o buraco. As informações que você recebe de quem te acha burro se assemelham muito. Não é o quadro completo, não é o melhor que ela pode fazer. É conhecer a história pelo filme e não pelo livro sem sequer ter a oportunidade de escolher.

É uma perda real. E existem muitos motivos além do seu controle que podem criar essa ilusão de burrice na mente alheia. Compreensão perfeita de tudo o que te dizem é um talento que ainda não encontrou dono. As pessoas vão adaptar o que você diz ou faz de acordo com uma série de pré-conceitos sobre o que caracteriza uma pessoa burra ou inteligente. Se você nem ao menos se importar em estar do lado “certo” da visão alheia, está se contentando com pouco fácil demais.

Quando eu começo a teimar para ser visto como inteligente, não é só meu ego inflado pedindo aprovação, é a minha forma de dizer que eu estou vivo e posso mais. Eu quero aprender, eu quero ter opiniões e informações do mais alto nível, eu quero valorizar minha visão que essa vida toda é uma viagem muito mais intelectual do que física.

E eu não posso fazer isso sozinho. Se estamos no mesmo time (e isso não é sinônimo de concordar em tudo), eu faço questão de saber. E faço questão que você saiba. E não vai ser empinando o nariz e achando que todo mundo tem obrigação inata de conhecer o que você realmente é que vai ajudar nessa causa. E se quem te acha burro passa a mesma impressão para você, dê uma chance. Podem ser dois cometendo um erro.

Feio mesmo é nem tentar.

Para me chamar de burro nos comentários e me irritar por um motivo completamente diferente, para dizer que eu fiz muita firula só para dizer que sou feio, ou mesmo para dizer o dolorosamente óbvio que inteligência e burrice são conceitos relativos: somir@desfavor.com

SALLY

Você é realmente burro? Você é inseguro? O que os outros pensam é realmente tão importante?

Não, né? Então não vejo motivo para se preocupar com o que as pessoas pensam sobre sua inteligência. Claro que quando disto depende o sucesso de projetos de vida, temos uma razão para provar nossa competência, como por exemplo no caso do que o seu chefe pensa sobre a sua capacidade. Mas, no caso de pessoas que não interferem em nossas vidas, que são o tema deste Ele Disse, Ela Disse, sinceramente, foda-se com F maiúsculo.

Não é muito difícil detectar uma pessoa burra. A forma de argumentar, a construção de frases, o conteúdo dito, as respostas dadas… em vinte minutos de conversa você pode detectar uma pessoa burrinha. Então, pra que se preocupar se alguém te acha burro? Se um dia a pessoa quiser te conhecer melhor e quiser conversar com você ela vai constatar que você não é burro. A qualquer tempo ela pode bater um papo com você e descobrir que você não é burro. E mesmo que ela converse e te ache totalmente burro, no que isso te prejudica? Azar o desta pessoa que perde um ótimo colega, amigo(a), namorado(a) ou o que quer que seja.

Olha, eu tenho autoridade pra falar no assunto. Durante muito tempo fui dançarina de axé. Isso significa tomar o que for preciso para ficar com corpo de Panicat, fazer bronzeamento artificial e ter o cabelo loiro. Ah sim, usava microshort. Visualiza o layout. As pessoas não achavam que eu era burra, as pessoas TINHAM CERTEZA ABSOLUTA que eu era burra. Eu era o protótipo da burrice ambulante. Eu achava graça. Já tirei proveito da situação várias vezes, porque me tomavam como burra e gente burra é inofensiva. Ninguém se protege de gente burra. Kelly feelings.

A verdade vem a tona para quem decide te conhecer melhor. Cansei de ver a cara de espanto dos homens que saiam comigo pela primeira vez para jantar e depois de meia hora de conversa falavam “Nossa, eu tinha uma imagem completamente diferente de você” (tecla SAP para “te achava burra” ou “te achava piranha” ou ambos). Daí você pode pensar que é importante provar a inteligência antes disso, pois muitos homens podem ter deixado de sair comigo por me achar burra. Amigos, sinceramente? Esse tipo de pessoa que julga sem conhecer não me interessa. AINDA BEM que deixaram de sair comigo. Quem perde? Eles! E se me conheceram e mesmo assim me acharam burra, quem perde? Eles!

Para completar minha aura de pseudo-burrice, meu idioma materno não é o português. Só fui aprender português por volta dos cinco anos de idade. Por isso vira e mexe cometo um deslize falado ou escrito, coisas como “mais grande” (totalmente permitido no espanhol). É fatal, as pessoas me corrigem e me olham como se eu fosse burra. Se eu for me importar e ficar me explicando, fica uma coisa meio Sasha, sabe? “Fui alfabetizada em outro idioma…”. Soa como desculpa esfarrapada. Prefiro rir e dizer “Nossa, sou burrona!”.

Tem coisa mais cafona do que gente que fica enfiando frases sem contexto nas conversas só pra mostrar erudição? E gente que se apresenta como “advogado”? Grandes merda ser advogado. Pessoas preocupadas em mostrar que são inteligentes acabam fazendo um papel bobo, artificial – e isso não deixa de ser uma certa burrice, concordam? Meus textos refletem isso. Não faço a menor questão de mostrar que sou inteligente aqui. Minha linguagem de botequim se assemelha à de um estivador ou marinheiro. Como diz o Somir: “Você fala igual a um traficante carioca”. Minhas escolhas de tema são ecléticas, desde merda, passando por peido até poítica e reigião. E quer saber? Duvido que algum leitor do Desfavor me ache burra por causa disso. E se achar, olha as minhas rugas de preocupação!

Ser burro não é uma coisa assim tão ofensiva para merecer que eu me desdobre para provar que eu não sou. Se achassem que eu sou criminosa, mau caráter ou algo do gênero, talvez eu me sentisse incomodada e compelida a provar o contrário. Mas ser burra? Qual é o problema em ser burra? Sem contar que, dependendo de QUEM te acha burra, acaba sendo até um elogio, uma verdadeira prova da sua inteligência. Não vejo prejuízo no fato de alguém que não interfere na minha vida me achar burra.

Devo confessar que dá até um certo prazer mental silencioso quando uma pessoa me trata como burra. Sim, eu rio por dentro, porque se eu tenho uma certeza nessa vida é a de que eu não sou burra. Posso ser escrota, filha da puta e maluca, mas burra eu não sou. Então, burro é quem me acha burra por fazer uma avaliação tão errada! Paro e penso “Que burro! Ele me achou burra! hahaha” (e geralmente tiro proveito disso). Não é motivo para aborrecimento, é motivo para risos (e trollagem).

A opinião dos outros (como eu disse, quando esses outros não interferem na sua vida) é irrelevante e indiferente. Quem não deve não teme. Eu não preciso do olhar do outro para saber o meu valor e a minha capacidade. Eu sei que é possível que me achem burra sem que eu seja burra. O fato de me acharem burra não me faz duvidar nem por um segundo da minha capacidade muito menos me faz sentir burra de verdade.

Viver com a preocupação de que NINGUÉM te ache burro deve ser tortuoso. Sempre vai ter alguém que nos ache burros, até porque a maior parte das pessoas acha burro quem discorda delas (isso sim é coisa de gente burra!). Vai fazer o que? Ficar cuspindo erudição? Falar sobre física quântica? Deixa pra lá! Deixa te acharem burro, que se foda! A pessoa te acha burra? Vire o jogo e VOCÊ passe a achar a pessoa burra por ela te achar burro! Ou simplesmente ache graça. Ou, melhor ainda, nem pense nisso, tem coisas mais importantes na sua vida (se não tem, deveria ter – compre um cachorro).

Tentar agradar a todos é uma tarefa ingrata. Burrice ou inteligência são conceitos subjetivos. Vivemos em um país onde a maioria esmagadora da população é MUITO BURRA e SEM DISCERNIMENTO. Sério, vale a pena se incomodar com o que uma pessoa que vota no Tiririca, lê Dan Brown, escuta Claudia Leite e lê a Veja pensa de você? Não, não vale. Deixa achar, liga o foda-se.

Para me chamar de burra e me ver fazendo piada disso, para chamar o Somir de burro já que ele se importa ou ainda para dizer que ambos somos burros por escrever todo dia quatro páginas de graça para leitores que chegam até nós procurando por Veronica Moser: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (20)

  • Não, não me incomoda. Somos todos burros em alguns aspectos e inteligentes em outros. Sou medíocre na maioria dos tipos de inteligência. Mas consegui desenvolver uma forma rara e imprescindível. Rara principalmente aqui no Brasil: chamada de inteligência intrapessoal, da qual nascem a autoestima e a independência psíquica.

  • Trollagem padrão lá deve ser postar uma foto do Obama, seguido de uma coolface com um "Problem?", haha.

    O que realmente me incomoda naquele fórum é o fato de serem BRASILEIROS discutindo questão de pureza racial ou alguma baboseira semelhante..

  • "Concordo com a Sally.
    Muito drama da parte do Somir."

    Ok, da próxima vez eu não ameaço me matar se alguém me chamar de burro.

    "> Caralho, olha o fórum que postaram no vale tudo do forum uoljogos: http://www.stormfront.org/forum/t806617/ galera altamente neonazi/whatever, assustador confirmar que ainda existe gente tão doente assim.."

    Porra, eu nem sabia que tinha tópicos em português no Stormfront. Já participei de algumas invasões na parte em inglês, eles se irritavam fácil fácil.

    *considerando abrir uma conta*

  • "Somir, tenho uma dúvida super pertinente ao texto: em qual igreja você foi batizado?"

    Na Igreja Nossa Senhora de Mánucu.

  • "Somir:

    Religiosos também têm o direito de lutar por não serem tratados de burros, ou é melhor que eles fiquem quietinhos em seus cantos e não vos perturbem, já que vocês lidam com eles a partir de presunção automática de burrice?"

    A presunção automática é de premissa antagônica. Tanto que algumas discussões sobem de nível e outras caem no puro deboche.

    E não é só porque uma pessoa soa inteligente que suas opiniões não possam ser rebatidas.

    O que nunca teve aqui foi a promessa de discussões "paz e amor". A pancadaria faz parte do jeito desfavor de ser. E, sinceramente, eu acho que funciona melhor do que ficar fazendo doce.

    A quantidade de comentários religiosos que já foram respondidos respeitando a inteligência alheia no desfavor corrobora com a idéia de que esse direito nunca foi tolhido aqui.

    (Evidente que nem sempre dá tempo de responder direito… temos vidas fora daqui e já soltamos muita argumentação nos textos, que costumam ser muito maiores que comentários… Acho um saco ficar repetindo o texto vez após vez.)

  • Me incomodava quando minha ex fazia eu me sentir burro.

    Nunca mais me relaciono com alguém mais esperta.

    Sou inseguro.

  • Sempre fui preguiçosa nessa questão escolar. O que me atrapalhou demais, pois as notas baixas afetaram o meu autoconceito a respeito da minha capacidade intelectual. Nunca me achei inteligente, mas isso mudou demais na época da faculdade, me descobri capaz, inteligente, me destaquei, e hoje reflete na minha profissão e nas escolhas que estou fazendo atualmente. Fiquei uma época andando com uma turma Cult, a maioria dos meus amigos eram PIMBAS e cheguei a namorar um desses. Foi ótimo! Mas depois de um tempo fui enchendo o saco, lembro-me de momentos em que terminava de assistir um episódio de LOST e ainda tinha que bater um papo cabeça sobre os detalhes… Era frequente as vezes em que eu apenas observava que em uma tarde inteira se defendia filminhos Cult, aqueles que faziam uma analogia a jovens sifilíticos do interior do sul da… em que estava explicito a analogia “como vc não percebeu? Estava explicito!!!”, e outros mais populares, que tinham uma mensagem bacana, com reflexões e idéias legais e inovadoras eram criticadas por serem uma produção americana. Criticavam demais, criticavam tudo…
    Era muito comum ver também aquele discurso lindo sobre respeito, ética, tolerância, mas vi muitos deles fazendo exatamente o contrário com suas namoradas, amigos e familiares. Vi essas mesmas pessoas não construindo nada de positivo para suas vidas e metendo o bedelho e criticando as conquistas dos outros, subjugando os outros… Ouvi exatamente isso: “Fulano nem se deu ao trabalho de estudar para concurso! Chegou onde chegou porque tudo na vida dele foi fácil.”

    Desde então procuro um equilíbrio em atividade mental e outras coisas. E não me preocupo também com o que as pessoas acham da minha inteligência por não ter saco com masturbação mental. Prefiro as atitudes, prefiro ser prática, mas sem perder a sensibilidade e a curiosidade pelas coisas.

  • Somir:

    Religiosos também têm o direito de lutar por não serem tratados de burros, ou é melhor que eles fiquem quietinhos em seus cantos e não vos perturbem, já que vocês lidam com eles a partir de presunção automática de burrice?

    Sally:

    Bem vinda ao clube. Também não me importo com a opinião de quem lê Caros Amigos, Carta Capital e Sam Harris, assiste Zeitgeist, defende as ideias de Proudhon e Foucault, é fã de Che Guevara e depois tem a pachorra de achar que tem o direito de falar mal da marchonha.

  • Sally, você costuma usar quais meios para se informar sobre a atualidade?
    Poderia me citar algumas revistas ou blogs de sua confiança? fontes de conhecimento não tão manipulados…

  • "Somir, não sei até onde é verdade o que disse (esta emotivo demais…)"

    É verdade. Aqui no desfavor só tem graça mentir se tiver risco de ser pego, uma história da minha vida é o tipo da coisa que eu poderia mentir impunemente. Não seria um desafio…

    E quanto ao emocional: Bem-vindo à semana do avesso. Não forcei a barra nesse aspecto sentimental, mas foi bem mais "pessoal" do que o de costume. Imagino que transpareça.

    "Hoje estou pouco me lixando pra todo mundo. Me preocupo pouco com a opinião das pessoas a ponto de me inportar de passar alguma imagem."

    Entendo essa coisa de se definir pela vaidade intelectual. Eu tinha um lance bem parecido com o que você mencionou, excessivamente fechado para o mundo. No mesmo ano do evento do texto, eu descobri o verdadeiro plano das mulheres para tomar o poder:

    Recompensar homens que tiram notas baixas na escola. Hahahaha!

    Essa vaidade intelectual nunca me abandonou, mas deixá-la sob controle faz muito bem. O que não exclui meu argumento: Se outras pessoas te acham burro, você perde a possibilidade de receber o "pacote completo". Vale a pena brigar por isso, muita gente já me surpreendeu positivamente.

  • Somir, não sei até onde é verdade o que disse (esta emotivo demais…) mas solidarizo com sua estória.

    Quando criança eu não pensava em ser mais inteligente que os outros. Só acumular o máximo de conhecimento que podia pra não depender de ninguem.

    Eu odiava estudar ou fazer qualquer coisa da maneira que me mandavam e estudava por conta propria. Na quarta série eu já tinha lido todos os livros que podia de exatas e ciencias (portugues, nunca gostei) até o colegial. E tinha uma fixação por copiar num almaço (so lendo, eu ia esquecer) partes da Barsa que tinha em casa.

    Meus brinquedos, eu mesmo construia. Fiz carrinhos de rolimã, jogos de tabuleiro e até um helicoptero com motor de liquidificador, mas não voava porque eu não dominava aerodinamica.

    Era timido retraido e virgem ate os 19 anos. Alguns anos dpeois percebi que apesar de me considerar inteligente, não tinah bagagem suficiente, era apenas criativo e prepotente, o que as vezes da no mesmo.

    Podiam me chamar de filho da puta, feio, escroto, etc, mas não me chamassem de burro. Isso mexia demais com o pouco da minha vaidade.

    Hoje estou pouco me lixando pra todo mundo. Me preocupo pouco com a opinião das pessoas a ponto de me inportar de passar alguma imagem. Na internet, pareço tentar fazer isso, mas é apenas um esporte pra mim, um passatempo; assim com o tem gente que joga angry birds como se não houvesse o amanhã.

    Ah, antes que tentem, como eu já disse, naõ me importo mais que me chamem de burro, mas fico incrivelmente chateado quando me chamam de bonito, gostoso, etc. Não sei lidar com elogios. ;)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: