Des Cult: Intocáveis.

Salvo engano, nesses quatro anos nunca fiz uma postagem recomendando um filme. Aliás, quase nunca recomendo nada porque sou uma pessoa amarga e difícil de agradar. Mas hoje eu tenho um filme para recomendar que, além de ser sensacional, tem tudo a ver com um tema recorrente neste ano aqui no Desfavor. O próprio nome do filme já diz tudo: Intocáveis (no original, “Intouchables”).

Uma sinopse rápida: sujeito muito rico e tetraplégico está selecionando um acompanhante para ajuda-lo no seu dia a dia através de uma entrevista de emprego em sua mansão. Todos os candidatos entrevistados repetem aquele blá blá blá que as pessoas costumam dizer quando querem ser contratadas, aquele discurso pronto e politicamente correto. Até que chega um indivíduo cagando e andando para o emprego, que está lá com a única intenção de ser recusado para que possa receber o auxílio desemprego do Governo. No final das contas, o tetraplégico está tão de saco cheio de tudo que decide contratar esse sujeito. Nem preciso dizer que o contratado é um grosseiro insensível e maloqueiro. Evidentemente isso cria uma infinidade de cenas muito engraçadas, com piadas que flertam com o mau gosto sem sucumbir a ele.

O filme é de uma delicadeza e de um bom gosto que consegue enfiar goela abaixo da sociedade (e ainda arrancar aplausos) cenas como o sujeito contratado jogando água fervendo nas pernas do tetraplégico por diversão ou ainda brincando com ele enquanto o barbeia, deixando-o com um bigodinho de Hitler (contra a sua vontade) e fazendo piada sobre “nazistas tetraplégicos”, levantando a mão do tetraplégico e simulando uma saudação nazista. Ele também dá cigarros e maconha para o tetraplégico, entre outras barbaridades Sim, esse tipo de piada, impensável nos dias de hoje, é exposta a todo momento durante o filme e é feita cercada de tanto bom gosto e cuidado que não choca. Muito pelo contrário, o filme é um sucesso de público e crítica. E olha que é um filme francês, brasileiro costuma ter preconceito com filme europeu.

Confesso que além da admiração senti inveja. Porque o filme diz tudo que eu sempre pensei sobre esse esquema de “Intocáveis”, mas o diz com classe, com delicadeza, fazendo com que as pessoas se disponham a ouvir, coisa que eu nunca soube fazer. Quando eu falo, do meu jeito grosseiro as pessoas ficam na defensiva e geralmente discordam, provavelmente mais da grosseria do que do argumento em si. Eu adoraria saber ser fina como o filme foi, mas infelizmente não é quem eu sou e acho que soaria artificial se tentasse me tornar assim. Um saco isso de ter que escolher palavras para que os outros se disponham ate ouvir. Invejo quem naturalmente sabe falar com elegância.

O filme é uma comédia como faz muito tempo eu não via igual. Uma comédia pura, sem apelação, sem torta na cara, sem baixaria. Uma comédia como todas as comédias deveriam ser. E uma das coisas mais bacanas deste filme é que ele parece ter sido feito para todos: mesmo a mais ameba das amebas vai se divertir e tirar algum proveito do filme. Claro que quem tem um pouco mais de subsídio mental compreenderá o filme em uma profundidade muito maior, mas gente burra também é capaz de se divertir, ao contrário do que aconteceu com outras comédias como “Borat”. O filme apresenta diversas “camadas” de compreensão e de profundidade, o telespectador mergulha até onde consegue e mesmo que fique na superfície, o filme vale a pena.

O mais bacana é que este filme é baseado em uma história real. Esses personagens (eu me recuso a escrever no feminino) realmente existem e realmente tiveram um relacionamento similar a aquele. Ao final do filme, quando começam a passar os créditos, observem um vídeo real do tetraplégico e do seu acompanhante, estas pessoas existem! Inicialmente sua história foi contada em um livro, depois em um documentário e agora em um filme. E os atores… olha, a interpretação dos atores chega a ser comovente. Não há condições de qualquer ser humano ver esse filme e depois retornar para as interpretações caricatas dessas bostas globais que só gritam e se xingam na novela das oito. É outro nível.

Na minha opinião, uma determinada cena do filme resume perfeitamente aquilo que a maior parte das pessoas parece não querer ver. Um amigo do tetraplégico o chama para conversar e manifesta sua preocupação com a contratação daquele acompanhante tão incomum, dizendo que ele tome cuidado com quem ele coloca dentro da sua casa, porque “essas pessoas” não costumam ter compaixão. O tetraplégico diz que é justamente isso que o agrada, que ele não que compaixão, ele quer se tratado como uma pessoa normal. Espero que essa sociedade histericamente politicamente correta compreenda de uma vez por todas que compaixão em excesso (vulgo tornar a pessoa Intocável, nos termos que a gente usa aqui) é ofensivo e nocivo para os próprios objetos da compaixão. Quem lhes confere dignidade é justamente quem não os blinda em compaixão.

Saindo da questão da deficiência física, o filme também faz uma abordagem maior, mostrando como muitas vezes uma pessoa inesperada ou fora do convencional acaba entrando nas nossas vidas meio que por acaso e pode, no final das contas, acabar mudando tudo para melhor. Como muitas vezes sair do convencional, do esperado, do socialmente aceito vale o risco. Como a espontaneidade e sinceridade, ainda que acompanhada de uma certa rudeza é mais saudável e preferível ao politicamente correto. Também mostra como muitas vezes, independente das nossas deficiência, a solidão não advém delas mas é fruto dos nossos medos e nossas escolhas. O clássico “toda panela tem sua tampa” ganha um adendo: “desde que faça por onde ser tampada”.

O filme já está em cartaz faz um tempinho, acredito que não fique muito mais tempo nos cinemas. Por isso sugiro que ainda esta semana vocês corram aos cinemas para ver este filme. Vai por mim, em quatro anos nunca achei um filme que valha a pena uma postagem, eu devo ter bons motivos para abrir essa exceção. É um filme que acrescenta ou, na pior das hipóteses, duas horas de diversão e boas risadas garantidas. Eu duvido que algum Impopular não goste, sem contar que ele parece ter sido escrito por um de nós, o título não poderia ser mais familiar…

Para contar suas impressões do filme e estragar o final, para posar de fino e optar por ler o livro ou ainda para baixar o filme de graça porque você segue o Somir Way Of Life: se posso pegar de graça não vou pagar: sally@desfavor.com

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Comments (93)

  • Não me lembro como vim parar nesse texto, mas acabei me interessando e assistindo o filme. Aí voltei pra agradecer a sugestão, Sally. Filme excelente mesmo, não podia deixar de agradecer.

    Espero que hajam outros “Des cult” .

  • Encontrei esse post aqui e fiquei curiosa, gosto de filmes que são histórias reais. Mas este, se não estivesse escrito no início, eu não acreditaria, talvez por não ser dramático.
    Seguindo o Somir way of life (até porque nessa altura do campeonato não daria para ver no cinema) baixei o torrent no pirate bay.
    O que falaram aí de algumas pessoas terem achado o filme racista, será que é por causa da cena que Philippe pergunta do irmão de Driss?
    E desculpem minha ignorância, mas na cena do “Tom & Jerry” eu tinha pensado a mesma coisa! E eu adorei o banheiro dele, queria pra mim.
    Enfim, uma situação proveitosa para ambas as partes.

    • Acusaram o filme de ser racista por tratar imigrantes como pessoas rudes, sem modos, desbocados. Nem todo imigrante é Driss

  • Texto incrível, especialmente essa parte: “Espero que essa sociedade histericamente politicamente correta compreenda de uma vez por todas que compaixão em excesso (vulgo tornar a pessoa Intocável, nos termos que a gente usa aqui) é ofensivo e nocivo para os próprios objetos da compaixão. Quem lhes confere dignidade é justamente quem não os blinda em compaixão.”

    Sua escrita é de uma sensibilidade, senso crítico e acidez incomparáveis. Estou perplexa.

    • Fico muito feliz de saber que ainda tem pessoas como você que conseguem me entender. Sempre me senti inadequada, isolada e diferente. Perceber que tem mais gente como eu no mundo me conforta e poder reunir essas pessoas aqui não tem preço!

  • Valeu a pena ter assistido este filme. Recomendo com empenho, principalmente para as pessoas politicamente corretas.

  • Somente hj que consegui assistir. Que filme lindo, Sally! Adorei… E como a vida se tornou chaaata com a partida do Driss. Isso ficou marcante pra mim.

    • De onde a gente menos espera pode sair uma linda amizade que acrescenta, desde que não tenhamos o preconceito de nos aproximar daquilo que nos é diferente, incomum. Amei demais esse filme, achei uma sacanagem que não tenha sido indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro! Poxa, pelo menos INDICADO!

  • Bruna de Souza

    Consegui assistir o filme, depois de quase 3 semanas adiando com a aba aqui aberta. Eu achei genial, inteligente, engraçado. Não queria que acabasse tão rápido. As sacadas, as ironias, os sarcasmos, cara, brilhante.

    Um filme como poucos, mesmo. Eu ainda consegui chorar no final, quando ele finalmente se encontra com a moça das cartas. A emoção dele bateu em mim.

  • Até que teve umas pegadas interessantes, mas para quem tem costume com as comédias americanas (com um ritmo mais dinâmico e menos sutil), o desenrolar da trama é incrivelmente lento. De qualquer forma, achei divertida a passagem onde se descobre que a paquerada do negão era lésbica e faz uma tirada sutil com o malandro, que ia sair de lá.

    E a musiquinha com tom de drama lá pelos 15 minutos de filme é uma coisa que NINGUÉM MERECE.

    • Olha, estou quase começando a usar o filme como indicador de pessoas com as quais vale a pena conversar. Porque todas as pessoas que eu conheço que não gostaram desse filme são extremamente idiotas…

  • Deve ser muito desagradável ter consciência de que as pessoas te tratem de uma determinada forma em razão de uma condição física sua. É chato saber que a todo o momento vão tentar te preservar de tudo o que acontece de ruim no mundo por pura pena. Deficiente não quer isso. Um mimo quando se está gripado é uma coisa, agora conviver com isso é doloroso demais. Vou assistir o filme.

  • Bruna de Souza

    Alguém ali indicou “Irreversível”… eu assisti esse filme e choquei. Olha que poucas coisas me chocam. :/

      • Bruna de Souza

        Assim, eu não sei explicar… hahahahahahaha
        O filme te deixa nervosa do começo ao fim (ou do fim ao começo… o filme começa pelo fim) mas o estilo que ele foi filmado meio que me deu náuseas, e algumas cenas chocam por serem fortes. Eu achei, particularmente. O saldo do filme é positivo, no final. Mas me deixou transtornada por alguns dias.

        Dá uma olhada na sinopse, talvez ajude a clarear. Porque eu não consigo concluir muito bem se gosto ou não do filme. :^/

  • Sally, so de ler esse texto me deu vontade de assistir de novo.

    E falando de Borat, você assistiu os outros filmes do Sasha Baron Cohen? As vezes é um humor um pouco “torta na cara”, como para o filme “Bruno”, mas as mensagens que ele passa atraves são otimas. Adoro como ele consegue falar mal de tantos paises e sociedades ao mesmo tempo.

  • Sally, nem li o texto ainda, mas ja vou falar, esse filme é maravilhoso. Assisti muitas vezes e me mato de rir a cada vez, e a historia é OTIMA. E’ o filme com mais entradas no cinema na França.

    Aparentement nos Estados Unidos falaram que é um filme racista. Bando de idiotas!

      • Pois é… Poe histeria nisso. A minha vontade quando falam do caso do “racismo” no caso da leitura de Lobato é falar “E DAÍ QUE É RACISTA? Você por acaso ignora que os doutos do passado muitas vezes tendiam a relegar ao limbo por conta da posição social ou do tom de pele?”, mas como sei que tem muito mais maracutaia envolvida nisso, vou deixando quieto.

  • Rorschach, El Pistolero

    Eu gosto do cinema europeu, só não gosto dos fãs de cinema europeu no Brasil. Tem gente que acredita que só pelo fato do filme ter sido feito no Velho Continente ele já é melhor que o feito nos EUA, por exemplo.

    Não conhecia esse que a Sally citou, mas me interessei para ver. Não está passando no cinema da minha cidade e arranjei um torrent na locadora do Paulo Coelho. Posso compartilhar?

    Se não puder, por favor alterem o link a seguir por aquela página onde tem o gif de um pau girando: Intouchables – BRRip

      • Rorschach, El Pistolero

        Passando pra agradecer a indicação. Consegui ver o filme hoje e achei ótimo. É sensível, engraçado e inteligente. Enfim, um “bombom” cinematográfico.

        Eu vi nos comentários que você quer ver O Ditador, Sally. Eu gostei bastante quando vi. Não tem aquele ar dúbio do que é verdade ou do que é encenado que Borat tinha, eu talvez diria que tem uma crítica social um pouco mais diluída, mas o “discurso final” compensa.

  • Eu assisti outro dia “Minhas tardes com Marguerite”, ou algo assim.
    É bem interessante e envolve uma combinação um pouco inusitada de personagens.
    Mas o que me chama atenção é a qualidade das interpretações.
    Inclusive, estou assistindo aquela série que vocês tanto falam, “Breaking Bad”, e fico prestando atenção nos atores, como deixam as cenas verossímeis.
    Não sou muito de assistir TV, mas quando vejo de relance uma cena de novela sinto um pouco de vergonha alheia, porque é uma diferença brutal. E olha que nem estou falando de roteiro.

    • Quando a gente vê boas interpretações realmente sente muita vergonha alheia dos atores nacionais. Conto nos dedos da mão direita os que não são ruins, forçados, patéticos e canastrões. É como beber a melhor champanhe do mundo e logo depois tentar beber um copo de Coca-Cola, chega a doer fisicamente a interpretação de atores nacionais depois que a gente se acostuma a ver BONS atores…

  • “O tetraplégico diz que é justamente isso que o agrada, que ele não que compaixão, ele quer se tratado como uma pessoa normal. Espero que essa sociedade histericamente politicamente correta compreenda de uma vez por todas que compaixão em excesso (vulgo tornar a pessoa Intocável, nos termos que a gente usa aqui) é ofensivo e nocivo para os próprios objetos da compaixão. Quem lhes confere dignidade é justamente quem não os blinda em compaixão.”

    Perfeito, Sallly. Você resumiu com precisão nesse trecho sua postura demonstrada aqui por quatro anos em relação a esse tema. Como dizem nos tribunais: “sem mais, Meretíssima”…

    • Pena que a maior parte das pessoas precise que as coisas sejam ditas de forma lúdica e com muito mimimi para conseguir ouvir…

  • Eu tentei ver este filme, mas nao consigo horário.

    Sally,

    Os franceses tem um cinema MUITO bom, em qualquer área ( ação, Drama e comédia ) são bem feitos, e o melhor tratam o espectador com inteligencia.

    Se quiser assista : Irreversível ( drama, um dos mais tristes e reflexivos que já vi ), 36 ( ação policial – te prende do inicio ao fim ) e B13 ( ação )

  • Eu baixei este filme e assisti quando não havia absolutamente nenhum auê em torno. É legal. Mas pra quem tem hábito de ver o cinema de lá, não impressiona tanto. Esse filme fez muito sucesso na Europa porque também toca numa questão extremamente sensível para eles: a integração dos imigrantes (cada vez mais numerosos) à cultura europeia. É algo extremamente difícil. Os “nativos” têm um preconceito fudido, enraizado mesmo. O imigrante até pode conseguir trabalho, mas nunca é visto como um igual. Não é noticiado, mas há frequentemente casos de suicídio em ligares como o metrô de Paris, de gente que que simplesmente não conseguiu se encaixar e não vê a volta ao país pátrio como opção. Então o filme traz uma visão que para o europeu é bem impactante.

    • Sim, para o Europeu tem esse plus, sobretudo por ter um imigrante africano. Mas porque você diz que não impressiona tanto? Eu tenho hábito de ver todo tipo de filme e até agora não tinha visto nada parecido, que enfrente a questão dos Intocáveis… existem mais filmes sobre o assunto?

    • Eu sou uma imigrante na França e eu posso dizer com certeza, a França é o meu pais. Eu sempre fui muito bem acolhida aqui, nunca sofri com preconceito, mesmo quando não falava francês. A França é o meu pais e eu não quero nunca mais voltar para o Brasil. Vou tentar pedir a nacionalidade e se não der certo meu namorado falou que casa comigo. Não é o suficiente pra mim so “viver legal”, eu quero ser francesa. Esse pais me acolheu tão bem que eu quero fazer parte de tudo isso.

      Ai, tudo bem, do outro lado tem os que não se integram, mas a grande maioria é porque eles se voltam para a comunidade deles, os mais velhos nunca aprendem a lingua e não querem nem saber de “ser francês”. Meu namorado, quando mais novo, era tratado de “sale français” (porra de francês/francês sujo) na escola, porque ele era uns dos unicos franceses “de verdade” na sala dele. Essas são pessoas que não gostam da França, que néao querem se integrar.

      Resumindo, se você quer viver de verdade na França, a França te acolhe de braços abertos.

      • Bacana saber disso, tudo que ouço é que franceses são arrogantes e tratam mal estrangeiros… derrubou um mito na minha cabeça!

        • Já tive relatos de amigos que foram super bem tratados na França, principalmente quando eles se esforçavam em se comunicar e pedir informações em francês mesmo não falando corretamente, ao passo que outros que tentavam o mesmo em inglês não foram tão bem tratados assim.

          • Minha mãe não fala muito bem francês mas com todas as pessoas que ela conversa, eles são pacientes e esperam ela conseguir terminar a frase e ajudam e falam devagar, explicam. Ninguem nunca riu dela (ou de mim quando eu não falava). As pessoas querem ajudar.

            Bom, certeza que se você for pedir informação para alguém em Paris na hora do rush as pessoas podem ser mal educadas mas se não eu não vejo os franceses mal educados.

            Agora, uma vez eu estava no Starbucks ai chegou um americano (gordo, diga-se de passagem), falando inglês. E aparentemente ninguem falava inglês (franceses são horriveis para aprender outras linguas) e o americano foi TAO arrogante! Quando os empregados tentavam comunicar em francês ele quase gritava “eu não falo francês! eu falo americano! Eu não tou entendendo merda nenhuma” (ele queria um café que não tinha).
            Eu acho incrivel, quando você vai nos Estados Unidos, ninguem vai tentar falar a sua lingua, você tem que falar inglês, mas quando ele vêem aqui, a gente tem que falar inglês (ta certo que inglês é a “lingua universal”, mas não fazem nenhum esforço). E logico, estou generalizando. Não são todos assim.

            • “Bom, certeza que se você for pedir informação para alguém em Paris na hora do rush as pessoas podem ser mal educadas mas se não eu não vejo os franceses mal educados”.

              Se analisarmos a situação de quem mora em Paris, com o fluxo de turistas o ano todo, principalmente no verão causando um fluxo bem maior de pessoas nos metrôs, restaurantes e no trânsito, eles teriam bons motivos para serem mal educados, mas não são. Adoro o país, moraria aí, mas já passei da fase da aventura…Pena.

              Quando voltei de lá mês retrasado, fiquei pensando como ficaria São Paulo (e o comportamento de quem mora aqui) com o mesmo fluxo de turistas de lá, levando em conta os problemas que tanto conhecemos aqui…

              • Eu estava falando sobre o assunto com o meu namorado (um francês) e ele me disse que o unico caso onde ele tem vontade de mandar imigrantes de volta para o pais deles é quando esses imigrantes vêm para a França mas querem continuar a viver como se estivessem no pais deles como por exemplo mulçumanos (que na maioria das vezes não estão na França a muitas generações), que brigam porque as mulheres não podem usar vel em todos os lugares (incluindo escolas). Eles querem fazer a lei deles no pais dos outros.
                Isso da raiva até em mim.

                • Concordo com ele e o entendo perfeitamente. Percebi a mesma coisa em relação a (alguns) brasileiros e outros sul-americanos no tempo em que fui operária no Japão. Ingratidão é foda…

    • Ele foi feito em 2011, mas estreou em 2012, acho que ainda demora um pouquinho para sair em DVD, pois ainda está nos cinemas

  • Sugestão anotada. Se não estiver mais nos cinemas, vou baixar no Torrent mesmo (/cruzando os dedos para que já haja link disponível)

    Segue aqui um link com as pessoas que inspiraram o filme:

    http://www.telegraph.co.uk/culture/9509665/Untouchable-the-true-story-that-inspired-a-box-office-hit.html

    Outro filme interessante nessa linha dos intocáveis é um filme chamado “Night on earth”, que conta estórias de cinco taxistas pelo mundo. Ficção, mais ainda assim divertido. A parte mais legal é quando um taxista em Paris recebe uma passageira cega, e a mulher passa a dar esporro atrás de esporro no taxista ora quando ela a trata como uma ‘intocável’, ora quando tenta enganá-la…

  • Eu vi o cartaz desse filme e na hora lembrei do Desfavor, mas não me informei mais a respeito. Até veria no cinema, mas os cinemas que ainda tão com ele em cartaz são meio fora de mão pra mim, então aderirei ao Somir Way of Life mesmo. :P
    Aliás, aparentemente o Pirate Bay morreu, só não sei se pra sempre…
    [um minuto de silêncio]

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