Desfavor Bônus: Estude!

Estou sentindo umas presenças NORMAIS E ACIMA DA MÉDIA por aqui nos últimos tempos. Porque não, em tempos de inclusão, escrever um textinho para eles? Meus Amores, este texto é para vocês, que me despertam aquele sentimento de afeto…

Eu sou de uma geração que foi sacaneada pela realidade: quando era pequena, tempos em que não existia internet nem facilidade de obter informações, sempre ouvia de todo mundo: “Estude, estuuuude porque estudar é a única forma de ser alguém na vida”. E foi o que eu fiz, desde os tempos do colégio, sempre estudei muito. Estudei o que tinha que estudar e estudei coisas que não precisava, para compreender melhor as pessoas e o mundo.

Porém nos últimos anos cruciais para minha formação o mundo mudou. Mudou rápido, mudou praticamente de uma hora para a outra. A informação, que antes tinha que ser garimpada em enciclopédias e bibliotecas em atos trabalhosos e demorados começou a abundar na internet. O mercado de trabalho se transformou. A elite não era mais quem detinha a informação, porque a informação estava ali, a um clique de qualquer um. A elite começou a ser quem tinha contatos. Ninguém me avisou que as coisas seriam assim e eu sempre fui muito ruim no quesito contatos. Não sou uma pessoa sorridente nem educada o bastante para ser massivamente querida. Muito pelo contrário.

Eu não tinha contatos, e creio que não sou boa nisso até hoje. Eu odeio gente, gente me irrita. Tendo a achar quase todas as pessoas burras e desinteressantes e não consigo disfarçar isso em contatos sociais. É um defeito, eu sei. Cresci com uma certa arrogância equivocada, pensando que se você for muito bom no que faz, não precisa de favores, de empurrãozinho, de amizades para subir na vida. Talvez isso tenha sido verdade na década de 80, mas hoje em dia certamente não é. Os contatos valem mais do que o conhecimento, a balança virou. Quem de nós não conhece uma pessoa que não é estudiosa, não é brilhante, não é sequer esforçada mas está melhor do que a gente por ter bons contatos?

Durante muito tempo me senti traída. Você se mata de estudar e só porque não tem vocação social acaba perdendo para pessoas menos qualificadas porém mais simpáticas. E por “simpáticas”, entenda-se pessoas falsas que tem estômago para fingir gostar e se divertir com quem interessa. Lutei contra isso por muito tempo, me aborreci muito e me senti muito sacaneada. Até passei por um período mais raivoso onde cheguei a dizer que estudo não valia nada. Mas o mundo continuou a dar voltas, eu amadureci e percebi um pequeno detalhe que até então não tinha visto.

Apesar de não garantir a vida profissional e financeira de ninguém, estudo continua sendo bom, estudo te dá poder, te diferencia da multidão. Justamente por ter essa facilidade de informação na internet, que em um primeiro momento desvalorizou o estudo, a pessoa estudiosa está voltando a ser valorizada. É como um movimento pendular: estudo não valia nada porque estava tudo a um clique, mas com o tempo se percebeu que informação de internet é dúbia, sem credibilidade e exige um embasamento no assunto e senso crítico para ser filtrada. O estudo ressurge das cinzas, desta vez como artigo em extinção, visto que essa Geração Google não sabe estudar desde o berço e terá bastante dificuldade em aprender, devido a seu imediatismo e hiperatividade.

Por isso eu vim aqui escrever este texto, para te dizer que ESTUDE. Não me refiro ao conceito limitado de estudo, de fazer dever de casa do colégio ou de tirar boas notas na faculdade. Me refiro ao hábito de buscar se aprofundar em informações que de alguma forma podem ser úteis para a sua vida. O estudo facilita a sua vida de uma forma que quem não estuda não pode nem conceber. Quer melhorar algo que você já faz? Estude, estude que você vai ver como em pouco tempo você será uma das pessoas mais qualificadas nesse assunto. Ninguém estuda hoje em dia, logo, quem estudar um pouquinho ao menos, já se destaca.

Não consegue estudar? Não sabe estudar? Relaxa, no começo é difícil mesmo, mas o estudo, se cultivado como hábito, deixa de ser um sacrifício e passa a ser um prazer, pode confiar nisso. Quando você vai percebendo o quanto o estudo facilita a sua vida, a vontade de estudar aumenta. E não, não me refiro a ganhar dinheiro, porque nem tudo na vida é ganhar dinheiro. Me refiro a ganhar qualidade de vida e lidar melhor com os seus problemas e com outras pessoas. Upgrade mental, benéfico em qualquer área da vida, sem resultados imediatos na sua conta bancária com significativos resultados a longo prazo. ESTUDE.

Muita gente descarta o estudo das suas vidas porque sabe que não é necessário estudar, hoje em dia, para ganhar dinheiro ou ser bem sucedido profissionalmente. É verdade, infelizmente. Mas existem centenas de benefícios que o estudo pode te proporcionar se ele for encarado como um meio para se aprimorar. Um exemplo simples: estude seu parceiro. Quem tem o hábito de estudar, quem sabe estudar, pode se dedicar a estudar seu parceiro e com isso conhece-lo melhor, evitando brigas e permitindo uma avaliação real da sua compatibilidade. Quais são as preferências, os gostos, os hábitos. Qual foi a formação dele, a religião, a ascendência étnica. Qual é a profissão, qual é o carro e qual é o filme favorito. Não importa a profundidade da informação e sim a forma como você vai catalogar isso na sua mente. Pesquise pessoas. Você vai se surpreender com o poder que isso te dá sobre elas.

Você tem um hobbie? Algo que gosta de fazer regularmente e gostaria de fazer ainda melhor? Estude. Estude as origens, estude o que as pessoas que são referência nessa atividade falam, estude as noções de física ou química ou o que quer que seja que influenciam na atividade. Não é só a prática que leva à perfeição, a compreensão e o estudo são obrigatórios para melhorar seu desempenho no que quer que seja, desde cozinha até uma partida de golf. Estude aquilo que te dá prazer, nada como compreender os detalhes daquilo que a gente gosta.

Muito da birra com estudo vem do colégio, quando somos obrigados a estudar coisas que não nos interessam e que, em uma visão limitada, são coisas que “nunca mais vamos usar na vida”. Na verdade, essas “coisas que nunca mais vamos usar na vida” são fundamentais para um desenvolvimento cerebral pleno, para criação se sinapses que nos permitem ver o mundo e analisar os problemas sob diversos pontos de vista. E sim, mais cedo ou mais tarde essas coisas acabam sendo necessárias, ainda que de forma indireta. Aprender coisas novas é musculação cerebral, ainda que essas novidades sejam aparentemente “inúteis”. O fato do cérebro fazer força para entender algo por si só já basta para te deixar mais capaz.

Superada essa fase do colégio, que muitos consideram um estupro mental, você pode se dedicar a estudar o que você quiser. Estudar algo de seu interesse pode ser mais prazeroso do que você imagina. Como eu disse, é uma musculação cerebral: no começo é difícil e exaustivo, mas com o tempo vai ficando fácil e gratificante. Muita gente para no começo pois a tendência moderna são pessoas imediatistas e impacientes, mas aqueles que persistem são bem recompensados. Não é porque está difícil que tem que parar no começo. Todo começo é difícil, supere isso.

Estude. Mesmo que no começo você tenha que pegar bem leve. Escolha um assunto que te fascina e estude cinco ou dez minutos por dia sobre ele, lendo no seu tempo. Cinco minutos por dia é um projeto viável. Da mesma forma que ninguém chega na academia já levantando 400kg, ninguém começa a estudar já lendo (uma leitura de qualidade) por 4h. É um processo lento e é normal que a pessoa não consiga um rendimento fenomenal de primeira. O erro consiste em, ao não conseguir esse rendimento fenomenal, entregar os pontos e dizer “Tá vendo? Esse negócio de estudo não é para mim”. É sim, mas deve ser iniciado gradualmente.

Comece com cinco minutos. Quando estes cinco minutos se tornarem fáceis, mesmo que isso demore semanas, aumente para dez minutos e persista. Só leia enquanto seu cérebro compreender e apreender (no sentido de reter) o que está lendo. Quando chegar a aquele ponto onde você lê por ler, lê para cumprir meta sem apreender o que está lendo, pare. Uma boa dica é ler um parágrafo, fechar o livro (ou o computador) e repetir com as SUAS palavras o que foi dito ali. Ou então repetir como se quisesse explicar aquilo que leu para uma criança de cinco anos, de forma bem didática. O processo de explicar algo é uma das formas mais eficientes para reter informação na sua mente. Falar difícil é fácil, o que é realmente difícil é ler algo e saber repeti-lo de forma fácil para um ouvinte. Poucas pessoas conseguem.

Se você não tiver nenhum assunto do seu interesse em particular, procure aprender uma coisa nova todos os dias. Não tem tempo? Duvido. Para ver novela, para jogar joguinho e para fazer outras coisas que não acrescentam todo mundo tem tempo, né? Estudo é como escovar os dentes ou tomar banho, você TEM QUE reservar uma hora do seu dia para isso. Os benefícios compensam o esforço. Leu um assunto que te chamou a atenção no jornal ou na revista? Estude para compreender melhor. Quer aprender a se maquiar como uma capa de revista? Estude. Quer virar o melhor jogador de um jogo? Estude. Mesmo que muitas das fontes que você leia não sejam das melhores, se você estudar muito vai aprender a filtrar as informações verdadeiras das falsas.

A partir do momento em que você aprende a estudar, aprende a ler cada parágrafo, compreendê-lo e explica-lo para quem não tem a menor noção do assunto, amplia o uso do seu cérebro. Você se torna mais inteligente, não apenas pela informação que entrou, mas também por ter majorado o uso do seu cérebro. Não parece, mas aquelas informações estarão ali arquivadas e, quando você menos esperar, serão linkadas de forma automática em situação triviais, te permitindo decisões mais inteligentes, mais rápidas e mais eficazes. É um ganho global que não pode ser obtido de nenhuma outra forma que não no estudo.

Queira estudar. Ponha na sua cabeça que este é um puta diferencial e que você vai ser mais esperto que os outros se o fizer. Aproveita que o campo está fértil: como quase ninguém da nova geração sabe estudar, quem estudo só um pouquinho já se sobressai. Não descarte o estudo porque “não precisa para ganhar dinheiro”. Precisa para estar acima da média, para viver melhor e para lidar melhor com os problemas. Pense no estudo como uma caderneta de poupança de inteligência: nos primeiros meses não vai fazer muita diferença, mas ao longo dos anos pode salvar a sua vida.

Não importa quão fútil o assunto seja, ESTUDE. Quem estuda qualquer merda sempre ganha com isso. Quer estudar como cozinhar melhor? Estude! Quer estudar sobre futebol? Estude! Quer emagrecer? Estude! O mecanismo de estudar por si só já vai abrir muitas portas e tornar sua vida mais fácil e completa. Não, não é papo de intelectual, é uma melhora palpável que você pode, inclusive, usar para o mal: se dar bem, passar a perna nas pessoas, manipular pessoas e conseguir inúmeros benefícios em causa própria. Estudo é poder.

Meu pedido para que as pessoas estudem não se confunde com aquele pedido que eu recebi, na década de 80, de “estudar se quiser ser alguém na vida”. Na verdade, o que quero dizer é “estude se quiser ser melhor do que os outros”. Ser melhor do que os outros, ser “acima da média” (de verdade) vai trazer inúmeros benefícios, quem sabem até econômicos. Basta saber fazer uso disso. Queira ser melhor do que os outros, é isso que faz diferença no mundo e não fazer filho. Deixe sua marca no mundo estudando, porque estudo não caga, não chora e não vai para a creche.

Com a facilidade de informação o estudo se transformou. Não há mais monopólio da informação por uma elite, mas sim o monopólio da interpretação da informação por uma elite. Poucas pessoas sabem ler e compreender um texto, ter senso crítico, detectar contradições, questionar o conteúdo e depois explicar tudo isso para um interlocutor. Não, não é dom, é prática. Pode começar a tentar que em questão de tempo você chega lá. E vai ficando cada vez mais fácil com o tempo. Comece hoje. Estude.

Para perguntar porque merdas estou nivelando o tema do texto por baixo, para se beneficiar do texto em silêncio de modo a não pagar de ignorante ou ainda para me chamar de nerd: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (142)

  • Fiz inscrição pro concurso do Banco do Brasil achando que ia ser facinho facinho estudar, pois no colégio sempre me dei mto bem, mas não tinha noção do quanto eu estou enferrujada. Deu até um desânimo!
    Sally, você acha que em concurso de nivel médio também não se pode confiar?

  • João Medeiros

    Muito bom o seu texto, Sally. Hoje não tem mais desculpa para não aprender sobre qualquer assunto. Livros, sites… Menos TV, hehe!
    Penso que, se a maioria das pessoas tem tempo pra ficar acessando porcaria de rede social, tambem tem tempo de estudar e adquirir conhecimentos úteis para a vida em geral. Mas a preguiça mental não deixa. Pessoas preferem se anestesiar com o que tem de pior na TV e na internet.

    • João, canso de ver gente dizendo que não estuda “porque não tem tempo”. Quem quer estudar, arruma tempo, abre mão de fazer outras coisas e estuda. Questão de prioridades. Mas como as pessoas não conseguem vislumbrar um benefícios palpável ($) ou imediato, não abrem tempo em suas agendas para o estudo! Espero que este texto mude a cabeça de pelo menos uma alma…

      • João Medeiros

        Gosto muito de ler, é um hábito saudável. Intercalo um livro com o outro na maior parte das vezes. Mal termino um, já devoro outro. Ultimamente ando lendo muita não-ficção. “deus não é Grande”, do falecido Christopher Hitchens (que era um leitor e escritor feroz, que interpretava e redigia textos e artigos até bêbado!), “O Poder dos Quietos”, de Susan Cain, que aborda a questão da timidez e da introversão de uma forma séria, porem otimista. “Como a Geração Sexo-Drogas-e-Rock’n’Roll salvou Hollywood”, de Peter Biskind, sobre como a contracultura influenciou a indústria cinematográfica nos anos 60 e 70 e “Heavy Metal – A Biografia”, de Ian Christie, contando toda a história da música mais pesada e intensa que existe, do hard rock ao black metal.
        Sally, quero dizer que é possível, com esses livros que eu citei como exemplos, se interessar por assuntos tão diferentes quanto ateísmo e heavy metal, sociologia e cinema. Se adquire cultura e você não fica alienado(a). Pode ser qualquer outro assunto, se eu tenho muita curiosidade, pesquiso a respeito.

        • Sim, ler livros é algo que não tem substituto: filmes, textos em computador, teatro… NADA substituí a rotina de ler um livro. Ler um livro acrescenta muito, pena que o hábito esteja se perdendo.

          • João Medeiros

            Não sei se você lembra, Sally, alguns anos atrás a MTV (quando ainda era um canal legal) fazia o seguinte: era época de eleições e tinha o horário político na TV. Como a MTV não transmitia, a emissora colocava na tela a frase “Desligue a TV e vá ler um livro!” Bem na hora da propaganda política!
            Agora, se a molecada realmente pegava num livro, não dá pra afirmar… Mas eu achava até legal essa atitude da MTV. Ah, se na Globo fosse assim…

            • Se a Globo fizer isso, ela perde telespectadores, pois quem consegue ler um livro dificilmente atura aquele nível de programação…

        • Claro que não, você pode aprender OUVINDO. Veja programas legendados em português, depois legendados em inglês, depois sem legendas. Ouça músicas acompanhando com a letra em inglês, depois procure a tradução. Obrigue-se a ver programas em inglês, etc.

          • Só passei para dizer que estou seguindo a sua dica de ouvir a música com a tradução e, depois, com a legenda em Inglês/Espanhol. Estou fazendo o mesmo com filmes e séreis (já vi a série Friends inteira, duas vezes cada episódio. A segunda, legenda em Inglês.) Gostaria de, se possível, receber mais dicas impopulares de como melhorar meu Inglês e meu Espanhol. Dicas de livros, de cursos pela Internet. Enfim, estou tentando seguir seu conselho deste texto há meses. Tentando estudar mais.

            • Tem um vídeo muito bacana da Rosana Hermann no YouTube, onde ela indica sites para aprender outros idiomas, dá uma procurada, vale a pena!

  • Não sei se alguém já comentou isso ou não (não li todos os comentários), mas o que eu noto, ao menos na área jurídica, que a maioria dos concursos, principalmente aqueles de uma fase só ou na 1ª fase, não valorizam tanto o entendimento e a capacidade da pessoa em compreender e usar as informações de modo construtivo que tem. Fica sempre naquela coisa decoreba de lei, e acaba que quem aprova em um concurso pode até saber a lei de trás para frente, mas não sabe metade dos fundamentos dela ou relacionar essa lei com o que realmente importa. Acho que desvaloriza não só o estudo, porque passa a ser decoreba, mas também o serviço que será prestado.
    Cresci ouvindo que estudo era a única coisa que me faria ir a frente de outras pessoas, e a única coisa que nenhuma pessoa poderia me tirar… Ainda acho que está aí a solução para muitas coisas no mundo.

    • É verdade, tem muito concurso que de fato não mede nem inteligência nem capacidade de estudo, apenas capacidade de decorar. Concurso “Rain Man”

    • Em suma, concurso é peneira e ninguém está ligando muito para se ela vai selecionar os melhores ou os mais bem qualificados, sendo também grande a possibilidade da seleção ser facilmente FRAUDADA, sendo que eventuais contestações podem ser jogadas sob a salvaguarda de “erros de avaliação”, por vezes anulando o próprio concurso.

      Isso ai virou negócio que nem vestibular, com muita gente ai tentando uma vaga no “céu” até porque a estrutura para se progredir no país é capenga (a não ser que você seja alguém bem relacionado no jogo do poder, o que torna as coisas bem mais fáceis).

      E com as cotas então, isso tende a piorar ainda mais. Eu vendo certos estúpidos de esquerda “comemorando” o aumento do número de declarantes ‘negros’ ou ‘indios’… Será que não foi para garantir um melhor posicionamento na parada das “cotas”? Vai saber.

  • Pior que não, Sally. Quando trabalhava na empresa de ônibus, volta e meia faltava e pegava atestado pra compensar a falta. Ele gostava era de fazer pose que tinha “o seu próprio negócio” mesmo tendo um tino vergonhoso nessa área.

  • Larissa Big Head

    Meu maior problema era prender minha atenção quando estava lendo algo.
    Agora me esforço de tal forma, que o mundo pode desabar em purpurina que eu não escuto nada.
    O que fiz foi praticar um esporte que me ajudasse a prender a atençao.
    Pratico paddle…entao se não prestar atençao, levo uma bola na cara…
    Isso ajuda muito.

    Outro problema é que sou muito curiosa. Então aprender coisas diferentes me entusiasma muito… porém, se é um tema que eu não gosto, minha dificuldade em aprender duplica porque me sinto indo contra a mim mesma. Acontece às vezes no trabalho, quando tenho que aprender algo que não está ligado com minha carreira….

    Agora, o mundo corporativo é muito injusto. Cansei de ver garotas mais novas ou inexperientes subindo de cargo porque dormiam com o chefe. Isso aconteceu tantas vezes que eu cansei e resolvi estudar mais do que o necessário para ter um pouco de respeito. Acho que a coisa está mudando UM POUCO, mais ainda existe. Eu sou boa em criar vínculos. O problema é que muita gente confunde o fato de você ser simpática e âcaba passando da linha.

    Essa necessidade de ser sociável, criar relações é uma realidade, porém eu busco ter muito cuidado porque há muita fofoca, muita gente que se aproxima pra ficar de leva e traz, muita gente traíra… então o que faço hoje é buscar pessoas que trabalham bem, me aproximar, observar e pouco a pouco criar um vínculo mais social.

    • Larissa, eu tenho um pouco de nojo dessa coisa de fazer contatos, social. Sei que você está certa e que isso é muito necessário, o problema é que eu acho quase todo mundo chato, feio e desinteressante, então, para mim, fazer contatos é fingir que me interesso por uma pessoa que desprezo. Me sinto falsa, suja, escrota.

      • Larissa Big Head

        Me sinto assim quando tenho que aprender algo que não me interessa e que não acho que vai acrescentar nada na minha cabeça, além de ocupar um espaço desnecessário… Tipo encher sua gaveta de calcinha com caixas de fósforo.

        Quando era adolescente, era muito tímida. Tive que mudar quando entrei no meu primeiro emprego… como vendedora de uma dessas lojas de playboy… a antiga Zoomp. Nem sei se existe ainda. Foi bom pra desenvolver esse lado comercial. Só que hoje, eu me sinto um pouco como você. Em geral, apesar de ser uma pessoa paciente, tenho aversão a alguns tipos característicos.

        Há alguns meses uma garota parou de falar comigo porque me disse que eu não telefonava pra ela durante a semana. Traduzindo: Eu não passava o reporting da minha vida, então ela colocou na cabeça doente dela, que eu era menos amiga por ser assim. Cara, eu ralo a semana inteira, tento malhar todos os dias a noite… e a criatura quer que eu perca tempo fofocando…. Dá uma vontade de mandar tomar no cu redondo!! Juro que minha gastrite sobre na hora quando escuto essas conversinhas. E no trabalho?? Quando vem uma pessoa anta, sem a menor organização te explicar algo super importante, e não consegue e ainda te acha burra.
        Daí vocÊ vai verificar com calma, sozinha… a explicação estava cheia de erros…

        Sério, tenho vontade de arrancar a veia do pescoço da criatura com os dentes. E ainda tenho que socializar com ela??!! É muito…

        • Acho tão feio cobrar amizade… é humilhante esse papo de “você não me liga!”. Sinto até um tom meio lésbico nisso, doentio mesmo. Afaste-se antes que ela passe a mão na sua bunda.

          • Larissa Big Head

            Essa já era…

            E a amiga dela???
            Uma vez estávamos a tres conversando e entao mostrei a foto do garoto que eu estava saindo. A amiga falou: Ah! Eu gostei dele!! Onde ele trabalha?? ME apresenta!!

            Oi???

            Sério…. eu sei que no Brasil é cheio de gente sem noção, mas nunca uma amiga minha tinha agido assim… Fiquei chocada.
            Tenho tantas histórias aqui… que um dia um amigo meu brasileiro do trabalho, me disse que gosta de me encontrar pra conversar porque minha vida parece um seriado tipo Os Normais. :S

            • Que falta de respeito, hein? Querer ficar com a pessoa que você estava saindo! aff

              Não que isso não aconteça por aqui, porque acontece, mas achei absurdo ela nem ao menos se dar conta de que é o tipo de coisa que NÃO SE DIZ!

  • Telemarketing é antes de tudo uma área onde o foco tem sido a massificação do serviço dentro da perspecti va “low cost”, pelo fato de as empresas contratantes considerarem tal área como um foco meramente secundário dentro do seu “spot” de negócios.

    Se o sindicato chiar pedindo aumento de salário, vai ter demissões como resposta justo com base nisso.

    E a manutenção de funcionários multilingues é tendência dados os preparativos para a copa e as olimpíadas bem como a concentração de operações de atendimento a toda a america latina em um numero limitado de empresas atuando na área.

  • Sério, acho que perto de mim o Ge tem é sorte. Meu pai não queria que eu trabalhasse fora de jeito nenhum.

    O que ele queria pra mim era que eu ficasse de serviçal lá com aqueles “fretinhos” dele, nos quais o que ele ganhava era hérnia na barriga.

    Teve vez do sem juízo ficar uns 4 ou 5 dias internado por conta disso.

    Pior, ele nem precisava apelar a esse tipo de coisa, até porque além de ter o da aposentadoria (por invalidez), ainda tinha os imóveis que ele alugava que bem ou mal rendiam um extra.

    Acredita que meu pai chegava a pegar meu irmão (o “somirzinho”) na porta da escola para “ajudar com os carretos” dele. Lógico, meu irmão matava aula com isso e de quebra ainda tinha de agüentar a pentelhação dele em casa.

    O momento facepalm maior de todos (e olha que era vexame atrás de vexame) foi quando meu pai resolveu trocar a merda da Pampa dele pela desgraça chamada “Ford Ranger”… Pior que o doidão morreu pagando essa desgraça financiada.

    Era horrível, mas ao menos não tinha de agüentar a geraldunha-de-fome mercenária.

  • “Estude aquilo que te dá prazer, nada como compreender os detalhes daquilo que a gente gosta”

    Sally falou tudo! muito bom o texto como um todo, meus parabéns!
    Agora, eu gostaria de discutir um ponto aqui contigo: em outro comentário falei que pretendo ir até o doutorado pra no mínimo ganhar bem. O que tu me diz disso? Essa relação entre se “diferenciar” pelo estudo X mercado de trab. massificador? Só pra apimentar mais um pouquinho a discussão te digo: meu pai [burro! oee?] fica sempre dizendo aquela frase clássica “é pq letras não dá dinheiro e tu vai passar fome” adicionado de “é… eu não vou ficar “sustentando” marmanjo de mais de 20 anos na cara! quero ver como tu vai se virar, tu vai passar fome! pra que chegar até o doutorado? pra que isso tudo? letras não dá dinheiro mesmo… ” enfim…

    • Qualquer coisa pode dar dinheiro, qualquer carreira ou qualquer atividade. Mas para que isso aconteça, a prioridade no Brasil NÃO É estudo.

      Uma pessoa com doutorado e que passe em um concurso vai ganhar bem, a questão é: você acha que o determinante para passar em um doutorado e em um concurso é o estudo? Deveria ser, mas infelizmente eu acho que não é…

      • O doutorado dobra o salario se voce for servidor publico. Na maioria das carreiras publicas, sem doutorado (ou uma pos) voce nem tem chance de entrar, pelo sistema de pontuacao. Na esfera privada, o doutorado te dara chances de conseguir um emprego melhor. Conheco os dois casos, eh investimento a longo prazo, mas dura para a vida inteira.

        • Ok, mas para isso você precisa PASSAR em um doutorado e/ou PASSAR em um concurso, coisa que nem sempre se consegue só com estudo, compreende?

        • Fernando, nas carreiras federais que adotaram o subsídio tal como no judiciário, doutorado e mestrado não tem mais qualquer efeito sobre o salário. Por enquanto, servem apenas para currículo nas concorrências para cargos comissionados.

          • Bom gente, peco desculpas, meu comentario estava viciado pela minha experiencia na area academica. Nao conheco a area juridica, achei que era tudo igual, pelo RJU. Na area em que trabalho, para entrar no doutorado geralmente voce tem que fazer uma prova, entrevista, ter curriculo na area e orientador. Ou seja, coisas bastante relacionadas com o estudo/dedicacao. E para passar em concurso o que pesa mais eh conhecimento e curriculo. Hoje em dia em universidades e institutos de primeira linha eh muito dificil os concursos serem arranjados. Eu ainda tenho fe no sistema e no conhecimento.

            • Fernando, eu já passei em primeiro lugar geral na prova e fui barrada em uma entrevista onde me fizeram perguntas como “qual é a sua cor favorita?”. Detalhe que não era permitido nenhum tipo de recurso e que passou tinha sobrenome de desembargador.

              As provas EXISTEM, mas muita gente recebe gabarito na véspera, ou tem nota adulterada ou então gente boa é barrada em fases subjetivas como entrevistas, psicotécnicos e outros.

              E não é só em direito, já vi acontecer com doutorado de psicologia, história e até de física. Acredite se quiser. Você vai lá, tira a melhor nota na prova e na entrevista eles te derrubam porque a vaga já tem dono: “seu perfil não se coaduna com o da instituição”, sendo que a pergunta feita foi coisa do tipo “qual o seu prato favorito”. Adianta estudar, tirar notão na prova e ser reprovado porque gosta de macarronada?

              • Sally, não sei se você sabe, mas é justamente por esse motivo que considero que as COTAS são completamente CONTRAPRODUCENTES com a suposta INCLUSÃO SOCIAL a médio e longo prazos.

                Na medida que você dá condições para que os governantes e burocratas possam direcionar o “processo seletivo” em prol de seus próprios interesses, você favorece a tendência de que tais processos, apesar de aparentemente “transparentes” e “democráticos” sejam na prática “nebulosos” e “tendenciosos”, beneficiando apenas a um pequeno grupo de bem-relacionados que bem ou mal tem relações melhores dentro do jogo sujo do poder.

                O cenário do qual você tratou (no qual você foi reprovada na seleção por conta de questões subjetivas) não me surpreende e nem me choca, até pelo fato de conhecer uma série de outros casos nos quais se tem tal arranjamento, onde o favorecimento e o bom e velho conchavo dão as cartas.

                Em meio a este jogo, os concursos são extremamente úteis, no sentido de vender a aparência de um processo “limpo”, “aberto”, “justo” e “democrático” a um processo tendencioso muitas vezes de cartas marcadas.

                Além disso, ainda é um negócio bem lucrativo para as empresas que exploram o nicho e fazendo fortuna em cima do bando de “concurseiros” que ficam se acotovelando na busca por uma boa posição, muitas vezes exaurindo recursos que podem lhe fazer falta mais adiante.

                E o melhor nisso é que eventuais problemas podem ser creditados facilmente a “falhas na computação dos dados” e em casos extremos pode se anular um processo para iniciar outro igualmente fraudulento.

                O fato é que as condições para se progredir socialmente são exiguas e dificeis em nosso país, a ponto das pessoas que tem uma posição privilegiada no jogo dirigirem o processo em benefício daqueles mais próximos.

                Enquanto isso, a farsa continua de pé, para alegria daqueles que tiram proveito dela e alívio daqueles que temem que uma eventual reviravolta possa prejudicar ainda mais sua posição, colocando no jugo do país grupos ainda mais inconvenientes de lidar que aqueles com os quais atualmente lidamos.

                O Irã nos manda lembranças… Se querem desmontar essa grande farsa, que não passa de uma prisão sem grades, é bom tomar cuidado com os demagogos e aqueles que podem te tolher na base da repressão, até porque eles podem te tornar reféns de uma situação ainda pior que a atual.

                • Também sou radicalmente contra as malditas cotas, todas elas, até mesmo as que eventualmente possam me beneficiar como as cotas para mulheres que já estão ganhando projeto de lei.

      • Um amigo meu é enfermeiro, e tentou (após se formar com muito custo por diversas limitações na vida pessoal – grana, falta de apoio e tempo, etc) uma vaga de emprego no hospital da Fiocruz. Eu não lembro exatamente a posição que ele estava pleiteando, mas era uma relativamente alta, com uma carga horária baixa e um bom salário. Ele prestou concurso, obteve nota necessária pra ser classificado, mas perdeu uma das pouquíssimas vagas pra um outro candidato que tinha conchavo com o chefe do departamento. Lembro que só de ouvir a história fiquei putíssima. Cheguei a me perguntar o que vale mesmo pra ascender na carreira, e dá uma frustração saber que você pode perder algo tão desejado por causa de gente descarada, sabe? Perder algo que você lutou com tantas noites sem dormir, tanto dinheiro investido e até tantas concessões que afetam muitas vezes a vida pessoal mesmo (sou uma pessoa que na maioria das vezes escolhe “career over love”)… me pergunto também que tipo de educação e valores um fdp desses recebeu no ambiente familiar. Olha que merda de sociedade um núcleo familiar pode estar contribuindo para a formação…

        • Acontece todos os dias, já aconteceu comigo também. Estava fazendo prova para o mestrado em uma faculdade, passei como nota máxima na prova escrita, em primeiro lugar, e na entrevista me fizeram perguntas bizarras que nada tinham a ver com meu projeto (perguntas pessoas do nível “sua cor favorita”) e fui reprovada por causa da entrevista. Curiosamente, os aprovados todos tinham sobrenomes de desembargadores. Depois me chamaram para dar aula lá como professora convidada e eu mandei enfiarem as aulas no cu. Fechei essa porta para sempre na minha vida, mas porra, tem como ser social depois que alguém te mete uma trolha dessas na bunda? Se tem, eu não consigo!

          obs: isso já tem mais de dez anos e minha raiva continua a mesma

  • Parabens pelo texto. Muito bom! Lembrei bastante da minha infancia. Talvez um dos problemas do estudo eh que muito do prazer que a gente tem ocorre depois do ato, que eh o poder ou o deslumbre do conhecimento, e nao antes ou durante, como em outras atividades menos “nobres”. O ser humano eh imediatista e quer satisfacao sem esforco. Ha muito tempo nao lia algo tao inspirador!

    • Exato, Fernando! Estudar é semear para colher lá na frente, em algum momento incerto. O povo quer é resultado hoje. Uma pena que seja assim.

  • A parte de começar pelo mais fácil foi o que me impulsionou para estar até hj persistindo no meu objetivo. E há muito tempo atrás quando vc me falou da disciplina de ao menos estudar poucas horas todos os dias me ajudou inclusive a relaxar e ver concretamente o que estou produzindo. Sinto que domino inclusive como devo estudar. Anoto cada tópico estudado!

    Nesse processo todo, eu estou procurando encarar tudo de conteúdo como válido para o futuro, e tenho comprovações de que sim, será muito útil no futuro. Conhecimento adquirido!

    Achei bacana também vc falar de estudar o parceiro, isso tb serve para vc mesma, a sua própria vida. O se conhecer. Eu fiz isso comigo mesma esse ano, instintivamente, não só por meio da terapia, investiguei a mim mesma e foi bastante revelador. Por meio de informações que eu já tinha de testes psicológicos, das conversas com meus pais, e informações em prontuário do pediatra que hj é meu homeopata (Essa foi sem querer, juro!), pude compreender muitas coisas sobre minha vida e minhas emoções. E isso dá uma sensação muito boa de “eu estou no comando”! Já tinha, mas melhorou.

    Que texto fabuloso esse, Sally.

  • eu acharia interessante dicas sobre como podemos aproveitar o tempo de estudo ao máximo, e/ou talvez aprender muito mais rápido… tem jeito?

    sei lá… só quis dizer :P

    • Tem sim: se conhecer bem

      Cada qual adquire um ritmo de estudo próprio e se conhecer e respeitar as necessidades (silêncio, intervalos, posições, etc) é fundamental. Faça por tentativa e erro. Só não abra mão de uma coisa: muitas horas de sono no dia em que tiver estudado, pois é durante o sono que seu cérebro fixa as informações na sua cabeça.

      • Essas muitas horas de sono explicam o porque de euzinho aqui sentir tanto sono às vezes? Levando em consideração que estudo ai umas 10hs por dia em torno hehe mas assuntos diferentes claro!

        • Sim, estudar cansa mais do que exercícios físicos intensos. Durante o sono o cérebro armazena o que foi aprendido durante o dia, por isso gente burra que só vive de trabalho braçal consegue ficar pagodeando até as duas da manhã e acordar cedo no dia seguinte para trabalhar e pessoas como nós dormem igual a urso quando hiberna. Durma o quanto seu corpo pedir, é a melhor forma de fixar o conteúdo aprendido.

  • Eu só conheci internet com 15 anos. Antes era coisa superflua aqui em casa, chamada de coisa de rico. Meu recreio no colégio era ler enciclopédias! Pior é que elas tinham algo muito bom que não sei explicar, um jeito legal de aprender; diferente da internet, onde o conteúdo fica largado e cada um faz o que bem entender com ele.

    • Ler no papel, com um livro na mão, é algo diferente. Não é salpico de informação, é começo, meio e fim aprofundados, é uma ordem lógica que deve ser seguida. Isso acalma minha mente, me norteia e me ajuda a estudar melhor.

  • Sally vc parece até a minha vizinha quando me encontra e bate no meu ombro dizendo: Estuda, menino! Um detalhe é que ela tem nada menos do que 78 anos, mais do dobro da tua idade.
    Eu sou daqueles que só estudei o suficiente e através de contatos, consegui um bom emprego. Não que eu seja falso, sou fácil, fácil de se conviver, não me emputeço com as coisas, levo na esportiva, então não entro em bate boca, até porque eu sou bicho preguiça e brigar me cansa!
    Eu gostava muito de um professor do 2 grau que de vez em quando dava uns esporros na turma falando coisas do tipo: Vcs tão aqui pra pegar um canudo, se formar e ter um bom emprego.
    Ah… tá bom! Sou mais o Google, meus contatos influentes e a vida é muito curta pra perder horas de diversão com estudo, a menos que a pessoa ache estudar divertido. Eu prefiro festar e ganhar dinheiro relativamente fácil.

  • É bom avisar para as “crianças” que com o “pau comendo” daqui há algum tempo, um conhecimento que vai ser bem importante para quem quiser se destacar (sem ser as custas de eventuais conchavos) vai ser um bom aprendizado em línguas, notadamente o Espanhol (da terra que a Sally veio) e o Inglês.

    Sem ter isso de bagagem mínima, vai ficar complicado até mesmo para quem quiser ser “atendente de telemarketing”.

      • Uma coisa é ter curso de “inglês” ou ter aprendido parcamente a lingua na escola (como eu por exemplo), outra bem diferente é ter o Inglês fluente para poder sustentar bem uma conversa.

        E é justamente em cima da questão da “fluência” na língua que entra o X da questão.

        • Verdade. Quem aprendeu no colégio mas nunca exercitou fatalmente esquece ou só sabe o básico. É o que eu chamo de “Inglês The Book is on the Tabele”. Chega numa reunião de negócios e passa vergonha. Por isso o ideal é ver filmes modernos, seriados, músicas, coisas atualizadas

        • Nota bene: ênfase para o fato de que ter fluência em uma língua não significa dominá-la por completo, mas sim o conceito se refere basicamente à fluência da competência de produção e compreensão oral. Eu que sou dessa área, apesar de não gostar de atuar NA licenciatura, acho bem interessante a parte “teórica” sobre processos de aprendizagem.

          Falo isso no sentido de que, se você quer ser “fluênte” no sentido de dominar toda a gramática normativa de uma língua, bem como as relações socio-interacionistas da tessitura linguística [por ex. saber argumentar, sustentar falácias ou mesmo reconhecer figuras de linguagem como a ironia] demora anos e anos, e ainda assim não pense que tu será o fodão naquela língua. Falo isso por experiência própria pois estudo francês e italiano desde a infância, e ainda no ensino superior cometo alguns “errinhos” mesmo trabalhando com essas línguas o tempo todo na academia.

    • Uma professora minha falava que a língua do futuro é o mandarim, China, etc.
      E eu detesto espanhol, não sei nada. Acho coisa de pobre (???).

      • Eu acho espanhol uma língua cafona. Até música fica cafona em espanhol. Mas, é uma realidade que o Mercosul fala espanhol e muito países no mundo todo também…

        • Tem-se a Espanha, a maior parte da América Latina e as regiões com grande população de imigrantes hispano-americanos nos Estados Unidos como exemplos de lugares onde o conhecimento da “lingua de Cervantes” pode fazer toda a diferença.

            • Em certas áreas do ensino superior (Medicina, Enfermagem, Odontologia, Engenharia e Biomedicina) e em áreas técnicas onde se usa de mão-de-obra pesada e/ou de know-how meramente técnico, a fluência nas duas linguas que citei é DESEJÁVEL, mas a não-fluência em tais linguas não é suficiente por si só para fechar as portas no campo de trabalho.

              Em algumas outras áreas superiores (Direito e áreas relacionadas a Informática), a fluência nas duas linguas é um critério importante de desempate, dado que são áreas relativamente saturadas de profissionais onde conhecimentos adicionais podem fazer toda a diferença.

              Já nas áreas relacionadas a “Administração” e a “Economia”, a fluência nas duas linguas tende a ser o mínimo do mínimo das exigências, dado que mesmo nos nichos onde eventualmente isso não seja relevante, há a tendência de o RH utilizar-se de tal critério para a “filtragem” de profissionais.

              Nas áreas ligadas a intercomunicação interna e ao atendimento aos “clientes”, tal fluência tende a ser tomada por RELEVANTE. Em cargos de secretariado a fluência é OBRIGATÓRIA e nos cargos de atendimento, só não se terá isso no campo de pré-exigências nas posições mais baixas dentro da hierarquia corporativa.

              Apesar da desvalorização do telemarketing (ocorrida pelo seu processo de massificação) a tendência é que a fluência no Inglês e no Espanhol entre em breve no rol de EXIGÊNCIAS, sendo pago um salário um pouco melhor para quem tiver isso entre suas qualificações.

              Quem não tiver dentro dos quesitos que coloquei, vai ter de se contentar com cargos subalternos na linha de caixa de supermercado ou quando muito de “vendedor” de loja, isso se não for engrossar as fileiras do desemprego.

                • Depende da área do direito. Em direito internacional ou empresarial por exemplo, é fundamental falar outros idiomas. Mas em áreas consideradas mais “ralé” como direito do trabalho ou direito penal nem sempre se exige.

                  • Por isso que falei “critério de desempate”. Entre uma pessoa que tenha fluência em linguas e outra que não tenha e o custo seja relativamente parecido, a tendência é que se prefira a pessoa com fluência.

                    Como você bem relatou, há os nichos onde é possível atuar sem precisar disso, mas se considerando a saturação que tende a crescer na área, é pertinente se garantir com esse diferencial.

                    • Sei não, Marciel. Acho que existem outros critérios que são usados antes desse, só para citar UM exemplo: boa aparência (tem escritório que se você não for bonita e magra NÃO TE CONTRATA).

                    • Ah, sei da questão da aparência também. É outro ponto importante. Estou considerando casos onde tem uma nivelação nesse campo (até porque não é pra sempre que vamos ter o prazer da companhia de belas, jovens e dedicadas silfides a nosso dispor, né?).

                    • Sim, se nivelar na aparência, nas roupas, no cuidado pessoal, nos idiomas, no local de residência (quem mora perto do local de trabalho costuma ter preferência) e em muitas outras coisas, a língua pode ser um desempate. Mas acho difícil que tantas coisas coincidam!

        • Acho espanhol coisa de subdesenvolvido (América Latina, oi), e que é jogar dinheiro fora ir pra Europa e só visitar a Península Ibérica.
          Assinado: Daniela, aquela cujas ~viagens internacionais~ se resumem ao Paraguai e ao lado argentino das Cataratas.

          • Portugal = África do Norte

            Espanha eu gostei muito, apesar de ter crescido ouvindo que espanhóis eram feios, burros e porcos (aquela birra com a colônia, sabe?). Fui cheia de preconceito e adorei. Achei gente bonita e alegre.

            • Larissa Big Head

              Você tá louca!!

              …mas é a impressão de turista…Vem passar um aninho aqui procê ver a realidade…

              • Não é gente bonita, feliz e simpática? Pode ser impressão de turista mesmo, pois fiquei pouco tempo. Além disso me lembro que ao chegar a Madri tive uma sensação fortíssima de estar em casa, pois Buenos Aires é muito parecida com Madri em matéria de arquitetura: eu olhava as ruas, as praças, os prédios e sentia aquele calorzinho no peito de “estou em casa!”. Isso pode ter me influenciado a gostar muito do lugar.

                • Larissa Big Head

                  Gente bonita?? nop

                  Simpática? nop. São arrogantes, se acham e super racistas.

                  Feliz?? Pego o metro que você vai ver a depressão em amostra viva.

                  Se começa a fazer amigos, daí você percebe o quanto reclamam tbm!

                  • Eles são sujos? Sempre ouvi da minha família que espanhol é um povo sujo e burro. Procede ou é apenas raiva de quem os colonizou?

                    Pergunto isso porque português eu constatei de fato que são MUITO SUJOS E MUITO BURROS (não, não são literais, são BURROS mesmo) e não percebi isso na Espanha.

    • Previsões do tipo “daqui a um tempo” são pura perda de tempo. Fora que é um puta dum clichê básico essa do inglês e espanhol, pior ainda o mandarim ali embaixo.

      Inglês e espanhol já são línguas internacionais de negócios. Mandarim nunca será, eles estão aprendendo inglês pra fazer negócios com o Ocidente.

      E pelo que vejo nos comentários a galera podia começar estudando português…vai escrever mal assim lá no Ministério da Educação !!!

    • Gradesbosta telemarketing! Quando eu trabalhava numa merda dessas, minhas col-Éguas que ganhavam salário mínimo 622 fizeram entrevista pra uma outra empresa pra “auxiliar de serviços gerais” tecla SAP: servir cafézinho, passar um espanador na mesa, jogar um desinfetante no banheiro que era limpinho, passaram a ganhar 800.
      Telemarketing não é profissão, bem mais jogo ser faxineira ou ser uma puta que nem eu.

        • LOL, deve ser bem mais que tmkt!
          Sally, Marciel e povo da RID, por que tmkt paga tão pouco? Isso é culpa do sindicato ser frouxo, dos funcionários que não tem culhão pra fazer greve ou o que?
          É uma profissão do ranking das mais estressantes, gasta a voz, os olhos, as articulações e os funcionários também tem família pra sustentar. Como a gente poderia mudar isso?

          • Bel, acho que é o excesso de pessoas no mercado somado ao fato de não exigir um diploma universitário. A gente muda isso dando qualificação para todos, de modo a que não exista um excedente de pessoas disputando esse nicho. Quando o patrão sabe que se demitir um funcionário existirão mais dez querendo aquela vaga, o salário cai, o respeito some e a exploração começa.

  • Isso me lembra uma história que uma amiga minha me contou. Ela conhecia uma pessoa cujo pai a desestimulava a estudar. Isso mesmo. Se ele a visse fazendo os deveres do colégio, dizia pra parar, pq aquilo não era necessário. O motivo? o cara acredita que o mundo vai acabar em 2012. Então estudar pra que, se tudo vai acabar? Melhor curtir a vida enquanto pode.
    Por sorte a mãe dessa pessoa (devidamente separada do maluco) a manteve estudando. Fico imaginando a cara do sujeito quando o dia chegar e não acontecer nada.

    • Mesmo assim, fico pensando o quanto disso não entrou na cabeça da criança. Francamente, que péssima escolha para pai, hein?

  • Depois da faculdade fiquei um ano em casa desmotivada e desempregada.
    Os colegas de faculdade que tinham bons contatos (filhos de político, de juiz) estavam todos empregados em bons escritórios, mesmo que tenham levado o curso todo à base da cola.
    Enfim, seu texto me trouxe um pouco de alento. Talvez seja a hora de ser reconhecida pelo meu conhecimento, só pra variar.

    • Thaisa, profissionalmente eu não te garanto que isso aconteça, porque hoje vale mais o “pedigree”, o contato, o quem indica. Mas nas outras áreas da vida com certeza você terá uma infinidade de vantagens quando for colocada lado a lado com quem não estuda.

      Obs: Já comentei que não recomendo A NINGUÉM fazer direito, a menos que seja filho de pai dono de grande escritório?

      • Esquece o diploma de Direito e vai estudar algo sério. Engenharia, matemática, algo de computação ou sistemas de informação. Pelo jeito você é nova ainda, dá tempo de acertar sua vida…

        Advogado é uma praga hedionda…óbvio que iria proliferar nessa terrinha tropical nojenta que é o Brasil…

          • Eu também me considerava incapaz de fazer coisas relacionadas a numeros, até que cai meio que sem querer numa função financeira e acabei adorando. Claro que não envolve aqueles cálculos que enchem 3 lousas, é apenas contabilidade, que é metade teoria e a outra metade interpretação.

            Tem alguém aqui formado em contábeis pra me falar das impressões sobre a carreira?

        • Bionicão, Direito é algo sério. Eu o levo a sério.
          Entendo o preconceito de muitas pessoas, principalmente contra advogados, mas qualquer generalização é injusta.
          Quem não é da área ainda tem a visão do advogado como o “sujeito que defende bandido”, sem ao menos analisar que nem todos os advogados atuam na área criminal. (na verdade a maioria atua nas áreas cível e trabalhista)
          Imagina quantos direitos trabalhistas seriam sonegados se não fossem os advogados? E o Seguro DPVAT? As pessoas ainda acreditam no comercial que é só fazer o pedido à seguradora e já recebem…
          E o direito previdenciário? Tive um caso de um senhor idoso que ficou CEGO devido à diabete e o INSS cancelou o benefício, quando teria que aposentá-lo por invalidez!

          São inúmeros casos em que a advocacia ajuda a sociedade, quando o Estado falha com suas responsabilidades. Essa é a beleza da profissão, e o que me faz não chutar o balde. Agora, o retorno financeiro é outros quinhentos.

      • Acho que nunca comentou, Sally, mas então comofas?

        Desde muito nova eu escolhi essa área, sem ninguém falar, pressionar, nada, sempre quis fazer direito. Até o teste vocacional na época do ensino médio apontou o direito como faculdade pra eu fazer.
        Estou pensando seriamente em fazer concurso, mas não tenho as 8 horas disponíveis pra estudar igual os concurseiros profissionais, nem dinheiro pra pagar cursinho.
        Infelizmente, pra quem não tem pai que banca pro filho só estudar ou quem indica pra conseguir um emprego que pague decentemente, tem que camelar.

        • Como faz no Rio de Janeiro eu não sei. O que eu sugiro: IR EMBORA, porque aqui está abarrotado e advogado é tratado como burro de carga, trabalha muito e ganha merda. Com o mesmo conhecimento em outro estado menos concorrido você vive como uma rainha.

        • Nem um, nem outro. Não tenho um advogado na família e não consegui muita coisa sendo advogada. Vai pensando que eu sou grandes merda na minha profissão…

          • Direito é uma área muito corporativista, é difícil alcançar sucesso por mérito e sem ter contatos muito influentes. Em geral, se você conseguir entrar num grande escritório, acaba fazendo todo o trabalho mas o mérito vai pra pessoa que tem o nome estampado na porta.

            E disse muito bem Thaissa, direito é algo sério. As pessoas costumam xingar advogados porque geralmente precisam deles quando tem problemas, mas se esquecem que foram elas que arranjaram o problema, salvo justas excessões.

  • O estudo é algo recente e que funcionou no Brasil da década de 60-70 onde havia carência de profissionais para as empresas. Lembro de um professor na faculdade dizendo que tinha pena de nós, que precisávamos batalhar um emprego. Ele dizia que em sua época as empresas iam até a faculdade em busca dos alunos que já saíam contratados.

    Contatos sempre fizeram a diferença. Especialmente no Brasil onde as relações sociais contam muito para tudo, desde arrumar emprego até fazer negócios. É difícil avaliar se alguém é melhor sucedido por ter contatos ou por estudar, as duas coisas contam, e se você condenar alguém que não estudou também tem que condenar quem não se esforça para manter um nível básico de contatos profissionais.

    Estudo e networking demandam esforço. Pra uns é mais fácil o primeiro, pra outros o segundo é mais natural. O ideal é buscar um pouco de cada um.

    Mas estudar tem uma vantagem, depende somente de você e bem pouco da sorte. Sendo bem preparado, você sempre vai ter espaço, como a Sally colocou muito bem. As pessoas valorizam isso em todos os ambientes, profissional, pessoal, familiar, sempre que alguém sabe mais sobre um assunto vai ter sua voz ouvida. E pode ganhar um cascalho…

    Muito bom post Sally. Parabéns!

    • Estudo para ganhar dinheiro eu acho que não acredito mais… mas nem tudo na vida é dinheiro, acho que vale a pena estudar para ganhar o respeito dos outros, credibilidade, conquistar pessoas e ser mais esperto e inteligente que a média.

      • Atualmente eu estudo para ganhar dinheiro Sally. Desulpa….

        Coisas como ler revistas, ver Globonews e me manter informado sobre coisas que eu gosto eu encaro como um passatempo. Acredito que assistir a documentários ou programas com discurções sobre temas interessantes (tipo Globonews Painel) tambem se encaixam no que a Sally propos.

        Leitura é passatempo para mim. O problema é que eu faço exatas (engenharia) então não acho muita leitura na minha faculdade, por isso, sempre pego para ler outras coisas para ler.

        • Se você está estudando para ganhar dinheiro, desculpa mas você está NO CAMINHO ERRADO. Se quer ganhar dinheiro existem coisas muito mais úteis e eficientes a fazer do que estudar. Reveja isso aí.

          • Sally depende da perspectiva, não? Porque em certo sentido eu também estou estudando e PRA CARALHO pra ganhar dinheiro entre aspas. É fato vero que na área de letras/artes tudo é menosprezo. Mas tenho em mente, como meta de vida minimamente chegar ao doutorado, passar num concurso público qqr aí e ok. Talvez soe comodismo minha fala mas… eu me contento com um saláriozinho aí de 5mil em torno, com título de doutor numa facu federal e ainda entrando de greve de vez em quando hehe… Bom, mas pelo menos eu estaria fazendo algo que amo: ser acadêmico! publicar artigos, livros, participar de mesas etc…

            Pois bem, em síntese: tenho em mente que tem que se ter ESTUDO pra se destacar, e pra poder ganhar um mínimo $$$ de dignidade. Tu há de concordar comigo também que defender uma tese de doutorado não é para muitos!

            • Ge, não sei como são as coisas por aí, mas por aqui passa em doutorado quem tem contatos e em concurso público também, sobretudo para o meio acadêmico. É panelinha mesmo. Conheço gente hiper-ultra-qualificada, que sabia mais do que qualquer outra pessoa no Brasil sobre o assunto e foi deixada de fora por não ser da panelinha.

              Faça amizades, é muito melhor para o seu objetivo.

              • Vivemos em um mundo capitalista!

                Qual o problema de eu usar meus estudos para ganhar dinheiro? Isso não é roubar, matar ou enganar ninguém. Dinheiro é uma das coisas mais importantes da minha vida pq é ele que faz o mundo girar, quer vc queira, quer não. Amizades são importantes? São! Mas o dinheiro tem uma importância considerável na vida de todos nós.Quero ser rico e acredito que estudar é o melhor caminho para tal. Claro que sempre respeitando TODAS as leis e tudo mais, senão não faz sentido…

                • Não é problema algum, só não é um meio eficiente para isso! É como você dizer: “qual é o problema de eu usar minha escova de cabelo para escovar os dentes?”. Se quiser tentar, vá em frente, mas não é o meio mais eficaz.

                  • Estudar engenharia no Brasil aumenta MUITO as chances de ganhar dinheiro. A pessoa pode trabalhar na sua própria área ou ir para o mercado financeiro onde o céu é o limite em termos de grana. E banco de investimentos é um lugar onde se você é bom no que faz neguinho te paga mesmo…tem meritocracia sim nesse ambiente. Você ganhou dinheiro pro banco, uma parte é sua. Ponto.

                    Direito é uma área onde os contatos contam demais, com isso a Sally está enviesada nessa discussão. As áreas de exatas em geral são mais diretas, ou o cara é bom ou não é. Não tem jeito de contratarem um engenheiro pra construir um prédio ou uma ponte só porque o cara é amigo do dono. Imagina um químico que faz cagada na hora de controlar a fórmula de um medicamento? Não tem amizade que o salve…

                    Junior, faz sua engenharia, estude pra caralho e vem aqui contar pra nós daqui a uns anos a grana que vai estar ganhando. Boa sorte pra ti !

                    • Talvez o problema seja o Rio de Janeiro. Aqui as obras públicas como obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida contratam cada engenheiro de merda inexperiente que você nem acreditaria, só porque tem um sobrenome enfiado na política. Enquanto isso, conheço gente boa que está contando moeda para viver.

  • Faz tempo que não comento, mas leio o blog sempre e digo que esse é o melhor texto dos ultimos seis meses.
    Compartilho da mesma visao que voce, não referindo-se a mim, mas a meu namorado. Não conheço ninguem mais curioso, esforçado e estudioso como ele. Ele se diz não ser inteligente, o que não concordo porque esse conceito é relativo. Mas devido a falta de contatos , como voce cita brilhantemente no texto, ele fica desmotivado mesmo, tanta gente no ramo de direito bem menos competente que ele e esta se dando melhor, pelo fato de ter esse malditos contatos.
    Mas eu ainda acredito nele, porque ele pode nao ter contatos mais tem força de vontade e se não ficar rico, pelo menos terá a consciencia de que tudo que ele sabe não sera tirado dele.
    Serve tambem pra eu criar vergonha na cara e estudar um pouco.,rs

    Sem mais, bravo Sally! Muito bom !

    • Direito é um meio muito cagado onde conhecimento conta ZERO.

      EU DISSE ZERO.

      Sou solidária a ele e estou me fodendo assim como ele. Jamais na minha vida faria faculdade de direito novamente. Dou o maior apoio para ele abrir uma franquia de qualquer merda ou investir em algo paralelo, porque é desgastante estudar para não ser reconhecido.

  • Adorei o texto, Sally. De verdade. Não mudaria uma vírgula. E pensar que os conselhos que você deu aqui muitos pais não dão aos filhos por nem sequer cogitarem a existência da necessidade de saber as coisas… E quando falo em saber, não é pra pagar de sabichão, nerd ou intelectual… Mas apenas e tão somente para si. Para viver melhor, entender melhor o mundo e tomar melhores decisões na vida. O melhor investimento que alguém pode fazer é em si mesmo.

    • Estudo é a única coisa que ninguém te tira. Podem tirar sua família, seus bens, seu casamento, sua casa… podem te tomar tudo, mas o conhecimento que está dentro da sua cabeça, ninguém tira. E se a pessoa se foder toda, tiver que recomeçar do zero, ela vai conseguir se estiver bem preparada.

      Para mim, esse sentimento de “podem me tirar tudo que eu sei que reconstruo tudo novamente” é indispensável para que eu possa colocar a cabeça no travesseiro de noite e dormir. Bens materiais não me dão tranquilidade, porque eu posso perdê-los. Estudo sim, pois estudo é uma ferramenta para todo o resto e ninguém pode tirar de mim.

  • Não há como não concordar nem deixar de se identificar com esse texto, sendo um pouco mais velha que Sally e por ter sentido na pele os efeitos descritos aqui do estudo. Desde ao voltar do Japão, intelectualmente incapaz após passar anos trabalhando 9, 10, 11h diariamente em fábricas, até hoje, ao cursar Direito, perceber o quanto progredi no trabalho e na vida em termos de expressar ideias, de dialogar e, principalmente, de argumentar simplesmente pelo amor ao conhecimento, qualquer um que seja.

    Pode parecer idiota (e é mesmo), mas o que me incutiu esse gosto pelo estudo foram os ensinamentos do Sr. Miyagi a Daniel-san no filme “karatê kid 1”.

    • Pouco importa o que te motiva, desde que você perceba que estudar pode sim ser muito agradável e útil, tá valendo! As pessoas se apegam a uma má experiência (como o colégio, por exemplo) e fecham a porta em definitivo para o estudo. Não pode! Se um relacionamento for uma merda você nunca mais se relaciona com ninguém? Não! Você busca um relacionamento diferente! Busquem diferentes formas de estudo até encontrar uma que se adapte a você. Tentem, sejam criativos, inventem formas novas de obter conhecimento!

      • Sem dúvida o processo é agradável. Como foi aprender inglês (e depois outros idiomas) em casa. Meus pais só puderam pagar os estágios mais básicos de um curso de inglês. Depois, meu irmão e eu não deixamos a peteca cair, e procuramos do nosso jeito prosseguir estudando, lendo revistas e livros e vendo filmes e noticiários quase que diariamente, por prazer, mesmo passando um bom tempo curtos de grana. Deu tão certo que, uns dez anos depois, meu irmão conseguiu pontuação máxima no TOEFL para estudar no exterior, sonho dele.

        Enfim, conquistas profissionais à parte, não só é um privilégio ter fluência no inglês, e em outros idiomas, a ponto de ler, ouvir e escrever na língua original normalmente, como também pode te salvar de alguns perrengues, tal qual quando uma vez o vôo para o Japão em que estava precisou ser desviado para a Coréia de Sul e, lá, a tia aqui se viu responsável por mediar com o representante da companhia aérea hospedagem, a troca de novas passagens aéreas e o reembolso da diferença para quarenta pessoas…Ou no caso do salame em que você salvou a pele do Somir…

        Nisso, o conhecimento é sempre agradável e poderá ser útil também nas situações mais complexas e remotas…

        • As pessoas tem que confiar que quando se aprende a estudar se toma gosto pela coisa e vira UM PRAZER. Se não é um prazer hoje, basta persistir, porque um dia será. Você começa a perceber os resultados no dia a dia e isso faz toda a diferença.

  • Meu problema nunca foi o ato de estudar em si, e sim ter que estudar “obrigada”, pra alguma prova, por exemplo. E eu era a revoltz da aula de literatura, sempre lia livros de outros períodos que não os do período estudado.
    Às vezes pego um assunto aleatório na Wikipedia e vou lendo os links relacionados, isso conta? :P

      • Wikipedia só serve como ponto de partida, em geral as informações são bem básicas. Se vc começar a navegar a partir dela pode até ser.

        O problema da Internet é separar o joio do trigo. Antigamente você tinha uma enciclopédia Barsa e sabia que podia confiar naquilo. É claro que podia ter erros e estar desatualizada mas era algo bem feito e com cuidado, com tempo.

        A Internet carece de credibilidade. Você vai lendo e encontra visões diferentes, contraditórias entre si. Não é fácil chegar a uma conclusão, acho que livros continuam sendo fundamentais pra isso.

        • Sim, é preciso pesquisar em diversas fontes e exercer um julgamento crítico sobre aquilo que se está lendo: aquilo faz sentido? a informação como um todo se contradiz? quem passa a informação realmente existe e conhece o assunto? quem passa a informação tem algum interesse pessoal naquilo? etc, etc…

        • A gente tinha Barsa em casa, lindos 12 fascículos, e mais umas enciclopediazinhas basiconas que eu também me divertia lendo e olhando as figurinhas.
          E reza a lenda (na verdade foi feito um estudo) que a Wikipedia é mais confiável que a Britannica.
          Esses tempos soube que não vão mais fazer a Britannica impressa. sad. :(

Deixe um comentário para Larissa Big Head Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: