Desfavor Bônus: Medos de Infância.

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Do que vocês tinham medo quando eram pequenos? Acho que sei identificar os medos mais comuns da década de 80, década na qual fui criança. Mas não sei dizer do que as crianças de hoje em dia tem medo. Sinceramente, acho que as crianças de hoje não tem mais medo de nada. Um inferno viver em tempos onde crianças não tem medo de nada, pois para quem não tem paciência, como eu, medo anda de mãos dadas com educação. Muito da falta de respeito infantil de hoje pode ser consequência da falta de medo. Quem nunca aqui deixou de fazer besteira por medo? Nos resta lembrar os bons tempos de mulheres e homens sãos, onde crianças tinham medo.

Um medo bastante comum na minha infância era de certas lendas urbanas que se espalhavam pelas pracinhas, plays e corredores de colégio. Não havia internet, era assim que as coisas se espalhavam. E o boca a boca, involuntariamente, tornava a história cada vez mais assustadora, pois cada um que contava acrescentava uma novidade mais assustadora. Quem conta um conto, ganha um ponto. E crianças podem ser realmente sádicas e criativas. Alguma dessas lendas urbanas, mesmo desafiando uma análise mais racional, certamente já apavoraram quem foi criança na década de 80.

A Loira do Banheiro é um exemplo clássico. Como eram tempos de boca a boca, acredito que a lenda não seja universal, mas basicamente ela envolvia um ritual que, salvo engano, era apagar todas as luzes, acender uma vela na frente do espelho e dizer seu nome três vezes. Feito isso ela apareceria e se vingaria de alguma coisa que não me lembro. O ponto é que o ritual em si era assustador e nos deixava sugestionados, então, a maior parte de nós e nisso eu me incluo, nem chegava a efetuar o ritual até o final, pois o cagaço de ficar no escuro apenas iluminado pela penumbra da vela já bastava para qualquer resquício de coragem ir embora.

Sempre tinha um mentirosinho que jurava ter visto e o resto se cagava de medo demais para colocar à prova a lenda e tentar fazer o ritual para confirmar ou não a existência da lenda urbana. E se, por um acaso, alguém um pouquinho mais psicopata tirasse forças do cu para dizer três vezes o nome da Loira do Banheiro, não duvido nada que sua imaginação acabasse por fazê-lo achar que viu algo sobrenatural. Sim, nós éramos bem inocentes na década de 80, e não tinha Google para desmentir nada, a propaganda boca a boca era poderosa.

Tinha também uma lenda urbana de um bebê demônio que teria nascido no ABC paulista, que inclusive ganhou manchete em jornais. O fato foi explorado à exaustão e deu tão certo que outros bebês demônios começaram a “nascer” em outros estados. Vendia jornal. O Brasil viveu um surto de bebês demônios. Mas para essa lenda urbana eu dou algum crédito: de um lugar onde saiu Lula, pode muito bem ter nascido um demônio. Não descarto nada vindo do ABC paulista.

Outro medo bem comum e que já foi objeto de um texto só para ela era o medo de filmes. Destaque para “O Exorcista”, que de tanto estrago que causou, também ganhou um texto só para ele aqui no Desfavor. Mas “o Exorcista” não era o único. Filmes como “Poltergeist” metiam medo em muita gente, principalmente depois do boato de que todos os atores teriam morrido inexplicavelmente em acidentes ao longo das filmagens. “A hora do pesadelo” também foi um desserviço, pois além de assustar, nos causava medo de dormir. Muita gente perdeu noites de sono com receio do Freddy Krugger. Jason também nos assustou, eu mesma sempre que posso o culpo por não querer acampar, porque se falar que não quero dormir com areia no meu fiofó, me chamam de fresca.

Tinha também os filmes que provocavam medo involuntário, que também ganharam texto próprio. Destaque para o maldito “Marcas do Destino”, uma história “comovente de exemplo de superação” mas com um deformado cabeçudo filho da puta que me tirou o sono por muitas noites. Maldito Rocky Dennis! E a suposta criança falecida que aparecia ao fundo em uma cena do filme “Três solteirões e um bebê”? Até o Fantástico endossou esse mito! E mesmo não sendo filme, vale uma menção: a autópsia de um suposto ET que o Fantástico transmitiu já sabendo ser mentirosa assustou muita gente. Acredito que esses filmes involuntários eram até mais traumáticos, porque as emissoras tomavam algum cuidado na hora de exibir uma possuída pelo demônio ou um psicopata com uma faca, mas o porra do Rocky Dennis, cabeçudo de merda, passava na Sessão da Tarde! Você estava lá, fazendo seu lanchinho, tomando seu Todinho, ligava a TV e… FODEU. Três dias sem dormir.

Assim como havia filmes que provocavam medo involuntariamente, também havia pessoas que provocavam medo involuntariamente. Eu morria de medo do Ney Matogrosso, e, sinceramente, não me culpo por isso. Aquela coisa magra, toda maquiada, se contorcendo e gritando me parece, ainda hoje, um motivo muito legítimo para uma criança ter medo. Elke Maravilha, Vovó Mafalda e outras entidades excessivamente paramentadas também despertaram medo em toda uma geração. Medo e confusão, porque eram tempos de preto no branco, de homem ou mulher, onde saber que Vovó Mafalda era homem gerava um grande tilt mental. Menção honrosa para nosso Chucky Tupiniquim, o Fofão, uma criatura estranha com dois testículos no rosto que tinha por objetivo divertir, mas apavorou muita criança.

E por falar em Fofão, seu boneco também despertava pavor, graças a uma mentira repetida à exaustão: ele possuía uma faca do lado de dentro e quando você menos esperava, ele ganhava vida e vinha te esfaquear. Claro que era mentira, a única facada que ele dava era no momento da compra. Não tinha faca nenhuma, era apenas uma haste de sustentação para manter sua cabeça de testículos firme no tronco. Acontece que essa haste, quando apalpada por uma criança sugestionada, virava facilmente uma faca. No quesito brinquedos, o boneco do Fofão não era o único a provocar medo. A boneca da Xuxa também. Provocava medo nos pais por causa do preço e medo nas crianças, graças ao boato de que ela ganhava vida à noite e atacava seus donos. Curioso que só te contavam isso depois que você ganhava a boneca. O poder da mídia: boneca cara e assassina, e mesmo assim bateu recorde de vendas!

Também havia rituais que metiam medo. Quem foi criança na década de 80 seguramente tem alguma história bizarra para contar envolvendo a Brincadeira do Copo, que nada mais é do que um tabuleiro Ouija com baixíssimos recursos orçamentários. Acreditávamos que era possível evocar espíritos através de reza, que se comunicariam guiando um copo por várias letras desenhadas em uma folha de papel, uma pobreza só. Eu sempre fui excluída, porque nunca soube rezar, o que em parte para mim era uma alívio, já que estava sempre me cagando de medo mas não queria ser arregona. Não saber rezar era um motivo de força maior que me fazia sair com dignidade dessa furada. Esse foi um dos muitos benefícios que o ateísmo me proporcionou, desde a mais tenra infância.

Existia também uma categoria de lenda urbana “possível”, coisas fisicamente viáveis mas provavelmente mentirosas. Dentre elas a clássica história da pessoa que foi sequestrada e que acordou em uma banheira cheia de gelo, com uma cicatriz e um bilhete mandando ligar para um médico ou ela morreria. Ao ser levada ao hospital se constata que a pessoa teve os dois rins roubados. Essa era motivo para os pais te proibirem de fazer basicamente tudo que eles não queriam: o medo de perder o rim por aí te fazia não falar com estranhos, não aceitar comida de estranho, não pegar carona de estranhos… O ladrão de rim teve uma forte função social e pedagógica, mais ou menos como aquela criança que estava passando fome na África e te colocava na obrigação de comer toda a comida do seu prato. Adultos podem ser bem oportunistas.

Tinha também uma história envolvendo uma gangue de palhaços que andava em uma Kombi branca barbarizando crianças. Há várias versões para o que eles faziam, mas a mais comum é que matavam a criança para retirar seus órgãos e depois devolviam o corpo “vazio” para os pais. Muita gente tem medo de palhaço até hoje por causa disso. Todo mundo tinha um vizinho que tinha um primo que tinha um amigo que morreu assim. E a lenda da seringa? Todo mundo olhava bem para a cadeira do cinema antes de sentar. Dizia que em vários cinemas seringas eram deixadas aleatoriamente em cadeiras e alguns desavisados que sentavam sem olhar eram furados e mais tarde descobriam estar com AIDS. Banheiro de cinema também tinha histórias arrepiantes, até hoje eu não vou ao banheiro em cinema. Essas coisas entram no nosso inconsciente.

Na década de 80 o que hoje são os seriados eram os clipes: top em tecnologia, acompanhados por todos, comentados por todos. Cada lançamento era super aguardado, comentado e visto.E dentre os clipes, um se destacou no quesito medo: Thriller, do Michael Jackson. Não pelos motivos reais, pois ainda não sabíamos que ele provavelmente queria fazer sexo com nós, crianças. Mas pelos efeitos especiais, que hoje mais lembram o seriado Chaves, mas na época eram bombásticos, somado ao enredo de zumbis. Thriller tirou o sono de muita criança. Porque criança é assim: valentona de dia, mas quando anoitece não dorme. Muitos pais perderam uma noite de sexo para abrigar uma criança apavorada com Thriller. No meu caso, minha escola fez o desfavor de passar esta merda para os alunos da minha turma, causando um cagaço coletivo totalmente desnecessário. Sentiram o nível da escola onde eu estudei, né? Michael Jackson era considerado, de alguma forma, educativo.

Assim como haviam clipes que assustaram toda uma geração, também havia discos. O disco da Xuxa, que se tocado de trás para frente mostrariam a voz do diabo. Hoje eu tenho certeza de que tocado da forma correta mostrava a voz do diabo, mas enfim. Também havia mito envolvendo discos dos Menudos e do Balão Mágico. Nada que uma mente sugestionada não pudesse criar. Palavras desconexas de trás para frente eram imediatamente associadas à palavra mais apavorante que nossos pequenos cérebros pudessem pensar, coisas como “sangue”, “morte” e “demônio”. E uma vez que um de nós ouvia algo apavorante, verbalizava isso e os demais, altamente sugestionado e movidos por um desejo de ter vivenciado algo especial, também passavam a ouvir. Em minutos tudo virava uma verdade incontestável e lá estávamos nós, reféns de nossas próprias mentiras, nos cagando nas calças. Impressionante como na minha infância tínhamos uma vertente masoquista, enquanto que as crianças de hoje parecem cada vez mais sádicas.

O pavor provocado pelas artes era expressivo. Na pintura também tivemos contribuições. A bola da vez eram os quadros do italiano Giovanni Bragolin, que retratavam crianças chorando. Dizia-se que ele tinha feito um pacto com o diabo, mas a julgar pelos termos, o pacto foi firmado no Brasil, porque em vez dele oferecer sua própria alma, ele ofereceu a alma de quem comprava os quadros, uma tremenda esculhambação! O resultado seria uma série de desastres ocorridos com cada comprador dos quadros: incêndios, mortes, doenças e muitas mensagens subliminares escondidas nos quadros. Quem, por uma infelicidade tinha uma réplica de um desses quadros em casa se pelava de medo. Mau gosto colocar quadro de criança chorando na parede, mas o que esperar de quem pendura um ser humano ensanguentado preso com pregos a um instrumento de tortura na sala? Se Jesus tivesse sido executado em uma cadeira elétrica, todos andariam com pequenas cadeiras elétricas penduradas como pingente no pescoço.

Havia medos alimentares. Além daquela culpa cristã babaca de ter que comer tudo que estava no prato porque em algum lugar da África uma criança passava fome, alimentos nos deram outros dissabores. Tinha um pirulito que coloria a língua de azul e rapidamente ganhou a fama de ser cancerígeno. Muita coisa tinha fama de cancerígena nessa época, menos o que realmente dá câncer: cigarro e Mc Donald´s. E por falar em Mc Donald´s, havia uma lenda a seu respeito. Muitas unidades tinham uma piscina de bolinhas (bazinga!) para as crianças brincarem e surgiu um boato que crianças que entravam ali morriam depois de serem mordidas por cobras venenosas que haviam feito um ninho no fundo da piscina. O que mata não são as cobras, é comer no Mc Donald´s, mas eram tempos de pouca informação.

Tem também aqueles medos nonsense, inexplicáveis, indecifráveis. Muita gente tinha medo da Zebrinha do Fantástico. Ok, não era lá um primor o gráfico e se mexia de forma estranha. Muita gente também tinha medo daquela música do Plantão Globo, provavelmente porque sempre que tocava vinha alguma desgraça: ou alguém tinha morrido, ou algo trágico tinha acontecido. O Jesus, do SBT, que aparecia com um foco de luz na cabeça também despertava, no mínimo, algum receio. No caso, eu achava que era um mendigo, mas a criação em um lar ateu faz a gente desconhecer JC e, convenhamos, seu layout indicava a mendicância. Mestre dos Magos, da Caverna do Dragão também tinha suas vítimas, mais do que o inimigo em si, O Vingador.

É, acabou meu limite de quatro páginas. Certamente deixei passar muitos medos, mas felizmente este é um lugar onde o texto continua nos comentários. Falemos sobre os medos da nossa infância…

Para dizer que não tinha medo de nada disso e que eu é que sou uma cagona, para dizer que na verdade eu sou é velha ou ainda para contar seu medo de infância: sally@desfavor.com

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Comments (264)

  • Sally, Sei que esse texto é um pouco antigo mas tenho que dizer: a da cobra na piscina de bolinhas realmente aconteceu na minha cidade (um salve para Jundiaí). O Mc Donald’s fica na beira do rio (filete d’água) e as cobras acharam legal fazer um ninho dentro do briquedo. Uma criança morreu, e depois disso todas as piscinas de bolinha foram tiradas dos (três) Mc Donald’s da cidade. Quando soube agradeci a Deus (eu era coroinha) que não tinha sido comigo.

  • A lenda da loira do banheiro (Bloody Mary) também era bem dispersada na minha época. Na mesma época em que a internet estava se popularizando e todo mundo estava criando contas de e-mail (aliás, morro de vergonha da primeira conta de e-mail que tive, era um nome muito idiota), me enviaram aquela droga de Jogo do Labirinto, links de susto e fotos de pessoas deformadas em acidentes.
    Alguns comerciais do Adult Swim também me assustavam. Eu de boas, assistindo Cardcaptor Sakura ou Mirmo Zibang (ei, eu tinha 7 anos!), aí aqueles malditos bichinhos em stop-motion surgiam.
    Ah, desde criança até hoje eu me cago de medo do Fernando Caruso.

  • Interessante compartilhar informações entre gerações… Eu fui criança na década de 2000 e meu maior trauma de infância era uma corrente de e-mail de uma mulher chamada Jaqueline que sofreu um acidente e sobreviveu, mas ficou toda deformada! Tive muitos mas muitos pesadelos por causa disso e meu irmão mais velho me chantageou bastante por causa desse pavor.

  • Tinha um boato que no terreno da minha escola foram enterradas várias pessoas. Sempre rolavam uns boatos que alguém morreu em algum prédio antigo, escola e etc.

    Tinha muito medo daquele filme Jumanji e mesmo assim sempre assistia

  • Até hoje choro de desespero do Chucky, não posso nem ver o comercial. A única parte do filme que vi quando criancinha (pq essa merda passava no Cinema em Casa em plenas TARDES do SBT) foi o Chucky esmagando 1 cara dentro da caçamba do caminhão de lixo. Isso entrou na minha mente de 1 modo que jamais sairá.

    E como sou 1 criança dos anos 90 também morro de medo de alguns episódios do Castelo Rá Tim Bum: Lobo Mau, do Coelho da Páscoa gigante e do Tatatossauro.

  • Gente, eu to aqui, relembrando minha infância, tanta coisa… Mas esqueci tudo quando juntou a Hellmans com o Rátimbum, hahahahahahaha!
    Outro dia mesmo lembrei dos quadros do Bragolin e dei uma pesquisada na net pra matar saudades S2. Essa da bala soft, não sei se matava, mas meu irmão mais novo se engasgou com elas umas duas vezes, o suficiente pro meu pai nos proibir de aparecer em casa com essa bala. Numa das vezes, meu irmão, que tinha 4 anos, foi literalmente colocado de ponta cabeça pelo meu pai, que daí deu uns 2 tapas nas costas dele, até a bala sair. Foram frações de segundos… Nem precisa dizer que eu, que nunca me engasguei, never more passei perto dessa diaba dessa bala, rs, rs. Medo do homem do saco, tive muito. Minha mãe diz que quando eu era pequena, chorava vendo no noticiário aquelas historias das pessoas que perdiam tudo nas enchentes. Tinha medo da chuva, mas ficava aliviada de morar numa rua esbarrancanda, do lado alto, que daí não ia alagar. Surra de cinto, tomei algumas. Meu irmão tomou várias, era muito encapetado o menino. Não que isso seja certo, mas meus pais apanharam na infância infinitamente mais. Sem instrução, até nos economizaram bem. Lá em casa não se criou nenhum ‘trem à toa’, como falamos em MG. Todo mundo anda na lei, nunca mexemos com drogas, começamos todos a trabalhar cedo. Mesmo errando um bocado de coisa, considero que meus pais fizeram um ótimo trabalho. Sally, valeu a breve viagem no tempo =)

    • Vani, eu acho que umas palmadas pedagógicas formaram o caráter da nossa geração. Não é o mais indicado? Pode ser, mas todo mundo aqui sobreviveu, e mais: todo mundo SABE lindar com piada, com opinião desfavorável e com um bom embate. Taí essa geração frouxa que nunca levou uma palmada e quando escuta uma piada corre para o tribunal para processar, porque não sabe o que fazer com a informação.

  • bebê da mamãe

    Engraçado é que as coisas que nos metiam medo quando pirralhos, depois poderiam nos fazer a alegria. Por ex. eu pirralho morria de medo da loira do banheiro, depois de adolescente o que eu mais queria era encontrar uma loira no banheiro!
    Morria de de medo do Diabo, mas pensando bem seria legal se ele existisse e quisesse comprar minha alma pagando bem e me dando vantagens. Depois descobri que não existe Diabo nem tenho alma. Vai uma alma aí a 1 real, tia?
    Eu me cagava do Chucky, depois fiquei fã, muito comédia a noiva de Chucky e A Maldição de Chucky foi foda, a gente descobre quem enviava os Chuckys pras vítimas, além dele finalmente conseguir completar o ritual.

    • HAHAHAHAHAHA

      Até onde eu sei, a Loira do Banheiro era toda arrebentada! Acho que você não gostaria muito dela não…

  • Agora uma coisa eu fico pensando, quem foi aqueles monstros educadores que antes mesmo da gente ter nascido criaram jogos que nós na nossa infância jogávamos.
    Quem tem memoria é só buscar nela, até uma bobagem de um jogo de bolinhas de gude, uma das coisas mais inocentes do mundo, existia uma lista enorme de regras que os jogadores tinham que cumprir ou seriam automaticamente expulsas do jogo.
    Aqueles joquinhos bobos, nós ensinaram a respeitar regras, a ser leal, a não roubar, a saber a respeitar o adversário, a ser honesto, a não enganar, e todos os joquinhos era difícil demais para ganhar… Tinha um de jogar finca, qualquer objeto com ponta, você jogava ele no chão e traçava um caminho, se o inimigo te fechasse, ela difícil de sair, você tinha que dar uma subterrânea, essa subterrânea era a jogada mais difícil do mundo.

    • Não sei quem foi o filho da puta que achou apropriado nos ensinar regras, ética e respeito. Se eu pego, eu mato, porque fodeu com a minha vida isso!

      • Aprenda a dar a subterrânea, se você estivesse toda fechada, todos os caminhos obstruídos, bloqueados, você ainda tinha a oportunidade de dar uma subterrânea, ela era e com certeza ainda é uma saída, é difícil mais você consegue.

  • As ditaduras, nesta época de todos esses folclores o povo era muito inocente e acreditavam sim em qualquer coisa que fosse propagada pela televisão e ao mando do ditador de plantão.

  • Sally preste atenção, por favor, eu falei alguma coisa ai em cima a respeito do Orlando Sabino, e claro, não poderia deixar de dar uma conferida para ver se existe alguma noticia sobre ele no Google, de uma olhada ai no que eu encontrei e se você quiser saber a minha opinião…. Eu não duvido de nada sobre isso ai a respeito de Orlando Sabino.
    Mais primeiro, antes de você dar uma olhada nisso, durma hoje, senão você com certeza não ira dormir.

    http://www.tudoemdia.com/portal/2010/03/orlando-sabino-o-monstro-de-capinopolis-saiba-as-verdades-e-mitos/

  • Quem aqui lembro do Orlando Sabino, o monstro do triangulo mineiro?
    Não passava de um perturbado mental que aterrorizava as comunidades rurais.
    Quando esse Orlando Sabino finalmente foi preso e apresentado a justiça, tinha uma professor aonde eu estudava que tinha uma fisionomia muito parecida com a dele.
    Coitado, ate hoje meu querido mestre de matemática esta registrado na minha memoria, não com o nome real dele, mais com o apelido de Orlando Sabino.

  • Eu tive sim essa coisa de medo, mais pelo que lembro da minha infância eu nem era aluno do jardim da infância.
    Na primeira rua abaixo que cruzava com a rua que eu morava ainda era caminho por onde passava bois e boiadas, encucaram na minha cabeça que boiada podia explodir e que sairia bois correndo para tudo quanto é lado e dando chifradas em quem eles encontrassem pela frente.
    Muito bem, eu estava ali na rua, curtindo talvez a fase mais linda e gostosa de nossas vidas, que é a infância, bastava eu ouvir um berrante, eu olhava e observava que a boiada estava vindo, eu corria para casa, e juro sem vergonha de falar, me escondia debaixo da cama.

    • Esqueci de comentar, o pior é que acontecia mesmo, de vez em quando um destrebelhado de um boi, saia mesmo da formação e saia dando chifradas em quem ele encontrasse pela frente.
      Cruz credo de uma chifrada de boi do meu rabo.

      • Mais sair arrancando em quinta marcha e esconder debaixo da cama….. Eu era mais inocente que uma ameba, como dizem por ai, uma ameba com retardamento mental.

  • Gosto do Siago Tomir com suas histórias divertidas e inacreditáveis dada a narração dos fatos. (O narrador da sessão da tarde teria prazer em anunciar que Sally, Tomir, Alicate e sua turminha vão se meter em uma grande confusão, a cada capítulo da saga). Mas este texto que mescla informação com humor e desdém são os melhores. Um dos mais engraçados que já li no Desfavor. Iria destacar alguns trechos que achei engraçado, mas, são muitos, seria a transcrição do texto. Épica a passagem do bebê-demônio.
    Tem coisa que eu nem sabia da existência, mas fui pesquisar e olha que coisa triste… com os recursos (falta deles na verdade) da época qualquer um se deixaria levar.
    http://f5.folha.uol.com.br/saiunonp/2013/08/1329138-o-nascimento-e-o-sumico-da-misteriosa-criatura.shtml http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=5903

  • Fui uma criança cagona. Tinha medo de bonecas, do Chucky, da mina do Exorcista, quase tive um piripaque de susto daquela vampira da Hora do Espanto 1 original (nunca vi uma bocona tão assustadora). Também podia jurar que minha casa era assombrada, aquele o sinteco estalando de madrugada era igualzinho ao som de passos.
    Obs: Até hoje em dia aquele gato igual do Alicate me daria pesadelos.

  • A loira do banheiro por aqui era Maria degolada e o jogo do copo era o jogo do compasso (dava menos trabalho e era mais fácil de manipular o objeto). Quanto aos palhaços na kombi nunca ouvi falar, todavia um homem com um opala preto fazia o mesmo serviço na minha região, e os palhaços eram assustadores graças ao filme Palhaços Assassinos (que acredito ser do início da década de 90).
    E a boneca da Xuxa não era tão feia como a boneca bolachinha, que tem uma semelhança incrível com a noiva do Chuck (se maquiar ela fica idêntica!).
    E como sou de uma cidade interiorana, aqui anteriormente ao chupa cabra o lobisomem e os ets aterrorizavam as crianças. Além das inúmeras lendas sobre cobras gigantes.
    Aqui no sul teve inclusive uma história de que uma cobra havia matado um bebê, o detalhe é que a cobra estava escondida em um repolho e a mãe da criança deixou embaixo do carrinho, algo assim. Sempre que eu ia ao supermercado passava longe da parte das verduras.

    Aaah, quanto as facas do boneco Fofão, depois elas foram aparecer nos bonecos dos teletubies e o imbecil do Gugu explorou o assunto até não conseguir mais (eu ainda era criança e fiquei muito impressionada).

    • Eu ouvi uma versão dessa da cobra só que ela estava dentro de uma caixa de morangos que a mãe guardou na geladeira. Disse a mãe que a criança foi pegar um morango e reclamou que a geladeira lhe deu um choque. A mãe verificou e nada. No fim do dia a criança morreu e depois descobriram que tinha uma cobrinha dentro da caixa de morangos…

    • Uma vez um tia minha fez essa brincadeira do compasso aqui em casa e de fato aconteceu algo no mínimo estranho, o que é triplamente estranho pra mim que sempre achei isso uma besteira. Então é algo que me deixa um pouco confuso, tentando encontrar uma explicação lógica para o que aconteceu.
      A lenda do chupa-cabra no finalzinho dos anos 90, comecinho dos 2000, era muito forte, só se falava nisso. Eu assistia o programa do Ratinho e além daquele quadro chamado “histórias que o povo conta”, falavam muito do chupa-cabra, então eu ficava com medo tendo em vista que ainda era um um merdinha. De tanto que a mídia sensacionalista explorou o fenômeno, ele meio que acabou ficando no mesmo patamar de lendas bobas como lobisomem e vampiro, só depois de alguns anos que pesquisando mais afundo sobre o assunto fiquei sabendo que era algo mais sério do que eu pensava. Sabe-se lá o que era aquilo, mas alguma coisa matava os animais de uma forma que nenhum predador conhecido faz. Deram algumas explicações fajutas, nenhuma convencível considerando as estranhíssimas evidências. Alguns dizem que pode ter sido uma experiência genética, pois tal como no episódio do ET de Varginha, houve fortes boatos de que uma equipe do exercito americano veio em busca da criatura. Outros pensam que podia ser uma espécie de predador ainda não documentada pela ciência, mas essa é uma explicação que encontra resistência em algumas lógicas básicas. Só sei que casos assim acontecem até hoje, mas nada que lembre aquela frequência assustadora do comecinho dos anos 2000.

      • Mas foi foi divulgada uma explicação plausível para o chupa-cabra, não?

        Curiosa… o que aconteceu na brincadeira do compasso?

        • Ha essa episódio do compasso eu nem gosto de contar porque me sinto um idiota contando, mesmo pela internet. É meio absurdo e se me contassem eu não acreditaria, então largo mão hauahaua.

          Olha, sobre o chupa-cabras explicações tem aos montes, mas realmente plausível eu não conheço nenhuma. Dadas as circunstâncias dos ataques, as explicações não batem. Na época, por exemplo, tentaram dar explicações de que provavelmente era alguma espécie de canídeo que atacava os animais, mas que espécie de canídeo ou felídeo mata a presa e a deixa praticamente intacta, só com o sangue extraído ou com algum órgão especifico retirado? Foram explicações extremamente preguiçosas e alguns especulam que assim tenham feito pra dar uma abafada no caso, mas aí já começamos a entrar num campo meio conspiratório, rs. Só sei que, até onde eu sei, é um caso que nunca foi solucionado.

  • Fui criança nos anos 90, mas mesmo assim conheço a história da seringa no cinema. Confesso que até hoje eu olho bem pra cadeira.
    A versão que eu conheço da Loira do Banheiro é a Maria Degolada, em que tu tinha que falar três vezes o nome dela e puxar três vezes a descarga. Minhas amigas tinham medo, até que um dia eu mexi nas coisas de limpeza do banheiro, montando um formato humano num local escuro. Nunca ouvi tantos gritos numa única vez hahaha

  • Minha infância foi na década de 90 e eu me lembro perfeitamente no medo generalizado, causado pelo CHUPA CABRA. Foi uma lenda urbana terrível, de uma criatura que atacava e chupava o sangue de bichos. Eu mesmo jurava de pé junto que tinha visto umas cabras mortas com o pescoço furado na rua. HAHAHAHA.

  • Tem muita coisa. Filmes me deixavam com muito medo mas desde pequeno eu já gostava de filmes de terror. Em especial, lá pelos meus 5, 6 anos, Chucky era perturbador mas mesmo assim eu insistia em assistir, lembro que era uma tortura aguentar o filme todo mas a curiosidade sempre falava mais alto. Um outro filme que também me foi marcante, que assisti quando tinha uns 10 ou 11 anos e fiquei algumas noites sem dormir direito em decorrência disso, foi a Bruxa de Blair. E teve uma cena de uma porra de novela também, que tive a infelicidade de assistir, na qual a Bruna Marquezine recebe um “anjo” no quarto dela e aquilo me soou muito macabro, nem sei explicar porque mas foi uma cena macabra e realmente fiquei com medo daquela merda. Quanto a lendas urbanas tem um monte também.
    Sobre as crianças, elas podem estar mais espertinhas devido a abundância de informações desde muito cedo, mas criança sempre vai ser medrosa, não tem jeito.

  • Na década de 90 também até início de 2000 havia muito de lendas urbanas também. Eu mesma trancava o cu com o lance da loira do banheiro, o boneco do fofão eu já ouvi dizer que tinha um punhal e uma vela preta (isso da boca da minha mãe), também tinha o homem do saco, a brincadeira do copo, compasso, cartas e tantas outras que eu já joguei por ousadia, mas no meio do jogo me dava aquele cagaço e começava a chorar. Eu me lembro que após um jogo de “tabuleiro ouija” bem precário, feito de papel ofício (hahaha), fui beber água e o copo caiu, quebrando-o obviamente. Uma amiguinha minha adventista (provavelmente deve atuar como fundamentalista religiosa hoje) disse que era o diabo que não queria sair de perto de mim, que queria minha alma, enchendo minha cabeça (e o saco também). Agora, imagine o pavor. Você já mora com pais super católicos, que te obrigavam a levantar cedo pra ir a catequese ouvir aquele monte de blablabla, e pra piorar você ainda tem uma “amiguinha” toda trabalhada na Bispa Sônia dizendo que o diabo tá te acompanhando. Foda.

    • Eu imagino seu pavor, crianças são muito sugestionáveis! Mas ao menos você cresceu e percebeu que isso é bobagem. Tem muito adulto que ainda é movido por esse medo infantil do diabo e nunca evoluí…

  • Aqui o medo era do homem do saco, deve ser coisa do interior. E o fator pedagogico era o merthiolate, aquela porra ardia demais.

    • Mertiolate TEM QUE ARDER, que é para a criança ficar com medo de fazer merda, se machucar e ter que suportar a ardência do Mertiolate! Mertiolate tem caráter pedagógico, um absurdo essa versão que não arde!

      • Gozado. O Mertiolate ardia, mas não houve semana na minha infância em que eu tivesse um ralado aqui ou ali onde fosse preciso usar…

        • Ok, acidentes imprevistos acontecem sempre. Mas garanto que alguma vez você deve ter deixado de fazer alguma merda pensando no Mertiolate… ou não?

          • Não exatamente. Eu reclamava da ardência e ficava repetindo pra mim que não ia mais fazer o que tinha forçado o uso do Meriolate…. Mas pouco depois eu fazia de novo. Ou às vezes até pior! E aí tome Mertiolate de novo… Já te falei que a molecada da minha época era quase toda – eu incluso – de pequenos Siagos Tomires, não?

      • Outro dias destes eu estava conversando com uma destas vovó modernas, ela foi levar a netinha para passear na praça publica, uma criança com uns 4 anos de idade, mais a criança antes de cair da casa da vovó pediu para ela levar band dait
        A criança lá na praça virou o filhote do capeta, a vovó chamou a atenção na netinha e sabe o que a criança de 4 anos falou?
        Vovó esta tudo bem, a senhora não trouxe o band daid, então esta tudo bem, se eu me arrebentar, nós temos band dait

  • A história do boneco Fofão foi muito forte mesmo. Em todo o Brasil as crianças só falavam sobre isso. E nem havia redes sociais!
    O pior é que nas costas do boneco havia uma espécie de plástico duro (por dentro do corpo dele) que parecia com o formato de uma faca.
    Fiquei tão impressionada, que acabei jogando o meu no lixo.

  • HAHAHAHA… Lembrei que tinha medo do Hino Nacional e da música “Coração de Estudante” pois foram as músicas que tocavam durante os funerais e enterro do Tancredo Neves… Não podia nem ouvir que já arrepiava… Tinha medo do caixão aparecer na sala da minha casa!!
    E medo de morto todo mundo tinha! Não podia nem ver!
    Desfavor fazendo terapia de regressão com o povo!!!

  • Cagaço mesmo é dormir nesses casarões antigos. Meus avós eram de uma cidadezinha no interior mineiro e moravam numa dessas casas antigas com forro e piso de madeira (com porão e sem laje). O mais leve ranger na madeira de madrugada me gelava a espinha quando moleque.

  • Sempre tive medo de borboleta. Era um escândalo quando eu via uma (ela são lindas, mas longe de mim), principalmente a borboleta de chuva (uma enorme e preta).
    E para ficarem de queixo caído… tenho medo de flor. Não me perguntem, mas até hoje desconheço o motivo. Principalmente se for daquelas que tem o “miolo” amarelo.

      • Falando me medos bizarros: lembro de ter visto no Youtube uns vídeos de um programa americano sensacionalista – na linha dos da Christina Rocha, só que apresentado por um homem – cujo tema era justamente “Fobias Estranhas”. E o cara ainda ficava forçando a barra, expondo os convidados justamente àquilo que lhes apavorava. Poderia muito bem ser tudo armação, como costuma acontecer nesses programecos, mas também poderia não ser… Entre as fobias esquisitas havia: garçonete de lanchonete com medo de picles, homenzarrão com medo de pêssegos, uma senhora com medo de balões (de bexigas de festa infantil a dirigíveis), outra com pavor irracional de frangos (vivos ou mortos) e que foi cercada por caras fantasiados de galináceos…

    • Na minha terra a gente chama essa borboletona preta de bruxa. Os velhos diziam que um bicho desses em casa era sinal de morte na família.

    • Eu MORRO de medo de borboletas. Já saí correndo da sala de aula na época da faculdade pq uma entrou e veio voando na minha direção.

  • Nota breve: o texto foi escrito pela Sally, mas lá em cima ta como “publicado por Somir”. Cuma?
    E qto ao texto propriamente dito… interessante! Porém difícil de tentar me lembrar de algum medo de infância. Acho que já comentei isso lá no texto do exorcista: sou do tipo que fico rindo(no sentido de sarcasmo e tals) dos terrores alheios de forma que dou a parecer extremamente céptico em relação à tudo!

  • Eu morria e morro de medo (na verdade tenho fobia, é falar nisso eu choro) do cadeirudo daquela novela A Indomada. Gente, aquilo é obra do capiroto! Outra coisa que eu tinha medo era um filme que passava direto na sessão da tarde chamado A Fortaleza. Por anos (e até hoje) tive medo desse maldito filme e sempre que ia comentar com alguém ninguém se lembrava dele! Até que fui procurar e encontrei! Tenho medo de máscaras por causa dele até hoje. É aquele filme que uma gangue com máscaras (de pato, gato e até fuckin papai noel) sequestra uma turma de crianças na escola junto com a professora e eles têm que se virar pra escapar. Maldito filme, maldita sessão da tarde, maldito silvio santos!

  • Não me lembro de nenhum desses medos, na escola a história da Loira do Banheiro era motivo de piada e a brincadeira do copo graças a deus ninguém sugeriu porque eu não ia jogar mesmo.

    Não sei se ter sido criança nos anos 90 influencia, mas medo mesmo sempre tive do sobrenatural quando era criança, coisas de macumba e alguns filmes de terror bem feitos.

    Ah, medo também na hora de dormir só quando eu olhava pro lado e via todos os brinquedos virados p mim, dava um medo da porra pensar q eles eram uns demônios que iam ganhar vida no segundo que eu fechasse os olhos.

    • Nos anos 90 já existia internet, e como consequência, mais acesso a informação. Muitos desses medos toscos já haviam sido desmentidos. As crianças da década de 90 foram poupadas de muita merda…

  • :( sou do abc também e realmente nao tem muita coisa pra se orgulhar. Enfim, tinha o “véio do saco” que levava embora as crianças que eram mal-criadas e não comessem tudo,esperava anoitecer e jogava as pestinhas num saco imundo pra depois fazer sopa. Tinha tambem as figurinhas de chiclete com lsd que deixava as crianças doidonas,levavam a gente pra fazer lavagem cerebral,e roubavam o rim….hahaha são tantos medos!

    • A versão carioca desse chiclete eram as balas Van Melle, que supostamente tinham cocaína dentro. Aliás, havia fortes boatos que baleiros colocavam cocaína em doces para viciar crianças!

      • Balas Van Melle! Estavam disponíveis na vendinha em frente ao meu colégio! Nunca pus uma na boca – o aspecto já me era desagradável – , mas cheguei a ver algumas com um furinho, como se tivessem mesmo sido espetadas com uma agulha de injeção. Não sei se realmente punham drogas dentro ou se algum sacana se aproveitou desse boato pra trolar… Me lembro que essa história das balas Van Melle virou até reportagem do “Aqui Agora” do SBT…

        • Algumas de fato foram encontradas com cocaína, mas não acredito que seja para viciar, pois o suco gástrico impede. Deve ter sido sabotagem das balas Soft quando as vendas caíram por causa da morte das crianças engasgadas! hahaha

  • Gozado, achava que crianças tinham medo de palhaço por causa do Bozo ou daquele filme “IT – Uma Obra-Prima do Medo”…

    Falando em filmes, quem lembra do filme “A Coisa”? O Silvio Santos cansou de passar no SBT e muita gente do meu colégio se pelava de medo…

    Sobre medos de personagens da TV: ninguém aqui tinha medo do Professor Tibúrcio? Eu mesmo não tinha e só fui saber que tinha gente que se borrava quando ele aparecia depois de adulto, quando vi comunidades na internet sobre isso. Outro personagem do Rá-Tim-Bum que descobri posteriormente que dava medo nas crianças era o Pingüim pianista, interpretado pelo Théo Werneck.

    E do “Homem do Saco”? Ninguém tinha medo? Na minha rua tinha um menino que ficava apavorado com o que mãe dizia: se você for desobediente, o Homem do Saco vai te levar”. O resultado era que, durante anos, a cena se repetiu: ele tava lá numa boa, jogando bola conosco, quando despontava na esquina um catador de ferro-velho ou um mendigo com um saco de estopa nas costas – e lá isso acontecia com certa freqüência – que o coitado sumia de repente. Sabe o Papa-Léguas, que, quando saía zuinindo, deixava em seu lugar só uma nuvenzinha de poeira já se desmanchando no ar? Com ele era a mesma coisa. E consta que, mesmo hoje, já crescido, ele ainda se arrepia quando se depara com algum maltrapilho de trouxa às costas.

  • Só para constar: o autor do texto não é o Somir, sou eu, Sally!

    Termos como “areia no meu fiofó” podem sujar o já imundo nome do Somir… hahaha

  • Eu conheci essa loira do banheiro como Maria Degolada. Aqui por estas bandas se dizia que para não ser degolado por ela, após chamar a bendita a vela deveria ser apagada.
    Jura né!?

    Esse medo me acompanha até hoje, tanto que jamais me olho no espelho quando a luz está apagada.

    Tenho parentes que moram em uma cidade do interior e na estrada que leva para lá tem uma curva conhecida como “a curva da morte” pois é uma curva bem perigosa onde de fato já houveram muitos acidentes com mortes.

    Diz a lenda que a noite nesta estrada há pessoas pedindo carona. Já ouvi várias histórias de pessoas que dizem que deram carona para pessoas nesta estrada e depois de andar alguns kilômetros olhavam para trás e não viam ninguém dentro do carro. Ou pior viram pessoas pedindo carona, não deram mas ao olhar no retrovisor do carro, haviam pessoas dentro do carro. Bizarro!!

  • essa brincadeira do copo tinha também as variantes: da caneta, do compasso. A coordenadora da escola teve que ir na sala dizer que era mentira, que tinha gente chegando em casa impressionado e as mães estavam ligando. Eu nunca quis brincar porque acho que não se deve mexer com o que desconhece. Na hora do recreio diziam que teve um caso que o copo quebrou e o espírito cortou a pessoa toda. Mas acho que não tinha essa parte de rezar não.

        • Trecho de coluna publicada no site da Veja e no Correio Popular daqui de Campinas em que o jornalista Carlos Brickman comenta esse assunto:

          “Mas é Carnaval
          Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, diz um dos belos sambas de Chico Buarque sobre o Carnaval. Quem sabe, quando a festa acabar, certas coisas esquisitas acabem também. Como esta determinação do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, a seus seguidores: que não utilizem uma marca específica de maionese, a Hellmann’s, e evitem até mesmo aproximar-se de seu rótulo. Motivo? Sente-se, caro leitor, e apoie-se com firmeza nos braços da cadeira. “Hell”, em inglês, significa “inferno”. “Mann” em inglês não significa nada, mas parece com “man”, que quer dizer “homem”. Segue o raciocínio de Valdemiro: não se deve consumir um produto da marca “homem do inferno”, nem se deve passar o Satanás em seu pão, ou comê-lo na salada.

          Ah, essa cultura de um livro só! O pior é que esse tipo de história aparece de tempos em tempos, sempre com as mesmas justificativas ─ e, cá entre nós, fazendo pouco de Belzebu, que deve ter tentações melhores que maionese para atrair as almas. Enfim, Hellmann’s vem do sobrenome de Richard Hellmann, alemão que abriu uma loja de sanduíches em Nova York e, diante do sucesso da maionese que sua esposa fazia, começou a vendê-la em potes, há uns 110 anos.”

    • Essa história da maionese hellmans eu já tinha visto no youtube, naqueles vídeos de mensagens subliminares. Mas acho que era outro pastor. Ai esses evangélicos…vai ver que ele pretende lançar a própria marca e para comprarem a dele está dizendo isso.

    • O Waldomiro é motivo de piada até mesmo entre os evangélicos, tanto que estou pensando em aproveitar para fazer uma do “pó do waldo”. Tem gente que sabe bem desses rolos que esse malandrão esteve envolvido.

    • HELLman’s, é por isso mesmo? Devia proibir então seus fiéis de torcer ou jogar para o Manchester United, por conta do símbolo do time. Ou então proibirem Bélgica de jogar na Copa do Mundo (Diabos Vermelhos)…hahaha

      Era só o que faltava: um pastor se alfabetizando em inglês. A Hellman’s foi fundada em Nova Iorque por Richard Hellmann, um imigrante alemão. Logo, o sobrenome não tem nada a ver com inglês. Significa no original algo como “Homem de cabelo claro”. Simples assim.

      • Tem que explicar para ele que Mann não quer dizer NADA em inglês.

        Não dá ideia de mais proibição, porque eles podem aproveitar! hahaha

        • Não teve uma história que um técnico evangélico queria mudar o mascote do América-RJ? O time do Trajano da ESPN tem como mascote e apelido justamente “Diabo”.

    • Os crentes falam mal até português e ficam tirando onda com inglês.
      Um colega meu crente uma vez veio com uma novidade, que o pastor tinha falado no culto pra não comprar leite Itambé porque a empresa usava mensagem subliminar, que a vaquinha da imagem tinha chifres do capeta. Não sei se é vontade de aparecer ou pra testar o poder deles sobre os fiéis e ver se eles obedecem sem questionar.

  • Sally, desenterrando as coisas…
    Os anos 80 eram ótimos, só os fortes sobreviviam. Eu tinha um boneco do Fofão, quando me contaram o lance da faca e eu verifiquei que tinha mesmo. Chorei o dia inteiro esperando a morte chegar a noite. Meu pai ficou puto porque eu não parava de chorar e me ameaçou bater com o cinto. Bons tempos!
    O lance das cobras no McDonald’s é um clássico. Aqui em Manaus não era McDonald’s, aqui não tinha. Mas a lenda era a mesma, só que num parque de diversões qualquer. O Jesus no SBT me matava. Eu lembro que me escondia embaixo do lençol sempre que aquela vinheta aparecia. Eu era muito cagão. O mais incrível é que eu não tinha a capacidade de mudar de canal, eu sabia o que vinha e mesmo assim ficava assistindo. Vai entender…

    • Porque você não jogou o boneco do Fofão fora em vez de ficar esperando ele te matar? Ahhh os bons tempos da surra de cinto, fomos forjados na porrada, na nossa geração não tem essa merda de se matar porque sofre bullying.

      Entendo sua reação ao Jesus do SBT, eu também reagia assim a várias coisas: sabia o que vinha e não mudava de canal. Um misto de masoquismo com curiosidade mórbida. Somos sobreviventes da década de 80!

      • É o que sempre falo: duvido que esse bostas que processam humoristas ou que se matam por bullying já tenham levado alguma surra de cinto na vida.
        Tinham que exibir essa correlação sempre! Depois que entro essa babaquice de que não pode dar palmada, é que a coisa degringolou…

        • Não apenas a falta de palmada pedagógica, crianças não podem mais se sacanear na escola que os pais são chamados e advertidos que seu filho está praticando bullying. Já fizemos um texto sobre os malefícios da falta de bullying, lembra? É isso, cresce essa geração cuzona despreparada que processa quando escuta algo de que não gosta. Um nojo.

        • Nunca levei surra de cinto e sou absolutamente contra um adulto bater em uma criança. Pra mim, é coisa de gente covarde. Nunca bati em ninguém mais fraco do que eu (nem mais forte, aliás. Ainda não precisei me defender usando a força física.) Mas de uma coisa tenho certeza: nunca vou bater em alguém mais fraco.
          É covardia pura.
          É óbvio que há diferenças imensas entre uma palmada e uma surra de cinto, que é uma surra que machuca. Mas também sou contra a lei da palmada, porque será inócua. Não conseguem coibir nem mesmo os pais que espancam os filhos, imagina aqueles que dão palmadinha?
          “As leis não bastam. Os lírios não nascem das leis” (Drummond)

          Enfim, ninguém aprende a ter limites ou a ter respeito apanhando. Se fosse assim, os presos sairiam melhores da cadeia, porque o que não falta por lá é violência e brutalidade.

          http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,menino-de-8-anos-e-espancado-ate-a-morte-pelo-pai-para-andar-como-homem,1137536,0.htm

          • Marcela Ribeiro da Silva

            Que opinião é essa????? Ninguem aprende a ter limites ou a ter respeito apanhando kkkkkk????. Não é pq teu pai ou tua mãe não precisou te bater que essa regra vale pra todo mundo fia. Mérito teu e do teu pai e da tua mãe por não ter que bater nem levar surra mas verdade não fia. E tu tá usando ambiente de cadeia pra fazer valer o que pensa????? E se tu pega cria de outra toda cheia de erro e vicio? Se não dou palmada na minha pretinha ela fica igual aos preto funk favelado que fica na rua fazendo porra nenhuma pq tem pai e mãe frouxo que não se impõe quem nem a mãe noiada dela. Até uns quatro cinco anos palmada sim. Daí pra frente sim criança entende o bastante pra tentar conversa.

            • Marcela, falei que não há comparação entre a surra de cinto (que machuca) e a palmada. Falei, também, que sou totalmente contra a lei da palmada.

              Considero bater em uma pessoa menor e mais fraca pura covardia. Eu jamais faria isso. Mas, veja bem, sei a diferença entre o pai que espancou o filho até a morte, a surra de cinto e uma palmada.

              E não entendi o porquê de você ter achado o argumento da cadeia ruim. Quanto mais somos submetidos à violência, mais violentos nos tornamos. Somos, quase sempre, frutos do meio em que vivemos.

              Meus pais nunca bateram nos filhos. Nem mesmo uma palmadinha. E eles também quase nunca gritavam. Se fazíamos algo errado, ficávamos de castigo, sem mesada, sem TV. Eles não tinham muito dinheiro, por isso tivemos que aprender a ser contrariados em nossos desejos. Mas eles se sentavam conosco até para jogar jogos simples, como “Stop” e baralho. Não viramos anjos, mas somos todos civilizados e nos respeitamos mesmo quando brigamos. Eu sou fruto desse meio.

              • Concordo que há uma enorme distância entre um espancamento e a palmada pedagógica. Acredito, entretanto, que para a maioria das pessoas que alegou aqui ter tomado “surras de cinto”, tal expressão chega a ser uma figura de linguagem. Eu mesmo apanhei inúmeras vezes com cinto, mas creio que nenhuma delas possa ser considerada de fato uma surra.
                Além disso, concordando em parte com a Marcela, creio que o método de orientação/correção a ser utilizado com a criança, deve variar de acordo com o nível de entendimento que esta já possui além, é claro, da gravidade da falta. É extremamente ridículo ver mães e pais tentando argumentar com uma criança de dois anos que sequer compreende o sentido daquilo que eles estão dizendo, tentando vencer pela razão em vez de simplesmente dizer “não” com firmeza.

                • Para mim uma surra de sinto são umas cintadas na bunda e só, nada violento, nada criminoso

                  Eu não acho que determinadas crianças (aquelas criadas com muita permissividade) respondam apenas a um “não” com firmeza. Se os pais forem muito atenciosos, presentes e disciplinadores desde sempre, pode ser que sim. Mas essa cambada de brasileiro médio, que faz filho e terceiriza a educação para a escola e a TV? Não dá. Tem que dar uma palmada para colocar limites sim.

              • Marcela Ribeiro da Silva

                Tu compara o que rola dentro da cadeia com que rola fora da cadeia. Moro na favela e vou te falar neguinho vai pra violência não é só por violência não fia. Falta de oportunidade e falta do que fazer também leva pra violência fia. Os pretinhos da rua fica fazendo porra nenhuma sozinho pensando merda na rua depois de chegar da escola de merda que estudam aí cai na tentação do tráfico do roubo do estelonato entra numa torcida organizada pra bater e intimidar. Larga fio pro videogame pro feice e pra novela. Aí tu sabe que o neguinho largado do vizinho roubou um cara e deu um tiro nele de graça no ponto de ônibus. Toda vez teve um pai e mãe que bateu neles pequeno pra eles apelarem pra violência????? Cuidado com a certeza que tu bota nas frases. Nada é certo nessa vida fia kkkkkk.
                Tu teve muita sorte de pai e mãe que chega junto enchendo de amor e não de coisa. Mas pensa comigo quem garante que teu pai e tua mãe deram um basta de bisavó dando surra na avó na vó dando surra na mãe e falaram na minha vez não. Estavam cercado de violência e aprenderam com ela assim como gente sofre tudo que é abuso e passa por ele numa boa.
                E outra fia. O moleque acaba largado porque pai mãe hoje em dia tudo tem que trabalhar. Vó vô se tem mora longe bem longe e creche não faz milagre né. Aí a vizinha doméstica sai com o marido vigilante pra trabalhar e volta depois de duas horas na condução na ida mais duas três na volta e tem ainda que dar conta da casa tentando dar uma condição melhor pagar uma escola melhor e o filho vai caga nesse esforço deles e rouba uma moto pra dar um role e para na delegacia. Nessas horas o pai faz o que? Vai sentar morto de cansado morrendo de fome porque nem foi comer pra buscar o filho na delegacia e ainda tentar ter uma conversinha? Aí senta a porrada forte mesmo porque a porrada faz o nego botar pra fora toda a raiva que ele sente por aquela cagada na cara do esforço que ele faz que uma conversinha bacaninha de gente nem dá pra saber quando vai surtir efeito. Aí tu torce pro filho pensar pro pai dele sair do sério desse jeito é que fiz merda mesmo. E se não achar que fez merda a culpa é toda da surra???? Nunca bateu mas se bater já perdeu razão???? Não dou moral pra quem bate em criança a torto e direito fia mas na hora do aperto a porrada é bem vinda mesmo pra homem ou mulher feito.

  • Tinha (cof! cof!) medo de carros de pessoas que tinham morrido. Pensava que fosse morrer se fosse entrar nesses carros. Tudo isso porque a criança aqui foi se interessar por cinema e soube da maldição do Porsche que matou James Dean. O que sobrou do carro e suas peças reaproveitadas em outros mataram, machucaram e mutilaram, antes do que restou do carro desaparecer misteriosamente.

    Pensei que esse medo havia sumido, mas recentemente ele veio à tona quando li a história do Vôo 401, que caiu na Flórida em 1972. Pouco depois da queda, os fantasmas do piloto e do engenheiro desse vôo foram vistos mais de vinte vezes por membros de tripulações e por passageiros de aviões da mesma companhia que aproveitaram as peças que sobraram do avião que caiu. Algumas dessas pessoas alegam até mesmo terem conversado com os fantasmas, que teriam alertado de um problema com um desses aviões a tempo de ser contornado.

    Por essas e outras que nunca compro peças de segunda mão para o carro. Vai que veio de um acidente fatal…

      • Nem me fale. Tenho amigos e conhecidos que trabalharam no resgate e nas perícias de acidentes aéreos.

        Imagina o que faziam quando não havia exame de DNA. Montar um kit do que havia sobrado das pessoas (duas pernas, dois braços, torso e cabeça, quando dava pra completar, isso quando não erravam mandando uma perna de homem com uma cabeça de mulher e o trabalho precisava ser revisado na mata) e enviá-los embalados em edredons. Ou então tentar ver uma arcada dentária de dentro de um carvão, que divertido.

        Ou, mesmo já com DNA disponível, descobrir que mandaram pro sul os restos mortais de uma aeromoça do nordeste. Logo meu medo é bem fundamentado.

        E vou voar nos próximos dias, ai caralho…

        • Sim, seu medo é fundamentado, mas tenha em mente uma coisa: acidente aéreo custa CARO para as Cias Aéreas, então, eles tomam cuidado, não por consideração aos passageiros e sim porque custa caro para eles.

          Melhor falar sobre outra coisa, não quero você surtada às vésperas de um voo… hahaha

        • Sem contar que é proibido reaproveitar componentes de aeronaves acidentadas. Não sei antigamente como era, mas hoje todo o material, depois de periciado, se não for requisitado pela Justiça é encaminhado para destruição.

  • Hahahahahahaha, a lenda da seringa! Meu Deus, tinha esquecido disso, todo mundo tinha pavor da seringa com AIDS!
    Cara, eu era cagona como você, tinha medo de tudo isso (ainda tenho pavor do Exorcista, Poltergeist e não gosto de ficar próxima de palhaços). Mas tem um em especial, que me faz ser zoada até hoje: eu tinha horror a cigarra. Um pavor completo. Isso porque o som que ela emite, me lembrava a gargalhada de uma bruxa! Como coincidentemente, a cigarra sempre canta ao entardecer, achava que a noite vinha acompanhada da tal bruxa… o que me fazia sempre entrar antes do anoitecer pra casa, nas noites de verão (justamente nas férias, cigarra filha da puta!). Até eu descobrir que aquilo era um animalzinho, demorou…

  • Eu li que foi publido pelo Somir…aí eu li ” porque se falar que não quero dormir com areia no meu fiofó, me chamam de fresca.”, aí eu voltei, fui até o final do texto e pensei ‘ok, não estou ficando louca, foi a Sally mesmo’.

    Enfim, não sou dos anos 80 mas tenho medo de praticamente as mesmas coisas. E eu adoro, ler, ver filmes sobre isso. Acho que me dá mais uma sensação de nostalgia do que de medo. Complementando (já que você citou o ABC), eu tinha muito medo dos Carecas do ABC também, medo que me jogassem do trem, cortassem minha mão, etc.

    A loira do banheiro (ou variação, Noiva do banheiro), eu aprendi que tinha que chutar o vaso sanitário 3 vezes, falar 3 palavrões, jogar papel higiênico e dar descarga.

    Sobre o Exorcista, uma vez umas primas estavam dormindo na minha casa, e resolveram assistir ao filme enquanto eu dormia. Só que elas não sabiam que eu era sonâmbula. O susto foi tão grande quando eu comecei a falar tudo enrolado que elas ligaram para a mãe ir buscá-las. Foi a última vez que elas dormiram lá.

    • Nossa, que versão agressiva da Noiva do Banheiro!

      Qual era a lenda dos Carecas do ABC? Eles pegavam crianças com que motivação? (tô dizendo, à exceção do Danilo Gentili, não sai nada de bom de lá!)

      • Na verdade não é bem uma lenda… Eles são uma ‘facção skinhead’ e em 2000 e tralalá jogaram umas pessoas do trem da CPTM, aí já começaram a inventar várias outras coisas sobre cortar a mão de um garoto que era pianista (porque ele era gay) e coisas assim.

        Claro, a história verdadeira, um pouco menos sensacionalista, é essa (tirada da Folha de 2003)
        “Segundo testemunhas, o trio ameaçou os jovens com uma machadinha e um tchaco –arma formada por dois bastões unidos por uma corrente entre eles. Assustados, os jovens teriam então pulado.

        As vítimas caíram num espaço de cerca de 30 centímetros entre a composição e a plataforma da estação. O trem passou sobre o braço direito de Nascimento e foi necessário amputá-lo. O estado mais grave é o de Leite, que sofreu traumatismo craniano grave, com exposição de massa encefálica.

        As camisas das vítimas, que exibiam nomes de bandas de rock, teriam motivado a ação dos skinheads –conhecidos pela intolerância em relação a nordestinos, negros, homossexuais, punks e roqueiros.”

  • Jacob Burckhardt

    Eu tinha pavor de bala soft. Depois de engasgar e quase morrer com uma delas, nunca mais cheguei nem perto. Felizmente, elas sumiram nos anos 90.

  • O texto é da Sally, mas quem postou foi o Somir. De quem era o dia, afinal? Foi fuga de punição ou o dia seria dela e ele foi gentil?

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