
O Plano Cobre.
| Sally | Flertando com o desastre | 88 comentários em O Plano Cobre.
O texto de hoje não contém qualquer novidade para vocês. Nada do que vou falar é surpreendente ou desconhecido para quem é leitor do Desfavor. Textos não necessariamente são para ensinar ou aprender alguma coisa, muitas vezes um texto tem o único objetivo de manifestar apoio. E esse é o caso de hoje. Um texto para manifestar todo meu apoio a Silvia Pilz.
Para quem não sabe, Silvia Pilz é uma jornalista e cronista que escreveu esta semana um texto chamado “O plano cobre” para o jornal O Globo. Um texto que poderia muito bem ter sido escrito por mim, tendo em vista o conteúdo e o tipo de humor. E pagou caro por isso. Se quiser ler o texto dela antes de ler o meu, segue o link:
http://oglobo.globo.com/blogs/silvia-pilz/posts/2015/01/13/o-plano-cobre-558602.asp
Tal qual aconteceu comigo no meu texto sobre o lado negro da gravidez (e muitos outros), o texto de Silvia Pilz ganhou antipatia em redes sociais. A mesma horda burra que se ofende com humor divulgou à exaustão algo que considera ruim e nocivo, fazendo prova da sua própria burrice.
Você pode não gostar do texto dela, você pode achar de mau gosto, mas, cá entre nós, não gosta? Não leia! Olha só que simples! Não leia, não leia nunca mais nada do que ela escrever. Perder tempo e energia linchando uma pessoa só porque não gostou do que ela escreveu é contraditório.
Perder tempo se aborrecendo, destilando ofensas, se abalando com o conteúdo de um texto é dar importância a ele. Como bem diz Rosana Hermann, manifestações de raiva muitas vezes são confissões. Se doeu ao ponto da pessoa deixar de fazer outras coisas na sua vida para gastar tempo linchando virtualmente a autora, em algum ponto sensível aquilo pegou.
O faniquito camuflado de indignação mostra que a carapuça serviu e, onde deveria existir humor, nasceu uma ofensa. Provavelmente pessoas que se portam da forma narrada pela autora e se sentiram atacadas, justamente por ver desmascarado em um pedaço de papel seu ganho secundário saboreado ao experimentar um suposto problema de saúde. Sim, ela está certa, pobre adora ostentar doença e não raro a usa como pretexto para não trabalhar.
A generalização faz parte do contexto do humor. É piada, o exagero é um dos recursos do humor. Não é para ser levado a sério, não é para ofender. Mas as pessoas não perdem uma oportunidade de se ofender, pois apontando um suposto “erro” dos outros se sentem melhores.
Lembro dos meus tempos de colégio, quando alguma criança, por algum motivo, era alvo da hostilidade do grupo. Tinha o chamado “te pego lá fora”, quando a pessoa irritada chamava seus colegas e todos metiam a porrada em quem estava de alguma forma incomodando. Hoje temos essa derivação, o “te pego lá dentro”, onde as pessoas são linchadas virtualmente em redes sociais.
O princípio é o mesmo: você chama seus amigos, colegas ou aliados para bater em alguém. A diferença é que ficou mais fácil, pois não tem o inconveniente de ter que efetivamente partir para o embate físico. Uma bela forma de esquecer a porcaria de emprego, a porcaria de casamento, a porcaria de vida que a pessoa tem. Porque sim, pessoas felizes e realizadas não tem tempo para o “te pego lá dentro” nem para dar tanta importância para o que alguém escreve. Pessoas felizes tem mais o que fazer.
Pessoas que estão lá para detonar, destruir, cobrir de lama. Não querem argumentar, não querem ouvir a outra parte, não querem trocar ideia. Querem promover um linchamento virtual. Qual é o ganho secundário disso? Muitos. Talvez o maior seja a sensação de pertinência: quem escreveu o texto é um escroto, é abominável, é um “lixo humano” (como uma famosa blogueira se referiu a mim). A contrario sensu, fica implícito que quem aponta o babaca é uma pessoa legal, bacana, honrada.
Ao linchar alguém, seja na vida real ou virtual, o linchador demonstra força: é seu grupo que domina, ele é capaz de induzir uma horda a fazer algo que ele quer, ele tem aquelas pessoas ao seu lado e podem ser convocadas a qualquer momento. É uma sensação de poder muito atraente para pessoas fracassadas, que na vida real não conseguem mandar nem no seu próprio cachorro. Quem precisa disso, quem se deleita com isso, é porque na vida real carece disso e o busca no mundo virtual.
Tem também aquela velha tecla que a gente passou 2014 batendo sem parar: quem se ofende com humor precisa urgentemente de um psicólogo. E quem nem ao menos entende que se trata de humor, precisa voltar para a escola e, quem sabe, adquirir conhecimento suficiente para uma visão enciclopédica que lhe permita compreender um texto além das palavras, vendo seu sentido global. Analfabetismo funcional existe em larga escala no Brasil.
Até ontem eram pouco mais de 800 comentários no texto de Silvia Pilz. Tem potencial. Modéstia à parte, o meu texto sobre o lado negro da gravidez, que não foi publicado em um jornal de grande circulação, passa de 1.900 comentários, alguns muito ofendidos. Mas, é injusta a comparação, vamos dar um tempo para o texto “O Plano Cobre”, acho eu quando ele tiver a mesma idade que o meu, terá mais comentários magoados. De certa forma, acho que pode ser um marco, uma porta de entrada para mais textos com esse tipo de conteúdo. Não que alguém vá refletir e perceber a real intenção, mas vai dar audiência, então, os jornais vão correr atrás de mais textos desse tipo.
Confesso que tive estômago para ler poucos comentários, pois a cada linha a esperança na humanidade se esvai. Gente ofendida partindo de premissas erradas chegando a conclusões ainda mais erradas. Gente atacando onde dói NELES, como se isso fosse doer na autora também. Gente querendo se promover e posar de boa pessoa passando sermão por causa de humor. Um espetáculo deprimente. Se você quer conhecer o Brasileiro Médio, chega a ser um estudo antropológico ler os comentários.
Eu adorei o texto, talvez pelos motivos errados. Achei a escrita muito similar à minha em estilo, bem como o humor. O que admiramos por espelhamento não tem muito mérito, pois não deixa de ser uma forma de narcisismo. Em todo caso, além de gostar muito do texto e rir muito do que foi escrito, fiz questão de passar aqui hoje e deixa público meu apoio à Silvia Pilz. Jogar pedras onde todo mundo joga é fácil. O difícil é parar na frente de quem está sendo apedrejado e assumir que está do seu lado.
Vergonhoso que as pessoas não compreendam o humor do texto. Vergonhoso que as pessoas sequer compreendam que havia humor no texto. Vergonhoso que as pessoas não respeitem uma forma de humor que elas não concordem ou não gostem, como se elas fossem reflexo mundial de bom senso e bom gosto. Vergonhoso que não saibam lidar com a discordância de uma forma civilizada e que façam da divergência de gostos ou opiniões motivo para um ataque maniqueísta, onde eles são os bonzinhos e a autora um monstro. Uma grande vergonha. Mas a maior vergonha são pessoas contraditórias que gastam longas linhas para dizer o quanto desprezam a autora. Simplesmente ridículo.
Desfavor veste a camisa de Silvia Pilz, seja pela qualidade do humor, seja pelo sagrado direito de escrever o que bem quiser e ser respeitada. Já deu, né gente? Já deu essa babaquice de chamar os amiguinhos para bater em alguém. Isso é pior do que qualquer suposta ofensa em forma de texto. É feio, covarde e é uma confissão de que aquilo que foi escrito doeu na alma.
Um conteúdo que deveria ser apenas humor ganhou uma confirmação de veracidade através da reação exacerbada das pessoas. Ao se ofender, ao xingar, ao fazer o “te pego lá dentro”, as pessoas praticamente dão um certificado de autenticidade a tudo que havia sido dito, em um primeiro momento, como humor. A gritaria, a histeria e o descontrole só mostram o quanto aquilo de fato é verdadeiro.
Me alegra que textos como esse sejam publicados em um jornal de grande circulação, mas me entristece que ainda exista espaço para essa reação adolescente boba e burra. Gente que se ofende com humor deveria ser ridicularizada socialmente.
Silvia Pilz, parabéns pelo texto, parabéns pela coragem e parabéns por ter conseguido emplacar um conteúdo como esse no O Globo. Bato palmas.
Sou um inconveniente
Por Alessandro Apolinário
Filho, se quer divulgar seu texto, cria um blog e alimenta ele diariamente. Não vem se aproveitar de quem se mata para alimentar seu próprio blog por sete anos, ok? Texto aqui só nosso, ou enviado por e-mail como convidado.
Texto nos comentários é inconveniente. Semancol, semancol…
Pois é né, leu algo absurdo, que não gostou e que achou discriminatório? Se cala né? Pra que protestar? Pra que tentar fazer o mundo ficar um pouquinho melhor? … Se “liberdade de expressão” não for acompanhada de “liberdade de crítica” ela não passa de uma opressão sutil e sofisticada.
Ninguém quer censurar nada não, pessoa (seu nome de pobre não me permite distinguir se você é macho ou fêmea). Só me sinto no direito de achar imbecil quem se ofende com esse tipo de humor, atestado de pobre doído e ofendido. Ou ofendida, nunca saberemos… hahaha
Ela está tocando um blog dela agora…
Olha esse texto!
http://www.silviapilz.com.br/2015/02/parabens-para-voce/
Eu gosto muito desse tipo de humor mais ‘ácido’, tanto que eu gostei do texto ”O lado negro da gravidez” (e olha q eu estava gravida e bem sensível na época q eu conheci), mas eu curti e ri um monte e acompanho o blog desde então, acho até que você deveria criar ”O lado negro da maternidade”…. Porém eu não gostei do texto da tal Silvia Pilz simplesmente porque não teve graça nenhuma. Ela é puramente chata e arrogante, não sei explicar, mas faltou alguma coisa… li uma entrevista com a Silvia em que ela comenta ter ficado ofendida, porque alguém corrigiu o português dela… isso ja é mais uma amostra de como ela é sem graça… oras debochar dos outros pode, quando é com ela não ? Como disse o Rafinha Bastos certa vez: ”eu faço piada com todo mundo, não tenho o direito de me ofender se alguém chamar a minha mãe de puta por exemplo” é mais ou menos por ai…
Concordo com você: quem ri de tudo e todos como nós fazemos cai em uma contradição boba e hipócrita se começar a se ofender com piada!
Só acho engraçado o fato dessa Silvia dar uma entrevista depois falando que foi humor e tal, mas depois ficar com medinho de ser ridicularizada.
“Você falou sobre o dicionário. Muita gente apontou um erro seu: a palavra “exige” escrita com “J”, que depois foi corrigida. Também achou engraçado?
Achei (silêncio). Inclusive teve um cara que me chamou de Caco Antibes e quando eu fiz a correção eu disse: ‘Magda fez a correção’. Mas isso precisa aparecer na entrevista?
Foi só uma pergunta.
Porque eu acho que isso me ridiculariza.”
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150108_salasocial_silviapilz_rs
Vai saber o contexto e o tom de voz em que isso foi dito…
Li o texto da Silvia e não ri em nenhuma frase… Rio com piadas “politicamente incorretas”, mas o texto para mim foi apenas uma análise do pobre que é pobre não apenas financeiramente, mas conhecimento, amor próprio e espírito.
O foda é que tem gente achando que denegrir alguém é fazer piada politicamente incorreto….
Engraçado é que muitas dessas pessoas estavam dizendo “Je suis Charlie” e brigando pela liberdade de expressão agora começam com o chilique por causa de um texto de humor.
Além de burros e covardes, incoerentes.
Perfeito seu comentário! Concordo em gênero, numero e grau!
As pessoas (não sei se devo generalizar “os brasileiros”) são incríveis. Passam horas vendo Globo, pendurados no celular ou no Facebook falando mal de vizinho, mas quando algo respinga neles o mundo é injusto, é opressão ou seja lá o argumento que usem hoje em dia.
E se essas pessoas não gostassem de ostentar problemas, nós não veríamos tanta gente evadindo sua própria privacidade por aí, falando sobre alergias e cistos no ovário pra quem conhece na fila do mercado.
Um dia, segurança, autoestima e muita o$$$tentação na internet. No outro dia, vítimas eternas. Eu nunca vou entender isso.
Eu tentei escrever umas cinco vezes mas apaguei, só consigo escrever isto agora: se você achou graça uma vez na vida que seja com os Trapalhões, e se ‘sentiu ofendido’ (o que só vale se VOCÊ vestiu a carapuça, dizer que os ‘pobres são excluídos da sociedade’ é tão coerente quanto dizer ‘esta cor tem gosto de amarelo’) você é um hipócrita.
Espero que a mulher não pare por aí. Há tanto a ser explorado com relação aos pobres. Até porque fui uma também e lembro ter agido mais ou menos da mesma forma na primeira vez em que fui a um laboratório, maravilhada com os lanchinhos e a máquina de café após a coleta de sangue. E, mais engraçado ainda, esse ranço da pobreza me persegue, pois até hoje escolho onde vou doar sangue de acordo com o lanchinho que é oferecido.
Sim, dá para fazer uma enciclopédia!
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/01/1575802-rafinha-bastos-voce-e-realmente-charlie.shtml
Eu achei um puta texto do Rafinha Basto. Fazia tempo que eu não tinha admiração por algo vindo dele.
Off: Conseguiu um habeas corpus pra sair do trabalho, princesa Isabel voltou ou algo do tipo pra vc ter tempo de responder quase todos os comentários Sally?
Quase isso. Vou ler o texto do Rafinha!
Custo a acreditar que tenha gente que tenha se ofendido a sério com esse artigo, ainda mais considerando a linguagem Caco Antibes predominante nele.
As vezes penso se isso não foi uma isca justo para gerar repercussão gratuita, com toda sorte de alpinista social (em especial aqueles HURR, DURR! ODEIO A GLOBO! HURR DURR!) tentando tirar uma casquinha em cima disso.
Nessa fogueira de vaidades, a primeira coisa a se perder é a lógica.
Sério, onde esta o problema no texto que eu não consegui ver ?
Ah gente,por favor.. vão caçar o que fazer hein ! Que povo chato !
O povo se estressou
Puxa vida! Que vergonha alheia dessa gente burra, que injustificadamente se leva tao a serio…A vida ja e tao estressante! Que custa rir de um texto leve, bem humorado…sinceramente, nao vi maldade alguma no texto da Silvia Plis.
O unico adendo que fiz, mentalmente, enquanto lia os primeiros paragrafos, foi: a autora deveria substituir a palavra “pobre” por “hipocondriaco”, mas ao prosseguir na leitura, nao vi nada que merecesse tanta falta do que fazer, tanta babaquice leviana e orgulho ferido, desmedido e infantil. Chega ate a ser desagradavel ler algo leve, engracado, se divertir com isso, só pra depois ler comentarios irresponsaveis de criancas ofendidas por que a carapuça lhes serviu. É apenas humor…
Pelamordedeusis…
Pelo visto vao morrer cedo…
PS: Agora imagina ate onde foi a pressao desses pobres de espirituosidade?
Ahhhh… mas quase todo pobre é hipocondriaco!
Hehehehe…Bom, só posso falar por mim, o que nao é o caso da autora, que, como cronista, fez uma observacao acurada do comportamento hipocondriaco do pobre…
Mas, ainda que eu nao seja fanatico por estar doente, mesmo sendo pobre e mesmo que voce nao usasse a palavra “quase”, eu deveria rir disso e LIVE!
Ora, a vida é tao corrida ne?
Achei o texto mal escrito e realmente preconceituoso, não vi humor ali. Tão humor quanto o comentário da professora da Unicamp sobre um sujeito que ela não sabia ser procurador da república, que estava de bermuda e camiseta para pegar um vôo. “Aeroporto ou rodoviária?”.
É babaca.
Bem, acho que para quem veio de família abastada deve ser engraçado…
Só de falar “pobre gosta …”, já vejo o preconceito imbuído, leio isso e penso… você é melhor do que quem seu bosta? Já fico com vontade de enfiar meu soco inglês na garganta da pessoa…
Liberdade de excreção. Liberdade de ser babaca.
Podem escrever o que quiser, eu realmente não ligo, acho que quem tem boca fala o que quer pra ter nome… Mas bater palma para Zé Boceta eu não bato.
Muitas pessoas de familias humildes gostaram do texto!
Acredito que muitas pessoas de famílias humildes que hoje possuem qualquer merda e já se sentem melhores e dizem “ai pobre …”.
De qualquer forma…
Continuo achando babaquice.
Mas nem ligo que falem… cada um fala o que quer… acho babaquice também gente gastando tempo xingando ela…
Humor eu não achei graça, mas sem dúvida foram ditas muitas verdades e a maior delas é que pobre vive pra procriar. Isso não é pra rir, isso é muito triste.
Sally, lembrei de ti na hora lendo esse texto kkkkk Ontem mesmo, por curiosidade, joguei “o lado negro da gravidez” na busca do Twitter e realmente tinha muita gente xingando. A maioria com o sensacional argumento “Uma pessoa que nunca engravidou falando mal da gravidez”. Então não devia existir médico obstetra e ginecologista homem, ele nunca engravidou e não tem buceta pra poder falar a respeito. Não devia existir médico legista, nunca morreu pra saber como é.
Enfim, até gostaria de compartilhar o texto da Sílvia e me mostrar a favor, mas já sabem o que vai acontecer nos comentários né. Não tenho mais paciência pra isso, a última vez que aguentei foi justamente com o texto da gravidez.
Se voce nunca levou uma facada, nao pode falar que dói! Sensacional o argumento.
Eu acho que já perguntei isso aqui, mas como minha cabeça anda uma merda, já me esqueci e pergunto de novo: quem é essa porra de “blogueira” (como esse termo faz ferver o meu sangue, benzaDeus! Como se isso fosse profissão!) que chamou a Sally de “lixo humano” por causa do corretíssimo (e engraçadíssimo) texto sobre a gravidez?
Bic Muller, do Morri de sunga branca.
Valeu, anônimo! Pô, que porra de desocupad… ops… “blogueira” é essa que tem nome de caneta chumbrega? Até fui ver essa budegueira de site, mas ele é tão pesado, tão mal-feito e com tanto lixo rodando em background que, mesmo tentando com dois navegadores distintos (sim, eu perdi esse tempo!), não consegui ver mais que a barra de título do site e uma ou outra tranqueira. Mas foi o suficiente pra constatar que conteúdo inteligente lá não existe e, portanto, desisti. Uma pena não termos acesso ao piti que a canetona aí deu com nossa queridíssima Sally! :(
A mercena toca outro projeto com o nome de “pedreiro online”… As mais famosas cantadas de pedreiro do mundo da imaginação, até porque É RUIM que pedreiro de verdade fica com aquelas cantadinhas PRASSÓDIA.
Brasileiro e a arte de se sentir ofendido a qualquer custo. E os ofendidos são os mesmos que, sem saber o que significa, postavam, falavam ou pensavam “Je souis Charlie” durante a semana passada…
Só começando novamente pra esse País dar certo viu!
Por que exatamente ficaram putos? Porque são pobres ou porque tem comportamento de pobre igual ao que ela escreveu? Pobreza vai meio que um estado de espírito porque conheco gente pobre que não faz as merdas descritas e classe média que só faz beemice. Devem ser eles que se emputeceram.
Povo ainda não percebeu que esse tipo de coisa só ajuda a autora… cada indignado que sai pelas redes sociais escrevendo em CapsLock “olha aqui que absurdo o que essa pessoa escreveu!” seguido do link, tá gerando visualizações, publicidade gratuita e dinheiro, muito dinheiro pra quem escreve e pro site que hospeda o texto. Tenho certeza que metade das pessoas que reclamam nunca tinham ouvido falar dessa mulher. Eu também não sabia da existência dela até essa polêmica. Quem quis linchar ela virtualmente disparou um belo tiro pela culatra, conseguiram fazer o nome dela se tornar bem mais conhecido do que era antes, e isso pra alguém na profissão dela é lucro.
Lembro que pensei essas mesmas coisas sobre uma outra Silvia que escreve na Folha de São Paulo, quando o povo saiu xingando e compartilhando indignado um texto onde ela falava mal do Chaves logo depois da morte dele. Também naquele caso acho que a indignação das pessoas colocou o nome da autora na memória de muita gente e fez o texto dela ter mais visualizações e comentários do que tudo o que ela já tinha publicado antes…
Só mostra como sao burros os que promovem esses xingamentos
Eu postei esse texto e tem vários comentários complementando as atitudes de pobre. A maioria se identificou ou algum parente. A melhor parte é do laboratório. Pobre se sente rs.
Discordo. Esse texto da mulher não é humor, é humilhação. É a madame rica humilhando o pobre porque “olha lá o selvagem indo no médico, ah lá o pobre achando que o lanchinho do laboratório é comida, olha como rola na lama o miserável. Agora acha que é gente, pode ficar doente”. Não é humor, é humilhação.
E também discordo do argumento “Não gostou, não leia”. Tá público, não tá? Ela não publicou num jornal de grande circulação, não postou no Facebook, não divulgou pra caramba, não cuspiu pra todo mundo, não convidou pra ler? Então eu leio. Tem o comentário aberto, não tem? Então eu comento.
Que merda de mania de procurar privilégio. “Ain, as pessoas postaram dizendo que não gostaram do que eu escrevi”, nossa, tadinha, quer bolsa-blogueiro? É minoria oprimida? Talvez as pessoas não gostaram do que você escreveu porque você foi escrota demais. “Mas eu tenho direito de ser escrota” e as pessoas tem o direito de te chamarem de escrota se você posta sua escrotidão num lugar público e de fácil acesso, como a Internet. Que mania de perseguição, de achar que tá sendo censurado. Ninguém tá calando a boca dela, ela só foi babaca.
E as pessoas precisam parar com essa coisa de “ah, é humor” como desculpa pra ofensa. Humor é diferente de ofender, de humilhar. Algumas pessoas podem até achar engraçado, mas é só babaca mesmo.
Se VOCÊ nao acha humor, nao quer dizer que nao seja humor, Senhor da Razão…
Leia o comentário do sujeito aqui: “Eu sou pobre, convivo com pobre e identifico tudo que a Silvia escreveu no texto como algo rotineiro…”
Vai ali ‘chingar’ o cara também? Ter o direito de poder comentar no blog da pessoa que ela é uma escrota não vem ao caso, porque se o texto dela ofendeu um conjunto ‘abstrato’ (ou talvez até irreal) de pessoas, tem que achar LITERALMENTE onde que ela ofendeu, e não o escárnio (outra palavra que precisava voltar à moda, nêgo confunde escárnio com uma dúzia de outras palavras…), agora se o cara vem e em duas ou três linhas fala da mãe dela e do comportamento sexual dela, ISTO é ofensa.
Eu sou pobre, convivo com pobre e identifico tudo que a Silvia escreveu no texto como algo rotineiro… Acho que quem se arriscar a escrever esse tipo de texto de agora em diante tem que botar um botão com som de risadas de sitcom pra dar uma aliviada…
Acho que nem assim. Tem coisas que simplesmente nao podem ser ditas. Uma censura pos-moderna politicamente correta…
Gostei muito de você ter se posicionado Sally, pois ela pode ler e ver que não está sozinha na internet. As pessoas conseguem se doer por tudo, não consigo entender isso, pois texto dela é bem engraçado, e bem verídico, principalmente na parte que ela fala do programa “Bem Estar”, que particularmente achei um belo substituto para a TV Globinho desde o dia em que vi que eles iam falar sobre doenças sexuais ou algo do gênero, afinal, a moda entre os pequenos pobres é fazer muito “séquiço”, e sair espalhando para os outros quantas(os) pegou/deu.
Tomara que ela veja que nao está sozinha. Nessas horas só aparece gente para jogar pedras!
O que mais me deixou puta nesse desfavor todo, é que quando o Caco Antibes fazia isso, era piada, era lindo, era sátira.
Aí argumentaram comigo, de pq ele, no Sai de Baixo, era pobre. Ou seja: pobre pode rir de pobre. Mas o rico, não pode rir dessa mesma coisa, é preconceito, é discriminação. Vão se foderem.
E eu amei a parte de que pobre ama quando sofre do “sistema nervoso”. Ouvia isso o tempo inteiro quando morava perto da favela. Pobre ama doença, adora estar doente e gosta mais ainda de falar disso. Não vi mentira nenhuma no que ela escreveu.
As pessoas só entendem humor se houver um personagem por tras. Pir isso comediante de standup se fode
Dei uma olhada agora e já são mais de 900 comentários “bombando”. Incrível a incapacidade de alguns não perceberem que a colunista fez uma piada. Alguns pedem a sua demissão apenas por não concordar com a opinião. Coitadismo nível 999.
A gente perde a fé na humanidade
Eu acho que pior do que quem não enxerga o humor do texto, são aqueles que não enxergam o tanto de verdades que ele contém.
Se voce concordar com o conteudo vai ser chamada de preconceituosa
Não tinha conhecimento do texto até hoje, fui lá ver o que causou tanta indignação no BM….Como eu ri! Quantas verdades juntas, eu que trabalho no SUSto conseguia até ver os meus queridos pacientes ali no texto! Pobre adora mesmo contar vantagem com doença e acha super chique ter 500 diagnósticos. O que eu não entendi foi o motivo pra tanta ofensa.
Não achei ofensivo e inclusive sou pobre de carteirinha. Quase tudo ou eu faço ou alguém da minha família faz. Fiquei chocada com s popularidade do camarão. Pensei que fosse coisa de rico. Droga
Também pensei que fosse coisa de rico, estava até me achando mais chique por gostar de camarão. Droga HAHAHAH
#alerta de piada aqui, caso algum BM leia.
As pessoas acham que toda generalizaçao é descabida e ofensiva. Desculpa, mas há uma tendência de que pobre seja aquilo ali mesmo!
Eu que sempre fui uma pessoa que não poupa ninguém na hora de fazer piada ou trollar alguém já estou ficando meio paranóica com essa legião de fiscais do politicamente correto. De uns anos pra cá, descobri pessoas extremamente pau no cu dentro do meu próprio círculo de amizades, pessoas que eu achava que fossem menos medíocres que aquilo. A burrice já chegou no meu quintal.
Adorei o texto da Silvia, pois como adoro fazer piada com clichês a pobralhada não poderia ficar de fora.
Estou preocupada mesmo com isso Sally, é realmente muito triste como o mundo anda sem noção, sem senso de humor e sem o mínimo senso de respeito ao próximo, ao ponto de achar que uma piada deve ser retaliada, mas ações muito simples do dia-a-dia que melhorariam o convívio de maneira concreta como respeitar as leis de trânsito, pedir licença e dizer ”por favor” e ”obrigada” ainda não são amplamente postas em prática e são facilmente perdoáveis.
Vamos logo invadir o Suriname, por favooooooooooooor!!!!!!!!!
O mais breve possível!
Sally, tenho uma confissão a fazer: no caso do texto da gravidez eu fico meio desapontada quando alguém entende. Não que eu queira que você seja xingada, mas depois de ler todo aquele lixo de comentários fico esperando mais do mesmo. Também estava aguardando o retorno da que disse que ia te processar no texto dos gatos. Assim não tem graça, ameaçam e não cumprem. Agora te entendo.
Quanto ao texto do jornal, daqui a pouco o pessoal esquece. Ainda que tenha umas verdades eu não achei engraçado, sei lá, parece que está faltando uma parte, que o texto está incompleto. Não achei parecido com os seus.
Concordo que essa gente está precisando de escola e psicólogos. Mas pobre gosta de falar né… então tem essa necessidade de dar opinião sobre tudo, mesmo que não entenda do assunto.
Processam nada! Alguns até tentam, daí o delegado RI na cara da pessoa. Mania egocentrica que esse povo tem de achar que tudo que os ofende é crime…
Opa opa opa… mas você descobriu como que o delegado riu na cara do sujeito? Você chegou a conversar/se expor alguma vez? Explica melhor isso aí…
Adorei o texto dela. Bem Desfavor mesmo. E o mais engraçado é que tudo isso é verdade. Sou classe C e garanto.
Cheguei no texto da Silvia Pilz pelo mesmo motivo que cheguei ao Desfavor, via comentários/divulgação nas redes sociais e o efeito foi exatamente o mesmo: fiquei horas lendo texto após texto no blog dela, também como no Desfavor. Nessas horas agradeço esses ofendidos por me apresentarem pessoas que escrevem tão bem.
Conversando com amigos sobre o texto, propus que lessem-no com a voz do Caco Antibes, como se fosse uma cena do Sai de Baixo. O resultado é incrível.
Como a coluna dela não tem um “Este é um blog de humor” as pessoas se ofendem e não conseguem enxergar o engraçado, o sarcasmo no texto. Sem uma placa avisando, fica difícil para o povo exercer alguma habilidade em interpretação.
A entrevista que a Silvia deu a BBC Brasil sobre o texto é sensacional. Recomendo.
A entrevista dela é RÍDICULA. R-Í-D-I-C-U-L-A.
Olha isso:
“Você falou sobre o dicionário. Muita gente apontou um erro seu: a palavra “exige” escrita com “J”, que depois foi corrigida. Também achou engraçado?
Achei (silêncio). Inclusive teve um cara que me chamou de Caco Antibes e quando eu fiz a correção eu disse: ‘Magda fez a correção’. Mas isso precisa aparecer na entrevista?
Foi só uma pergunta.
Porque eu acho que isso me ridiculariza.”
Ah, como o erro dela a ridiculariza, aí não pode zoar, não pode fazer graça, não pode aparecer na entrevista. Ridicularizar o pobre pode, mas ela não?
No começo, ela diz que o texto é “superengraçado”, duas perguntas depois diz que “falhou como escritora ao fazer humor”. Não mantém coerência em uma entrevista de 10 perguntas, não sabe o que é sátira (qualquer aluninho do colegial sabe que o que ela fez não foi uma sátira)…
Enfim, vocês estão só com a tradicional mania de ir a favor do “politicamente incorreto” (que vocês confundem com “babaquice”, mas não vem ao caso) e estão transformando uma mulher sem talento numa mártir da liberdade de expressão, uma Charlie Hebdo brasileira. E fazem isso há ponto de não entender que uma entrevista que expõe a futilidade e fragilidade intelectual da mulher.
O que você está fazendo aqui, querido?
Só entendem humor se for atraves de um personagem caricato
Verdade, bem do estilo da RID o texto! Pisso não poderia deixar de ser atacado pelos beemes.
Acho que vou fincar uma estaca lá no blog dela e ficar criticando o que ela escreve pelos próximos 6 anos…
;)
Sacanagem me trair assim, depois de tantos anos…
hahahahahaha
Sally, eu conheci o Desfavor por causa da blogueira que te chamou de lixo humano. Mas fiquei aqui, porque mesmo antes de conhecer o quão maravilhoso é o Desfavor, eu já sabia que não pertencia àquele grupo que se ofendia por causa de um texto ou de uma piada. Nunca pertenci! Aí eu li o seu texto e adorei. Não apenas porque nunca quis e nunca vou querer ter filhos, mas porque era bem escrito. E fiquei, porque eu não consegui entender o motivo da repercussão negativa. Meu Twitter foi invadido por links e mais links do texto, sempre com comentários negativos, horrorizados, exagerados. O Facebook também. Nenhum único amigo compartilhou o link sem tecer críticas raivosas a você. NENHUM!
Eu não entendia. Lia e relia e… gostava! Comecei a achar que eu era muito burra, muito estúpida ou muito má, porque aquilo não fazia sentido nenhum. Não conseguia encontrar onde estava a “terrível ofensa às mamães”. Também não consegui entender o porquê de tanta gente te desejar filhos, como se desejassem uma praga “pra você aprender a respeitar as mamães.”.
Era um sintoma, um retrato do quão contraditório é o mundo virtual. Será que quem se ofende com o que os outros dizem/escrevem/falam compreende que está gerando muitos cliques e muita audiência de repercussão para o “Judas da vez”? Será que as pessoas nunca desconfiam que é estranho demais haver um novo Judas todos os dias para malharem nas redes sociais? Não é possível! É uma gente que estudou, que fez faculdade de Medicina, Direito, História, Engenharia. Como não compreendem?
Minha teoria é: VÍCIO. Sim. Estão todos viciados nos afagos virtuais que o linchamento produz. Estão viciados na sensação de pertencerem ao grupo que reage aos monstros escritores, aos monstros comediantes, aos monstros que ofendem minorias. Estão viciados no Judas do dia e chegam a ficar ansiosos quando não aparece nenhum. Sabem que o coitadismo mudou de nome, virou “a reação dos oprimidos” e se enchem de orgulho a cada like, a cada aplauso, a cada amigo que comenta: “É isso mesmo! Não vamos permitir que nos ofendam com palavras.”
Acho que a ambição secreta de todo mundo é ser ofendido. E, além disso, ser reconhecido como ofendido “forte” da vez. Aquele que reage. Aquele que todos defendem. Aquele que a maioria defende. Fácil ser minoria assim, hein? Uma minoria que a maioria coloca no colo e defende das ofensas sofridas…
Não sei quão distantes ainda estamos dos terroristas que odeiam e matam aqueles que ousam ofendê-los. O ódio deles é realmente maior do que o nosso??? Tenho até medo de pensar nisso. Será que sou só eu que tenho medo de, um dia, dar de cara com um fundamentalista no espelho?
“Toda crítica é uma confissão.”
Tomara que a Silvia Pilz leia o seu texto!
Obrigada por tê-lo escrito.
Obrigada por todos os outros textos.
Obrigada por resistir.
Obrigada pelo Desfavor.
Concordo com a sua teoria!
Agora liberdade de expressão virou desculpa pra mané ser um babaca publicamente, desdenhar das pessoas, ri da fé dos outros em rede nacional, ridicularir, humilhar e ainda se sentir ofendido quando alguém critica.
Se isso é liberdade de expressão eu tô fora… porque eu ainda acredito que a minha liberdade acaba onde começa a do outro. Todo mundo quer respeito!! Engraçado isso… mas respeitar… necas de pitibiriba!!
Uma coisa boa da liberdade de expressão é que podemos saber exatamente o nível de babaquice das pessoas.
Liberdade de expressão é um luxo!
Dá uma passadinha em Cuba, Venezuela, Irã, Coréia do Norte, etc, e vivencie um pouco do que é ter sua expressão vigiada, tolhida e controlada!
A liberdade de expressão só pode existir se for irrestrita. Esse papo de “não pode ofender”, “não pode incomodar”, “não pode isso”, “não pode aquilo” é um grande tiro no pé.
Ou pode tudo, ou tem que ter controle. E sabe o que acontece quando tem controle? Vai pra Venezuela descobrir.
To declarando guerra à todos com esse papo cu de que “se ofender, não pode” no que diz respeito ao que as pessoas falam ou escrevem.
Imagine que vivamos em um país sem liberdade de expressão, e que eu fosse o responsável por imputar as penas. Nesse país, quem é contra a liberdade de expressão deveria ser estuprado em praça pública por 20 negões africanos. Estupro anal, para ser mais preciso. Poxa, se você vivesse nesse país, seria condenada por escrever esse seu comentário.
Que tal esse problema?
Ah… Não ia gostar, certo?
Então agradeça a liberdade de expressão, parca e definhante que temos no Brasil! E a defenda com unhas e dentes.
E tá fazendo o que aqui no Desfavor, que segue a mesma linha?
Eu acho que ela foi infeliz nesse caso… e os outros textos dela são ridículos e infantis.
O Desfavor já deixa claro para o que é, o que tem e quem quer participa ou não. Aqui vocês escrevem coisas relacionadas ao perfil projetado para o blog. Sinceramente, de todos os textos que li até hoje, não vi nada de realmente denegrante… pode ser que muitas vezes eu não tenha concordado, mas não senti que alguém ou algo tenha sido gratuitamente depreciado ou ridicularizado.
Ela escreve em um blog onde não existe uma linha, uma personalidade… random total!! Até aí tudo bem… O problema vem quando esse blog está num jornal com perfil informativo e de entretenimento. A forma como ela escreveu é gratuitamente depreciativo, arrogante, com burla e desrespeituoso. Ela não é Caco Antibes. Caco Antibes não é uma cidadã. Caco Antibes não existe. Quando você assiste a televisão, sabe que esse cara é o retrato do falso rico lascado, sem moral, sem valores, sem respeito e que faz de tudo pra tirar proveito dos outros além de não amar ninguém além dele mesmo.
A criatura que escreveu o texto ao contrário do Caco, sim que existe e tem CPF. Acho que a classe baixa já leva muito na bunda todos os dias passando toda classe de merda e, não precisa de alguém que incita a outros descerebrados como ela a tratar o pobre com desdém e burla.
Acho que a liberdade de expressão se confunde muito com o direito a incitar gratuitamente a burla e o desprecio do menos favorecidos. O governo e a classe alta já faz isso sem que seja também anunciado aos 4 ventos pelo jornal nacional.
Larissa, eu ia comentar, mas você escreveu justamente o que eu estava pensando. Acredito que hoje a linha do respeito/ofensa/piada está muito tênue, e apesar de os BMs serem retratados como os fazedores de bullying no texto, acredito que as pessoas com tochas e que ‘pegam na saída’ são justamente as que escrevem textos ofensivos como ‘forma de humor’. Eu não entendi o humor. Talvez a graça seja justamente acontecer com os ‘pobre’ e não com a dona rica que está lá no bem bom? Uma situação cotidiana que distancia o público da personagem? Me parece apenas uma senhora de classe alta rindo com as amigas porque a empregada disse ‘pobrema’.
Larissa, me responda o seguinte: como é que você sabe quando a sua liberdade acaba e quando começa a do outro? Quem traça o limite? Quem decide o que é ultrapassar muito ou ultrapassar pouco esse limite? Como é que se pode controlar algo tão profundamente subjetivo?
E, no texto, quem foi a pessoa que a autora ofendeu? Os pobres? Mas quem são os pobres? Quanto uma pessoa tem que ter de dinheiro para ser oficialmente pobre? Todos os pobres se ofendem? E se um dos pobres se ofender e o outro não? E se todos os pobres não forem iguais na matéria de se sentirem ofendidos? Como é que a gente faz, objetivamente pra saber qual é o limite do humor, da crítica, de um texto?
Pergunto sem ironia.
Isso você aprende com a educação que recebe em casa, nas aulas de sociologia, na convivência, com os amigos, lendo as notícias, praticando a generosidade, o respeito ao menos favorecido, com a caridade, com uma atitude de “não faça com os outros o que vc não gostaria que fizesse com vc”, não sorrindo da desgraça dos outros, “não chutando cachorro caído”, desenvolvendo valores positivos, pensando 2x antes de falar, refletir se seu comentario vai ajudar alguem, vai melhorar dua vida, se esse comentarios pode menospreciar ou ferir alguém…. Enfim, vivendo de forma onde o mundo não seja o lugar onde vc é o ator principal, mas sabendo que vc vive em a sociedade, uma comunidade e que seus exageros podem afetar outras pessoas e vice-versa
Concordo com algumas partes do comentário acima, realmente achei o texto sem graça e que, exatamente por isso, denota um tom preconceituoso. Ela tem todo o direito de escrever o que quiser (e por isso sofrer as consequências, virtualmente falando) e pode falar de pobre à vontade. O que não entendo é a pessoa que não gostou ir la reclamar, discutir. Ignorar é tão mais simples.
Bom, li em algum lugar uma vez que ser feliz é rir de si mesmo. Levar a vida com mais humor. Quem vê ofensa em tudo não vive bem, vive na defensiva.
Concordo com a Larissa, não consegui enxergar o humor no texto, acho que nunca saberemos se ela estava tentando ou não ser genuinamente engraçada ou se estava desdenhando de uma classe toda gratuitamente.
Não concordo com os doídos que foram lá ofender a moça também, como alguém já disse aí, é coisa pra ler e fingir que não leu e deixar passar.
Muito obrigada pelo comentário, concordo plenamente.
Eu, como pobre que sou, não me senti representada no texto. Não sou preguiçosa, não sou burra. Também não linchei a jornalista na internet. Mas meu salário continua de pobre. Aliás, conheço vários outros pobres com a mesma atitude que a minha.
“Ah, mas é humor…”
Legal. Adoro humor. Mas como sempre digo, só é engraçado, só é legal quando todas as partes se divertem.
Não deu pra rir de nada nesse texto, não deu pra concordar com ele. Mas como pobre feliz e saudável que acorda feliz pra trabalhar todo dia (e com um tanto de preguiça, lógico, afinal, o chefe é o rico, ele chega a hora que quer), não quero também participar d o linchamento da moça. Sou uma pobre comum demais e feliz demais pra contribuir pra mimimi de rico.
Muito obrigada pelo comentário. Concordo plenamente.
Inclusive, eu como pobre que sou, não me senti representada no texto. Não sou preguiçosa, não sou burra. Também não linchei a jornalista na internet. Mas meu salário continua de pobre. Aliás, conheço vários outros pobres com a mesma atitude que a minha.
“Ah, mas é humor…”
Legal. Adoro humor. Mas como sempre digo pras crianças da escola onde trabalho: só é engraçado, só é legal, quando todas as partes se divertem.
Não deu pra rir de nada nesse texto, não deu pra concordar com ele. Mas como pobre feliz e saudável que acorda feliz pra trabalhar todo dia (e com um tanto de preguiça, lógico, afinal, o chefe é o rico, ele chega a hora que quer), não quero também participar do linchamento da moça. Sou uma pobre comum demais e feliz demais pra contribuir pra mimimi de rico.
Bem louco esse humor onde todas as partes se divertem. Destoa totalmente do conceito de humor.
Aii Sally, quando li este texto e compartilhei com vcs porque pensei justamente que era a CARA do Desfavor.
Uns colegas me enviaram o texto dizendo: “Olha essa jornalista do Globo que odeia pobre! Como pode ter coragem de escrever isso? “. Quando tive tempo fui ler e comecei a rir muito no trabalho. O pessoal veio perguntar o porquê. Já estava vermelha e quase chorando quando virei e disse: -Po, mas o texto dela é sensacional. É em tom de brincadeira gente. E no mais ela só falou verdades. Exageradas, porém verdades.
Por um momento quem estava só a criticando, concordou que era mesmo engraçado e começou a pensar pelo outro lado da moeda.
Dai completei: – Quando estamos aqui em momentos de descontração zoamos políticos, POBRES (nos auto zoamos neste caso haha), comotodo mundo o faz. Ela só falou num texto o que o Caco Antibes falaria na TV e todo mundo riria.
ADOREI esse texto e amei que meus colegas perderam todos os argumentos para criticar essa moça.
Apoio super e quero mais textos assim. Se possível sobre velhos aposentados que saem pra passear de ônibus em horário de pico e vão ao banco no horário de almoço.