Imbecilidade profissional.

Pessoas que estão insatisfeitas com seus trabalhos ou com suas condições de trabalho e por isso não se esforçam ou até boicotam seu desempenho. Compreensível, porém equivocado nos mais diversos aspectos. Não me refiro a ética profissional ou questões morais, é ruim para quem o faz. Esta postura é ruim para a sociedade e, principalmente, para a pessoa que o faz.

Se o seu emprego está ruim o bastante para você se sentir no direito de sabotar sua produtividade com coisas como trabalhar menos horas, não fazer o que te pedem com o máximo de empenho, torcer contra a empresa, fingir que trabalha e não trabalhar e outros no mesmo estilo, é sinal de que a situação beira o insuportável. O desconforto nos impulsiona a tomar atitudes, geralmente para melhor, para ganhar qualidade de vida. Ele tem essa função. O descontentamento é a mola que nos tira do fundo do poço.

Porém, se pegamos esse descontentamento e usamos a energia que ele nos dá para fazer o mal, a coisa errada, uma babaquice, na verdade se cria uma forma de acomodação. “Só suporto meu emprego de merda porque não cumpro toda minha carga horária” ou “só consigo trabalhar para esse filho da puta porque uso meu tempo aqui para fazer coisa pessoais” deveriam ser a força motriz que te dá energia e coragem para largar isso e partir numa busca ferrenha por coisa melhor, por coisa que te atenda melhor, que se encaixe de forma mais adequada no que você quer e gosta.

O descontentamento de estar ali tem essa função. Mas aí o Brasileiro Médio, eterno espertão e rei da acomodação, pega essa força motriz positiva e a transforma em algo estupidamente negativo: burla regras, leis e combinados para de alguma forma atacar ou prejudicar a empresa/empregador que o chateia e assim torna suportável, graças a uma falsa sensação de vingança, sua estadia em um emprego frustrante. Uma distorção bizarra que nos mostra como por aqui vale tudo pela lei do menor esforço.

É o mesmo princípio da pessoa que descobre ter levado um chifre e, em vez de pular fora de um relacionamento decepcionante, trai de volta, como se assim estivessem quites. “Ele fez, mas eu fiz também!”. Dois perdedores, parabéns. Se fidelidade era a premissa da relação, meter um chifre em alguém não te faz menos corno. Errar de volta voltando sua artilharia contra quem errou com você não te confere dignidade, muito pelo contrário, torna sua situação ainda mais indigna. Pessoas dignas simplesmente se afastam.

Mas o Brasileiro Médio é tão vira-lata, tão complexado, tão inseguro, que se deixa ofender por tudo e por todos em um grau que lhe provoca afronta. A forma para reparar seu frágil ego complexado é tentando desesperadamente devolver (ou ao menos bradar aos quatro cantos que o fez ou pretende fazê-lo) o mal a quem lhe deu causa, ou, se for o caso, a qualquer um, desde que isso o faça parecer menos perdedor, menos derrotado.

Sofreu um trote horrível na faculdade? Abusivo? Violento? Perigoso? Em vez de aprender com a babaquice e não repetir o que lhe foi desagradável, muito pelo contrário, vai e passa trote em calouros com a maior sede quando vira veterano. Porque né, ALGUÉM tem que pagar, mesmo que não sejam os culpados. Alguém tem que reparar esse ego ferido, porque Deus os livre de ficar com “fama” de otários. E no Brasil, o oposto de otário é esperto. Todo mundo quer ser o espertão, aquele que se dá bem, que transgrede sem punição, aquele que burla as regras, aquele que obtém algum sucesso sem esforço.

No mercado de trabalho não é diferente. Por sinal, muitos que foram espezinhados, quando viram chefes, espezinham de volta para provar (em última instância, a si mesmos, só que não se dão conta) que não são otários. Se sentem otários pois são inseguros e complexados, então precisam provar ao mundo que não são otários, ostentar o quanto não são otários – coisa típica de um otário, pois quem não o é, não tem ímpeto de provar nada a ninguém. E mesmo quando não alcançam cargos de chefia, respondem a qualquer coisa que seja sentida como uma agressão ou um desaforo com uma atitude “esperta” de volta.

Essa cultura idiota de que a falta de reconhecimento profissional se combate, ou pior, se “paga” com um desempenho pífio é um atraso de vida não apenas para quem a pratica, mas para toda a sociedade. Graças a esse pensamento equivocado enraizado na cultura brasileira temos hoje uma das piores crises de prestação de serviços dos últimos tempos. Todos nós perdemos com isso. Quem o faz acha que está prejudicando a empresa ou o faz para se sentir menos otário, mas a verdade é que os reais prejudicados são os terceiros que precisam desse serviço prestado.

Em vez de repudiar quem toma esse tipo de atitude e, assim, criar um mercado de trabalho saudável que não aceite nada que não seja excelência, o Brasileiro Médio parece aplaudir o malandro, o espertão, que “passa a perna” no chefe. Já disse isso antes e vou repetir: se uma empresa mantém um funcionário de bosta, é porque lhe convém. Dificilmente um funcionário dá efetivo prejuízo a uma empresa por trabalhar mal, pois do jeito que o mercado está, quem trabalha mal é demitido sem problemas. Aplaudir a cultura da malandragem profissional atrasa a vida da sociedade e não da empresa.

Em tempos de economia duvidosa e injustiças galopantes no mercado de trabalho, parece que o grosso dos prestadores de serviços e funcionários resolveram adotar essa política da lei do menor esforço. Querem evitar a fadiga, e assim se sentirem menos sacaneados e injustiçados. Mas, o que estão conseguindo é nivelar por baixo o mercado, tornando raras e escassas as pessoas que, independente de qualquer fator externo, zelam pela excelência. Com isso todo mundo se sente à vontade para não se esforçar no seu trabalho, pois esta passou a ser a normalidade moderna.

Não subestimem o efeito em cascata. Sinto que hoje temos uma massa considerável se portando desta forma. Por mais que em um primeiro momento eu até me beneficie disso (os que prezam pela excelência se destacam com mais facilidade ultrapassada a barreira inicial da indicação), é um câncer que prejudica a todos nós. Quem já não tinha muito zelo pelo aprimoramento pessoal acaba se acomodando e ficando ainda pior. Quer dizer, a sociedade em vez de te exigir, te cobrar e impulsionar a ser sempre melhor, acaba endossando e mediocridade. Parabéns, Brasil, por mais essa.

Se você está em uma situação de merda, fica meu conselho: não merdifique de volta quem está te colocando na merda, pois isso atenua seu sentimento de indignação e permite que você continue mais e mais tempo na situação de merda. O fato de merdificar outra pessoa não torna sua situação menos de merda, no dia em que o brasileiro descobrir isso, o país pode começar a ter esperanças de melhorar. A situação de merda TEM QUE ser insuportável, para que a pessoa se mexa e mude sua realidade, atenuar a merda só a prolonga. É tão difícil de perceber?

Não importa o que você esteja fazendo: neurocirurgião, vendendo churros ou escrevendo um blog de graça. Faça com excelência. Faça da melhor forma possível. Faça se esforçando ao máximo. Não se acomode, não vire um medíocre, faça sempre mais do que lhe foi pedido, surpreenda. Isso não é lucro para o patrão ou para a empresa, é lucro para você e para a bosta de país cagado em que você vive. Ou então, faça a si mesmo e ao resto do mundo um favor: quer continuar sendo espertão? Beleza. Só não fique reclamando do país, porque ele está como está graças a esse tipo de atitude.

Tá escroto? Tá injusto? Tá mal remunerado? MEXA-SE, mas para encontrar coisa melhor e não para merdificar ainda mais o que já está cagado. Escrotizar com quem te escrotizou não te torna esperto ou vingado, te faz tão escroto quanto.

Para perguntar porque estou azeda, para refletir silenciosamente ou ainda para pedir Siago Tomir: sally@desfavor.com

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Comments (37)

  • Talvez seja porque eu nunca consegui um emprego que eu realmente pudesse dizer que gostava, mas eu sou meio contra a atitude de vestir a camisa e dar o sangue pela empresa, muitas vezes fazendo hora extra ou trabalhando de fim de semana. Por que eu vou perder meu tempo com isso se a empresa, por quaisquer razões, pode me mandar embora sem se preocupar com a minha situação pessoal, se eu estou passando por problemas, se eu vou ter dificuldade pra arranjar outro emprego, se eu tenho família pra sustentar, etc? É uma via de mão dupla: eu sei que deles eu não vou receber nenhuma demonstração de lealdade, por que eu vou ter que ser leal a eles então?

    Um exemplo que aconteceu relativamente próximo a mim: um vizinho meu já deve ter entre seus 40 e 50 anos, tem uma esposa e uma filha. A filha está fazendo faculdade em outra cidade. A empresa em que ele trabalhava o demitiu recentemente, depois de 25 anos de trabalho! VINTE E CINCO ANOS! Isso é quase o tempo todo que você precisa trabalhar pra se aposentar por tempo de contribuição. O cara provavelmente manjava mais das coisas lá dentro da empresa do que muito colega mais novo de trabalho, tinha experiencia pra cacete, e foi demitido assim sem mais nem menos, sem choro nem vela. Agora o cara ta meio ferrado porque ainda tem uma familia pra sustentar uma filha pra bancar a faculdade fora da cidade. Se uma pessoa com experiencia e tempo de empresa é demitido “porque sim”, por que eu, que ainda tenho pouca experiência no mercado vou me preocupar em querer me dedicar demais por qualquer empresa?

  • Um estudo concluiu que um funcionário preguiçoso tende a ser mais eficiente do que um dedicado. A razão seria porque o preguiçoso tem o “dom” de simplificar ao máximo suas tarefas, coisa que um com boa vontade não faz, e entregar o trabalho mais rápido.

  • Se o superior quiser queimar um funcionário ele fará isso. Então não adianta querer salvar a própria imagem quando já fizeram a caveira. Tem situações em que é impossível sair bem.
    As empresas são cheias de chefes escrotos e imbecis, porém, cada um colhe o que planta. As empresas que escrotizam funcionários são aquelas que serão processadas, levarão má fama e jamais vão atrair bons profissionais, ficam de mimimi que tá faltando gente qualificada, não conseguem preencher vagas e fatalmente vão desaparecer do mercado em algum momento (isso será bem visível nessa crise). Os bons líderes (raros) terão uma equipe que veste a camisa e terão todo o apoio dos seus funcionários pra tocar a empresa pra frente. Chefes idiotas não terão ninguém ao lado na hora do aperto.
    Pra algumas pessoas, um pouquinho de poder já significa permissão pra escravizar. Mas a pior parte é que o ministério do trabalho continua sendo permissivo com a cultura do chicote.

  • Seu texto hoje foi uma boa coincidência.

    Fui fazer uma seleção para professor substituto na Federal da cidade onde moro. Apesar de ter mestrado e doutorado na área, e algumas dezenas de artigos publicados em revistas de boa qualidade, para meu espanto não fui sequer classificado. Passou em primeiro lugar uma recém graduada de faculdade particular (minha formação é toda em univ. federal, e em parte fora do país).

    Quando saiu o resultado, descobri que a pessoa que foi aprovada em primeiro lugar é orientanda de uma das professoras da banca de seleção. Só publicaram quatro trabalhos acadêmicos juntos. Isonomia do processo e moralidade para que né? O nosso país tem dessas merdas, e isso me deixa puto querendo mudar pra Marte!

    Aí, apesar da merda, vem a dúvida. Se eu entro com um recurso na congregação da universidade, provando que há relações muito próximas entre a primeira colocada e uma das professoras da banca de seleção, é possível que eu seja perseguido em um futuro concurso para professor efetivo (esse sim o importante de tentar). Se eu não entrar com o recurso, vou ficar remoendo essa corrupção absurda e me sentir cúmplice da merda toda.

    E aí, qual você acha que pode ser a melhor estratégia: denunciar na congregação da universidade (que é onde serão julgados os recursos da seleção), ou registrar as provas da corrupção e ficar de olho num concurso futuro para entrar com o pé na porta na hora certa, se for necessário?

    Porra de Brasil.

    • Caríssimo Bigodón: verifique junto à instituição pra qual prestou concurso se não houve a necessidade, por parte dos membros da banca, de se assinar uma “declaração de impessoalidade”, na qual tais membros informam não ter relações de absolutamente nenhuma natureza com os inscritos (cujos nomes são previamente dados a conhecer a eles). Se você tiver acesso a esse documento, então você pode sentar a pua na galera, podendo pedir até mesmo impugnação do concurso todo. Não se trata de temer perseguição futura, mas de simples justiça, e não é possível que você seja penalizado por isso.

      Deve existir esse documento porque é exigência pra realização de qualquer concurso em universidade federal (em todos dos quais participei como banca tive que assinar papel semelhante). Se não houver, então a coisa já tá errada desde cedo e você pode arrebentar esse concurso do mesmo jeito! Verifique isso aí junto às instâncias responsáveis por ele! Se possível, depois venha nos contar o que deu.

      Abraço!

      • Eu vou entrar com recurso, mas não sei se tal doc. foi assinado, porque era processo seletivo simplificado para professor temporário. Veremos. Contarei aqui o resultado.

        • Só te digo uma coisa, Bigodón: a banca da qual participei há uma semana era dum processo seletivo simplificado para seleção de substituto… e tive que assinar este documento!

          • Caramba, velho! É isso mesmo… a seleção foi uma belíssima fraude. Só para você ter idaia a banca conseguiu dar uma pontuação média de 9.5 na prova didática para a pessoa que passou em primeiro lugar (apenas graduada, sem nenhuma pós-graduação ou experiência docente). A média de prova didática para professores efetivos com doutorado é 7.5.

              • Consegui não, apenas fui informado por outro professor que sempre assinam esse documento em seleções públicas…

  • Isso pode ser muito bem visto em atendimento ao consumidor, principalmente de empresas de telefonia. Atualmente trabalho em callcenter e é triste ver as pessoas não atendendo, enrolando o cliente e passando informações de qualquer maneira, de forma que isso cria problemas enormes e também fazendo o cliente ligar várias vezes e quando alguém que atende com qualidade “pega” esse cliente já não tem mais recursos para resolver o problema criando um stress muito grande no atendimento.

    Enfim, eu estou insatisfeita com meu trabalho atual, mas é temporário e eu estou correndo atras de outro, enquanto isso atendo com qualidade e sempre procuro me informar e aprender, não dependendo apenas de treinamentos da empresa, que não são muito bons.

    • O atendimento ao cliente é ruim porque os funcionários são mal treinados, os sistemas são bugados, tem tempo estipulado pra cada ligação e os salários são baixos. Importa quantidade não qualidade. Tudo isso culpa das empresas, então não condeno quem finge que trabalha se a empresa finge que paga. Tentar resolver algo em Call Center de empresa brasileira? Mellhor poupar tempo é ir direto ao Procon.

      • Eu condeno: não está satisfeito procura outra coisa, se aprimora, se capacita. Ficar e fazer mal feito é ser tão corrompido como qualquer político ladrao

    • Lá onde eu trabalho, a central de atendimento se dividiu em 2 grupos denominados por eles mesmos: O Padrão ( que atende direito) e o Favelão ( que até os supervisores já desistiram deles, fazem tudo quanto é zoeira com os clientes) Dá até pena… Eles não se demitem e nem a empresa demite, os clientes que sofrem.

  • E por que os chefes não mandam embora funcionário que tá empurrando com a barriga? Eu por ex. tô nessa situação. Faz tempo que ando arrastando as funções e só fico nesse emprego porque é perto de onde eu moro e o horário é flexível. De resto o ambiente e as pessoas são detestáveis, por isso uso o tempo pra fazer as coisas pessoais, deixo as tarefas de lado até o dia que o chefe cair a ficha me manda embora, se não mandar continuamos arrastando o comodismo.

    • Porque compensa para a empresa ter um funcionario relapso e mal pago para funções menores que poderiam ser desempenhadas por qualquer um…

  • É frustrante o desinteresse das pessoas atualmente em atender bem. Serviço no Brasil está uma coisa tão largada que revolta. Eu sou campeã em fazer reclamações em SACs, jornais, Procon. Adoro ler o código do consumidor, mas se não existisse uma chata como eu, aposto que tudo estaria bem pior.

    É a McDonaldnização de todos os serviços do Brasil!

    • Ninguém se importa, até porque hoje o Judiciário está cagando, não indeniza quase ninguém. Tem que perder uma perna para conseguir uma indenização decente.

  • Tô numa situação dessas onde estou extremamente insatisfeita com meu trabalho. Mas não tem como burlar nada lá não e eu continuo fazendo as coisas bem. Mas eu só aturo isso até o final desse ano com meu companheiro se formando. Vou juntando grana e planejando algo melhor pra mim, porque ralar até em final de semana não é de deus não.

  • Verdade. Texto para ler e reler muitas vezes, como aquele do celular no trabalho. Para refletir, para pensar em quem estamos enganando e de que estamos fugindo tanto.

    Também trouxe o tema da corrupção para o âmbito do cidadão comum. Tudo o que existe no grande está no pequeno. Nosso governo corrupto é um espelho nosso e de nossas pequenas-grandes corrupções diárias.

    Há um filósofo que sempre diz que muita gente se incomoda não com o fato de a corrupção ser errada, mas com o fato de que a corrupção é, para muitos, uma festa para a qual não foram convidados. São pessoas que têm inveja do político corrupto que está nadando em mordomias e dinheiro e que fariam exatamente o mesmo (ou pior!) se estivessem no lugar dos corruptos. São pessoas oprimidas que dizem sonhar com o fim da opressão, mas, que na verdade, desejam secretamente SER O OPRESSOR e ter todas as regalias que ele tem.

    Não é fácil. Não é um país fácil. Mas quando tudo está difícil demais, temos que olhar pra dentro para tentar entender o quanto somos medíocres, escrotos e incompetentes e qual a nossa participação nessa bagunça que é o Brasil.

    Parabéns pelo texto e pelo exemplo de excelência e de dedicação com este blog.

    “Toda crítica é uma confissão.”

        • Acho meio radical. Partindo dessa premissa, não se pode criticar nada sem que isso implique em assumir que também o faz…

          • Acredito que a intenção da frase não foi ser radical, mas sim apontar o fato de que tudo o que nos incomoda no mundo e no outro pode estar em nós de alguma forma. É sobre projeção. Sobre as nossas sombras que, sob a luz, são projetadas para fora de nós.

            Mas não é pra encarar como verdade absoluta. Muitas vezes falamos de nós mesmos quando criticamos os outros. Muita gente se incomoda com a corrupção dos governantes por uma questão ética, mas não é todo mundo. Alguns, como citei no comentário acima, têm realmente inveja do político corrupto que está nadando em mordomias e dinheiro e que fariam exatamente o mesmo (ou pior!) se estivessem no lugar dos corruptos. E há oprimidos que dizem sonhar com o fim da opressão, mas, que na verdade, desejam secretamente SER O OPRESSOR e ter todas as regalias que ele tem. A pessoa não consegue ver isso, mas a História nos prova, todos os dias, que os revolucionários, ao chegarem ao poder, tendem a ser tão autoritários quanto os tiranos contra quem lutaram.

    • Corrupção não é problema. É solução. Se a disparidade de oportunidades já é grande com tal subterfúgio (o velho jeitinho), seria ainda pior sem isso.

      Imagine você uns poucos controlando tudo e a maioria quando muito sobrevivendo com as migalhas.

  • Penso que quem faz esse tipo de coisa tem má índole.

    Por mais que eu estivesse de saco cheio de uma situação ou de alguém, não tive a intenção de me vingar. Na verdade em relacionamentos já tive essa intenção não valeu a pena. Aprendi bem com meus erros.

    • Será? Por vezes a pessoa no contraponto é tão escrota e tão despótica e tão bem relacionada no jogo sujo que a unica forma de se garantir é dando uma rasteira sutil. Mas tem de ser sutil, que senão surta pior que a Sally e ai arrebenta pior que se você não tivesse feito nada.

  • Nao é exatamente escrotizar forever. Vamos combinar q fica mais lucrativo ser ddemitido q se demitir e se o chefe nao demitir foda se, vai me pagar pra eu fazer nada. Eu acho comodo.

    • É uma questão de caráter. Se eu quero sair, eu peço para sair, não fico escrotizando para ser mandada embora. Acho que no mercado de trabalho é mais importante sair bem do que qualquer outra coisa.

  • Onde trabalho, “o chefe” ( que se diz líder) , insatisfeito em não cumprir uma carga horária mínima diária , ainda a usa para trabalhar em prol de um negócio próprio que administra (em tese) depois de sua jornada. Além de usar de maneira indevida não somente o tempo que lhe foi designado à serviço da empresa, muitas vezes nos pede licença das mesas, que paremos alguma atividade para que este possa executar seu “trabalho externo” utilizando os computadores e telefones da empresa para este fim; o pior é que as cobranças vem. O descomprometimento é tanto, que este solicitou á seus colaboradores que caso acontecesse um fato novo durante sua ausência, deveríamos avisá-lo pelo whatsapp, e em reunião com ata e tudo, me deu total autonomia para resolver o que fosse necessário, e claro, mantê-lo “atualizado”. Recentemente houve uma urgência e usando de minha autonomia, resolvi por email diretamente com o presidente da empresa, que ficou grato com o serviço, entretanto não consegui avisar meu chefe á tempo. Logo depois, sabendo do ocorrido, o chefe foi tentar dar seu ponto de vista ao presidente, este não quis ouvi-lo, e disse que já tinha resolvido com quem estava presente no setor (no caso eu); resultado: no dia seguinte, foi feita uma reunião que com muita sutileza o tema era Ierarquia, em suma, nenhum funcionário poderia respirar sem pedir permissão, hoje em dia, qualquer telefonema que atendo ele pergunta quem é e ainda pede para falar com a pessoa, emails designados á mim, são respondidos por ele, até informações banais dadas pessoalmente, ele entra na conversa, sob justificativa de informações complementares. Esqueci de citar que todos as conquistas da equipe, ele faz questão de referenciar no singular, como suas. A situação é desconfortante, mas não me diminuo por isso. Como hoje ele busca resolver “meus problemas”, tenho mais tempo para me dedicar á outras atividades da empresa com os demais colaboradores do setor, e dele, eu tenho pena, pois nem sua formação, cargo ou QI deixam que ele tenha segurança o suficiente a ponto de temer que seu cargo seja ocupado por mim.

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