
O impostor.
| Desfavor | Desfavor da Semana | 34 comentários em O impostor.
Na semana do Dia dos Fracos, os textos de terça, quarta, quinta e sexta-feira do desfavor tinham algo em comum. Você conseguiu perceber?
Foram escritos pelo Somir. Inclusive os assinados pela Sally. Os impopulares deixando de perceber algo assim? Desfavor da semana.
SOMIR
Eu confesso que fiquei preocupado quando recebi o desafio. Escrever um texto da Sally como ela e deixar um público que nos lê há anos julgar se eu fui um bom falsário? Eu temi ser desmascarado no primeiro comentário do texto de terça e estragar tudo. Estava preparado até para inventar uma desculpinha esfarrapada que eu quis ser descoberto para manter a pose. Nem a pau que eu escreveria como ela. Eu acredito escrever bem, mas tem algo nos textos dela que eu não sei reproduzir.
E, porra, com tanta gente lendo, alguém ia me pegar. Mas eu sou merdeiro e não desisto nunca! Sabem aqueles chavões de filme quando alguém diz: “Isso é tão maluco que pode dar certo?”, foi meu estado de espírito no momento. Já saí fazendo justamente a mais impossível de reproduzir: Sally Surtada. Não tenho a sensibilidade e a honestidade para escrever algo assim. Fora da minha alçada… tanto que quando eu uso o “Surtado” nos meus textos, falo de nerdices.
Peguei uma notícia que vi causou uma reação nela na semana e decidi que seria o tema. O que já foi um começo cagado, os textos dela da coluna nunca se basearam em notícias. Eu que gosto de fazer isso. Sally tira seus temas do conhecimento e experiência nesses casos, é a coluna onde ela se prende mais ao que lhe é pessoal e concreto. Mas na hora parecia bom o suficiente, bastava eu pegar a abordagem correta.
E pensando bem, eu também caguei nessa parte. Sally é direta e seus textos sabem para onde vão. Os meus estabelecem mil premissas e com sorte desenvolvem alguma. Diferenças de nossas cabeças. Mas isso não me impediu, fiz o clássico de abrir o tema com várias possibilidades e descobrir qual era a conclusão enquanto escrevia. Criatura de hábitos. Eu nem sei se acredito muito no que escrevi, parecia razoável. Eu sou terrível para depreender o que se passa na cabeça de mulheres, talvez mais do que a média… eu chutei que era isso que elas pensariam. Sally não precisaria fazer isso.
Mas, estava escrito. Parecia mais direto que os meus, abordava temas mais próximos do que ela abordaria na coluna… bom o suficiente. Mas ainda estava estranho. Resolvi voltar e arrumar algumas coisas, que talvez enganassem os mais distraídos: cacei frases, palavras e bordões dela em outros textos da coluna e voltei substituindo onde cabia. Até lembrei que ela gostava de dar exemplos inversos para os homens entenderem e adicionei aquela parte do travesti. Ironicamente, o texto ainda era um marmanjo com uma peruca, mas estava com mais maquiagem.
Colou. Eu fiquei surpreso, mas colou! Sally não me ajudou com nada no texto, não revisou antes, não deu nenhuma dica. Fizemos o teste mais limpo que poderíamos. Que provavelmente poucos ou nenhum de vocês fosse ir na veia e dizer que eu tinha escrito eu até entendia, seria pular muito numa conclusão. Mas, que ninguém tenha achado estranho? Por um lado eu fiquei satisfeito por ter conseguido o resultado com um esforço mínimo, mas por outro… é só isso que precisa para passar a perna num público que nos acompanha há tanto tempo?
Quarta feira eu resolvi fazer algo BEM meu mesmo. Não foi golpe o texto em si, adorei escrever e não falei nada diferente do que penso. Eu só me senti mais livre para escrever do meu jeito e usar a estrutura sem nenhuma obrigação social de ter começo, meio e fim. A ideia era que vocês sentissem uma grande diferenciação nos meus termos: eu forço mais a barra com meu estilo entre os dois “da Sally” para ficar menos evidente que sou eu em todos. Nem sei se precisava.
Tanto que no texto de quinta eu não dei a mínima. Eu quase que deixo uma palavra ou outra no masculino para dar na cara, mas resolvi respeitar o desafio minimamente. Desfavor Explica é menos autoral, então eu simplesmente escrevi de um jeito mais expositivo como a Sally faz e me dei por satisfeito. Colou de novo. Sally não força narrativa em todos os textos dela como eu faço, e mesmo usando a minha tática comum de apresentar um elemento para usá-lo como exemplo em parágrafos seguintes, nada de gerar desconfiança. E olha que eu coloquei opinião num Explica! Sally não faz isso. Ela é muito ética quando passa informação e não coloca pedágio de concordância para que os leitores apreciem.
Sexta foi só escrever o que deu na telha. Jogo ganho. Mas… ficou aquela sensação de coito interrompido. A gente sabe quando não se esforçou o suficiente e teve mais sorte que juízo. Não é realmente uma vitória se vocês nem estavam prestando tanta atenção assim. Importante: não foi uma semana mentirosa nos textos. Eu achei bacana o Explica sobre Vícios, pesquisei de verdade e bate com a minha opinião. O tema do Sally Surtada eu dificilmente escolheria para falar, mas no mínimo é uma porta para enxergar como um homem com pouca empatia enxerga o mundo feminino.
Eu sou o “good cop” hoje. A porrada vem no texto dela. E de boa? Merecida. Eu só vou dar uma esnobada e dizer que se eu não colocasse parágrafos no texto era capaz de vocês acreditarem que eu era o Saramago! E eu não estou me elogiando… o ponto é até simples: continuamos afirmando como é importante não se acomodar com fontes de informação. Não queremos ter relevância para vocês por costume, mas sim por merecimento. E não é uma jogada de egos: Sally não ficou incomodada porque não reconhecerem o estilo dela, e sim porque a assinatura dela pareceu contar mais do que o tanto de trabalho que vai em escrever os textos que escreve. Se eu tivesse matado a pau com a mentira, não seria problema, mas eu enfiei dobrado na cara dura. O conteúdo não é tão importante? Ou a guarda está muito baixa?
E nesse ponto eu também fico preocupado. E se hoje nossos textos fossem invertidos, vocês perceberiam?
Para dizer que ficou paranoico(a), para dizer que percebeu e ficou com vergonha de falar, ou para dizer que nem relendo viu diferença: somir@desfavor.com
SALLY
Ok, o Dia dos Fracos não é um feriado nacional muito proeminente do Desfavor. Ok, ninguém aqui é obrigado a decorar data de feriado. Mas porra, você acompanha a mesma pessoa todo santo dia por anos e não percebe quando tem um impostor escrevendo no lugar dela? Desculpa mas isso eu esperava que ao menos ALGUÉM, UMA ÚNICA PESSOA, pudesse perceber isso ou detectar algo de errado. Independente do contexto do feriado ou de qualquer outra coisa, ninguém aqui percebeu.
E Somir nem ao menos se esforçou muito. No texto de quinta ele até que tentou, mas no de terça… a estrutura era toda Somir, com a minha assinatura. Bastou a coluna, a assinatura e um texto tendencioso permeado por bordões para que o cérebro de todos você se acomode e não detecte o que estava verdadeiramente acontecendo.
O que pretendo com esse “esporro” não se funda na vaidade de não ser única o bastante para ser substituída por facilidade por outra pessoa. A ideia e alertá-los sobre o quanto estão no piloto-automático, pressupondo com muita segurança com base em premissas fracas. Nada é seguro aqui, nada é garantido, nada é sagrado. Foda-se o título, foda-se a assinatura, foda-se tudo. Questionem sempre. Não é desconfiar. É questionar. Tem um mundo de diferença.
Aprendam a funcionar, no dia a dia, com o “questionômetro” ligado. Pessoas medíocres só se fazem questionamentos quando estão diante de um dilema ou um problema, vocês podem fazer melhor. Vocês podem questionar sempre. Se não forem burros ou intelectualmente limitados e atrofiados, conseguirão sem grandes esforços ou sofrimento.
Questionar, como eu disse, não é desconfiar e não precisa estar atrelado a um problema. Como você faz hoje dá certo? Que bom. Mas tenha a certeza que existe uma forma muito melhor de fazer, mesmo a sua dando certo. Não se acomode com o que está dando certo, queira fazer melhor. Se questione diariamente como seria possível fazer melhor. O questionamento tem que ser como ar que respiramos: automático e vital para sobreviver.
Mas não. Vocês se acomodaram novamente. Levaram uma trolha no primeiro de abril, depois levaram outra trolha no Dia do Troll (e todo ano levam, né?) e em sequência levaram uma trolha essa semana. Bonito, hein? Vamos continuar, até vocês aprenderem. Nem que eu tenha que abrir a cabeça de vocês com um martelo para entrar a clara noção de que a forma como você percebe o mundo NUNCA corresponde à realidade, e sim à sua percepção, que muitas vezes está errada. E é essa consciência onipresente de que você pode estar errado que faltou aqui esta semana.
Não precisava desmascarar o golpe, pois como eu disse, ninguém é obrigado a lembrar do feriado da nossa pequena República esquizofrênica. Bastava qualquer tipo de estranhamento para com o texto. No de quinta, eu nem ao menos me dignei a responder. Normal, ninguém estranhou nada. Ninguém comentou que eu estava diferente. Ninguém percebeu nada. Seus cérebros estão preguiçosos. Basta ver o nome da coluna “Sally Surtada” e uma assinatura no final da coluna que todo mundo depreende de forma definitiva e inquestionável que o texto é meu. Não pode. Vocês desligam o questionamento e só o religam quando dá merda ou tem algum problema. NÃO PODE.
Vocês são uma elite, isso é inquestionável. Infelizmente, no Brasil, qualquer pessoa que lê quatro páginas diariamente é uma elite intelectual, ainda que seja em um texto sobre merda. Por isso a gente “cobra”, sabemos que vocês são capazes de mais. Não se deixem emburrecer pelo entorno de acomodação e mediocridade. QUESTIONEM, SEMPRE, nem que seja como exercício. Assim surgiram os grandes avanços da humanidade. Ninguém cria nada genial se estiver propenso a ver as coisas sempre no mesmo enfoque todos os dias, se estiver propenso a fazer o rotineiro, o “suficiente”. Busquem excelência, sejam grandes, sejam geniais.
Sim, estamos dando um sacode em vocês. Muitos não vão gostar, pois mais vale ser medíocre do que ter o ego ceifado por um texto como este. Foda-se. Saiam e não voltem. Vamos continuar tirando vocês da zona de conforto, vamos continuar exigindo que pensem, questionem, que saiam fora da caixa. Desfavor é e sempre vai ser musculação para o seu cérebro. Um dia a neurociência há de validar o tipo de experiência antropológica que fazemos aqui, mas provavelmente não estaremos vivos para ver. Por favor, coloquem meu nome no aeroporto como homenagem quando eu ficar famosa. “Aeroporto Sally Somir”, quero ser o meio para que as mentes brilhantes saiam do Brasil.
DOIS textos. Com duas linhas totalmente diferentes. E vocês não perceberam que não era eu a escrever. Não perceberam nada estranho. Reagiram no piloto automático. Focaram na forma e não no conteúdo. Presumiram. Não presumam. Tudo pode mudar, tudo pode ser mentira, tudo pode ser uma percepção errada. Os grandes insights históricos aconteceram quando os então chamados de gênios questionaram em vez de depreender. Não depreenda no piloto automático, questione-se antes. Já se questionou hoje?
Vocês são melhores do que isso. Se não fossem, jamais teríamos sequer revelado que dois textos dessa semana não são meus. Nem preciso dizer que continuaremos incentivando o questionamento e quem se sentir traído, lamento. Melhor que vá embora, para não se aborrecer ainda mais. E não sejam inocentes de achar que faremos coisas no mesmo estilo, somos criativos. Não tentem antever, não confundam questionamento com paranoia. Apenas saiam da zona de conforto, do lugar comum, do depreender como modo de funcionar. Saiam. Vocês são capazes. No começo é difícil, depois vira uma nova forma de funcionar e fica automático.
Questionar não te garante que você não vai errar, mas evita alguns erros, te ajuda a perceber melhor a você mesmo e ao mundo e, acima de tudo, permite a maior prova de inteligência de um ser humano: conseguir conviver com questões em aberto, com dúvidas, com o não saber. Ao abrir um questionamento se abre a possibilidade de se permitir não saber uma resposta.
Faz pouco tempo li uma frase de Kant que resume o recado do texto de hoje: “Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar”. Joguem suas certezas no lixo, elas estão emburrecendo e cegando vocês.
Eu achei estranho o Somir responder um comentário meu…. estranho….
Mas como ele é chato… deixei passar
Foi o primeiro Sally Surtada que não gostei, mas pensei que fosse apenas um dia ruim da Sally. Confesso que nem pensei em impostor, mas não curti. O Desfavor explica ficou legal, nem notei nada.
Como Sally, o Somir é uma merda. Ainda bem…
A tempo: paranoia minha ou não, esses textos de hoje estão estranhos. Parece que um escreveu o do outro.
Também tive essa sensação. Mas pensei que seria meio óbvio… e cisma minha.
“Não, não tá legal não. Não dá. Dá licença que hoje eu estou atacada!”
Quando li esse comecinho alguma coisa apitou dentro de mim. Nada do tipo “nossa, tá errado, não é a Sally, é um impostor”, mas soou estranho. Mas confesso que não dei bola, só pensei “vai que ela não está num dia bom, sei lá”, e deixei passar batido. Boa lição pra ficarmos mais atentos.
Eu não escrevo assim faz muitos anos…
Se eu tivesse por obrigação fazer resenhas de textos de blogs como este, até faria sentido a proposição ao esforço. Mas considerando-se que faz parte do meu lazer a leitura de tais blogs, não consigo entender o ponto focal da coisa…
“Por favor, coloquem meu nome no aeroporto como homenagem quando eu ficar famosa. “Aeroporto Sally Somir”, quero ser o meio para que as mentes brilhantes saiam do Brasil.”
Posso estar sendo influenciado pelo texto. Mas, esse trecho da a entender que você e o somir são a mesma pessoa. Engano meu?
Não, a Sally usa Sally Somir mesmo (nome + sobrenome). O “nome” do Somir (aqui no Desfavor) é Tiago. Tiago Somir.
Os outros textos eu ainda não li, não tenho mais como dar uma opinião imparcial agora…
Eu me lembro que quando estava lendo o Sally Surtada, achei estranha a abordagem meio falocêntrica do texto.
O Somir foi experto em dar mais importância ao fato de que o homem enganava as mulheres e, finalmente, fechou com chave de ouro ao argumentar da hipocrisia masculina caso acontecesse o contrário. Assim, ele acabou concentrando a nossa atenção nesses pontos.
Mas eu juro que algo apitou quando eu vi a Sally defendendo que só lésbica e mulher inexperiente e virgem poderiam querer um relacionamento sem pênis.
Mesmo assim, achei que era direito seu ter essa opinião, então registrei e deixei quieto.
Confesso que, honestamente, eu não notei a – merecida – trolagem. Mas vou tentar ficar mais atento daqui pra frente. De qualquer forma, gostei da “brincadeira”. Ah! E obrigado por chamarem minha atenção.
Achei estranho a Sally xingando os homens kkkk
Não me lembro de críticas ao gênero muito ácidas, mas deixei pra lá… achei que tinha virado feminista fervorosa ou tava de tpm msm.
Eu estranhei o texto sobre vícios não ter nenhuma indireta ou cutucada pro Somir. E realmente tava esquisito, mas não a ponto de notar “O Grande TRUQUE.”
Sally, me recordo de um texto em que tomamos um esporro sobre justamente haver uma certa “cobrança” quando não havia resposta aos nossos comentários – e isso normalmente era voltado a você.
Eu confesso que desde então não estranho não haver respostas nos comentários. Sempre imagino que simplesmente não deu tempo ou que ocorreu algum imprevisto.
De resto, o texto abria falando ser dia do fraco, então quem não lembrou do dia, foi lembrado pelo texto. Mas não tenho justificativas, pois eu não percebi. Trollada merecida.
A Sally responde os comentários mais frequentemente, mas como não houve respostas no DE pensei que estivesse ocupada demais pra responder.
Você só estranhou os comentários?
Eu também percebi o post baseado numa notícia. Até então eu nunca tinha lido um Sally Surtada nesse formato, mas deixei escapar por acreditar ser uma exceção. Caí direitinho.
Exatamente eu ia perguntar por que a Sally andava sumida. Somir nos enganou nos textos, nas desafio a não deixar a peteca cair nos comentários!
Muaaah!
hahahah!! Sério?! A-DO-REI. Não percebi meeesmo. Melhor dia dos fracos. E eu que estava meio decepcionada achando a comemoração do ano passado melhor… Só tinha achado estranho ter “Sally surtada” na terça e “Somir surtado” na quarta e pensado: todo mundo resolveu surtar essa semana? Mas a inversão é algo que eu sempre quis que vocês fizessem e imaginava que as pessoas não notariam.
É isso aí Sally, bota ele pra trabalhar para compensar todas as vezes que você teve que cobrir as faltas dele. A falta de respostas de quinta foi um pouco estranho mas a gente sabe que você anda super ocupadíssima.
E Somir, esse Sally Surtada foi o melhor dos últimos tempos. Estava muito engraçado. Nesse dia eu até fui reler outros para ver se era implicância minha…
Abrir com uma notícia não foi uma cagada, podia ter dado vontade de mudar, só fiquei pensando do porque ela ressusciatar esse tema que já tinha sido assunto no top des e que ela estava incomodada demais com a história.
Certamente agora que vocês sabem, vão encontrar um monte de contradições e falhas ao ler os dois textos. Isso mostra como a informação estava lá o tempo todo e não foi vista por todo mundo estar no piloto automático, sem capacidade de questionamento constante.
Eu estranhei duas coisas, mas não foram suficientes. O Somir respondendo aos leitores e a Sally não sabendo o que as mulheres acham do cintaralho.
Ao estranhar essas duas coisas, você arquivou o estranhamento? Não puxou o fio da meada?
Para mim não é importante quem escreve o quê. Sinceramente, depois de tantos anos de convivência, não é difícil para vocês emularem um ao outro. Com tempo e vontade, quem é acostumado a escrever pode emular até escritores consagrados. Dá pra pegar um parágrafo de um Descontos e reescrever no estilo de Dostoiewski, Guimarães Rosa, Joyce… Já vi isso bem feitinho.
Mas o Somir nem mesmo emulou o estilo…
Eu não percebi, além de que de vê em quando vem um textos filosóficos da Sally que são bem o estilo do Somir e o Somir também sabe muito bem fazer o tipo de humor da Sally. Isso tudo já acontece naturalmente sem planejar, imagine querendo!
Mas o estilo de escrita é totalmente diferente…
O Sally Surtada eu realmente nem me toquei. Sally Surtada sempre tem doses gritantes de paranoia e surtos como a coluna propõe. É uma leitura fast food.
O texto dos vícios também não notei nada. Somente a contradição do inicio de chamar um cara de fraco e no fim, dizer que acha difícil alguem parar somente com a vontade própria (?!).
O que me deixou MESMO intrigado, é que este tema normalmente a Sally comentaria algo, até para defender o texto ou se aprofundar mais neles. Mas as aprovações de comentários viam e nada de vir nada dela própria – que escreveu o texto. Isso me deixou encucado, mas claro, não me passou na cabeça que o texto não pudesse ser dela. Só achei estranho. O texto pode até não ser no estilo dela, mas não comentar, não é.
Foi um último recurso para ver se alguém levantava a lebre…
Sally, você disse, em um comentário, há algum tempo, que o seu estilo e o do Somir ficariam cada vez mais parecidos, porque vocês estão convivendo muito por causa de novos projetos. Registrei isso. Se vocês não escrevessem o texto de hoje, eu jamais questionaria a autoria.
Mais parecidos sim, porém sempre teremos particularidades. A didática do Somir é bem diferente da minha.
Vou falar duas coisinhas e não estou me justificando.
A primeira delas é que já tem um tempo que tem vezes que acho a escrita da Sally ficando um pouco parecida com a do Somir, ou, talvez por mudanças de vida da Sally algo se transformou. Já teve vários textos que parei, achei estranho, fui olhar e realmente era da Sally.
Segundo, juro que não é me justificando, mas minha rotina atual me afastou um pouco do Desfavor, e retornei agora pq realmente estava sentindo saudade, durante muito tempo abria o site, lia, comentava esporadicamente, e logo estava engolida pelos meus afazeres. Isso desabitua.
Mas sabe quando vc segue meses a dieta e aos poucos vai relaxando? Dá uma semana de canalhismo gastronômico e vc começa a se sentir suja? Mais ou menos isso.
Mas gostei da musculação, e da ideia central dessa brincadeira. Ficarei atenta sim.
Nem precisa ficar atenta aqui, pois aqui é ambiente controlado, nada de ruim vai acontecer com ninguém. Mas é uma lição para se levar para a vida. E se isso fosse no mundo lá fora?