
Método anticientífico.
| Desfavor | Desfavor da Semana | 27 comentários em Método anticientífico.
+A crise econômica está batendo com força à porta da ciência brasileira. Não bastassem as medidas de ajuste fiscal, que reduziram o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em 25%, e do Ministério da Educação (MEC) em 9%, o setor sofre com a perda de royalties do petróleo e o saque de recursos destinados à pesquisa para o pagamento de bolsas do Ciência sem Fronteiras, que em 2014 drenaram R$ 2,5 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O Brasil é um experimento que deu errado. Desfavor da semana.
SALLY
A “Pátria Educadora” de Dilmão continua fazendo cortes nas áreas de educação, ciência e tecnologia. Aumento para juiz? Ok. Aumento para políticos? Ok. Mas na hora de incentivar as cabeças pensantes do país, não tem dinheiro, tem crise econômica e cortes. Deve ser uma forma de assegurar que o partido vai continuar no poder por mais e mais décadas, mantendo as pessoas em um grau de burrice e atraso civilizatório digno de republiqueta da América Central.
O Ministério da Ciência e Tecnologia tomou um corte de 25% no orçamento, enquanto juízes ganham um Jetta novo no valor de cem mil reais, com motorista. Isso parece uma escolha de um país que quer evoluir? O que é mais supérfluo, uma vacina que evite milhões de doentes, descobertas que economizem energia e água ou juiz ter carro do ano com motorista? É esse o preço por chegar ao poder dando a bunda para todo mundo que pede, se fica escravo de todo o entorno, dividindo esse bolo de acordo com a vontade dos convidados.
Curiosos, quando lhe convém, Dilma é pintada como a intransigente que não sabe negociar, a durona que faz homem chorar, a mulher-dragão que peita tudo e todos. Balela, falsa glamourização, ainda por cima pelos motivos errados. Na prática o que se vê é uma infeliz despreparada que negocia até a própria mãe, sem qualquer vergonha na cara ou coerência com seu discurso. Basta dessa glamourização de Dilma como Dama de Ferro Tupiniquim, ela está cagando o país de ponta a ponta para pagar aos agiotas que a elegeram, essa é a verdade. É uma cuzona, que não peita ninguém, um fantoche feio e mal feito de Lula.
A presidente da Sociedade Brasileira para Progresso e Ciência deu uma entrevista dizendo que a ciência atravessa seu pior cenário nos últimos 20 anos. O governo não apenas cortou verbas destinadas a pesquisas científicas relevantes como ainda alterou regras de distribuição de royalties do petróleo que favoreciam a ciência e tecnologia, desviando-os para a compra de votos e outras áreas de interesse próprio.
Está tudo muito errado, quando uma pessoa gere um país de dimensões continentais como o Brasil pensando no seu próprio interesse, ou no interesse de poucos, é evidente que não vai dar certo. Pior ainda se essa pessoa é burra, tosca, idiota e não consegue nem ao menos revestir isso com um manto de aceitabilidade, metendo no cu do povo a seco. Taí, menos de 7% de aprovação, com seu Vice dizendo em público que não vai chegar até o fim do mandato. Bem feito.
Dinheiro para ajudar a ciência e tecnologia de outros países (desde que sejam de ideologia política semelhante, é claro) há. Há e sobra. Bilhões, eu disse Bilhões, são destinados direta ou indiretamente a fomentar a ciência e tecnologia de vizinhos, provavelmente em alguma troca de interesses escusos. Dinheiro que, no caso, acaba nem ajudando a ciência estrangeira, pois vai para pessoas que são farinha do mesmo saco que essa corja petista e embolsam tudo como fundo de campanha. Moral da história, financiamos essa gentalha toda às custas de atrasar nossas descobertas médicas e científicas. Que beleza, hein?
A situação é tão vergonhosa que até calote estão dando. Enquanto parlamentares e juízes recebem salários que não raro ultrapassam os cem mil reais (teto é uma ficção que só os muito inocentes pensam existir), cientistas renomados como a neurocientista internacionalmente reconhecida, Suzana Herculano-Houzel, aguardam por dinheiro prometido. Em 2014 ela teve um projeto de 50 mil reais aprovado. Sabe quanto ela recebeu até hoje, mais de um ano depois? Seis mil e quinhentos. O resto ela está tirando do próprio bolso para manter a pesquisa em funcionamento e não perder tudo que já trabalhou. Estas são as prioridades do PT.
E são prioridades declaradas! Não é como se tentassem esconder ou coisa do tipo. Está sendo feito de forma aberta, declaradamente, para quem quiser ver. É uma escolha tirar dinheiro de áreas como educação, ciência e tecnologia e investir em propaganda partidária e aumento salarial para quem já ganha muito. Os cortes do Governo Dilma são bem seletivos.
A canalhice não me espanta, o que me espanta é a burrice de não perceber que o país todo perde com esse tipo de mesquinharia. É ruim para todos, inclusive para eles, a longo prazo. Um povo emburrecido, estagnado, atrasado, tende à barbárie. E a barbárie guilhotina governante em praça pública. Uma estratégia bem arriscada para quem está com 7% de aprovação.
Ela não acordou de um dia para o outro com 7%. O PT já chegou a ter mais de 80% de aprovação. Isso vem caindo sistematicamente, como uma resposta popular a esse tipo de imbecilidade declarada. Eles continuam com a mesma postura e mesmo discurso, apesar da queda vertiginosa. Não duvido que se o PT alcançar a notável marca de 0% de aprovação eles continuem repetindo o mesmo discurso de sempre e mantendo as mesmas atitudes. São idiotas, engessados, cegos que repetem à exaustão uma tática que deu certo 20 anos atrás mas que agora não dá mais.
Tão toscos, tão obtusos, tão limitados que são incapazes de perceber a evolução social e sentir as novas demandas. Repetem, repetem e repetem, da mesma forma que um orangotango tenta enfiar à força um cubo em um buraco onde só cabe um cilindro. É patético, seria até risível, se esses idiotas não estivessem prejudicando o país, e quem sabe até a humanidade. Frear o progresso científico é uma coisa muito série e muito grave. Até então, eu não queria, mas agora desejo de coração que Dilma caia e entre para a história como a idiota que conseguiu se afundar até ser enxotada.
Para esquecer o PT e falar do Pilha, para dizer que deveriam fazer experimentos científicos com Dilma ou ainda para alegar ter desistido de política: sally@desfavor.com
SOMIR
Quando o cinto aperta no orçamento doméstico, costumamos cortar primeiro com as despesas não essenciais. Faz sentido: podemos abrir mão de algumas coisas enquanto esperamos por dias melhores, fica a cargo de cada um fazer esse juízo de valor e decidir o que priorizar. Normalmente, a conta de luz é consideravelmente mais importante do que frequentar um cinema, por exemplo. Agora, se você acha o contrário, bom, é a sua vida. Fica no escuro mas não deixa de ver o último blockbuster do mercado! Direito de cada um.
A não ser, é claro, que você seja o Estado. Aí as responsabilidades ficam um pouco maiores. Nós financiamos o governo justamente para que ele faça escolhas pouco naturais no curto prazo e garanta mais do que a viabilidade imediata do local onde vivemos. Entre investir em mais policiais e viaturas ou em educação básica para reduzir um problema de segurança pública, a solução imediatista soa bem mais lógica. Se o seu medo é ser assaltado, um policial patrulhando sua rua é uma resposta bem mais natural do que um investimento no longo prazo para que tenhamos menos assaltantes no futuro. Mas mesmo assim, o Estado deveria trabalhar nos dois sentidos. A administração pública ideal é competente no agora e excelente no daqui pra frente.
Até porque não haveria nenhum avanço social significativo sem isso. Muitos ignoram que a história humana teve suas melhorias de qualidade de vida acontecendo em progressão geométrica até aqui: durante centenas de milênios vivemos não muito melhor que animais selvagens, nos últimos séculos começamos a tomar a cara de uma civilização em larga escala, e somente nas últimas décadas estabelecemos os padrões mínimos que pautam o que consideramos direitos humanos universais atualmente. A verdade é que ficamos menos imediatistas e paradoxalmente, começamos a nos mover incrivelmente mais rápido.
O segredo foi e ainda é focar no desenvolvimento continuado de mentes e tecnologias que nos permitam resolver problemas básicos de forma cada vez mais eficiente. Ao invés de simplesmente dar o peixe, decidimos que nossa sociedade seria pautada em ensinar a pescar. Deu certo, deu muito certo, mesmo considerando que ainda vivemos num mundo cheio de gente atrasada e negligenciada. O Estado deveria entender que faz parte desse processo e agir de acordo, foco no futuro para “pagar” o investimento que recebeu do passado; afinal, é justamente isso que permite a progressão social na escala que temos. Deveria, mas quando temos governos ruins, fica evidente o desvio desse padrão.
O imediatismo que causou a crise brasileira para começo de conversa é também o que faz o setor público decidir que ciência é “cinema” e começar a secar os já muito parcos investimentos na área. Não que o Brasil tenha algum histórico aceitável de fomento da produção científica, mas redução? Gastos astronômicos com setores de maior representação política e cortes no que nos permite um futuro melhor? Aí é pegar a contramão na História! Ciência não é só saciar a curiosidade humana, é o caminho necessário para evoluirmos como sociedade.
Sem produção científica, não somos muito melhores que uma sociedade pré-histórica com smartphones importados. O Brasil já paga um preço enorme por depender demais de agricultura e extrativismo para formar sua economia, o que podemos ver inclusive na vulnerabilidade de nossos mercados diante de crises internacionais. Quase tudo o que produzimos é commodity, coisas que não importam de onde venham para os compradores desde que sejam suficientemente baratas. O Brasil se posiciona no mundo como extremamente substituível justamente por não conseguir incentivar sua ciência.
Ao enfraquecer ainda mais o que historicamente já era fraco, estamos sepultando nossas chances futuras de segurança e relevância não só no cenário econômico mundial, como na evolução social da humanidade como um todo. É como se o Brasil estivesse protelando indefinidamente um compromisso importante, acreditando que seja lá o que possa ganhar com isso, pode esperar. A verdade é que não pode. Os países que já perceberam essa necessidade de diferenciação por produção científica própria vão começar a saltar na frente, um por um. A janela de oportunidade vai se reduzindo com o passar do tempo, e quem não aproveitá-la enquanto é tempo estará relegado ao papel de seguidor por muito e muito tempo.
Deitados eternamente em berço esplêndido, talvez assistamos o resto do mundo dando passos importantes rumo ao futuro e continuemos relegados ao papel de fornecedores da riqueza alheia. O Brasil parece preso ao papel de país do futuro indefinidamente. Mas não existe futuro sem foco em ciência, o que já foi provado vez após vez pelas sociedades que já gozam de status privilegiado nos dias atuais. Temos que agir para deixar de ser uma promessa. Mas elegemos para controlar nosso Estado gente que só pensa no presente. Gente que acha que cortar gastos com produção científica é uma forma válida de lidar com uma crise…
Assim fica impossível avançar o experimento. Nossa hipótese é que seremos grandes em algum ponto do futuro, nosso método é não fazer nada e esperar acontecer…
Quando uma notícia (não tão) velha parece de ontem, péssimo sinal ! MCTI, um dos tantos “poços sem fundo”…
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/09/alunos-brasileiros-estao-na-lanterna-em-ranking-de-habilidades-digitais-diz-ocde.html
Sempre uma vergonha…
Interessante também é que não corta em Lei Rouanet e o ciências sem fronteiras.
Eu acho que talvez esses projetos tenham uma importância política imediata, angariar cordeiros a favor do governo.
texto perfeito, por isso ainda acompanho esse blog!
Não cortam nada que interesse a terceiros, só o que é essencial ao povo
É verdade !!!
Aliás :
…nem fundo partidário (suborno rola de qualquer jeito),
nem publicidades na TV aberta…
:/
Do próprio “neocarrasco” dela : novamente, MAIOR, e “realidade”.
A situação é muito tensa. Os cortes não são de agora não. De julho de 2014 em diante, já havia cortes severos, mas ainda não divulgados. Conheço mais de cinco cientistas bolsistas de produtividade do CNPQ que enviaram pedidos de pós-doutorado para seus alunos recém doutores. Os cinco tiveram os pedidos negados. As alegações variavam de baixa qualidade do trabalho (um absurdo, pois eram projetos que já haviam sido aprovados anteriormente para pesquisas), até a falta de documentação QUE NÃO PEDIAM NO EDITAL. Um absurdo. Depois de várias rodadas de pedidos de revisão, negaram todos os pedidos. Naquele momento, não sabíamos que a situação econômica do país patinava tão fortemente. Agora, obviamente, esse ano a coisa piorou, e piorou muito. Na Universidade onde dou aulas, o corte da pós-graduação foi de 63%! Isso mesmo, pegaram as pós-graduações e fizeram o seguinte: Continuem funcionando, mas com 63% menos de verba, ok? Isso é possível? Claro que não. No entanto, a grande mídia comprou a ideia de que o corte foi bem menor. Isso porque mantiveram as bolsas. No entanto, parte considerável da pós-graduação (mestrado e doutorado) vem de dois programas: O PROAP e o PROEQUIPAMENTOS. Sem dinheiro desses dois programas da CAPES, as pós-graduações não tem como pagar uma série de despesas obrigatórias para a sua manutenção. Ademais, os pesquisadores ficam sem verba para apresentar trabalhos, ou participar de reuniões científicas no Brasil e em outros países! Quem corta verba de pesquisa, corta o próprio futuro do país, pois é onde se faz inovação! O PT tem orgulho de governar um país exportador de batata, soja e minério bruto. E, pelo que parece, quer que seja assim para sempre. É um absurdo.
Por outro lado, tem sempre os campeões nacionais. Assim como elegeram a Friboi a campeã da proteína animal, a Odebrecht a campeã da engenharia, elegeram o Miguel Nicolelis o campeão da Ciência brasileira. Só ele recebeu, do governo federal, e sem edital, mais de 300 milhões de reais. Percebam que ele é um cientista de ponta, um dos melhores do mundo na área da neurociência. Mas, no entanto, é justo com o restante dos cientistas brasileiros sérios e que ficam em suas universidades quase sem nenhuma verba para pesquisa? O caso da Suzana Herculano-Houzel é um bom exemplo (pois ela é mais conhecida). Sabe o que você faz com 60 mil reais? NADA! Absolutamente nada. Enquanto o Nicolelis recebia mais de 300 milhões, sem edital, a Herculano-Houzel recebia menos de 100 mil, para anos de trabalho, por meio de edital do CNPQ. E, pior que isso, ao receber um volume maior de recursos de fora do país, não pode usar devido à burocracia brasuca. É mole? Tem mais, recentemente ela informou que teve produtos de pesquisa bloqueados pela receita federal, após a sua importação. Mesmo utilizando o sistema “importa fácil” do CNPQ, que, em tese, deveria facilitar a importação de insumos de pesquisa (sem impostos), teve seus produtos barrados e TAXADOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O Brasil é uma grande piada.
E uma piada de bastante mal gosto!
Como pesquisador e docente de universidade pública, assino embaixo de tudo que o colega El Bigodón falou. Nada mais a acrescentar! :-(
Em termos porcentuais foi corte pequeno perto do que se poderia ter. Teve pasta que teve corte de mais de 50%. Só que como dentro das dotações orçamentárias a pasta de educação tem um dos maiores pesos, o corte dessa pasta foi maior em termos absolutos… Mas tudo na tentativa (vá ao meu ver) de tentar segurar recursos em moeda “forte” aqui dentro. Acha que porque o Dólar está encostando nos níveis do fim de 2002?
O corte poderia ser enorme se suprimissem luxos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. ABSURDO cortarem de educação, ciência e tecnologia. ABSURDO.
ABSURDO MESMO !
(Pseudo) Ajuste Fiscal = Estraçalhamento Fiscal, sem mais !
É por essas e outras qu eu decidi ir embora do Brasil. Textos excelentes.
Para onde você foi? Como fez para sair? ME AJUDA!
Ainda estou aqui, Sally, apenas decidi que vou para a Europa em breve. Trabalho na área de TI e tenho inglês fluente (já fui professora), o que me permite uma grande mobilidade e maiores chances de ser contratada por uma empresa estrangeira. Eu me formei na área de humanas, mas troquei de profissão ao perceber que era apaixonada por tecnologia e trabalho remoto, que permite uma maior flexibilidade na rotina. No momento, estou prestando serviços para uma empresa americana, mas tenho me esforçado para aprender cada dia mais e conseguir novos clientes estrangeiros. Para vc que é advogada, acho que pode prestar um exame de validação para exercer sua profissão em outro país. Sei que você fala várias línguas e é uma pessoa muito culta, então por que não tenta ir para o Canadá? Eles estão dando cidadania para pessoas com nível de escolaridade alta, que possam trabalhar nas áreas de maior carência por lá. Outra opção seria vc escrever para as universidades de vários países (tenta a Polônia), pedindo uma bolsa para estudar um doutorado ou pós por lá. Se seu histórico escolar for bom, a chance de te aceitarem é grande. Um conhecido meu conseguiu estudar na Polônia assim, as aulas lá são ministradas em inglês e tudo que você precisa é passar em um teste de proficiência. Outra coisa que tem a ver com seu estilo é se tornar uma blogueira para empresas estrangeiras, já que vc escreve bem. Muitas empresas internacionais têm interesse em criação de conteúdo voltado ao mercado brasileiro, pode ser interessante para você. Dá uma olhada no blog Pequenos monstros, foi esse texto que me incentivou: http://www.pequenosmonstros.com/2014/07/morar-fora-passo-a-passo-guia-para-mudar-de-pais/
É isso, Sally, espero ter ajudado.
Obrigada, Tina!
Sensacional, Tina, ajudou sim !
Pra cima “deles”, Sally, você também (“já”) consegue sim !
E depois você ainda pode pensar em ser antropóloga (risos).
#ajudanós !!!
Um bom exemplo disso é o número de editais que as agencias de fomento estão patrocinando. O CNPq praticamente sumiu, abriu apenas 9 editais até agora, quando o normal seriam 50. E nenhum deles é para projetos individuais de pesquisa, como o Universal. A situação mais ridícula ocorre no RS, aonde o indigente governador Sartori acha que vai resolver a crise simplesmente fechando os institutos de pesquisa. Da próxima vez que fraudarem leite (tipo, hoje), simplesmente não vai ter quem faça o teste direito, já que os LACENs dependem das fundações.
É o tipo de situação que prejudica a TODO MUNDO, como é possível que o Governo não veja?
Honestamente? Isso está de acordo com o que a população sente ou pensa, e é resultado de falta de ações políticas de publicidade e conscientização. Estou trabalhando numa universidade americana e eles têm um LOBISTA em Washington. Toda universidade brasileira deveria ter um. E eles fazem eventos semanais de debate com politicos, juizes, população, professores, alunos, artistas e o escambau. Nós estamos muito aquém disso. Não acho que a culpa seja apenas dos cientistas e professores, mas existe um certo comodismo-coitadismo na equação. Tinha que fechar a Av. Brasil por causa disso, e não só ficar reclamando de salário e cruzando os braços, o que é super cômodo.
Pois é, Fernando, mas ainda há tabu BM até com lobby (apesar das “bancadas” daqui !) que “aqui” até acadêmicos preferem (também) o status quo ao “partir pra vera” – #LDLsubindo
Mas hein ?!
Nossa, mencionaram tanto o Tarso estar (praticamente) “foragido” aqui no RJ e nem parecia que o Sartori estava com (significativa) culpa própria também – havia lido também que não “apenas” o RS tá como SP dos anos 90 como futuramente pode enfim “deslanchar” – aproveitando que estou de fora para não contar com isso em 3,2,1…
Na universidade em que estudo, a CAPES e o CNPq juntos liberaram incríveis 3 bolsas de mestrado e 4 de doutorado!
Somir, nós somos uma sociedade pré-histórica com smarthpones importados… não temos nenhuma importância econômica, não produzimos conhecimento, ciência, nada.
Adorei isto que o Somir disse: “não existe futuro sem foco em ciência, o que já foi provado vez após vez pelas sociedades que já gozam de status privilegiado nos dias atuais”. Pena que quem tem poder pra nos tirar de nosso eterno berço esplêndido não saiba disso…
E eu quero destacar ainda este outro trecho: “A canalhice não me espanta, o que me espanta é a burrice de não perceber que o país todo perde com esse tipo de mesquinharia. É ruim para todos, inclusive para eles, a longo prazo. Um povo emburrecido, estagnado, atrasado, tende à barbárie. E a barbárie guilhotina governante em praça pública. Uma estratégia bem arriscada para quem está com 7% de aprovação.” Perfeito, Sally. E quem sabe essa cambada que, infelizmente, ainda nos governa se toque se um dia alguém berrar isto na cara deles.
Ah! E eu também já mandei o link deste post pra umas pessoas. Achei que tinham que ler isto.
Ah mas eu me recuso a assistir daqui o progresso da humanidade, já tô me preparando psicologicamente pra sair desse buraco e só voltar pra cuidar dos familiares e depois quando eu for pra vala, por que olha, é de cair o cu da bunda as merdas que estão fazendo com o pouco de inteligência que resta a essa (hipotética) nação