Folia indigna.

Carnaval está chegando. Temos uma surpresa para vocês semana que vem, mas vamos aproveitar esse clima de pré-carnaval para fazer uma pré-reclamação das cenas nefastas que veremos. Sally e Somir discutem o pior dos hábitos dos brasileiros médios em festa de uma forma… natural. Os impopulares sambam junto.

Tema de hoje: Qual o elemento mais indigno do carnaval?

SOMIR

Espécie fascinante, essa. O Brasileirus Medius, conhecido popularmente por Raça Maldita ou Pobre de Espírito, esse animal não é de chamar muita atenção normalmente, aparecendo mais em estatísticas de violência e desrespeito aos direitos de seus pares. Não se destaca em muitas áreas, é tratado com certo desprezo por seus vizinhos, mas… uma vez por ano, o BM (vamos chamá-los carinhosamente assim) cria um dos maiores eventos públicos do planeta: o carnaval.

Quando chega uma determinada data do ano, decidida por um obscuro processo de contagem de dias que a maioria deles mesmos não compreendem, é como se toda a espécie entrasse no cio simultaneamente. Um show de contrastes: alegria, agressividade, pobreza, luxo… o carnaval do BM é impressionante, mas se eu tivesse que definir o aspecto mais fascinante, eu escolheria o hábito de se fantasiar.

O BM não costuma ser um animal atraente se considerarmos a média, a maioria mal cuidada, oleosa e exalando cheiros desagradáveis por causa do forte calor comum em seu território, o que talvez possa explicar que quando sua imensa maioria entra na época de acasalamento, uma das estratégias mais comuns seja transformar a própria aparência, na esperança de em conjunto com a imensa quantidade de álcool consumido, consigam lidar melhor com suas inseguranças e medos de rejeição.

O curioso é que em qualquer outra época do ano, o hábito seria considerado ridículo por seus pares. É só com a segurança da aprovação social que o BM esforça-se para se diferenciar da massa, uma contradição divertida, se me perguntarem. E as fantasias podem ser dos mais diversos tipos, mas sempre lembrando que talvez até pelo clima local, o BM não seja muito dado a gastar energia com nada além do ato do acasalamento propriamente dito. O resultado é um desfile generalizado de preguiça não só nas escolhas das fantasias quanto na qualidade delas.

A tendência é que a maioria ou siga padrões testados em festividades anteriores ou repita um grupo bem determinado de fantasias baseadas em fatos recentes de sua sociedade. E quanto menos trabalho, melhor. Não é incomum que um BM apenas compre uma máscara imitando uma celebridade e perca-a minutos depois pela impossibilidade de beber álcool e vomitar usando uma delas. Na verdade, a fantasia soa como uma substituição do álcool cujo propósito se esvai depois de devidamente inebriado.

Mas isso é muito comum no padrão de comportamento do animal em questão, normalmente há um baixo índice de comprometimento com a maioria das tarefas. O que não quer dizer que todos sejam assim, em muitos casos, a fantasia é motivo de orgulho para o BM. Vide o caso de um grupo cada vez mais numeroso de fêmeas, que vamos chamar de VG, abreviação de Vadias Genéricas. As VG normalmente trabalham boa parte do ano oferecendo os mais diversos serviços para machos abastados, em troca de poderem comprar fantasias mais requintadas para desfilarem diante do resto do grupo.

E se você imaginou que essas fantasias significariam mais material envolvido na montagem, enganou-se. Na verdade, é sinal de status entre elas definir qual está usando a fantasia mais reveladora. Com as mamas frequentemente expostas e pequenas tiras de material recobrindo o mínimo possível de genitália, digladiam-se pela atenção. O sucesso nessa empreitada normalmente é seguido pela exibição remunerada daquele pequeno pedaço de genitália previamente coberto.

No sentido oposto, os machos homossexuais da espécie derivam grande prazer de exibirem-se com as maiores fantasia possíveis, imitando outras espécies como o pavão, mas com padrões de cores muito mais berrantes e incoerentes dos encontrados na natureza. Para eles não há recompensa futura além do reforço público de sua orientação sexual. O que infelizmente o BM só tende a aceitar – a título de curiosidade e com a desculpa de ter bebido demais – durante essa época do ano.

Durante os desfiles comuns nessa festividade, podemos ver milhares de BMs subnutridos exibindo-se orgulhosamente em fantasias parecidas. Fere o senso estético de espécies mais evoluídas, mas para o BM é um dos ápices de sua vida. Frequentemente negligenciado pelos líderes do grupo, tem ali sua única chance de atenção. Sentem-se poderosos e confiantes com as fantasias, mas é basicamente isso que elas são: fantasias.

Podemos também ressaltar um outro hábito intrigante: durante o carnaval, muitos machos que se consideram heterossexuais se vestem como membros dos sexo oposto. Parecem confortáveis e seguros imitando os maneirismos das fêmeas, muito embora não sejam particularmente atraentes nessa forma. Teoriza-se que o costume tenha raízes em desejos reprimidos por uma sociedade muito castradora.

O carnaval dos BMs é um festival de cores aberrantes que só agradam aos olhos deles mesmos, mas nada parece fazê-los mais felizes. Suas fantasias são um refúgio momentâneo de suas realidades sofridas, ou mesmo válvulas de escape para a repressão social tão presente em outras épocas do ano. Claro que do ponto de vista de animais mais evoluídos como nós tudo parece muito confuso e hipócrita, mas devemos entender as necessidades desse grupo: fantasiam-se e inebriam-se para lidar sua realidade.

Para dizer que trocaria de canal nesse documentário, para dizer que mal pode esperar para descobrir qual será o menor tapa-sexo da temporada, ou mesmo para dizer que essa espécie já já entra em extinção: somir@desfavor.com

SALLY

Carnaval, vocês devem saber, é época de indignidade. Calor, suor, bebedeira, putaria, vômito, fantasias toscas, música ruim e tantas outros desfavores se fazem presentes nesta época do ano. Entre tantos desfavores, qual é a maior indignidade?

Na minha opinião, é o asqueroso hábito de urinar na rua, em público, onde quer que esteja, tal qual um animal. Eu disse animal? Bem, meu cachorro tinha algumas ressalvas para urinar na rua… São piores que animais.

Tomo como exemplo o Rio de Janeiro, onde foram distribuídos banheiros por todos os cantos da cidade, foi feita uma campanha de conscientização, foi estipulada multa de quase mil reais para quem for flagrado urinando na rua, e, o mais importante, está acontecendo algum grau de fiscalização.

Mais de cem pessoas já foram multadas, entre homens e mulheres, e, ainda assim, neguinho continua mijando na rua. E não é que vão para um canto escondido nem nada. Param onde estão, onde sentem vontade, tiram a roupa que os atrapalha e urinam lá mesmo, diante de todos os olhos curiosos: idosos, crianças, mulheres, homens e quem mais estiver olhando.

Além da nojeira de deixar seus dejetos no meio da rua, onde qualquer um pode passar e pisar, se expõe. Ano passado eu fotografei ostensivamente pessoas urinando e nenhuma delas parecia constrangida nem incomodada de estar sendo fotografada. E, chamem de machista, mas quem mais me choca são as mulheres, pois para elas o custo dessa gracinha pode sair mais caro por causa do modelo social no qual vivemos. Ruim? Injusto? Certamente. Mas não creio que se conteste nem se resolva colocando a buceta para fora no meio da rua.

Primeiro que para uma mulher é fisicamente mais difícil urinar de pé, na rua. Não tem como conseguir essa façanha sem se respingar toda, sem se sujar. Daí a mulher se expõe, levanta a saia, puxa a calcinha para o lado (muitas vezes enquanto é fotografada e filmada por homens), mija na rua e em si mesma, não se limpa, levanta a calcinha e vai para o bloco pegar geral, e provavelmente fazer sexo com alguém nessas condições. Se isso não é o auge da indignidade de um ser humano, eu não sei o que é.

Se um dia houve espaço para fazer uma coisa dessas sem se prejudicar, deve ter sido antes da era dos smartphones. Hoje, acredito que ser conduzida a uma delegacia por policiais aos gritos de “MIJONA! MIJONA!” de toda a multidão à sua volta, ser autuada, ficar registrado para sempre que cometeu a infração de urinar no meio da rua e perder mil reais seja o de menos.

Hoje, o pior é que aquilo fica imortalizado dentro do celular de alguém, e pode ser facilmente disponibilizado para o mundo todo. Mas, até aí, ok, quais são as chances de alguém ligar o fato à pessoa? Bem, todo mundo tem inimigos. Todo mundo tem pessoas que além de desgostar, fariam muito para prejudicar, um vizinho chato, que seja. Então, um vídeo que está circulando por aí, ganha nome, telefone e endereço assim que uma pessoa que não te quer bem põe os olhos nele. Alias, nem precisa, basta ser um espirito de porco que diga nos comentários: “Ih! Olha lá a Fulana”.

Pronto. O vídeo ganhou seu nome e sobrenome. Estará para sempre no Google (boa sorte tentando remover esse conteúdo do ar, não está na lista de coisas que o Google tire). Dali para frente, qualquer entrevista de emprego, qualquer colega de trabalho, qualquer pessoa que você comece a sair e decida saber mais sobre você, poderá facilmente ter acesso a esse vídeo. É isso que as pessoas ainda não perceberam: os tempos mudaram, as cagadas que fazíamos nas décadas de 80 e 90 hoje nos acompanham, como acessórios malditos, como apêndices da vergonha. É hora de começar a se portar de acordo com essa nova realidade.

Mas aí entra outro fato: álcool. Fica difícil se portar de forma racional quando está um calor de 40° e a pessoa está bebendo sem parar para suportar o incomodo do programa. Apontem uma pessoa que frequenta bloco de carnaval, esse inferno, sóbria. A pessoa bebe, vai perdendo a inibição, vai perdendo o discernimento, vai sentindo os efeitos diuréticos do álcool e, em algum ponto, acha que não tem nada de mais fazer aquilo.

Brasileiro tem disso, mais do que o resto do mundo. Se acha esperto, acha que com ele não vai dar errado, acha que não vai acontecer nada. Na hora, parece seguro. Na hora parecia uma boa ideia. Isso se chama Irresponsabilidade. Não é saber aproveitar a vida, não é ser relax, não é ser descolado. É ser irresponsável. Vai lá e mija na rua (e em si mesmo ou em si mesma), tem o ato documentado e ainda fica revoltado se achando cheio de direitos, tipo Chico Buarque que foi fotografado pegando mulher casada na praia e depois disse que estavam violando sua privacidade. Quem faz isso no meio da rua está dando publicidade ao ato.

Os desdobramentos de mijar na rua são absurdamente nojentos no momento e absurdamente humilhantes depois. Não vejo nada nesse mundo que bata esse combo de indignidade. Além de tudo, de quebra, ainda expõe “sexualmente” falando, pois uma mulher arreganhada mijando ou um homem com pinto de fora não serão tratados como pessoas praticando um ato fisiológico pela internet, sabemos bem disso.

Tenho uma conhecida que foi filmada em uma situação dessas uma década atrás e os coleguinhas do filho na escola acharam o vídeo e o exibem dia sim, dia também para todos. O filho dela é chamado por apelidos como “Filho da mijona” e tem que escutar dos colegas que “eu vi a buceta da sua mãe mijando”. Já trocou de escola duas vezes. Parabéns para a mamãe, que por um ato impensado de dez segundos está tornando a infância do seu filho tortuosa. Esse é o problema de atos documentados, eles voltam para te morder na bunda quando você menos espera e respingam em todo mundo que está à sua volta.

Mijar na rua é preguiça, não necessidade. Existem bares, restaurantes, inúmeros estabelecimentos comerciais que permitem que se use o banheiro, nem que você tenha que consumir uma água. Se você não paga cinco reais para não passar por essa humilhação, bem, você a merece. Para a cervejinha todo mundo tem dinheiro! Também existem banheiros públicos. Existe a opção de segurar até chegar a um local próximo com banheiro. Existe a opção da casa de um amigo nas redondezas. Existem muitas outras. Fazer suas necessidades fisiológicas no meio da rua não é necessidade.Enganem-se se quiserem, a mim não enganam.

É se expor demais, se colocar em uma situação nojenta do ponto de vista sanitário, criar um risco futuro de humilhação e degradação para sempre. Mijar na rua é sem dúvidas a maior indignidade do carnaval.

Para dizer que o carnaval em si é uma indignidade, para achar que nunca vai acontecer com você ou ainda para pedir que por favor não falemos mais em carnaval pois você já está de saco cheio antes mesmo de ter começado: sally@desfavor.com

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Comments (70)

  • Creio que o assedio sexual, a falta de respeito, ” a mao boba”, etc, seja o aspecto mais indigno da festa de Momo. Também não curto Carnaval, me solidarizo e me identifico com tudo o que expressou Morena Flor em relação ao Carnaval daqui de Salvador, mas acho que poderia ser melhor.

    Escolhendo um dos pontos de argumentacao, fico com a fantasia, já que o ato de mijar na rua acontece diariamente, independente da festa.

      • Vai mesmo, Sally, e é por isso que tô dentro de casa nestes dias de folia. Talvez eu saia de casa um pouquinho, mas a maior parte é dentro do conforto do meu lar, fazendo as coisas que tenho de fazer e descansando um pouco.

        E reparem todos como os jornalistas deram a notícia: De que descobriram vírus zika ativo em urina e saliva, mas disseram que nada confirma que zika pode contaminar por esses meios. Falam assim porque estão com o CU literalmente PISCANDO, não querem causar “pânico” em plena festa da putaria e troca de fluidos generalizada. Mas como vírus não respeita farra (antes muito pelo contrário), a bagaceira será terrível e depois das festas veremos o (horroroso) resultado de tudo isso aí. Mais problema na conta do povo. E enquanto isto, a OMS recomendou que o Brasil cuidasse dos direitos reprodutivos das mulheres e o Brasil nada de dar sinais de legalizar o aborto ou trabalhar com mais afinco no combate do mosquito. E ainda vejo em rede social reportagenzinha de moça com microcefalia que viveu – e tome comentário de “Ah, é milagre, se ela conseguiu, outras crianças podem também, aborto é pecado-errado-crime e pronto”. BM é uma desgraça mesmo…

          • Demorou, já deviam ter cancelado. Garanto que outros países não vão querer mandar seus atletas pra pegarem contagiosas doenças aqui pra terminar de infestar o resto do mundo.

          • Nossa (!), se até a Forbes tá abordando…

            Sei lá, não duvido que ainda tentem até novembro (esses que “arrastaram a crista da onda” por 2013 e 2014…”o que seriam oito meses, né ?”); se já houve vários que saíram do petismo por causa das municipais e até de 2018, ainda vão tentar conter até esses outros…

  • Bom, as fantasias, tanto literais como figuradas, podem esconder várias indignidades, mas ainda assim não dá pra dizer que o propósito de toda fantasia seja esse. Agora, o ato de mijar e até cagar em público é 110% indigno. Não tem justificativa. Mostra que basta ter a desculpa certa que a pessoa não veria problemas em deixar suas excretas no meio do caminho dos outros.

    Falando em desculpa outra grande indignidade do Carnaval é a galera que acha que está tudo OK em beber que nem um gambá, ser barulhento e inconveniente, ser promíscuo e quem sabe até botar uns chifres no namorado ou namorada, porque “é Carnaval”.

    • Eu tenho um nojo dessa promiscuidade embalada a alcool e suor… não sei como as pessoas podem ficar se chupando nessas condições sanitárias.

  • Sem dúvida povo fazendo suas necessidades na rua é o pior. Eles se recusam a pagar R$0,50 para usar um banheiro!!!!!! Mas pasmem na minha cidade e vizinhas (carnaval de rua) sempre tem gente com fantasia complicada que mija na fantasia mesmo e continua a noite toda usando aquilo, é um terror.

  • O lugar certo de mijar é a terra, que absorve tudo. Tirando os animais que mijam na água, os outros mijam na grama ou na areia. Mijar no asfalto, no cimento ou na pedra é que não dá certo. Porém, há um animal que se sente desconfortável com sua animalidade e se fantasia com panos.

  • Eu acho que a maior indignidade do carnaval somos nós(*) sermos obrigados a carregar a “nacionalidade”(**) brasileira, ainda que não o sejamos na alma.

    (*) Por “nós”, entenda-se os habitantes da RID;
    (**) “Nacionalidade” é um conceito que não se aplica a povo brasileiro, como qualquer pessoa minimamente ilustrada sabe. E tal percepção vem desde a época da formação dessa republiqueta ordinária, montada como um Frankenstein, feita dum amontoado infeliz de gente derivada de misturanças étnicas as mais pobres e disparatadas possíveis, sem antepassados comuns, sem um senso de coletividade ou de proteção mútua, características sociais mínimas presentes em qualquer nação de verdade. Tão aí Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro (embora eu tenha certas restrições contra esse cara, já que ajudou a criar o braço acadêmico do PT, aquela merda de UnB), Lago Burnett e alguns outros escritores conscientes que não me deixam mentir.

  • E quanto ao horrendo hábito de mijar na rua, creio que isto é justamente devido à má educação que o BM tem dentro do próprio lar, desde pequenino: O que mais vejo nas ruas são pais e (especialmente) mães que arriam as calças dos meninos – e levantam os vestidinhos das meninas – para fazer “pipi” na rua. Aí crescem os porcalhões e acham que podem fazer na rua na hora que bem entende (mesmo que tenha um shopping center por perto, que fica aberto até tarde, com banheiro de graça pra todo mundo, como acontece em uma grande estação de ônibus de Valsador, a estação da Lapa, que tem DOIS shoppings centers por perto, com banheiro de grátis pra todo mundo e ainda sim vive cheirando a mijo – e por vezes, a fezes – e outros excrementos humanos. Uma visão do inferno.

    • Sim, a Mamãe coloca o filho pequeno para mijar na rua, acostuma com essa ideia primitiva de que se tem vontade, pode fazer onde quer que esteja!

  • Somir e Sally, parabéns mais uma vez! Infelizmente tenho de viver com o pior tipo de carnaval, com o pior tipo de BM: O “maior carnaval do mundo” do baiano médio (veja que, via de regra, é nos lugares piores que se puxa um certo tipo de ufanismo exacerbado). E ainda tem o pessoal que fica criticando quem critica este tipinho de carnaval, que é a coisa mais horrorosa deste mundo, onde as pessoas infelizmente afloram os piores hábitos que se pode ter, no mais alto nível de escrotice. E o fato de se tratar mulher como lixo então… É agarra à força aqui, beijo forçado acolá – e ainda tem quem conte isso dando risada, sinal de que a moral deste país já é um aterro sanitário há tempos (e o quão brucutu o BM é ao tratar com mulher), sem contar o péssimo hábito de som alto e outras baixarias (não me admira que brasileróide tenha uma imagem tão ruim lá fora, eles exportam os maus hábitos de casa tanto quanto zika vírus). Sinceramente, pra quê tanta baixaria junta? Coisa de gentinha mesmo. E depois quando verdades são ditas, são os memos que choramingam “mimimi sofri preconceito” e outras birras dignas de criança malcriada.

    • O carnaval da Bahia é algo assuntador. Seja pelas condições sanitárias, seja pela violência gratuita que o povão propaga. Eu sinceramente não entendo como tem pessoas que pagam caro por isso!

      • Verdade verdadeira Sally, eu fico sem entender também! Será que tantos têm prazer em se refestelar na imundície? Parece que sim… Hoje mesmo tive que sair nas ruas: Um festival de fedores dos mais indignos possíveis. Deus resolveu ser troll comigo, pra me fazer nascer nesta terra da baixaria!

  • Ainda bem que moro em uma região onde o carnaval não é um aspecto cultural forte. Pra mim passa totalmente batido.
    [Off] não posso deixar de comentar que, como a Sally previu há alguns dias em um texto sobre microcefalia, começou a discussão sobre aborto em caso de mulheres contaminadas pelo zika vírus. É um freak show ler os comentários dos BM sobre o assunto.

      • São umas frustradas com inveja de quem se livrou do problema (sim, isso mesmo, com todas as letras. Quem não conseguiu – porque o aborto é ilegal e não teve dindin/coragem pra fazer, não lida bem com esta situação de ficar com filho dependente por anos com ela e o lai da cria e aí fica descontando a raiva nas outras). Podem me chamar de má, mas eu tô de saco cheio com esse tipo de coisa. Conheço mãe de filho deficiente que não fica com esses “mimimi abortou é assassina”, mas aí é gente resolvida que não enche o saco dos outros, o que infelizmente, nestes casos, é minoria. A maioria não quer se foder sozinha, miséria quer companhia e ai daquela que escolher não “fazer companhia”, passa a ser digna de virar pária social…

      • Parei no primeiro. Quando vi respostas a um simples “se fosse comigo eu abortaria”, desisti de ler o resto. Parei em “então você não ama seus filhos, “perfeitinha”” (assim com aspas e tudo).

  • Essa merda agora tem o pré carnaval, ressaca do carnaval e daí o bagulho dura um mês inteiro. O pior dessa época são os macacos acharem que pode tudo, pode mijar na rua estilo Alicate, fazer merda na bebedeira estilo Alicate e estar no cio ignorando doenças estilo Alicate. Carnaval = Alicate

  • Ri demais do texto do Somir, mas concordo com a Sally. Mijar em público,além do papelão, é nojento, escroto, ridículo. O homem tem a facilidade de praticar a porquice em pé, talvez até por isso não procurem banheiro público. Mas é assustador a quantidade de honens que fazem essas porquices diarias e ainda tem a cara de pau de agir como se nada.
    Uma amiga me contou uma historia, de um cara que trabalha com ela, ela sempre o flagrava com a mão no saco, tirava a mão e cheirava (!!!). E detalhe que ele sempre comprimentava as pessoas com aperto de mão. Um belo dia ela se revoltou e disse :
    – Não o comprimentarei mais , vc não tira a mão do pinto ! Pare de fazer isso.
    Pensa que ele se incomodou? Deu risada e levou na brincadeira. É muita cara de pau e falta de educação, de bom senso !
    Tambem acho que para a mulher é mais indigno ser flagrada urinando que no caso masculino. Deve ser pela posição paga calcinha + mostra a periquita.
    Não é por isso que inventaram aquele cone, para a mulher encaixar na vagina e fazer de pé? Não conheço ninguem que se aventurou a testa-lo.

    • Olha, eu acho que o cone é igualmente humilhante e porco. Não se mija na rua e ponto, qual é a dificuldade das pessoas em compreender isso?

    • Olha eu testei o cone no sábado e gostei muito. Extremamente fácil. Mas fazer na rua nem pensar.
      E o desfavor todo é que tudo e todos usam a mesma desculpinha pálida pra todas as merdas: ahhh é carnaval!!!
      Odeio muito!

      • Você usa o cone dentro do banheiro? No que ele ajuda? Não precisa sentar no vaso? Não escorre pela pernas? Tantas perguntas…

        • Há algumas encarnações atrás quando eu ia nesses blocos maravilhosos de carnaval, em salvador mais especificamente, senti uma coisa quente respingar na minha perna, fui conferir e era uma filha da puta com um desses cones mijando no meio do bloco! Quem ja teve o prazer – not- de ir a salvador sabe que aquelas ruas inundam de mijo e gzuiz sabe mais o que! É foda…. detestável. E o cheiro das pessoas…Gente sério, qual o problema desses serumanos? Eles não sentem que estão apodrecendo em vida?

          • Ah Vanessa, em matéria de falta de educação, não existe fundo de poço para baiano médio. Quando eu acho que vi de tudo, leio o seu relato. Triste demais. Vergonha master de ter nascido nesta terra de imundos, porcos e cretinos.

            E veja que aqui a porcalheira não é só em dia de festa não… É o ano inteirinho! E eu tenho de aturar tudo isso aí todo dia… Mas sinto que minha hora de me picar deste poço de barbaridades está chegando – e já estou tomando minhas providências com relação a isto. A primeira oportunidade boa que aparecer pra mim eu me pico sem olhar pra trás. Não, eu não mereço esta terrinha de merda só porque tive o azar de nascer nela.

        • Que nada!
          Faz de pé, encaixa o cone e faz. Não escorre, não espirra e não é nojento. Pelo menos eu não achei. Só é meio desajeitado na hora de usar o papel higiênico. Mas te libera pra fazer nas privadas de qualquer lugar, onde dá pra entrar, pq tem banheiros que dá nojo mesmo.

  • Somir, você está tentando roubar o troféu do Hugo?

    Da próxima vez que eu for pra rua, na marcha das vadias, vou mudar O cartaz para: “Somos todas VGs”

    • Todo grupo cuja participação seja essencialmente facultativa permite críticas livres aos seus membros pelas características que escolheram demonstrar.

      Vadia Genérica é um subgrupo de participação essencialmente facultativa do grupo Mulheres.

      Com base nesses argumentos, sua acusação de machismo foi indeferida e a ação extinta.

  • Concordo com a Sally: o pior é a urina.

    PS: Eu ia para o Rio este ano. Algo deu errado, mas, se o algo for consertado, eu vou pedir umas dicas suas. E, sim, estou ciente da violência absurda e do Zika. Mas para fugir disso, eu teria que sair do Brasil.

      • Se você tiver que pagar, certamente não.

        Com o povão, é quente, sujo, mal organizado, comida e bebida cara, demora muitas horas e tem fila para tudo.

        Porém, se ganhar um camarote, vá. Ar condicionado, gente bonita, comida boa liberada, massagistas, spa, maquiadores… um luxo. Nem precisa ver as escolas.

        • Nem se fosse camarote eu ia, Sally, pagar caro pra ficar em Valsador com aquelas músicas de péssima qualidade emporcalhando o ouvido não vale a pena… Prefiro gastar este dindin que daria pra camarote em uma viagem lindíssima à Europa, vale muito mais do que aturar a gentinha desta cidade porca.

    • Se te serve de consolo, eu consegui a proeza de perder não uma, mas DUAS passagens para carnaval. Comprei uma para um lugar e… mudança de planos. Depois outra para outro e… uma surpresinha me impediu de viajar. Já podemos fundar um bloco, adorei sua frase “Algo deu errado” para nome do bloco!

      • Eu iria pagar, sim.

        Mas o algo não foi consertado. Meu coração zikado sangra.

        Se você quiser passar o carnaval comigo, vamos desfilar no bloco “Algo deu errado”. A gente canta: Fácil não estááááááááááááá e toma porre de chocolate pra ver se esquece do algo.

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