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Ó mundo cruel!

Ó mundo cruel!

| Desfavor | | 13 comentários em Ó mundo cruel!

Semana dos Fracos (14/05): em homenagem às vítimas do dia a dia, vamos comemorar a semana toda com uma programação especial repleta de chororô. Quem perder mais, ganha!

O mundo está repleto de grupos que se dizem injustiçados e oprimidos. Mas Sally e Somir decidem hoje eleger um deles que os incomoda em particular. Os impopulares choram pelo os que escolherem.

Tema de hoje: qual o grupo que mais enche ao se vitimizar?

SOMIR

Mulheres. Porque é a maior minoria de todas. Se considerarmos a humanidade atual, são 101 homens para cada 100 mulheres. Mesmo que nasçam mais homens que mulheres numa proporção constante no mundo todo, homens morrem muito mais cedo e quanto mais a vida passa, mais começa a desequilibrar para o lado delas. E num mundo que fica cada vez mais velho em média, a tendência é que esse dado de proporção geral já esteja guinando para a vantagem feminina consideradas todas as idades.

Claro, só números não garantem poder. As desvantagens femininas na sociedade atual são mais qualitativas do que quantitativas, por assim dizer. Não falta mulher em geral, falta mulher em posição de poder. Ok, entendo. Mas mesmo assim, tem uma verdade inconveniente que vai deixar muita gente irritada aqui, mas tem que ser dita: com um pouco menos de auto-sabotagem, mulheres teriam força para equilibrar a balança de poder. É o único grupo dos ditos minorias que já tem todo o material necessário até mesmo para assumir o poder se conseguir trabalhar direito.

Podem apostar que homens fazem quase tudo o que fazem para impressionar e conquistar mulheres. Se as mulheres começam a valorizar algo (em sociedades livres o suficiente), é certeza que não demora muito para os homens começarem a se auto valorar dessa forma. Homens tem vantagens físicas inatas, evidente, mas a mulher tem um poder de mobilização da “vontade humana” incomparável. Em tempos mais brutos, com certeza o poder dos músculos e da agressividade geram uma vantagem inalcançável, mas… o mundo vai mudando.

Mesmo em sociedades atrasadas como a brasileira, é inegável como o paradigma social se afastou da força bruta pura em direção do intelectual nesses últimos séculos. E isso é uma decisão conjunta dos sexos. O mundo não começou a valorizar mais direitos básicos e desenvolvimento intelectual só porque homens ou mulheres queriam isso, foi de comum acordo. E esse acordo, por mais vantagens que tenha, deixa o mundo um pouco menos “masculino”, se é que vocês me entendem. Não é mais sobre quanta força você consegue fazer, é sobre quanto resultado você tem com ela.

O caminho da humanidade presume um aumento de poder feminino. É o trem da história passando, é meio o que todos nós sempre quisemos. A maioria das grandes invenções que mudam o mundo favorecem mais quem pensa do quem nasce com potencial físico elevado. O foco atual em comunicação então? Um mundo que se fala de qualquer canto, onde as pessoas podem formar relações sem parar? É perfeito para o cérebro delas. Quem nasce com penalidade em força e bônus em carisma (piada nerd, eu sei…) está finalmente nascendo num mundo onde isso é vantagem generalizada.

Não estou dizendo que vida de mulher é fácil. Nem mesmo que mulher sofre menos que homem. Estou apenas dizendo que a mulher que se vitimiza por uma visão de que o mundo está inteiro contra ela está ignorando a realidade, e inclusive perdendo oportunidades de se estabelecer com o poder que deveria ter. A feminista radical mina os avanços das mulheres, a mulher que faz vistas grossas para o radicalismo também. Ou pior, a mulher que é seletivamente feminista… quando lhe aperta o calo ou quando dá pra fazer pose com isso, homens são monstros, mas quando é mais conveniente aceitar tratamento diferenciado, silêncio retumbante.

Talvez seja até o tamanho desse grupo que gere essa dissonância toda, é metade da população mundial tendo que concordar com algo. E já dizia a piada (Machista! Linchem!): junte duas mulheres e elas viram melhores amigas, junte uma terceira e duas se juntam para falar mal da terceira… a coisa fica tão bagunçada que no mesmo saco se juntam críticas contra a mutilação genital de meninas e a opressão de homens que se sentam com pernas muito abertas em ônibus e metrôs!

Como se tudo fosse feminismo. Foi mal aí, mas feminismo e vitimismo são coisas diferentes. Uma busca direitos iguais (o que nem deveria se chamar feminismo, mas vá lá pelo argumento…), outra está com vontade de levar vantagem na base do chororô. O que mais enche em mulheres se vitimizando é que polui o poço de reinvindicações humanistas com uma série de bobagens histéricas, que francamente, só mulher para cismar! Mulheres são obrigadas a se casar com estranhos em algumas sociedades… a capa de uma revista de quadrinhos está muito sensual… todos motivos pra mulheres se sentirem oprimidas?

Ah, só pra explicar minha bronca recorrente com o termo “feminismo”: tudo o que presta no movimento está dentro do humanismo. TUDO. Só precisa ser humanista e pronto. As baboseiras todas das feministas histéricas que cagaram o movimento não fazem parte do humanismo. Desse clube essas estão perpetuamente fora. Eu quero que mulheres tenham seus direitos por defender a filosofia humanista. Feminismo e machismo deveriam ser a mesma merda, como termo. E eu desconfio que o uso errado da palavra crie sim muitos dos problemas que vemos atualmente. Igualdade não pertence a nenhum gênero.

Mas, reclamações à parte: tem outro porém para gostar tão pouco de vitimização feminina… é o único grupo humano que pode ser reprimido, mas não pode ser eliminado. Até homens podem ser eliminados de vez com a tecnologia que já temos (clonagem e inseminação artificial). O único tíquete de imprescindibilidade de qualquer subdivisão humana é o da mulher. Sim, mulheres não tem o poder igualitário (do ponto de vista de poder definido por homens), mas quanto mais se organizarem e trabalharem em conjunto, não só entre elas mas com os homens, mais podem conseguir, num mundo de armas não é mais braço que resolve disputas. É uma questão de poder potencial que nenhum outro grupo pode conquistar.

Mas não, fica essa “vitimização gourmet”: podiam conquistar o mundo, mas estão putas da vida com uma toalha na cama. Existem humanos vítimas, e esses seres humanos merecem todo nosso cuidado e atenção, mas… mulher dando chilique por decote de personagem de videogame? Isso é sim falta de roupa pra lavar. Nas imortais palavras de Sally: vão se foderem!

Para dizer que isso é falta de sexo, para dizer que se sentiu ofendida por eu não ter batido mais, ou mesmo para dizer que a vítima é o novo opressor: somir@desfavor.com

SALLY

Esta semana comemoramos o feriado nacional Dia dos Fracos, e, em homenagem a essa gente mimizenta, te convidamos a decidir quem é mais fraco, chato e chorão. Vamos passar a semana batendo neles, porque sim, eles gostam.

São tantos grupos mimizentos que fica até difícil escolher, por isso, resolvi ser criativa e falar de um grupo que normalmente não costumamos abordar: as vítimas de bullying.

Não estou falando de crianças com formação de personalidade incompleta, sem subsídios para responder à altura de um grupo mais velho e mais experiente que as atormenta. Estou falando de adultos, que se encontram na mesma condição e que, ainda assim, insistem em se dizer vítima de bullying. Desculpa, não há bullying entre adultos a menos que um tenha algum retardo mental que o coloque em posição de inferioridade. Você pode se defender, você pode se afastar, você pode ignorar. Essas pessoas patéticas que escolhem dar importância a quem tenta atingi-las e recorrem até ao Judiciário por se sentirem ofendidas são, na minha opinião, o pior e mais patético tipo de fraco. “Como ousam falar mal de mim ou falar algo que eu não concordo? Isso me gera mal estar, logo, é bullying”. Só que não.

Gente ofendida de nascença, que se ofende com qualquer coisa que vá de encontro à sua opinião ou que aponte um defeito seu. Gente que se desfaz, que se abala, que sofre com o que lê na internet! Patético, PATÉTICO. Não acho que esse tipo de criatura seja um ser humano viável. Inseguros, idiotas e histéricos, dão poder a quem quer que tente derrubá-los, não apenas se ofendendo, como fazendo disso um evento.

São pessoas que, não raro, se colocam em situação de violência, de conflito, de confronto e quando tomam uma paulada, não aguentam e saem chorando. Ainda que inconscientemente, essas pessoas procuram sempre por agressão, pois ao serem agredidas, se colocam no papel de vítima e recebem diversos ganhos secundários, como por exemplo, a compaixão e o apoio de uma massa burra, de gente demente que, dentre outras coisas, se ofende com piada.

Angariar relações à base da vitimização me parece o grau máximo de derrota na vida social de alguém. É medonho, é ridículo. Precisar estar se colocando constantemente em situações de agressão, que, na maior parte das vezes seriam plenamente evitáveis, para só assim conquistar alguma simpatia daqueles que os cercam, é doentio e digno de pena.

Não se enganem, esse tipinho é sempre passivo-agressivo. Bate e esconde a mão. Bate para receber uma porrada em resposta e aí fazer um escândalo, desenterrar seu papel de vítima e conseguir todos os ganhos secundários que isso gera. Basta observar a vida e o histórico dessas pessoas para reparar que estão sempre metidas em confusão. Elas se dizem “azaradas”, “para-raios de maluco” e sempre bem intencionadas, mas a verdade é que elas cavam a situação para se beneficiar dela depois. São vermes, parasitas, despreparados para viver no mundo adulto.

Como sabemos, os idiotas são maioria. Existem evidencias cientificas de que, para o mundo funcionar, os idiotas tem que ser maioria. Justamente por isso, pelos idiotas serem maioria, essas “vítimas de bullying” (repito: não existe bullying na vida adulta, é um conceito contraditório por si só) são aclamadas quando se colocam em papel de vítima. Em uma sociedade de aparências todo mundo quer parecer bacana e ficar do lado do mais fraco, perdão, do que parece o mais fraco. Em uma sociedade muito reativa e pouco reflexiva, o que parece, é.

Assim, as vítimas profissionais de bullying manipulam uma horda de idiotas que pensam que estão posando de bacanas para a sociedade mas estão, na verdade, agindo de acordo com os interesses de manipuladores, quase psicopatas, que não hesitam em acionar seu entorno para destruir quem os incomoda de alguma forma, revestindo esse incômodo de bullying. Estão mais para tiranos intolerantes e manipuladores do que para vítimas.

Os grandes filhos da puta não são os supostos agressores, são os ofendidos, que cavam a agressão, que se colocam sempre propositadamente em uma situação de exposição sem estarem preparados para as consequências que isso gera a qualquer ser humano. Querem o bônus da exposição, tão badalada na sociedade atual, mas quando vem o ônus, esperneiam como crianças, para conseguir afagos.

Com esta conduta reiterada, esses merdinhas estão mudando até mesmo o conceito de algumas palavras. Fascista, por exemplo. Hoje, fascista é “quem discorda politicamente de mim”. Ponto final. E ganham no grito, os filhos da puta. Assim, rumamos para uma sociedade cada vez menos livre e cada vez mais repressora, vigiando constantemente a fala de todos nós.

A sociedade está recompensando tanto, mas tanto, que esse tipo de aterro sanitário humano está promovendo uma transformação social para pior. Graças a esses estrumes sapiens, estamos involuindo. Abarrotamos o Judiciário para atender ofendidinhos enquanto questões sérias ficam sem solução, o convívio social é quase sempre permeado por um tom agressivo e maniqueísta e hoje todos pisam em ovos revestindo suas falas de dezenas de eufemismos, por medo de gerar uma reação desproporcional de um ofendido.

Durante muito tempo lutamos para ter mais liberdade de expressão, para poder falar livremente, expressar nossas ideias e opiniões. Quando finalmente conseguimos, a reação de uma massa burra e mimada está nos sufocando. Isso é um câncer social, minha gente.

Os ofendidos pelo bullying muitas vezes nem se dão conta de como opera esse mecanismo, mas mesmo assim, são pessoas com sérios problemas de autoestima, descontrolados e histéricos. Parecem normais, parecem bacanas, até que surge um impasse, até que você os desagrada ou contraria. Aí vem o show: os xingamentos, as ofensas e depois a vitimização. Não cabe em mim o nojo que tenho dessas pessoas, acredito que hoje elas sejam o maior atraso social que enfrentamos.

Para me agredir e depois, quando eu decidir responder, pedir para que eu pare de citar seu nome, para dizer que não está nem aí para este texto e que sua atenção está na briga de comentários que está rolando no outro texto ou ainda para dizer que o pior grupo é quando juntam os dois que narramos aqui: sally@desfavor.com


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