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Yes He Can

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| Sally | | 46 comentários em Yes He Can

Sabe o que me envergonha mais do que as últimas medidas de Trump? A reação das pessoas às últimas medidas de Trump.

Em um mundo ideal, não haveria preconceito, violência e discriminação. Mas estamos muito longe do mundo ideal em diversos aspectos. O que tem pra hoje é isso aí: Trump e a maioria dos americanos que o elegeram bem cientes do que ele é (ele nunca escondeu qual era sua linha de pensamento) NÃO QUEREM pessoas de certas nacionalidades, origens ou etnias por lá. É escroto? Sim, é bem escroto. Eles tem o direito de fazer isso? Sim. Pessoas tem o direito de fazer coisas escrotas se a lei não impedir, inclusive você e eu nos valemos disso todos os dias sem que milhões de pau no cu venham nos atormentar e pedir para que mudemos de postura pelo simples fato de que eles acham escroto.

Podemos achar feio o que ele faz? Sim, podemos e devemos. Feio! Bad Trump! Pronto. Aí acaba nosso direito. A realidade é que existe uma minoria nos EUA que discorda disso, mas, como faz muito barulho, parece maioria. Não é. A maior parte dos americanos concorda com Trump, então, porra, que tal respeitar que os EUA determinem a política imigratória que eles quiserem? Não, não. As minorias estão ofendidas, pois TODO MUNDO DO MUNDO tem que aceita-los de peito aberto, ninguém no mundo pode não gostar deles ou não querer que entrem no seu país. Sejamos sinceros: qual é a grande vitória de conseguir imigrar para um lugar onde a maior parte da população não te quer ali? Sinceramente, eu não quero estra onde não me querem e muito me espanta que alguém pense o contrário.

Mas as pessoas são assim, elas não tem um pingo de vergonha na casa. Podemos ver isso até em um micro-organismo como Desfavor. Pessoas expulsas tentam voltar a todo custo, mesmo anos depois da expulsão: com nome falso ou com diferentes recursos para se inserir em um meio onde não são bem vindos. A falta de amor próprio e arrogância de pensar que todo mundo é obrigado a te aturar me causam vergonha alheia. Pessoas não aceitam seres excluídas, não sabem lidar com isso. Que coisa, dar tanta importância a quem te esculachou e te acha um merda. Nunca vou entender.

Perguntinha: o que vocês achariam se um outro blog qualquer começasse a criticar o Desfavor em tudo quanto é canto, inclusive fazendo campanha negativa mundial e até judicial, por achar errado as expulsões que promovemos? E que tal se outros blogs começassem a atacar o Desfavor publicamente por nossa política de seleção de leitores? É sabido que se você chega “aki ixcrevenu axim” seu comentário nem vai ser aprovado e você vai ser sumariamente expulso. E se outros blogs começassem a fazer escândalo por isso? E se falassem que temos que aceitar todos? O que você diria?

O que eu diria é: o blog é meu, essa política de expulsão e seleção de leitores reflete a vontade das pessoas dali, ao menos da maioria, que não gostam, não querem contato e se sentem prejudicadas por gente “ki ixcreve axim” e pau no cu de quem não gostou, quem merda vocês pensam que são para vir cagar regras no meu blog? Eu não sou obrigada a gostar de tudo, a aturar tudo. Meu compromisso é pensar no bem estra do meu blog e seus frequentadores, que pode ser cagado ou deturpado por essas pessoas que não conseguem se adequar às nossas regras. São as nossas regras que nos mantém vivos, oito anos depois. Então, vai se foder, se você quer aceitar gente “ki ixcreve axim” no seu blog, aceite, no meu não entra e vai se meter na decisão da puta que te pariu. Bem, foi mais ou menos isso que Trump fez, só que nível país.

Se você achou pertinente minha resposta, por uma questão de coerência, você não deve se meter a definir política de imigração dos EUA. E se você tiver um pingo de autoestima, não vai querer nem visitar nem morar lá depois de Trump falar que brasileiro são “porcos latinos” e coisas ainda piores. Na boa? Eu não piso nos EUA. Sério que vocês acham uma grande perda não ir aos EUA? Spoiler: você consegue lavar privada em basicamente qualquer país, pode tentar a sorte em outro lugar. Mesmo que seja a passeio… que coisa mais sem autoestima ser esculhambado publicamente e optar por passar suas férias gastando dinheiro no país que te esculhambou! Desculpa, Trump tem probleminha de cabeça, mas quem impõe sua presença em um lugar onde é malquisto tem mais.

Adianta explicar? Não adianta. As pessoas realmente não tem amor próprio e não estão preparadas para a ideia que os outros tem o direito de rejeitá-las: entram com processo, se preciso for, para impor sua presença onde são malquistas. Isso se chama falta de vergonha na cara. Um país que discrimina pela nacionalidade, etnia ou cor de pele é um lixo no meu entendimento e eu não tenho o menor interesse de deixar meu dinheiro lá, de morar lá, de dar minha força de trabalho para essas pessoas. Aceitem que brasileiro é malquisto nos EUA, ao menos pela maior parte dos americanos. Aceitem que não é todo mundo que vai gostar de vocês e que a coisa digna a se fazer quando alguém não gosta da gente é se afastar e não impor sua presença.

Existem mais de 250 países no mundo, escolham outro para ir. Inclusive tem o Canadá, ali do lado, que tem tudo que os EUA tem menos o Mickey e fez questão de tornar pública sua política de portas abertas, dizendo que todos são bem vindos. Não. O Mickey é essencial. Tem que ser ONDE EU QUERO, não admito não ser aceito em algum lugar, as pessoas não tem o direito de fazer isso! Tem sim. As pessoas tem o direito de te rejeitar, de te barrar, de não gostar de você. É bonito? Não é bonito, é muito feio fazer isso, mas sim, eles tem esse direito. Repito: a coisa digna a se fazer nesses casos é você mesmo não querer estar em um lugar onde é malquisto. Para ser bem sincera, acho que pessoas inteiras não tapam o sol com a peneira e nem cogitam ir para um país onde serão hostilizadas. Conseguem perceber e aceitar sem raiva e briga que não são bem vindos e se desinteressam.

Há quem prefira achar que Trump é um louco e que a vontade dele não reflete a vontade da população americana (o que torna um mistério sua vitória, só explicável por uma teoria da conspiração ridícula). Há quem prefira acreditar que uma meia dúzia de celebridades é que refletem o pensamento da população americana. Usam essa falácia como justificativa para se rebaixar a ir para um lugar onde são malquistas: “Trump não reflete o pensamento dos EUA”. Reflete sim, a ideia de país é uma abstração, quem dá a ideologia é o líder. Você entra em um carro lindo onde tem um inimigo seu dirigindo dizendo que o motorista filho da puta não reflete o carro? Me resta sentir pena por essas pessoas, com uma autoestima tão estraçalhada que precisam fazer manobras argumentativas como essa. Parece gente que pede para o namorado continuar com ela mesmo sem gostar pois “eu gosto por nós dois” ou gente que acredita que o marido a espanca mas a ama, pois se arrepende depois. São pessoas que não aceita uma limitação: não pode ir para os EUA.

ACEITA QUE DÓI MENOS: BRASILEIRO É VISTO COMO BOSTA NOS EUA. É feio? É horrível, é escroto, é babaca. Porém, coisas feias acontecem na vida o tempo todo. Os americanos tem o sagrado direito de serem babacas. O que não pode é a pessoa se sentir no direito de ser babaca de volta e impor sua presença onde não é desejada, aí ela será tão cagada da cabeça quando o Trump, que tanto critica. Isso não te faz combativo, isso não é luta contra opressão, isso é falta de amor próprio e incapacidade de lidar com as frustrações na vida. A maior parte do povo americano não quer brasileiros lá, acham que eles roubam o emprego dos nacionais, acham que são porcos, acham que são desonestos. Sério que você faz tanta questão de ir a um lugar assim?

Eu não piso nos EUA tão cedo, a menos que seja muito necessário: problemas de saúde ou obrigada a trabalho. E se você se der ao respeito, fará o mesmo, em vez de ficar esperneando pelas novas políticas de visto e imigração. Ninguém é obrigado a te tolerar, a te querer ou a te aceitar. Lide com isso como uma pessoa adulta, madura. Trump não me quer nos EUA? Joinha. Isso não me abala. Eu tenho o resto do mundo para focar. Vou achar ele babacão e seguir minha vida, sem me deixar abalar, protestar, gastar meu tempo e energia tentando lutar contra algo que é sagrado direito do sujeito: detestar brasileiros e barra-los em seu país. E tudo que digo aqui vale para muçulmanos, mexicanos e todos os outros que são alvo de rejeição nos EUA. Eles podem desgostar e barrar quem eles quiserem. Cresça.

Vamos fazer um exercício imaginário. O país Tralalá odeia argentinos. O povo elegeu democraticamente um presidente que, durante toda a campanha eleitoral, esculhambava os argentinos sempre que podia, dizia que ia expulsá-lo. A população local coloca apelidos pejorativos nos argentinos e acredita que eles sejam terroristas, criminosos e sujos. A hostilidade contra argentinos se manifesta em sua política de concessão de vistos e de imigração. Eu vou ter interesse em ir para um país assim? NÃO! Nem fodendo! Nem a passeio, nem para morar. Eu vou fazer questão de nunca ir a este país. Eu não vou fazer protesto, campanha ou o que quer que seja para forçar meu direito de ser aceito ali. Não me aceitam? Eu é que não vou querer ir para lá à força. É tão difícil perceber a coerência?

Trump não enganou ninguém. Não tirou isso da cartola ao chegar à Presidência. Muito pelo contrário, é de uma precisão cirúrgica tudo que ele está fazendo, em tão pouco tempo de governo: está colocando em prática tudo que prometeu, com bastante eficiência. Os americanos votaram nisso mesmo, e, numa boa, quem somos nós para dizer que eles estão errados ou que não podem fazer isso? Eu não vivo a realidade do mercado de trabalho dos EUA, não sei o quanto absorver imigrantes está fodendo com os nacionais. Não vou refutar “em tese”, quem está lá, no dia a dia, deve saber melhor do que eu o que o país está precisando. Como ousa um brasileiro médio, que no final de semana tá bebendo cerveja e pagodeando, dizer o que os EUA podem arcar ou não em matéria de imigração? Ah… vai tomar no cu!

É notório como brasileiro lida mal, de forma patética, com rejeição. Uso um episódio recente para ilustrar. Poucas semanas atrás, uma cantora americana chamada Azealia Banks estava tranquilamente em suas redes sociais contando que realizava práticas religiosas onde sacrificava animais. Os brasileróides, fiscais da internet, surtaram. Apesar deste ser o país do Candomblé, onde se sacrificam animais, apesar de brasileiro tratar filho como bicho, apesar de tudo, os brasileiros decretaram que Azealia Banks merecia uma punição. Inundaram suas redes sociais com ofensas como: “preta nojenta”, “macaca” e “escrava da senzala” para baixo. Centenas de ofensas e ameaças publicadas durante dias, afinal, não existe a modalidade discordar calado. Se brasileiro discorda, ele ataca. O mundo tem que saber sua tão interessante e imperdível opinião. AFF

Diante de centenas e centenas de ofensas racistas, ameaças e todo tipo de ataque, Azealia Banks postou um comentário: “não sabia que na favela tinha internet”. Tem sim, Azealia, no Brasil tem internet até em presídio. A pessoa não tem rede de esgoto mas tem internet. Honestamente? Achei pouco. Qualquer um dos agressores teria respondido de forma muito pior se tivesse recebido as ofensas que proferiu. Mas os brasileiros super se ofenderam: “está falando mal do nosso país!”. Se juntaram e denunciaram os perfis dela, que foram excluídos das redes sociais. Excluído tem que ser quem sai por aí chamando os outros de “preta nojenta”, “macaca” e “escrava da senzala” apenas por não concordar com a religião da pessoa. É o poste mijando no cachorro!

Esse não é o primeiro nem será o último caso onde brasileiro se sente no direito de ditar regras para o mundo, de xingar os outros mas de ter um faniquito quando ele ou o Brasil são criticados. Curioso que muitos criticam os EUA por serem xerifes do mundo e se meter na soberania alheia, mas vão e fazem exatamente a mesma coisa! Comportam-se como crianças que fazem birra diante de um “não”, querem reverter o “não” no grito. Passou da hora destas pessoas amadurecerem, está ficando deveras vergonhoso. Brasileiro pode esculhambar o Trump de todas as formas, fazer Meme de uma laranja com a cara dele, ridicularizar seu topete, chamar seu filho de autista, fazer piada com a cor da pele dele mas… e se fizerem de volta com o brasileiro? Ahhhh… fim do mundo! Crime! Não pode!

As coisas são como elas são, não como a gente gostaria que elas fossem. Atualmente brasileiros são malquistos nos EUA, são indesejados lá. Se uma pessoa não te quer na casa dela, você tem vontade de ir para lá? Você entra lá escondido? Você fica putinha e ofendida se a pessoa constrói um muro para impedir que você entre na casa dela? Quão maluca e demente uma pessoa tem que ser para acreditar que alguém não tem esse direito? Cada um cuida da sua casa como quer. É escroto? É sim, super escroto. Mas as pessoas tem o direito de te rejeitar e você deveria apena se afastar e vez de ficar forçando sua presença onde não te querem. A única pessoa que perde com isso é você, pois mesmo que consiga entrar, é humilhante (e não espertão) estar onde não te querem.

Construir um muro é um retrocesso? Sim, o ideal seria construir pontes, não muros. Porém, os muros existem aos montes e ninguém fala nada, mas quando o muro vem dos EUA é um escândalo! Você sabia que os países ricos do Golfo tem muros e impedem a entrada de muçulmanos? E estão ali do ladinho deles, mas, ainda assim, proíbem sua entrada e expulsam os que conseguem entrar. Muitos países tem muros, e eles sempre foram respeitados, ainda que criticados. Dizer “ainda que ergam muros, vamos transpô-los” não é ato de bravura, é falta de noção, de respeito e de amor próprio.

Tenha vergonha na cara e não force sua presença onde não é bem vindo, seja em um país, seja na casa de alguém, seja em um blog. Adote isso como lema na vida. Tenha amor próprio e nem cogite estar presente onde é malquisto. Tenha discernimento para saber que é direito de um país definir sua política de vistos e imigração e que brigar contra isso não é ser cidadão, é querer interferir na soberania alheia.

Para me chamar de nazista, para me chamar de fascista ou ainda para sugerir a construção de um muro entre Brasil e Argentina: deixe seu comentário.


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