Voto válido.

2018 vai se aproximando, e com ele as eleições. No cenário conturbado da política nacional, Sally e Somir discordam sobre a utilidade de exercer o direito de escolher seus representantes. Os impopulares tomam suas decisões.

Tema de hoje: no cenário atual, vale a pena votar?

SOMIR

Sim. Claro, se você souber controlar suas expectativas e entender que o sistema é algo pesado demais para mudar de direção de uma só vez. No Brasil, frequentemente nos vemos presos a escolhas terríveis durante o processo democrático, os candidatos parecem todos terríveis e quase sempre é questão de nos decidirmos pelos menos piores. E do jeito que as coisas vão em Brasília, difícil acreditar que temos alguma solução.

Mas… temos. Só não é rápida. Já argumentei outras vezes aqui que todos os países considerados desenvolvidos e funcionais atualmente já foram bagunças corruptas em dado ponto de sua história. Corrupção e incompetência estão intimamente ligadas com desenvolvimento humano médio, quanto menor o acesso a serviços públicos de qualidade e educação básica, mais uma nação tende a ser um desastre político. Se a evolução para um sistema mais organizado e honesto não fosse uma tendência da sociedade humana com tempo suficiente em paz para se desenvolver, não teríamos países que já alcançaram a qualidade de vida e de governo com a qual nos comparamos atualmente.

Não existe mágica, existe tempo. Não vejo o Brasil mudando de rumo tão cedo, mas mesmo eu que não tenho e não pretendo ter filhos tenho algo a ganhar com uma velhice num país menos bagunçado que o atual, isso é, caso eu continue por aqui até lá. E essa correção de curso se dá com gerações de servidores públicos. Difícil esperar que a corja no poder atualmente coloque a mão no coração e resolva abandonar o fisiologismo em prol de uma forma mais sustentável de corrupção (spoiler: corrupção tem em qualquer lugar, é a prevalêcia e a forma que é aplicada que muda nos melhores exemplos que temos hoje em dia); então, só nos resta vencer essa guerra com atrição.

Cada voto “esforçado” em alguém que te pareça menos pior corrói um pouco mais a estrutura maligna estabelecida. Renovando nossos representantes e valorizando aqueles que merecem continuar no cargo. Raramente se encontra uma solução invadindo cortes e cortando cabeças, na média o que resolveu para outros países foi uma marcha lenta – porém constante – rumo a índices de qualidade de vida melhores para o povo. E com isso, geração após geração de políticos com um pouco mais de fé no desenvolvimento do país.

Meu argumento pode até parecer algo de quem acha que vai melhorar se você agir ou não, e de uma certa forma não deixa de ser verdade: o que muda é a velocidade do processo. Se você tem alguma esperança de estar vivo para ver este país entregando mais do que corrupção endêmica, não pode simplesmente esperar a mudança de curso, tem que ir fazer peso do lado certo para otimizar o processo. E é nisso que o voto tem poder. Não podemos esquecer que por mais atenção que chame, a eleição presidencial é quase que um enfeite no processo democrático. Vamos ter uma opção pior que a outra em 2018, mas mesmo que tivéssemos um candidato perfeito, ele ainda sim não teria muita capacidade de resolver os problemas da nação sozinho.

O segredo aqui está no Legislativo. O que os últimos anos de escândalos e problemas nos mostraram é que votamos tão mal em deputados e senadores, mas tão mal, que o Poder tornou-se um entrave para qualquer desejo nosso de melhora. Se conseguirmos colocar mais pessoas minimamente competentes e interessadas em algo além de enriquecimento pessoal em Brasília, fica exponencialmente mais fácil avançar em agendas de interesse público. O Legislativo está falido e precisa ser renovado. Pode parecer pouco o seu voto, mas o simples fato de você pesquisar um pouco e escolher bons candidatos dessa vez pode gerar um efeito em cadeia. Todo mundo (que não é maluco de votar no Lula ou no Bolsonaro) está com essa sensação de estar sem saída para o próximo ciclo eleitoral.

E isso pode ser usado para o benefício do país. Se você gastar um pouco de energia e tempo escolhendo alguém que preste, pode e vai influenciar muitas pessoas ao seu redor. Sei que parece superestimar o brasileiro médio, mas foi tanta, mas tanta bandalheira revelada em tão pouco tempo que eu acredito que as pessoas estão “amaciadas” para escutar algumas indicações para 2018. Está na cara que não dá pra confiar nem no “rouba mas faz” dessa vez, porque nem pra isso esses que já estão eleitos estão servindo mais…

Sem contar que o momento é de fraqueza para os políticos. Nunca antes na história desse país (parafraseando o chefe da quadrilha) tanta gente foi desmascarada e punida por fazer o “jogo político” tradicional. É quase como se corrupção estivesse saindo de moda. Esse estado bizarro do sistema não só vai motivar pessoas que querem ir resolver o problema como também vai segurar um pouco o ímpeto dos corruptos de carreira de dar a cara a tapa. Podem me pintar como otimista, mas está com toda cara de que é o caso de piorar antes de melhorar. Medo de dizer essa frase, mas… é como se o fundo do poço não pudesse ficar muito mais fundo atualmente. Daqui pra frente é muito mais fácil subir um pouco.

E aí é essencial que eu, você e todos que se importam minimamente com a melhora desse país aproveitem a oportunidade. Eu estou até pensando em fazermos uma espécie de troca de informações aqui sobre quem presta minimamente para ser votado em 2018, mas com foco nas eleições para o Legislativo. Não tenho a menor ilusão que as coisas vão ficar boas depois dessa votação, mas se ficarem menos piores, já é um caminho muito mais saudável para o país.

Sim, voto vale pouco em terra de Lulas e Bolsonaros, mas esse pouco é tudo o que temos agora. E por incrível que pareça, nesse momento terrível da política nacional, talvez seja nossa melhor chance para influenciar o sistema positivamente desde o retorno do voto direto. O pior que acontece é demorar mais do que o previsto… vale a pena sim. Mas vamos com calma: a pressa é amiga da corrupção.

Para dizer que não concilia meus discursos críticos com isso, para dizer que é mais confortável achar que é pra sempre, ou mesmo para dizer que o Brasil é especial e único o suficiente para não seguir os padrões históricos: somir@desfavor.com

SALLY

No atual contexto do Brasil, vale a pena ir às urnas para votar?

Não. Durante muito tempo defendi que sim, que sempre existe um “menos pior” e que cabe a mim fazer a minha parte para tentar que este país seja menos merda. Hoje não me dou mais ao trabalho por um motivo muito simples: tenho fortes indícios que me levam a crer que meu voto sequer é computado.

Contei isso em um texto no ano passado, mas, para quem não leu, repito a história: na hora de renovar meu passaporte, fui impedida com a alegação de estar pendente com a Justiça Eleitoral. Constava no site e me foi dito por funcionários que eu não havia votado na última eleição presidencial. Só que eu tinha votado. Eu tinha certeza que eu tinha votado, pois fiz questão de fazer o que estava ao meu alcance para o PT não ganhar mais uma vez. Votar no Aécio é como um estupro: tão traumático que, por mais que você tente, nunca vai conseguir esquecer por completo esta experiência terrível.

Mas, sabe como é, eu poderia apenas estar maluca. Fui procurar meus comprovantes de votação. Estavam lá: primeiro e segundo turno. Eu havia votado sim senhor. Voltei na minha Zona Eleitoral (nunca um nome fez tanto sentido) com os comprovantes na mão, pedindo para falar com o responsável por aquela Zona (turun tss).

Se tem uma coisa curiosa é chefão de funcionalismo público. São todos iguais: acomodados, morosos, cínicos. Veio o sujeito, se arrastando, com cara de “ai que saco” e expliquei o que aconteceu e mostrei os comprovantes. Eu disse que havia votado nos dois turnos e perguntei como ele me explicava que meu voto não tivesse sido computado. Ele literalmente riu da minha cara, como quem tem pena de um bichinho inocente e indefeso. Me sugeriu que pague logo a multa, afinal, “são apenas três reais e resolve isso logo, já que a senhora tem pressa”. Foi o que fiz, puta da vida, pois eu tinha uma viagem marcada e não poderia renovar o passaporte a tempo se ficasse brigando por pendências eleitorais.

Para mim ficou claro que, por desonestidade ou por incompetência e bagunça, meus dois votos não foram computados. Fiz fila no calor, no sol, para um mero voto simbólico sem qualquer valor na apuração. Francamente, não sou palhaça. Especialistas do mundo todo já desacreditaram mais de uma vez as urnas eletrônicas brasileiras e eu mesma já presenciei conversas em uma eleição regional onde ficou muito claro que uma simples troca de chip muda tudo e que votamos apenas para fazer figuração. Ou você acha que o sistema atual é seguro e os EUA e Europa não o utilizam por serem menos evoluídos que o Brasil?

Então, eu tenho a convicção de que, não importa em quem eu vote, este voto não será considerado nem computado. Por qual motivo vou me deslocar, fazer fila e votar? Só se eu for palhaça, né? Não sou palhaça. Eu aceito a realidade como ela é: a democracia no Brasil é uma ficção, o povo não tem o poder do voto. Como tudo neste país, o processo eleitoral é corrompido em sua essência, impedindo um funcionamento saudável e normal.

Sei que é duro de ouvir mas… seu voto vale merda, provavelmente será desconsiderado e eles farão o que quiserem. Não sejam bobos nem românticos, o Brasil não se muda com voto. Em minha opinião, vocês sabem, não tem jeito. Mas, se eu achasse que valeria a pena lutar, não seria votando, seria reunindo provas e denunciando em tudo quanto é canto, desde Judiciário até redes sociais, que meu voto foi desconsiderado sem qualquer explicação. Iria à minha Zona Eleitoral com o celular na mão e câmera ligada, filmando o parasita chefe de repartição sem ele saber e postaria o vídeo com fotos do meu comprovante de voto e da certidão deles dizendo que eu não votei em tudo quanto é canto. ISSO sim talvez tivesse algum efeito. Talvez.

Mais uma vez entoo meu mantra: as coisas são como elas são, não como nós gostaríamos que elas fossem. Ignorar a realidade e se portar como se o Brasil fosse o que diz ser é burrice, beirando à loucura. Ir votar é fazer o jogo de “você finge que me elegeu, eu finjo que te represento”. Me recuso a dançar essa coreografia. Não vão considerar meu voto? Beleza, entendi o recado, não me darei ao trabalho de votar. Se um dia eu achar que vale a pena fazer algo a respeito, denuncio esse absurdo e faço um estardalhaço. Com voto não-computado é que eu não vou mudar o país.

Fingir que vota é pactuar com esse sistema corrupto. Ao ir às urnas celebrar a festa da democracia você está dando a essas pessoas o que elas querem: está dizendo que está conforme com o sistema eleitoral. Indo às urnas e votando você concorda com este sistema eleitoral, com a forma como os votos são computados e apurados. Não, obrigada. Ninguém me contou, eu vi acontecer comigo, é fraude. Se você acha que não tem fraude no sistema eleitoral brasileiro, você é maluco. Se você acha que se muda alguma coisa com voto em sistema fraudado, você é bem maluco.

Mas o brasileiro tem uma resistência em ver coisas que lhe são desagradáveis. Ninguém quer admitir que por anos e mais anos vem fazendo papel de otário indo votar sem que seu voto seja levado em conta. O brasileiro é espertão, ele não pode ser otário jamais! Neguinho invade o site da NASA, da CIA, do FBI mas a urna eletrônica brasileróide é imexível! Meus mais sinceros vão se foderem para quem é idiota o bastante para pensar que eleição no Brasil é honesta.

Não pactuo com a baixaria. Me recuso a fazer a minha parte nesse teatrinho escroto, mentiroso e fraudulento que são as eleições brasileiras. Não vou, não faço. E, quer saber? Muito mais rápido pagar três reais e pegar uma certidão dizendo estar em dia com minhas obrigações eleitorais, não demorou nem 15 minutos. Zona Eleitoral fora do período de eleição fica às moscas, não fiz uma fila. Para votar, levo, no mínimo, 40 minutos. Repito: não sou palhaça, me recuso a participar desse circo e fingir que voto. Me sentiria péssima se o fizesse.

Se você acha que apesar de tudo neste país ser fraudado, apenas as urnas eletrônicas não o são (mesmo sendo uma tecnologia que países de primeiro mundo se recusam a adotar), lamento pela sua inocência. Vai lá e perde uma hora do seu dia se deslocando até o local de votação, fazendo fila e votando. Parabéns para você, que está fazendo sua parte para manter o sistema exatamente como está. Eu me recuso. Não vou mudar o país não votando, mas ao menos não vou fazer esse papel de palhaça e perde meu tempo.

Para dizer que eu sou um péssimo exemplo, para dizer que talvez alguns votos sejam fraudados mas o seu não pois você é especial ou ainda para dizer que EUA e Europa não usam urnas eletrônicas por terem inveja do Brasil: sally@desfavor.com

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Comments (24)

  • Votar em quem?

    Afinal, vai sobrar candidatos?

    Brincadeiras à parte, Somir, você disse que “se conseguirmos colocar mais pessoas minimamente competentes e interessadas em algo além de enriquecimento pessoal em Brasília…” mas isto é possível?

    Olha, Sally, se o único indício de Democracia que temos no país é o voto é esse poder não existe mais (concordo), por que não chamar logo este sistema político de Ditadura?

    Sobre a pergunta:
    Não acho válido votar, por um motivo simples.

    Não existe “menos pior” no “Barril”.

  • Essa história da Sally tá com a maior pinta de fanfic… Se fosse mesmo verdade teriam aparecido dezenas de eleitores do Aécio dizendo que não votaram e procurando a justiça, ia dar o maior rolo nessa eleição
    Dessa vez o Somir tá certo

    • Quantas pessoas você acha que vão a uma Zona Eleitoral conferir se seu voto está registrado?

      É inacreditável: TUDO é errado e corrompido no Brasil, mas, por algum fenômeno inexplicável, brasileiro acredita que apenas a urna eletrônica, somente ela, funciona impecavelmente.

      É muito ranço de vira-lata, minha gente. Aceitem que vocês não tem pode de voto nem de porra nenhuma neste país!

      • Sally, a urna eletrônica é apenas um método de votação, nada mais que isso. Grava-se o conteúdo em disquete, e este é enviado por rede privativa para os TRE´s e o TSE.

        O que, em tese, deveria ser questionado é o papel da Justiça Eleitoral no Brasil – entretanto, convenhamos, já foi muito pior: antes era o Legislativo que controlava o processo todo.

        • Urna eletrônica é um método que facilita (e muito) fraudes, por reunir todos os votos em um único lugar que pode ser facilmente trocado ou adulterado

  • Não entendi essa parada. Vc diz que seu voto não foi computado só pq não tava na relação? Já aconteceu comigo tb, eles querem é que a gente pague multa. Eu sei que urna eletrônica é fraudavel, mas andei lendo que vai ter impressora em 2018, não sei é verdade.

  • “apenas as urnas eletrônicas não o são (mesmo sendo uma tecnologia que países de primeiro mundo se recusam a adotar)”

    hahaha, só 8 dos 10 maiores PIBs do mundo usam votação eletrônica. E seu voto foi computado pela urna eletrônica, deve ter havido um problema no registro do cartório, o que não elimina seu voto de nenhuma forma.

    Ai, ai… que vergonha alheia.

  • Caralho, Sally! Incrível essa história que você contou sobre o que aconteceu na renovação do seu passaporte! É mesmo de fazer cair o cu da bunda. Puta que pariu! Tudo por aqui tem que ser mesmo assim tão cagado?

    Acho bacana o ponto de vista do Somir – e concordo inclusive com o que ele diz sobre o fato de que todos os países que hoje invejamos já tiveram sua fase de zona generalizada – e adoraria que a história se repetisse aqui, com as coisas mudando pra melhor da forma como ele descreve, mesmo que levassem décadas ou séculos. Só tem um problema: estamos no Brasil, país da jabuticaba.

    Explicando: “jabuticaba” é uma expressão já antiga que se usava como sinônimo para os absurdos que só acontecem por aqui, embora a própria frutinha também não seja realmente exclusividade nossa. “O Brasil não é pra principiantes”, já dizia o velho chavão e, em matéria de bater recordes em fazer cagada, o Brasil é um ponto completamente fora da curva. Claro que, assim como certas pessoas, certos países também só “aprendem a nadar quando a água já está batendo na bunda” e que isso leva tempo; mas por aqui “a água já está no nariz” e a inérica continua. Já passou – e muito – do limite do suportável. E o mais desalentador é que parece que não importa o tamanho do desastre, do mar de lama, da vergonha, do preço cada vez maior que se paga sempre que se adia o inadiável; nada nem ninguém se mexe de verdade. Reconheço que até há algumas ações aqui e ali de uns poucos abnegados bem-intencionados, mas são como band-aids num paciente canceroso.

    Outra coisa: assim como você, Sally, eu já entreguei os pontos. Como já disse várias vezes antes, ter esperança de que esta pocilga um dia mude é praticamente passar um atestado de ingenuidade. Tá tudo podre demais, errado demais, por tempo demais pra achar que uma hora a coisa muda.

    Sobre as urnas eletrônicas, cito uma frase que tem circulado há tempos na internet, atribuída ao ator Pedro Cardoso: “Em um país em que quase nada funciona ter um sistema de urna eleitoral que funciona com tanta “perfeição” e rapidez é, no mínimo, “muito estranho”…” Essa frase pode até ser apócrifa, mas não deixa de ser verdadeira…

    • Eu acrescentaria uma coisa ao que o Somir falou: há muitos países que são ricos E que continuam uma zona. Os Estados Unidos e a França são dois exemplos de gente que “enricou” mas continua com os mesmos defeitos de sempre – sem falar na China, que é subdesenvolvida, corrupta até o talo, mas rica (e MUITO rica).

      Enquanto imaginarmos que o problema do Brasil é a corrupção não sairemos do lugar nunca. O brasileiro se acha esperto, malicioso, mas não percebe que países só se tornam melhores lugares para se viver com dinheiro no bolso e comida na mesa.

      O resto – ora, o resto é detalhe.

  • Somir, se a questão fosse tempo a África e a Ásia seriam os lugares mais avançados do mundo e a Europa, mencionando Finlândia, um país que ainda nem completou 100 anos de existência independente, seria um buraco de atraso. Uma série de governos ruins (entre outras coisas) podem cagar qualquer civilização. Olha aí como estão os países que antes deram um baita legado pra Ciência, Medicina, Matemática…

    nota: vocês ficam falando de eleições 2018 e eu acho que até 2019 o Brasil nem existe mais.

  • Votarei por que no meu caso sera mais simples e rápido do que ir justificar, só por isso mesmo mas concordo com a Sally a smartmatic é fraude.

  • Voto facultativo seria o ideal (desde que as eleições fossem numa quarta, declarada feriado, para que ninguém “emendasse” o FDS… ou não).

    • …Eu “seria mais radical” : aproveitaria para pensar por todo o assunto dos feriados, que seriam apenas em algumas quartas por semestre / ano…Ou não.

  • Claro, né! Vai facilitar o Lula ganhar? Vota no Doria, no Bolsonaro, no Tiririca, na PQP, mas não entrega fácil pra esquerdistas mamadores de impostos!

      • Innen Wahrheit

        Oi Sally,

        Não seria o caso de organizar uma petição pública, exigindo que a urna eletrônica não seja mais utilizada? Até onde sei, não foram os eleitores que escolheram esta forma de votar, e os argumentos do governo em relação à segurança de fato não se sustentam.

        (apesar disso não ser uma solução para eventuais fraudes, creio que ao menos tornaria mais fácil comprová-las)

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