Você é educado?

Como você trata os prestadores de serviços? Não me refiro a seu médico ou seu dentista, me refiro a aquelas pessoas que desempenham funções consideradas “menores”. Como você trata o ascensorista, o entregador de pizza, o taxista?

Lamentável que isso tenha que ser dito, mas a primeira regra de boa educação é cumprimentar alguém. Entrou em um elevador, em uma loja, em uma farmácia? “Bom, dia” e só depois se pede, se pergunta, se interage. E sempre com um “obrigado” ao final. E ao falar com a pessoa, se olha nos olhos, não para o celular, não para a prateleira, não para o espelho. Na verdade, se quiser ser realmente humano, o adequado é perguntar o nome da pessoa caso seja uma interação mais demorada, e passar a chamar o prestador pelo nome, afinal, é uma pessoa que está ali.

Um exemplo recente que aconteceu comigo: chamei um Uber com uma amiga e ela tratou o motorista feito lixo. O aplicativo te diz qual é o nome do motorista, então, o mínimo que se espera de um ser humano apto a viver em sociedade é entrar no carro e dizer “Olá Fulano, bom dia, vamos no endereço tal, confere com o que está no aplicativo?”. Ela entrou, continuou conversando comigo, ignorando a presença do Uber e quando ele tentou interagir perguntando sobre o destino, ela se limitou a falar o endereço. Fiquei muito chocada e chateada, pois até então, eu a achava uma pessoa educada. Foi quando comecei a perceber que muita gente é educada, mas apenas com seus “iguais”.

Deve ser ranço de escravatura, onde certos trabalhos são indignos e quem os pratica é igualmente indigno, praticamente um instrumento, um objeto sem valor que está ali para te servir. Não importa o que a pessoa faça: opere cérebros ou limpe privadas, o tratamento tem que ser exatamente igual, caso contrário você está se comportando como se um ser humano tivesse mais valor que o outro. Não se medem pessoas pelo seu trabalho, se mede pelo caráter e por outros valores.

É lamentável que ainda se pense que uma pessoa é inferior ou menos digna de atenção, educação ou consideração pela função que ela desempenha. Inadmissível que seja socialmente tolerado tratar certos prestadores de serviço com total indiferença, como se eles não existissem ou de forma seca, fornecendo apenas ordens ou comandos, sem conversar, sem olhar no olho, sem chamar pelo nome, sem dar nem ao menos um “bom dia”. Desde sempre isso me choca e desde sempre percebo que quase ninguém se incomoda com isso.

Entrou no banheiro do shopping e tem uma pessoa limpando as cabines? “Olá, boa tarde”. É o mínimo. É um ser humano que está ali. Quando se entra em qualquer lugar onde tem outro ser humano se cumprimenta: banheiro, elevador ou festa. Vai interagir mais? Pergunte o nome e chame pelo nome, olhando no olho e ouvindo o que a pessoa te a te dizer, seja ela a vendedora da loja, o garçom do restaurante ou o motorista do Uber. Cumprimentar, chamar pelo nome e olhar nos olhos é o mínimo do mínimo.

A impressão que passa é que o brasileiro só fala com educação e consideração com seus “iguais” sociais para cima. Se é alguém que ele considera inferior, o tratamento não é de ser humano e sim de comandos, como se a pessoa fosse uma ferramenta, um instrumento para que ele consiga o que quer. Só merece educação, consideração e tratamento empático quem é ou aparenta ser do mesmo status social e econômico. É tolerável tratar certos grupos de forma distante e fria, como se eles estivessem ali apenas para te servir, afinal “não fazem mais do que a obrigação” e “ganham para isso”.

Sabe quando o brasileiro age com educação, consideração e empatia exorbitantes? Quando precisa de um favor destes “prestadores de serviços menores”, ou seja, quando eles tem algum poder. A educação, a empatia, a simpatia está vinculada a poder e aos benefícios que o prestador pode fornecer. Se precisam de um favorzinho, de um jeitinho, de uma ajudinha… aí sorriem e conversam miando, pedem até com voz mais fina. São a mais pura simpatia se precisam que seja aberta uma exceção para eles. É feio, é nojento e é ofensivo. É tosco, é descarado, é asqueroso. Não é possível que só eu ache vergonhosa essa conduta interesseira, de só tratar bem quando se precisa que a pessoa te faça um favor.

Durante um curto período da minha vida trabalhei com atendimento a público e ganhei prêmios pelo meu atendimento. Quando me perguntavam qual era o segredo do bom atendimento, eu sempre respondia (e respondo) a mesma coisa: não tem mistério, basta tratar todo mundo como você gostaria que tratem sua mãe se ela estivesse na mesma situação. Sempre tratei a todos como gostaria que minha mãe fosse tratada. O lixeiro, o entregador da farmácia, o motorista do ônibus… não importa, todos merecem ser olhados nos olhos, cumprimentados e serem chamados pelo nome. É o mínimo.

Você vai receber essa educação em retorno? Nem sempre. Pode ser que você cumprimente e a pessoa nem responda. Pode ser que você olhe nos olhos e a pessoa te ignore. Cada qual sabe de si e da educação que tem. A falta de educação dos outros não deve nortear seus atos. Seja honesto, seja educado, seja correto independente da forma como os outros se comportam. Seus valores e condutas não tem que estar pautados nos outros e sim na sua ética. É de dentro para fora. E é igual para todos, são todos seres humanos. Quem quiser ser mal educado, que o seja. Cabe a você ser uma pessoa educada.

Não importa a divergência de opinião que você tenha com a outra pessoa, sendo um presidiário ou um executivo, o mínimo que se espera é olhar nos olhos, cumprimentar antes de começar a falar ou pedir algo e chamar pelo nome. Não é favor, não é um plus, é o mínimo do mínimo em normas de educação. Trate os outros como gostaria que tratassem sua mãe. É realmente tão difícil?

Infelizmente o que vemos é o contrário disso. Pessoas sendo desmerecidas pelo que fazem: “se fosse inteligente não seria empregada doméstica”, “se fosse competente não seria motorista de ônibus” ou ainda “se tivesse estudado não seria vendedora”. Você não sabe da vida da pessoa, você não sabe quais circunstâncias a levaram a estar onde ela está. Será que se fosse você, nesse mesmo contexto, com as mesmas dificuldades que a pessoa enfrentou, não estaria em situação igual ou pior? E mesmo que a pessoa não seja inteligente, competente ou esforçada, ela merece um tratamento minimamente educado e digno.

Essa massa invisível que faz o “trabalho sujo” que te permite viver com conforto merece tanto respeito quanto o pediatra do seu filho ou o veterinário do seu pet. O lixeiro, o office boy, o trocador do ônibus. Mas no Brasil, se você não tiver poder, não é tão digno de consideração e educação. E é por isso que quando estas pessoas adquirem algum tipo de poder, acabam abusando dele, se comportando de forma meio escrota e até arrogante, pelo rancor de serem sempre ignorados ou destratados.

Acredito que muita gente perpetue este comportamento sem sequer perceber que o está fazendo e o dano que ele pode causar: viu os pais agirem assim, viu os amigos agirem assim e adquiriu uma falsa sensação de normalidade graças ao efeito “todo mundo faz”. Pois saibam que não dar um “bom dia”, não olhar nos olhos ao falar, pode não significar nada para você, mas pode causar um enorme mal estar na pessoa com a qual você está interagindo. Já vi pessoas se debulhando em lágrimas por serem ignoradas ou tratadas com comandos frios. Ninguém vê o dano causado a um prestador de serviço pois se ele demonstrar isso na frente do cliente, é demitido. Mas ele existe: no banheiro da empresa, no estoque da loja, no almoxarifado do hospital, todo dia tem gente trancada chorando escondida pelo tratamento que recebeu.

Pare e reflita sobre como você está tratando as pessoas que te prestam qualquer tipo de serviço. Depois pense se você gostaria que sua mãe fosse tratada da mesma forma se ela fosse a prestadora de serviços. Se não estiver tratando os outros como gostaria que sua mãe fosse tratada, tome vergonha na cara e mude de atitude. Nunca é tarde para se corrigir.

Para finalizar, observem como as pessoas tratam estes prestadores de serviço considerados “menores”, pois isso diz muito sobre sua índole. Gente que trata de forma diferente o médico do vendedor de uma loja, o advogado do garçom, o dentista do porteiro, merece um olhar mais atencioso, grandes chances de que não seja uma pessoa ética e empática. E isso vai se voltar contra você algum dia. Leia as placas de “Pare” e repense se esta é realmente uma boa pessoa para se ter ao lado.

Para dizer que tem mais com que se preocupar, para se ofender por ser chamado de mal educado ou ainda para desmerecer meu texto classificando-o como “frescura”: sally@desfavor.com

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Comments (39)

  • Me tira uma dúvida? No Uber é falta de educação ir no banco de trás? Pq sempre vi mulher vai atrás e homem senta na frente. Procede? É igual táxi?
    Grato se alguém responder.

  • Creio que trato todos com que tenho contato profissional da mesma maneira: indiferença. No meu trabalho como jornalista, já tive que entrevistar desde tratoristas a executivos bilionários como se eu fosse um idiota ignorante que não sabe nada sobre o assunto, ao contrário do entrevistado que possui o ouro da informação. Esse é um pequeno segredo que tenho que vejo em poucos jornalistas, que se acham mais sabidões que o universo. Quando saio a campo, visto a máscara da ingenuidade e converso com todos da mesma maneira, ficando maravilhado a cada resposta dada pelo entrevistado. Vocês não imaginam o quanto as pessoas se abrem quando se acham mais inteligentes do que você, meio que se acham na obrigação de te ensinar o beabá do que fazem e falam sem fim. Claro que já fui tratado como inexperiente várias vezes, inclusive meu chefe as vezes acha que serei incapaz de entrevistar alguma autoridade. Ao ver o resultado final, ele sempre pergunta: como conseguiu? E minha resposta sempre é: falando pouco e ouvindo muito… No dia a dia minha educação é falha ao extremo: não falo bom dia, não pergunto nome de ninguém, nunca puxei o saco de alguém, malemá falo obrigado…. todos me acham arrogante diante de tanta indiferença…. mas bem, esse é o preço que se paga…. Porém, com amigos íntimos, familiares e quem me conhece a mais tempo, sabe que tudo não passa de uma carapaça bruta para enfrentar o mundão lá fora…. no meu seleto clube de íntimos, sou quase um lorde, meio bruto, mas um lorde….

  • Eu trabalho como recepcionista em lojas de luxo na Europa. Já encontrei todo o tipo de pessoa bem e mal educada.Inclusive brasileiros muito gentis. A vantagem desse tipo de trabalho é que eu aprendi a não esperar nada das pessoas, qualquer gentileza é lucro

    • Imagino que pelo poder aquisitivo (não é garantia, mas ajuda) e pelo lugar (na Europa as pessoas tendem a ser mais educadas) você não sofra tantas baixarias. Chegou a trabalhar com público no Brasil? Como é a comparação?

  • Eu também fico pensando que não deveria ser necessário falar uma coisa tão básica, mas…educação elementar? Nem isso esse povo tem! Já ouvi dezenas e dezenas de histórias nesse tom, gente que só trata bem os outros quando pode sair algo positivo em troca.

    Mas isso é bem a cara desse povinho ignorante do Brasil: só faz alguma coisa se houver um benefício rápido em troca

    • Eu nem tenho a ousadia de ir tão longe, o que me choca é que as pessoas não se sintam mal em tratar alguém de uma forma tão ruim, por questão de consciência mesmo. Como conseguem esquecer que tem outro ser humano ali?

  • Justamente por ter sido tratada feito um bicho quando trabalhei com atendimento, eu procuro tratar todo mundo com educação. Às vezes eu falho, infelizmente, mas me esforço

    • Taí uma verdade: quem já trabalhou com atendimento a público, como você e eu, sempre tem um olhar mais cuidadoso, pois a experiência é tão traumática que ficam marcas para sempre.

  • Tem os grossos mas tem os tímidos e falar olhando nos olhos de desconhecidos é um desafio de conseguir. Se vc não fez ainda, podia fazer um explica sobre perder timidez. Vc também poderia ser coach

    • Só faria coaching se fosse totalmente gratuito, pois não me sinto avalizada, não tenho formação em psicologia nem em nada que me autorize a guiar a vida de uma pessoa. Sei que não precisa de formação alguma para ser coaching, mas eu me sentiria muito mal em cobrar por algo que não tenho formação. Aliás, a coisa mais fácil do mundo é resolver o problema dos outros, já reparou? Resposta para os outros todo mundo tem!

      Vou estudar mais sobre timidez para escrever um texto sim.

  • Nossa, curitibano é que deveria ler esse texto, por que olha… Aquela história de que curitibano não cumprimenta ninguém nem no elevador é verídica, viu?

    • Eu não gosto de gente muito social, tipo o carioca e o baiano, que nem te conhecem e já te botam dentro de casa, mas não cumprimentar é foda…

    • É o nosso jeito de ser, mas não se trata de arrogância e antipatia. E realmente, se eu entrar no elevador e não conhecer ninguém, eu não vou cumprimentar ninguém (a não ser que alguém me cumprimente).

    • ai, que drama, gente… sério que incomoda tanto assim? Para mim a pessoa que fica chateada com isso tem algum problema psicológico (não estou dizendo que é o caso de vocês), porque não consegue passar 30 segundos em silêncio. E o pessoal é beem hipócrita ao achar que quem não cumprimenta no elevador está sendo mal educado para depois ficar xingando. Já pensaram que esse cumprimentar está “abrindo uma porta” que as vezes a pessoa não quer?

      • O cumprimentar é apenas um indicador. Quando você acha a pessoa inferior e a trata como inferior, ocorrem uma sequencia de destratos e descasos e, quando se trabalha com público se passa ao menos oito horas por dia suportando esse tratamento horrível. Cumprimentar é o mínimo, mas, acredite, quem trabalha com público recebe muito menos que o mínimo.

        • Cumprimento se for funcionário, mas evito se não for. Não queria, mas já tive vários mal entendidos por pessoas achando que eu estava dando em cima delas quando só tinha intenção de ser educada mesmo.
          O meu maior desafio nesse sentido é com vendedoras. Sei que não há muita razão pra isso e que faz parte do trabalho, mas sinto-me um tanto quanto invadida quando começam a perguntar sobre a minha vida ou dar palpites pra chegarem à indicação de um produto. Então evito fazer esse tipo de compra em dias que não estou com muita paciência, mas sempre que vou saio achando que podia ter sido mais simpática :(

          • Paula, os vendedores tem que saber ler o cliente. Se você tem um perfil mais fechado, basta se mostrar desconfortável com as perguntas que o vendedor se recolherá. Se ele insistir, nesse caso, o defeito está nele (inconveniência) e não em você.

  • Tem diferença entre ser pessoa educada e simpática! Sempre cumprimento, mas tipo se eu pego o 99 táxi o destino já aparece no GPS e dou bom dia. Isso de dar bom dia, dizer o nome é pra onde vai já vai além da educação pro lado da simpatia, não acha? Não tô achando o cara inferior, só sou uma pessoa mais seca no geral, mas curti a dica é posso aplicar pra os outros menacharem mais legal.

  • Que texto maravilhoso! Dá vontade de esfregar na cara de algumas pessoas. Parece que para o brasileiro só precisa ser educado quando a outra pessoa tem algum status.
    Falando um pouco da minha experiência, minha mãe foi empregada doméstica e meu pai zelador num condomínio de luxo. Então eu perdi as contas de quantas vezes os vi sendo humilhados por aqueles que se achavam acima dos funcionários. E também vi faxineiros e porteiros passando pela mesma situação. Eram poucos os moradores que tratavam bem os funcionários.
    No começo da minha vida profissional, quando fui atendente num café, o pessoal que passava por lá olhava pra gente como se fossemos seus serviçais, muitos sequer nos davam boa tarde.
    Num escritório de advocacia onde eu trabalhei há quase dez anos atrás, vi a moça da faxina (que é minha amiga até hoje) chorar muitas vezes por causa do tratamento que os doutores dispensavam a ela. É muito revoltante.
    Eu dou bom dia para a caixa do supermercado e agradeço o empacotador, sei o nome de quase todos que trabalham no condomínio onde eu e meu marido moramos. Alias, quando viemos morar aqui, no primeiro ano que nós demos panetones no fim de ano, alguns ficaram até impressionados. E um colega no meu marido disse que o funcionário já ganhava salário, portanto não precisava “dessas frescuras”. Triste essa mentalidade.
    Educação e consideração são coisas básicas, mínimas e que podem fazer o outro se sentir realmente feliz e apreciado. Nem sempre temos isso de volta, mas não me desanima de tratar o outro bem.
    Mas uma vez aconteceu algo que me deixou muito feliz quando estava em um restaurante em Amsterdam. Como a Holanda tem uma sociedade mais igualitária, seu status não importa tanto. Enfim, o cliente (brasileiro para variar) tratou mal uma garçonete, chegou a gritar com a moça. Ela simplesmente gritou de volta e disse que ele deveria ser mais educado com as pessoas. Eu simplesmente achei o máximo isso!

    • Acho que as pessoas que tratam desta forma grosseira e fria não tem idéia da magoa e humilhação que causam, talvez por nem conseguir identificar o outro como gente.

  • E a coisa só tende a piorar. É uma geração mais estragada que a outra. Do miserável ao bilionário. Só que rico mal educado não tem justificativa, é escroto, é mal caráter. A pessoa tem a auto-estima do tamanho de uma ervilha, por que no fundo sabe que é um bosta, que tem o que tem graças ao papai, não ao seu esforço e capacidade. então tem que auto-afirmar se colocando acima dos outros.

    • Olha que tem muito rico que se acha, viu? Acreditam que estão bem de vida por serem fodas, não pelo pais ter dinheiro e contatos

  • Frase que circula pela internet atribuída à colunista e radialista norte-americana Pauline Philips – que assinava com o pseudônimo Abgail Van Buren – , que pode até ser apócrifa, mas também é verdadeira e tem tudo a ver com o texto de hoje: “O melhor indicador do caráter de uma pessoa é a) como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum, e b) como ela trata as pessoas que não podem revidar.”.

    • Concordo muito. Eu sempre digo que se mede o caráter de uma pessoa pelo que ela faz quando ninguém está olhando ou quando ela pensa que nunca vai ser descoberta.

  • Que texto, hein Sally? Coincidentemente não faz mais de duas semanas que um amigo, estudante de uma faculdade particular “famosinha”, me falou: “Aqui é sempre bom procurar tratar bem o pessoal da limpeza e serviços gerais, porque às vezes eles resolvem uns problemas nossos por aqui”. Cara, eu não acreditei que estava ouvindo alguém falando aquilo, sério (e sim, estou mandando esse texto pra ele nesse minuto). Então quer dizer que esse pessoal só merece ser bem tratado nessas circunstâncias? Por favor, apenas parem, humanos.

    • Isso me choca. Isso me choca muito. Brasileiros adoram dizer o quanto argentinos são arrogantes, mas na criação que eu tive uma coisa dessas é simplesmente absurda e impensável. Quem será que é realmente arrogante?
      Não entendo como conseguem tratar como inferior ou como invisíveis outras pessoas apenas por causa do cargo ou função que ocupam.

      • Olha, brasileiro é um bicho muito mal educado, eu já morei fora e vi o que é civilidade. Aqui você leva um esbarrão que quase arranca seu braço e a pessoa ainda te olha de cara feia, isso cansou de acontecer comigo no Rio.
        Pela minha experiência é isso mesmo que a Sally falou, só é educado quando é um igual ou “superior” ou com estrangeiro. Nunca vi povo mais puxa-saco de gringo.

        • Fica feio puxar o saco ostensivamente por interesse. Todo mundo percebe. Aqui no Brasil é regra, mas no exterior fica muito vergonhoso.

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