Arrombados de Natal

Quando chega esta época do ano a gente normalmente mete o pau no Natal, mas este ano eu queria fazer algo diferente. Vamos meter o pau nos Arrombados do Natal.

“Arrombados do Natal” é um apelido carinhoso que eu criei para designar essas pessoas infelizes e insuportáveis que se transtornam nesta época do ano, fazendo do natal o mote central de suas vidas. São pessoas chatas, desinteressantes, medíocres e histéricas. Usam uma pseudo-alegria e comemoração temática para camuflar o grande buraco que tem no seu interior e a belíssima bosta que é sua vida. Quem está bem resolvido não precisa, não quer e se sente ridículo agindo como um Arrombado de Natal. Vamos falar um pouco mais sobre esta figura peculiar, para que vocês não pensem que todo mundo que gosta ou comemora Natal é um Arrombado de Natal.

O Arrombado de Natal é, acima de tudo, um hiperativo emocional. Ele quer comemorar tudo, ele quer festejar, ele quer ser “O Organizador” da porra toda. Não por ser legal ou por ser generoso, mas como mecanismo de controle, para que as pessoas fiquem sempre a seu redor pois precisam dele. Já viu esse tipo de gente? Sempre proativa, sempre muito safa, faz tudo, não deixa que os outros façam nada? São pessoas inseguras que precisam se mostrar úteis o tempo todo para manter um círculo de pessoinhas medíocres e acomodadas à sua volta que ficam dependentes do seu fazer.

Curioso que, muitas vezes, essas mesmas pessoas reclamam que estão cercadas de inúteis, que ninguém faz nada, que elas têm que fazer tudo. Claro, não há espaço para ninguém fazer nada, elas são controladoras, dominadoras e ansiosas. Correm na frente e fazem tudo, porque no fundo, querem tudo do jeito delas. É aquele clássico tipo de pessoa que tem um parceiro(a) molóide incapaz de fazer qualquer coisa com competência. Reclamam, mas tem um ganho secundário enorme, que é ter o controle de tudo e a dependência de meia dúzia de imbecilóides à sua volta.

O Arrombado de Natal geralmente é mulher, mas tem uns poucos homens muito vergonhosos que se prestam a esse papel. Talvez seja o único momento do ano onde estas pessoas podem brilhar ou se destacar de alguma forma, por isso ficam tão agitadas e enchendo a porra do saco de todo ser vivo à sua volta para orbitar em torno do natal. Profissão medíocre (quando tem), núcleo familiar longe do que a pessoa sonhou, total desconhecimento do seu propósito de vida, total desconexão com ela mesma… Tudo isso será aplacado, camuflado e maquiado com a melhor decoração de natal, o melhor jantar de natal, o melhor amigo oculto. Uau! Você é foda! – Três dias por ano.

O Arrombado de Natal não apenas sente um entusiasmo patológico e excessivo pela data, como também exige que todo o resto o acompanhe. Com uma empolgação digna de um drogado, ele decora a casa de uma forma tão over que parece que um Papai Noel vomitou na sala. Fica monotemático, planeja, vive em função disso e se sente no direito de encher os ouvidos de quem tem uma vida mais rica e mais diversa e destina apenas um dia do ano ao natal. E ai de você se não acompanhar a fissura natalina deste doente: será taxado de mal-humorado, ranzinza, antissocial, de mal com a vida, amargurado e adjetivos piores. Quem discorda dele ou escolhe conduzir a data de outra forma será imediatamente negativado e não respeitado ou chantageado emocionalmente.

Como eu disse lá no começo, estas pessoas não são felizes. Muita pretensão dizer quem é feliz e quem não é, certo? Errado. Vou dizer uma coisa que talvez seja a maior contribuição que eu já dei no Desfavor e que provavelmente a maioria não vai concordar: felicidade é estabilidade emocional. Demorei muito para perceber isso (e, ainda assim, só percebi com ajuda) e para entender a ideia, mas finalmente isso entrou na minha cabeça. Então, se você sentir uma resistência inicial, tente não fechar a porta e reflita sobre o assunto.

Imagine aquela representação gráfica de uma onda, como a que ilustra esta postagem: há momentos de subida, há momentos de descida. A vida é assim. Se na subida há picos de sentimentos positivos e empolgação, na descida há tristeza e frustração. Tudo que sobre desce, então, a pessoa passa sua vida basicamente alternando uns drops de felicidade com momentos de chateação. E quanto mais sobre, pior será a descida. Cansa, não cansa? A mim cansa, e muito. Se você consegue colocar a sua mente um lugar bom, de neutralidade, de estabilidade, reduz bastante a oscilação e as ondas ficam bem pequenas, ou, se você se dedicar bastante, até desaparecem. Isso é felicidade.

“Mas Sally… se eu não tiver esses momentos de subida e descida, eu vou virar um zumbi, uma pessoa que não sente nada e viver em um limbo emocional”. NÃO. Mil vezes não! Essas subidas que se convencionou chamar de “alegria”, de “momentos felizes” não são felicidade, são pura euforia. Assim como o pico de excitação que uma droga causa também não é felicidade, esses momentos de agitação são apenas euforia. Nos viciamos nisso ao longo da vida porque nos ensinam a crença falsa de que isso é ser feliz, porque nossos pais aprenderam com os pais deles que isso é ser feliz, porque a sociedade entupida de antidepressivo e de ansiolítico acredita que isso é ser feliz. Um terço da população mundial deprimida nos dá um bom indício de que não está dando muito certo, não é mesmo?

Não confunda euforia com felicidade. Estar feliz não é sentir taquicardia, pular, gritar, fazer barulho, agitação. Isso é sair do seu eixo, do equilibro, da estabilidade, que é justamente o oposto que se tem que fazer para encontrar felicidade. Estabilidade emocional é permanente e melhora tudo, eu disse TUDO na sua vida. Não é sem graça, não é chato, não é nada de pejorativo que esses lunáticos que gostam de viver numa montanha russa emocional possam te dizer. Estas pessoas que supostamente são vistas como “intensas”, “passionais” e que “sabem aproveitar a vida” são apenas histéricos eufóricos em uma busca desesperada pela felicidade, que nunca chegará porque essa euforia gera muitos rebotes e, em um saldo geral, péssimas escolhas que implicam em algum grau de descacetamento na vida.

Felicidade é estabilidade emocional. Antes de refutar minha tese, experimente e você verá que até hoje você foi apenas um viciado em adrenalina, em euforia. Tem coisa melhor, acredite. Mas, como todo vício, é um custo para sair, para mudar a forma de pensar, de funcionar, para viver uma vida sem a droga da euforia. A vida fica melhor sem drogas mas já viu o custo que é para convencer um drogado disso? Para convencer que a droga faz mal e ele pode ser muito mais feliz e produtivo sem as drogas? Pois é, para quem está dentro do vício, parece que não, parece que precisa daquilo e que a vida vai ficar muito sem graça sem aquilo.

Voltando aos Arrombados de Natal, eles não são felizes, eles são eufóricos. E isso tem um rebote. Não é à toa que Natal é o período campeão de suicídios, de ligações para esses disk-ajuda, de venda de antidepressivos e coisas do tipo. Se você coloca uma data como “super hiper especial” você, em contrapartida, está dizendo que o resto do ano não é tão legal. Que merda, hein? Se condenar a viver em 364 dias não tão legais para ter a euforia de um dia muito legal. Tem certeza que vale a pena fazer isso?

Os Arrombados de Natal têm certeza absoluta que sim, não por escolha consciente, mas porque eles estão presos nesse mecanismo de drogado, de querer sempre a próxima dose de euforia para sentirem que estão vivos, que estão aproveitando a vida e para tapar um grande buraco emocional que existe dentro deles. Gente que chora no banho, mas que aos olhos dos outros está sempre feliz, sabe?

Eles precisam de mais essa dose natalina, que por sinal, é a principal, a maior do ano. Eles precisam ostentar em redes sociais como são felizes, como suas casas estão decoradas, como sua ceia de natal teve muita comida. Você olha de perto e todo mundo fala mal de todo mundo na família, casais se traem de forma baixa e vil, filhos são colocados em segundo plano, pessoas focam muito mais na matéria do que no aprimoramento pessoal, tudo está um caos, as pessoas sentem grandes vazios e angústias, mas o importante é aparentar estar bem na foto de rede social.

Percebam que é um mecanismo inconsciente. Nada disso em momento algum foi uma escolha consciente da pessoa. Ou é mecanismo de defesa por uma vida merda e frustrante, ou é comportamento adquirido, ou qualquer outra forma inconsciente de agir. Então, não adianta recriminar esta atitude da pessoa como se fosse uma escolha direta dela. Não é.

O erro na escolha consciente, neste caso, está em gastar toda sua energia e disponibilidade emocional em coisas externas, durante o ano todo, em vez de olhar para dentro e expandir um pouquinho sua consciência. Essas pessoas estão sempre se cercando de coisas externas para focar: busca pelo corpo perfeito, ou vão resgatar ou ser protetores de animais catando bicho a torto e a direito no meio da rua, ou vão brigar por política, ou vão enfiar a cara 100% no trabalho, etc. Vão sempre focar em algo externo. Olhar pra dentro, investir em autoconhecimento, tentar aprimorar o que é… nem pensar. “Eu sou assim, não consigo mudar, não posso fazer nada”. Pode sim, meu anjo. Só não quer.

O Arrombado de Natal te chama o tempo todo para um pacto de sofrimento casado, ele está no fundo do poço e não quer estar sozinho. Normal que chame, que queira que você entre no frenesi junto com ele, que você seja pelo menos participante que fica aplaudindo e validando, pois a maioria da sociedade o faz. Poucos são aqueles que não aceitam convites para pactos de sofrimento casado na vida, no geral: relacionamentos onde um faz mal ao outro, trabalhos onde você se sujeita ao que não quer, lazer onde você é convidado a detonar seu próprio corpo, etc. O pacto de sofrimento casado está por todos os lados na nossa sociedade, e a maioria diz “sim”.

Por isso, quando o Arrombado de Natal te convida para participar do consumo dessa droga chamada “euforia” com ele, já presume que você vai aceitar, afinal, a maioria aceita e a sociedade doentia se encarrega de gerar a devida pressão para que as pessoas aceitem: ninguém quer ser o estranho, o diferentão, o antissocial. Quando você diz “não” a este pacto de sofrimento casado, pode sentar e esperar que vem reação.

O Arrombado de Natal, como todo drogado, fica furioso com quem lhe nega a droga de que tanto precisa. Ou vai ficar putaço com você, brigar e cobrar, ou vai se chatear e te tacar muita merda pelas costas ou até tentar te chantagear emocionalmente.

É que uma pessoa que não aceita pactuar com esse sofrimento acaba sendo perigosa e pode, pelo exemplo que gera, desmontar esse castelo de cartas e acabar fazendo com que fique claro para a sociedade e para o próprio Arrombado de Natal que é ridículo precisar desses shots de euforia e que, sim, é possível viver muito melhor sem eles. É mais ou menos a reação das mamães quando encontram uma mulher sem filhos extremamente feliz. Dá tela azul na cabeça, dá medo, dá pavor.

Hoje, com 40 anos, eu me recuso a ser enabler para qualquer tipo de drogado: não pactuo, não ajudo e não forneço cocaína nem euforia. Me inclua fora dessa, não vou participar, não é bom para mim nem para a pessoa. Vá fazer pacto de sofrimento casado com a puta que te pariu, que por sinal, deve ser em grande parte responsável por você precisar desta porra de estilo de vida emocionalmente destrutivo.

Não vou ser palco para relacionamento com brigas constantes, não vou ser palco para amizades com desentendimentos constantes e não vou ser palco para freak show de natal. Sugiro que façam o mesmo. Busquem estabilidade emocional e guilhotinem das suas vidas sem dó qualquer pessoa que os levar para o sentido oposto.

“Mas Sally, eu não consigo…”. Então tu tem um grande ganho secundário de ficar nesse pacto de sofrimento casado… tem que ver isso aí. Reflete, olha pra dentro e pensa como merdas esta situação horrorosa está te atendendo. E sai fora, o quanto antes.

A intenção deste texto não é te convencer de nada, apenas trazer um novo ponto de vista: você não precisa aceitar qualquer pacto casado de sofrimento, especialmente participar desse frenesi, dessa euforia, dessa obsessão natalina. Se você não tem vontade, não se violente e não faça.

Não seja um canal para que o outro realize suas neuroses às custas do seu bem-estar. Ser um Natal Freak não te faz “normal” e ser uma pessoa com estabilidade emocional que não topa essa busca doentia por euforia não te faz infeliz nem amargurado. Não deixe que os outros, com seus rótulos, te definam. Não deixe nem que o que os outros pensam sobre você de alguma forma te definam. Saiba quem você é e o seu valor independente do olhar de terceiros.

Não estou sugerindo que você se recuse a ir na ceia de natal da família, estou dizendo que vá apenas onde tiver vontade e faça aquilo dentro dos seus limites pessoais que não te violente. Você não é obrigado a ficar eufórico nesta época do ano, a se vestir de Papai Noel, a cantar, a rezar, a passar seis horas decorando uma casa ou cozinhando. Você só é obrigado a ser fiel a você mesmo e não se sujeitar a coisas que te sejam uma violência. O resto? Liga o “foda-se”.

Você não é responsável pela felicidade alheia. Se a pessoa é doente mental e deposita em você essa responsabilidade, mostre que você não vai aceita-la e não caia na armadilha da culpa. “Se você não fizer tal coisa vai estragar o nosso Natal”. Não, a própria pessoa é que estraga tudo, colocando em você o peso de suprir condições indispensáveis para que ela esteja bem e feliz. Sai fora, não é você quem está provocando sofrimento no outro, é ele quem provoca sofrimento nele mesmo.

Sai fora de pacto de sofrimento casado, sai fora de qualquer pessoa que diga que você a está fazendo infeliz ou sofrer. Não existem vítimas, cada um tem a responsabilidade pela sua própria felicidade. Quem responsabiliza o outro são pessoas sem um grau mínimo de consciência que não tem qualquer chance de desenvolver um relacionamento saudável. “Mas Sally, eu amo essa pessoa…”. E a você mesmo, meu anjo, você não ama? Enquanto você não se amar em primeiro lugar não vai ter qualquer chance nem de relacionamento saudável nem de ser feliz.

Fica a dica: vivenciem o natal da forma como VOCÊS quiserem, sem que nada ou ninguém te diga o que tem que ser feito. Por mais que isso gere algum estresse ou problema, acreditem, nada dói mais do que não ser fiel a si mesmo. E continuem pensando sobre essa ideia: felicidade é estabilidade emocional, pois na estabilidade emocional você estará sempre bem, destinando sua energia, seu tempo e sua atenção para coisas muito melhores do que ficar procurando euforia.

Para dizer que eu acabo de perder metade dos meus leitores, para dizer que adora esses textos que podem ser enviados anonimamente para meia dúzia de gente sem se comprometer ou ainda para dizer que se sair facada na sua ceia de natal a culpa é minha: sally@desfavor.com

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Comments (22)

  • “Imagine aquela representação gráfica de uma onda, como a que ilustra esta postagem: há momentos de subida, há momentos de descida. A vida é assim. Se na subida há picos de sentimentos positivos e empolgação, na descida há tristeza e frustração. Tudo que sobre desce, então, a pessoa passa sua vida basicamente alternando uns drops de felicidade com momentos de chateação. E quanto mais sobre, pior será a descida. Cansa, não cansa? A mim cansa, e muito. Se você consegue colocar a sua mente um lugar bom, de neutralidade, de estabilidade, reduz bastante a oscilação e as ondas ficam bem pequenas, ou, se você se dedicar bastante, até desaparecem. Isso é felicidade.”**

    Em resumo: trate sua vida como um sistema massa-mola horizontal sujeito à resistência do ar, de modo que a amplitude de emoções (oscilação) se torne cada vez menor até estabilizar em zero, transcorrido um determinado intervalo de tempo. Se remover a resistência do ar, a oscilação será a mesma eternamente e nenhuma força interna ao sistema (que se anula aos pares pela Terceira Lei de Newton) vai resolver isso.

    Parei a leitura só pra comentar isso porque deu vontade mesmo. Hora de prosseguir. :p

  • Sally, o arrombado do Natal é o chato do ano inteiro, é o manipulador que finge bondade para que mais e mais pessoas dependam dele, é aquele que se acha elevado espiritualmente mas quando contrariado age de forma infantil e fecha cara, é o sujeito que força a amizade com a justificativa de manter a integração do grupo. Conviver com o arrombado do Natal é um saco, é estressante. Um conselho? Ao avistar o tipo, fujam para as colinas. Se decidirem ficar, aguentem serem sugados e esgotados.

  • Boatos de que estou em busca da felicidade, isto é, estabilidade emocional. rs
    O problema é que a gente sempre tem tendência a achar que essa felicidade está no outro ou em alguma coisa, né?

    • Não está, está dentro de você. Nunca delegue para terceiros ou para fatores externos. E, se você quer manter essa felicidade, procure um par que também esteja nesse estado de espírito, que não seja viciado nessa euforia.

  • …e tem o maldito Arrombado do Aniversário, que acha que o aniversário é o dia mais especial do universo e fica p da vida se outra pessoa não está nem aí para o próprio aniversário ou o de outros. Canseira desses enviados, é tem um em cada canto pra onde eu me vire…

    • Ah sim, a pessoa que começa a te avisar um mês antes que o aniversário está chegando, fica perguntando o tempo todo se você vai na festa dela, etc. E quando você diz que não quer fazer nada no seu aniversário a pessoa fica puta e não admite. Detesto. Haja saco para tanta carência e egocentrismo.

  • Esse ano tentaram agitar um amigo secreto de fim de ano no trabalho, mas agora eu sou o chefe do setor e disse que odeio, entao não vai ter. falei pra fazerem escondido de mim se for o caso. HAHAHA

  • Se fosse bom não seria “pacto casado”, e sim “pacto solteiro”. rsrs

    Qto a felicidade ser estabilidade emocional, concordo totalmente. Com a maturidade td q eu, cada vez mais, quero é paz.

    • O problema é o que as pessoas definem como “paz”. Tem gente que acha que dá para parar no pico da onde e ficar em “paz” ali para sempre, mas não dá. Tem que abrir mão dessa euforia.

  • Gosto do Natal, mas odeio a forma como os outros precisam demonstrar como estão felizes, como a mesa da ceia tá cheia e como eles estão arrumados (pra sentar no sofá da sala). Aliás, qualquer data comemorativa que condicione as pessoas a entrar nesse estado de ultra mega power euforia, como se todo mundo tivesse a obrigação de ser ou estar feliz é um saco.

    “Felicidade é estabilidade emocional.” – Concordo. Pra quem sofre de ansiedade (como eu) esses picos de euforia e tristeza são um inferno.

  • “Quer participar do nosso amigo oculto”
    Eu: ” E correr o risco de tirar uma pessoa cujo único impedimento para colocar ela dentro de um misturador de cimento com pregos enferrujados e cacos de vidro e ligar no máximo são as penalidades legais que ou posso sofrer? Abstenho-me”.

    Arrombados de Natal é quase uma variação do que eu chamo de Síndrome da Unigata.
    A pessoa é tão feliz, mas tão feliz, que o mundo precisa ser como ela.
    E se você quiser fazer algo que Unigata não considera feliz, você é uma pessoa triste que precisa de muito carinho e amor.

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