JAV – Parte 2: As excrescências.

Já que estamos trazendo de volta textos que nunca deveriam estar aqui para começo de conversa, resolvi parar de lutar contra a baixaria e descer o nível assim como a Sally fez. Hoje vamos analisar a maravilhosa indústria pornográfica japonesa pela ótica do olho que não enxerga… e tudo o que sai dele.

Como disse quase uma década atrás, a pornografia japonesa tem uma limitação legal: não pode mostrar genitálias a não ser que estejam borradas ou quadriculadas na imagem. Isso mataria qualquer outra indústria pornográfica, mas não a japonesa. Na verdade, é bem provável que a explosão criativa vinda da baixaria nipônica seja resultado direto dessa proibição. Não pode mostrar pênis ou vagina, mas o resto está liberado, e isso inclui o ânus. E ao redor dessa parte da anatomia se construiu um império anal.

Vamos estabelecer uma coisa primeiro: é comum que as empresas produtoras de filmes adultos japoneses acabem se especializando num tipo de conteúdo. Desde as mais “papai-mamãe” até os fetiches mais terríveis. Se vender uma vez, a empresa encontrou o público-alvo e vai continuar focando nisso, afinal, o consumidor japonês parece ser muito fiel quando se fala dos seus vídeos preferidos de pessoas defecando umas nas caras das outras. Opa… spoiler.

Mas vamos começar devagar. Bem devagar: no Japão existe uma cultura das chamadas “idols”. Basicamente, são as vadias genéricas deles, mas ao invés de fazer poses provocantes no Instagram, elas fazem isso em vídeos lançados diretos para os fãs. E claro, com toda aquela aura de infantilidade que é comum na indústria cultural deles. O curioso é que não são vídeos de nudez explícita como se esperaria aqui no Brasil. São vídeos onde essas moças vestem roupas relacionadas com fantasias sexuais, biquinis, saias curtas e todo aquele cosplay de colegial que faz sucesso do outro lado do mundo. Reza a lenda que até pouco tempo atrás, tecnicamente não era crime fazer esse tipo de vídeo com menores de idade. Mas eu não vou pesquisar para confirmar, porque minha bunda branca não quer estar numa cadeia brasileira…

No final das contas é uma mistura estranha de simulador de companhia com voyeurismo, mas que deve dar muito certo, porque a indústria é gigantesca. E por que eu trago esse tema aqui? Simples: como a ideia dos vídeos é não precisar de censura, elas sempre usam roupas que protegem a genitália, mas com a graça da lei japonesa, muitas acabam mostrando o cu. Deixa eu esclarecer isso: cidadão paga caro num vídeo onde uma mulher que age feito criança veste roupas cada vez menores para ver meio segundo de cu num vídeo que pode ter quase duas horas. Você achava que brasileiro era fixado em cu? Reveja seus conceitos.

Mas essa regulação toda não é a regra: existem diversos vídeos focados apenas em mostrar cus. A mecânica não poderia ser mais simples: uma japonesa responde algumas perguntas para o câmera, para quebrar o gelo, aparentemente (nunca vi pornô japonês legendado, então não sei o que eles falam). Depois disso, a moça, quase sempre se esforçando para parecer a mais fofa possível durante todo o processo, levanta sua saia, abaixa a calcinha e mostra a bunda. Durante os próximos vinte a trinta minutos, o câmera foca diretamente no cu exposto, com a genitália devidamente censurada (sem vulgaridade!). Depois de meia hora literalmente de uma mulher abrindo a bunda e zooms cristalinos em cada uma de suas pregas, ela se levanta, agradece… e entra a próxima. Esses vídeos podem ter três horas de duração. Não tem sexo, é só isso mesmo.

E como estamos todos de mãos dadas indo para o inferno, um bônus: aparentemente os melhores vídeos para os fãs são aqueles que as moças apresentam uma higiene anal deficiente. Ou, em bom português: alguns vídeos fazem alarde de que o cu de algumas das moças estão sujos de merda, pedaços de papel higiênico, etc. Eu não estou falando de um vídeo que existe, estou falando de uma série que dura décadas e deve vender bem até hoje, afinal, continuam fazendo…

Mas para o japonês tarado, não precisa de tanta produção assim. Muitos mais famosos que os vídeos de cus, são os vídeos de “câmera escondida” baseados em mulheres indo ao banheiro. As coisas só vão piorar a partir daqui. Eu não tinha noção do tamanho desse mercado… existem diversas produtoras focadas apenas nisso. Existem milhares de vídeos com o único objetivo de mostrar mulheres se aliviando no banheiro. E eu coloquei câmera escondida entre aspas porque salvo o japonês médio ser incrivelmente mais insano do que eu previa, não tinha condição de todo mundo não ser preso se fosse de verdade.

A mecânica desses vídeos não varia muito: mulher entra no banheiro, uma câmera filma o rosto dela (alguns borram para dar um ar mais “errado” ao vídeo) e outra câmera filma de baixo pra cima… muitos banheiros japoneses ainda usam a privada de agachar, o que permite (infelizmente) uma visão privilegiada do ato. É extremamente formulaico: mulher entra, faz as necessidades e sai, entra a próxima, e assim por diante por duas ou três horas de vídeo. De novo, sem sexo. O simples ato de cagar (com captação completa de som…) já resolve a necessidade desse público-alvo. Não se pode negar que para a atriz é um dos empregos mais fáceis que vai ter na vida, é literalmente cagar e ir embora.

E como sempre, o japonês não deixa as coisas caírem na rotina criando cenários diferentes. Um vídeo sugere que são modelos que tomaram laxante numa bebida batizada, outro diz que são enfermeiras de um hospital, e as artes de capa até sugerem edições especiais: mulheres com diarreia, mulheres que cagam grosso, mulheres que cagam um pouco na calcinha primeiro… qualquer cenário de terror no banheiro aparenta ter um vídeo especial. E, novamente, pela graça da lei local, genitália censurada, mas cu e o que estiver saindo dele em gloriosa alta definição.

Mas não acaba aqui! Porque existe todo um cenário extra de mulheres fazendo suas necessidades na rua. A “história” do filme é uma pessoa filmando as japonesas que precisam cagar na rua, e todas as variações de tipo de mulher e tipo de merda continuam valendo. Quer ver colegiais com diarreia? Tem um vídeo. Quer ver executivas constipadas fazendo muita força? Tem também. Se tem um lado positivo nisso, é que japonês tende a ser mais educado, e provavelmente a equipe limpa tudo depois para deixar a rua limpa para a próxima produtora utilizar.

E não dá mais para sair do tema de merda agora. Venha comigo se horrorizar ainda mais com a humanidade: eu realmente não entendo o motivo cultural exato por trás disso, mas enemas são parte importante dos filmes de fetiche japoneses. Eu apostaria em milhares de filmes com essa temática também. Mas aqui a coisa fica menos estática, a pornografia bizarra nipônica brilha na criação de cenários para enemas. Tem desde filmes pornôs aparentemente normais que do nada incluem uma cena da atriz limpando o intestino diante da câmera até mesmo cenários “divertidos” com a temática. Por exemplo: as olimpíadas do enema. Várias atrizes tem seus cus enchidos com algum líquido e tem que realizar uma gincana cheia de atividades fisicamente complexas, disputando para ver quem tem o cu mais resistente e não se caga antes do final. Já em outros filmes, elas disputam para ver quem consegue expelir o líquido mais longe.

Alguns vídeos focam em colocar as atrizes em situações de risco: colocam o líquido e tem que participar de uma reunião de negócios, jantar com a família… ou mesmo algo mais banal, com todo o apelo do filme sendo o sofrimento da moça para segurar a tempestade intestinal que está batendo na porta do cu. E, é claro, o gran finale onde ela faz um estrago onde quer que esteja. Não tenho como não dar pontos pela criatividade.

E agora, vamos descer para o ponto mais baixo: até agora falamos de vídeos onde se observa o cu ou a merda. Mas há toda uma camada de interação com os excrementos que precisa ser mencionada. Quer dizer, não precisa, mas eu pesquisei e agora quero que vocês sofram junto. Para quem tem o coração puro, esse tipo de pornografia com merda se chama scat. De escatologia mesmo. E o scat japonês alcança um nível de insanidade que coloca no chinelo até mesmo aquele monte de brasileira cagando em copos (2Girls1Cup é produto nacional, sabia?).

A diferença, como sempre, é que as premissas são mais complexas (vulgo insanas). E sei que vai parecer estranho dizer isso, mas as atrizes do pornô de lá que fazem essas coisas nojentas passariam por princesa aqui no Brasil. Pornô escatológico não é coisa de puta em final de carreira como no resto do mundo, as garotas parecem que estariam à vontade num vídeo clipe de música pop, mas estão esvaziando as entranhas e rolando na merda num vídeo pornô! É impressionante.

Mas vamos logo às descrições: como já vimos antes, existe pornografia para todos os níveis de interesses anais no Japão. Desde o cu tímido da idol até mulheres nadando em piscinas de bosta. Existem inúmeros filmes seguindo caminhos mais “óbvios”: casais se borrando dos pés à cabeça com merda (que pode ou não ser cenográfica), com aquela vibe consensual de coisa feita dentro de quatro paredes que mesmo que não nos agrade pessoalmente, parece mais simples de conceber. Mas para isso não precisaria de um texto. Eu quero falar dos casos insanos.

Existem vários vídeos, vários mesmo, focados em um cidadão que fica deitado imóvel no chão enquanto várias mulheres fazem todas suas necessidades sobre ele. Não adianta apontar um filme, porque eu vi essa cena em literalmente dezenas de contracapas. Todo esse lance de submissão feminina da cultura deles tem um lado que é pervertido nesse tipo de pornografia. Parecem ser filmes sem sexo, só com esse tipo de cena. E eles são criativos nas formas de unir o humilhado com os excrementos. Num filme usam uma espécie de caixa ao redor da cabeça do cidadão, que vai enchendo com… adivinha? Em outro, uma mulher fica presa com um tubo plástico saindo da boca e indo diretamente para a parte de baixo de uma privada, onde vários homens mijam e cagam.

E vai mais longe: existem séries de vídeos, com vários mesmo, de “restaurantes” de merda. Basicamente, um japonês entra num estabelecimento, abre o menu, e uma mulher vem servir seus excrementos em copos e pratos. Sim, o cidadão consome. Tem versão restaurante chique, tem versão fast-food, é bem democrático. Em alguns vídeos os atores fazem sexo, em outros é só a exposição do cenário e pronto. Em outros vídeos, o ator principal é um faxineiro de banheiro que lida com várias colegiais com intestinos fora de controle… e tem um até que mulheres são pintadas de branco e colocadas nas paredes e chão de um cenário fingindo ser privadas! Tem a versão masculina também, bem inclusivo.

Eu honestamente achei que acharia uns 3 ou 4 filmes super bizarros e descreveria aqui para o horror de vocês, mas a indústria é muito maior do que eu imaginava. Desconfio até que só a parte scat da indústria japonesa é maior que toda a indústria pornográfica brasileira! São capas e mais capas, vídeos e mais vídeos, com tudo o que se pode imaginar em relação a cus e merda. Você pode até não gostar, mas isso é o ápice da performance pornográfica: quando você pode simplesmente filmar um cu por meia hora e viver disso… saio dessa experiência impressionado com a criatividade desse povo ao redor de um tema que parecia minúsculo.

A gente comemora a semana do cu, mas a pornografia japonesa vive ele.

Para dizer que nem queria almoçar mesmo, para pedir um texto sobre JAVs de vômito, ou mesmo para dizer que eu já fui mais resistente: somir@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: , , ,

Comments (24)

  • Geraldo Renato da Silva

    O ser humano realmente é uma criatura interessantíssima e não seria diferente com os japoneses: é de se admirar que um país que foi arrasado por bombas atômicas e está no limiar de ser varrido do mapa por um megaterremoto, o pessoal possa ser tão bizarro (e no final das contas, vamos admitir, criativo!). E se tem uma indústria que vive disso é porque tem gente que gosta (claro!). Resumindo: viva a bost@!

  • Vai tomar no cu

    Puta merda! Agora vc me deixou com nojo de japas. Vou passar a olhar torto pra eles quando vir na rua. E pra elas também. Essa de cu sujo de merda grudada com papel foi de cair o cu da bunda!

  • Será que algum deles tem super cola envolvida?
    Acho que nem por todo o dinheiro do mundo eu me submeteria a esse tipo de humilhação, cruzes!

  • A impressão que me dá é que os japoneses são sérios demais, contidos desde a infância. Por isso a infantilização do erotismo (cultura do “fofo”, colegiais, até esse extremo de ter entre dois e quatro anos de vida, descobrindo a excreção e o proibido). A coisa não avança. Uma coisa é o brasileiro, que faz sexo com cabrita, criança, mamão, cenoura, mulher do amigo, enfim, com tudo o que estiver disponível, porque é sem critério. Outra é o cara fazer questão dessa estranha brincadeira com massinha de modelar.

    • Eu tenho a impressão que é alguma coisa relacionada à intimidade. Talvez pelas pessoas serem tão fechadas, essa proximidade excessiva acaba virando um fetiche popular…

      • Sim, esse detalhe também é pertinente. Pra complementar: lá no Japão, pagar por sexo vaginal é ilegal, pagar por anal é liberado. Aí, ao contrário do Brasil, o que exige uma gorjeta é o vaginal, pois pode dar merda (no sentido figurado). Esses japas são intrigantes.

  • Credo, esse do cocô saindo, bizarro. Eu nunca vou entender isso, um país rico, de primeiro mundo, será que as pessoas precisam mesmo fazer isso para sobreviver? Umas meninas bonitinhas, poderiam arrumar emprego de outra coisa. Vai ver que é por isso que censuraram a cara delas na capa do dvd.
    Cadê a parte 1 ali nos relacionados, não esconde não!

    • Considerando as jornadas de 12 horas no Japão e o mercado de trabalho extremamente competitivo, acho que cagar na frente da câmera parece mais interessante.

      O sistema de relacionados não gosta muito de textos antigos, antes de eu colocar as tags. Mas eu coloco o link no texto.

    • Mas eu acho fascinante. Especialmente esses vídeos “pornôs sem sexo”. Nessa pesquisa eu encontrei mais um monte de premissas hilárias que não continham o tema do texto, e não puderam ser analisadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: