O presidente argentino, Alberto Fernández, cometeu um erro lamentável nesta quarta-feira deturpar uma frase do escritor mexicano Octavio Paz. “Octavio Paz escreveu uma vez que os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros vieram da selva, mas nós, os argentinos, chegamos em barcos. Eram barcos que vinham da Europa”, disse Fernández em entrevista coletiva com o presidente do Governo da Espanha (primeiro-ministro), Pedro Sánchez. LINK


E o brasileiro se ofendeeeeu! Tema perfeito para comemorarmos o Dia da Exclusão Social aqui na República Impopular do Desfavor. Brasileiro exclui sempre que pode, mas quando é a vez dele, se dói todo. Desfavor da Semana.

SALLY

Para celebrar o Dia da Exclusão Social, escolhemos uma notícia diretamente relacionada com o tema: o mimimi em torno da declaração bizarra do Presidente da Argentina, Alberto Fernández.

Sim, foi uma coisa totalmente inconveniente, inadequada e escrota de se dizer, principalmente para alguém na posição de Chefe de Estado. Mas ficar choramingando por causa disso quando se faz igual ou pior é de fazer cair o cu da bunda.

Em um encontro com o Presidente da Espanha, Pedro Sánchez, Albertão quis, de alguma forma, dizer que a Argentina tem mais afinidade com a Espanha do que outros países, pois foi colonizada pelos espanhóis. Para isso, ele fez a seguinte citação: “Os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros vieram da selva, mas nós, os argentinos, viemos dos barcos, os barcos que vinham da Europa, e assim construímos nossa sociedade”.

Albeto Fernández nem ao menos criou a frase, ele apenas citou o trecho de uma música bastante conhecida (composta por um cantor chamado Litto Nebbia, que, além de ser o favorito do Presidente, também é seu amigo pessoal). A música se chama “llegamos de los barcos” diz exatamente a frase polêmica. É uma forma de dizer que argentinos tem mais ascendência europeia do que os outros países citados, o que não é nenhuma mentira.

É algo bonito de se dizer? Obviamente não. Nada que fomente separação, diferença ou algum tipo de distinção entre um povo e outro é bonito de se dizer. Mas todo mundo faz isso– e eu me incluo. Em algum nível, todos nós fazemos. Alberto não falou que quem vem da selva é sujo ou burro, a suposta ofensa implícita está na cabeça do ofendido. Alberto citou uma letra de música.

Não nego que foi infeliz. Era óbvio que geraria problema, tudo que ecoa mais quando dito publicamente por um Presidente da República, mas… o brasileiro já olhou para o próprio rabo? Vocês têm o Presidente que pior se comporta nesse quesito, vocês chamam japonês de pau pequeno, judeu de pão duro, português de burro, árabe de terrorista. Mas quando falam de vocês não pode, né? Aí é “racismo”, é “desrespeito”, é um verdadeiro absurdo. Queridões, tem que escolher: ou não faz e critica, ou, se faz, cala a boquinha.

Além disso, passaram anos rindo de cada coisa ruim que acontecia com a Argentina. Cansei de ver brasileiro postando notícias ruins vindas de lá e comemorando, tripudiando. A coisa mais agradável eu li foi que o argentino ia passar tanta fome que teria que comer cachorro (em tom de quem estava achando graça ou de quem estava achando bem-feito).

E, que fique claro, neste texto não falo do Desfavor, que é uma bolha, falo do brasileiro médio, da realidade, do Ei Você. Sempre que pode ataca, escrotiza ou torce para que o argentino se foda. Riem da fome, riem quando tem terremoto, dizem que quando morre um argentino é uma coisa boa, mas se escutarem um trecho de uma música local que diz que brasileiro veio da selva, oh meu Deus, quanta ofensa!

Pois bem, uma vez, um argentino falou uma coisa que o brasileiro não gostou. O escândalo! Imagina se os argentinos fizessem o mesmo escândalo cada vez que um brasileiro (ou o Presidente brasileiro) falasse algo supostamente ofensivo! Me poupem. Quem se diz ofendido não pode ter ofendido antes na mesma moeda, se não, em vez e ofendido, é um hipócrita.

E digo mais: é verdade que a Argentina tem muito mais ascendência europeia do que o Brasil (descendência é quando se tem filhos, pelo amor de gezuiz). Alberto disse que o país tinha mais afinidade com a Espanha por ter uma raiz de europeus na sua população. Cerca de 80% da população argentina tem ascendência europeia. Obviamente não se pode dizer o mesmo do Brasil. O fato disso ser bom ou ruim está na cabeça de quem lê.

E ainda teve retardado mental que discutiu de forma séria que “argentinos não chegaram em barco pois quem chegou foram os europeus, o argentino nasceu da mistura dos europeus com as civilizações locais”. Uma perguntinha: cês são retardados? Ou apenas burramente literais? É uma música, que narra a origem dos povos de uma forma poética. Parem de dizer obviedades com se fosse “o argumento” para “vencer” uma discussão, tão passando vergonha.

Ainda na linha da narrativa poética (ninguém quis dizer que o brasileiro brotou e caiu do galho de uma árvore), alguém nega que o brasileiro veio da selva? Tirando uma minoria de portugueses, o que sobra são índios e africanos, e, se não me falham as aulas de história, ambos vinham da selva. Onde isso é ofensivo? Na cabeça do ofendido, só se for. Se falar “os esquimós vieram da neve” ninguém vai achar nada de mais. Não sei quem foi que convencionou que vir da selva é ruim, mas idiota aquele que compra essa convenção.

Se eu te falar que eu sou superior por ter um metro e meio de altura, você vai se ofender? Claro que não, vai rir da minha cara, pois isso não denota nem superioridade nem inferioridade. Por qual motivo doeu? Talvez pelo fato do brasileiro ter comprado a convenção de que selva é ruim, é atraso, é vergonha, de forma tão entranhada que não consegue nem rever o conceito. Em vez de entender que não é vergonha “vir da selva” ele prefere ficar negando que veio da selva e se ofender quando alguém diz que ele veio da selva.

Um trecho de uma música cidadã pelo Presidente de outro país virar capa de jornal em meio a uma terceira onda de pandemia? Quando o Presidente do seu próprio país não comprou vacina, deixou morrer meio milhão de pessoas e quer abolir o uso de máscaras? Mas deixem de ser vira-latas! A porra da música tem conteúdo pejorativo? Provavelmente, mas foda-se. Bárbaro é o que crê na barbárie, joke is on you, Albertão, que fez papelão falando uma inconveniência.

E, vamos combinar, com as merdas que o Presidente de vocês fala sobre tudo e todos, qualquer nação tem crédito para chamar brasileiro de macaco seis meses seguidos. Repito: o Professor Chapatinho foi muito infeliz em citar essa música sabendo que essa informação rodaria o mundo e merece ser criticado por isso sim, mas essa reação de Maria do Bairro foi mais vergonhosa do que a frase do Alberto em si.

E mesmo os que não choramingaram, fizeram merda também. Usaram argumentos “maravilhosos” como “eu sou da selva, mas pelo menos não sou assim” colocando uma foto do filho do Alberto, que é trans e se veste de Pikachu sexy para baixo. Qual é o problema mental do brasileiro? “Se alguém erra comigo isso me autoriza a errar de volta”? Mas que mentalidade merda, hein? Com essa mentalidade, vocês serão sempre um shithole.

Faz piada em vez de choramingar e se doer, ao menos mostra que a carapuça não serviu. Não é, no mínimo, engraçado que alguém com a cabeça do tamanho da Hello Kitty fique ostentando raízes europeias? Alberto e sua cara de Professor Raimundo, tirando onda com a coisa errada. Coitado, que ridículo.

Mas não, o brasileiro se doeu, seja para chorar, seja para atacar. Vou dar uma dica: vir da selva é lucro, pois as outras coisas que andam dizendo do país depois dele infectar e foder toda a América do Sul, são bem piores. Seus dias de párias do mundo estão só começando. Ou aprendem a não se importar, ou vão gastar um tempo precioso xingando muito no Twitter.

O choro é livre, mas, desculpa a sinceridade, se vocês forem se importar com isso, vão viver chorando, pois na maior parte dos países do mundo brasileiro é tido como selvagem, macaco, incivilizado e aborígene. E muito pior agora, com a forma como se comporta durante a pandemia. Não o Presidente, o brasileiro, que vai à praia, que viaja com PCR falso, que não consegue fazer um isolamento social decente de, pelo menos, 80%.

E quer saber? Se dizem ofendidos quando falam que vieram da selva, mas o próprio brasileiro adora sustentar esse estereotipo quando lhe convém. Em tudo quanto é evento que organiza bota um mix de índio, natureza e Olodum para representa o país. Desde 2009 nos referimos ao brasileiro como “Blanka”, pela forma com que eles insistem se comportar. Ou alimenta o estereotipo e permite ser chamado da selva, ou muda o comportamento.

Não tem mais com que se preocupar não? Imagina se os outros países fizessem esse chororô cada vez que um comentário do Presidente brasileiro os ofendesse. Vão comprar uma PFF2, vão fazer um curso de inglês, vão fazer alguma coisa de útil na vida em vez de ficar à espreita de que alguém cometa um erro para ficar apontando e gritando. País de Felipe Neto do caralho!

Geralmente quando alguém fica à espreita do erro alheio dessa forma, quando martela o erro alheio, quando repercute o tanto que pode, é por ser uma bosta de pessoa com uma bosta de autoestima, que se sente um pouco menos merda ao gritar aos quatro cantos que o outro fez uma merda. Pois adivinha só: a merda do outro não te torna menos merda e a merda do outro não te autoriza a fazer merda de volta.

Bigode errou sim, mas é algo que os brasileiros também fazem recorrentemente. Não dá para se ofender com algo que você também faz com os outros. Vão tomar vacina, quem sabe assim vocês param de mandar variante via turista desonesto com PCR falso para foder com a Argentina, pode ser?

Para dizer que Albertão te representa, para dizer que se fosse o Macri a falar essa frase Lula e cia estariam fazendo repúdio público ou ainda para dizer que nada é mais humilhante do que passar um atestado de que doeu: sally@desfavor.com

SOMIR

Não é por nada não, mas dizer que brasileiro vem da selva até que está de bom tamanho considerando o que se deveria falar desse povo ultimamente. Se você parar para pensar mesmo, talvez isso seja a base do que está evitando que o brasileiro se torne um completo pária mundial. A presunção de selvageria perdoa muitos dos comportamentos terríveis deste povo, especialmente durante a pandemia.

O presidente argentino foi completamente sem noção, evidente, é o tipo de coisa que simplesmente não se fala quando se é um chefe de Estado, ainda mais se estiver falando de seu vizinho e principal parceiro comercial. Mas se você souber ler as entrelinhas, não deixa de ter uma espécie de carinho torto por nós, macaquitos do norte. “Eles fazem merda, mas são meio bicho ainda, não pode comparar com um povo mais desenvolvido.”

E sim, isso é racista pra caralho, porque presume por tabela que é a proporção de descendentes de europeus que torna um país civilizado ou não. Mas é o tipo de racismo que demora gerações para ser eliminado, está tão enraizado na forma como a humanidade se desenvolveu desde a era das colônias que pouca gente percebe o que está fazendo.

Só que agora eu vou arriscar ser escroto eu mesmo e dizer que esse tipo de mentalidade é baseada numa visão mais pragmática das coisas: quase tudo o que consideramos civilidade atualmente tem suas bases definidas na ideia europeia de desenvolvimento social. Quase todos os pontos positivos e negativos da sociedade humana atual podem ser considerados reflexos de um conjunto de visões de mundo originárias de povos europeus.

Eles venceram a corrida e controlaram o mundo antes dos outros continentes. Sua influência só foi reduzida com a ascensão do império americano e mais recentemente, do chinês. Vivemos num mundo muito menos eurocêntrico do ponto de vista econômico, militar e cultural, mas as bases do mundo moderno ainda são derivadas da expansão europeia em séculos anteriores.

O resto do mundo recebeu essa visão de mundo europeia muito depois do continente original dela. E isso influencia até hoje como enxergamos a imensa diversidade humana: há uma cobrança menor pelo respeito aos preceitos modernos de desenvolvimento social em países distantes da Europa. Mesmo nós, que vivemos em outro continente, perpetuamos essa visão: vai dizer que você acha tão grave o desrespeito aos direitos humanos na África do que na Europa?

Ou mesmo no Brasil. Pouca gente fala isso com todas as letras, mas sabemos que na prática o que consideramos uma civilização moderna ainda não teve tempo de realmente entrar na cabeça de todos os povos desse mundo. Sim, os colonizadores roubaram recursos do mundo todo e nem sempre se importaram com o desenvolvimento humano em suas colônias, mas na prática isso ainda significa que países como o Brasil estão atrasados em comparação com o padrão europeu de humanidade.

Infelizmente, isso significa que mesmo que a pessoa seja educada e não fale isso na cara do brasileiro, ela ainda acha que tem uma dose extra de selvageria na pessoa. Felizmente, isso também quer dizer que nossos erros são menos cobrados que os de povos considerados mais avançados. Um Bolsonaro de presidente na França provavelmente já teria começado a Terceira Guerra Mundial, mas a presunção de vir de selva evita que o Brasil tenha tantas consequências pelos seus atos.

E todo esse papo é para dizer que no fundo o brasileiro sabe disso, assim como boa parte dos povos afetados por essa imagem de menos civilizado. Sabe e se aproveita, desculpando muitos de seus erros com a ideia de que somos um povo mais “quente”, mais passional… não nos cobramos fazer tudo do jeito certo, afinal, a informalidade está na nossa alma. O que você talvez nunca ouça por aí é a tradução honesta desse papo: somos infantis, fazemos coisas impulsivas sem pensar em consequências. Somos mais simples, talvez até… mais selvagens.

Pra estufar o peito e dizer que “gringo é travado”, o brasileiro está sempre pronto. Mas para ouvir que somos mais selvagens que povos mais acostumados com civilização nos padrões europeus, temos a estrutura emocional de… uma criança. Tanto que o presidente argentino, do alto da arrogância argentina de achar que é parte da Europa, mexeu com a insegurança de milhares de brasileiros (milhões eu acho muito, porque duvido que acompanhem notícias internacionais) ao escancarar o que quase todo mundo acha da gente.

Da mesma forma como achamos vários outros países uma bagunça, outros países também nos enxergam assim. É o sujo falando do mal lavado? Sim, mas é a forma como as coisas funcionam. O nigeriano pode achar o brasileiro selvagem assim como o brasileiro pode achar o mesmo do nigeriano. Tem algo de meio perverso nessa ideia de que proximidade do padrão europeu é sinônimo de humanidade evoluída, mas é como boa parte do mundo foi treinada a pensar.

E não adianta se ofender quando alguém te lembra disso, mas assim que for confortável aceitar de novo. Das duas uma, ou quebra com essa ideia de que o padrão europeu é o objetivo final (pode ser perigoso se colocar uma ideologia ainda pior no lugar), ou começa a lutar para quebrar esses estereótipos vivendo de forma mais civilizada, e se cobrando muito mais do que se cobra atualmente. Chega de glorificar passionalidade e jeitinho, então.

Mas o povo da selva quer isso? Duvido. Vão chorar, reclamar… mas não vão fazer nada para mudar essa visão. Direito de cada um, mas pelo menos seja coerente e não fique de cara amarrada quando te dizem a verdade. A selva tem que sair do brasileiro antes do brasileiro sair da selva.

Para dizer que eu ainda vou ser preso pelos meus textos, para dizer que toda brincadeira tem um fundo de verdade, ou mesmo para dizer que o Bolsonaro mandou bem tirando foto com índio pra brincar de volta: somir@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: , ,

Comments (22)

  • Como se Argentino não fosse tudo cor de cuia que nem a gente.
    nas minhas noitadas pela Argentina nunca comi uma loira.
    Muita platinada, nenhuma de verdade

    • ARGENTINO costuma ser, como eu disse, há 80% de ascendência europeia pois foi um país que se ergueu com trabalho de imigrantes europeus, não de escravos. Mas, metade da população argentina hoje não é de argentinos e sim de vizinhos, então, foi mal, você pegou uma boliviana ou paraguaia.

      • A Argentina não exterminou boa parte da sua população africana mandando os homens negros nas guerras durante o século XIX?? Acho que deve ter uns 2% de afrodescendentes por fenótipo. O argentino médio tem descendência predominantemente europeia mas também tem um bocado de sangue misturado com ameríndios dos tempos coloniais.

  • que se foda o que o resto da américa latina pensa de mim, estou é preocupado em tentar sobreviver mais um penoso dia nesse país de lunáticos, psicopatas e pulhas

  • Ponto cego: A viralatice que o argentino pratica sempre que pode: “somos todos sudacas, mas, uns mais sudacas que outros, Espanha.”

  • >brasil é um país irrelevante que ninguém sabe nada a respeito
    >brasil é um paria que tem uma péssima reputação internacional

    Escolha um.

  • É impressão minha ou o nível dos políticos de quase todos os países tá descendo? Toda semana tem políticos dando declarações infelizes, caindo na porrada com outros políticos no meio de uma reunião ou cerimônia, destratando o próprio eleitorado, vazamento de nudes, casos de abuso. Estamos sendo governados por crianças de terno.

  • “mesmo que a pessoa seja educada e não fale isso na cara do brasileiro, ela ainda acha que tem uma dose extra de selvageria na pessoa.”
    Só de o gringo saber que existem outros países abaixo do México já é uma vitória. Mas esse estereótipo de selvagem não tem nada de inocente, sempre foi usado por europeus com o propósito de desumanizar e sexualizar qualquer um que não fosse europeu, resultando no que já sabemos.

    Enfim, nada a acrescentar sobre a polêmica de classe média da semana, bons textos.

  • Eu diria que só uma minoria levou a sério. Achei fofo alguns argentinos pedindo desculpa no Twitter e no fim brasileiros, mexicanos e argentinos estavam fazendo memes e rindo juntos, os próprios argentinos achando tosco seus conterrâneos que ficam presos ao passado, mas eu também vi alguns argentinos pedindo pro Bolsonaro invadir e salvar eles do Fernandéz.

    Minha timeline é meio estranha…

  • Meu país Tailandia e outros países asiáticos ficaram no ranking de melhores países na pandemia, podem ficar com a “ascendência europeia” pra vocês, hehehe :P

    Não sei quanto contato o Somir tem com estrangeiros, mas ele está certo da “presunção de selvageria”. O brasileiro geral passa uma impressão neutra/positiva aqui fora, digo entre pessoas que lembram que existe a América do Sul. Povo exótico amigável, país bonito, clima confortável e estilo de vida tranquilo, parece como fazem com Espanha e Portugal. Vocês não tem mais imigrante per capita porque a burocracia é terrível, ouvi de colegas de trabalho. Também tenho experiência, mesmo que minha mãe seja brasileira o processo é complicado…

    Minha percepção é que sul-americano no geral é mal-resolvido com sua história e cultura, por isso estão nesse “limbo” no desenvolvimento.

    • Sim, por mais estranho que pareça, tem muito gringo que idealiza a vida no Brasil. Claro que pra gringo é mais fácil, eles ganham em dólares e vivem como reis aqui, eles mal têm contato com a violência e a pobreza. Mas idealizar lugares distantes é normal, tem europeu que acha estranho o fato de que muita gente do hemisfério sul detesta praia e idealiza a neve.

      PS.: Parabéns, seu português é melhor do que o da maior parte dos brasileiros natos.

  • “para dizer que o Bolsonaro mandou bem tirando foto com índio pra brincar de volta”
    Isso, sem ironia nenhuma. E nem sou Bolsominion.

  • Brasileiro raiz mesmo são os índios, eles que eram os donos da terra antes de invadirem e talvez tivesse dado mais certo se eles que tivessem administrado!

Deixe um comentário para Somir Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: