O voto de Sofia.

No Brasil tudo pode acontecer, mas se as coisas seguirem como imaginamos que vão seguir, Lula e Bolsonaro devem disputar as próximas eleições presidenciais como francos favoritos. Sally e Somir não querem essa escolha nefasta novamente, mas se ela vier, discordam sobre o que fazer. Os impopulares votam.

Tema de hoje: se a escolha for entre eles, quem você prefere como presidente em 2022, Lula ou Bolsonaro?

SOMIR

Sou obrigado a admitir que errei. Nas últimas eleições eu me convenci que Bolsonaro era a solução, mas agora eu aposto mesmo é no Lula. Mas não solução no sentido de resolver as mazelas dessa nação, solução como em “quem vai fazer o povo finalmente ficar de saco cheio de salvadores da pátria?”. Bolsonaro parecia perfeito para instituir o caos e forçar o Brasil a mudar sua forma de ver a política de uma vez por todas.

Não foi. Eu subestimei a incompetência dele. O “mito” é tão marcha lenta, tão braço curto… que nem para destruir o sistema político vigente serviu. Virou um Temer bravateiro, escravo do Centrão e incapaz de fazer qualquer coisa que não ameaçar dar um golpe para seus fãs incondicionais. Em minha defesa, eu até previa a possibilidade dele ser controlado pelos outros políticos profissionais de Brasília como plano B caso ele não desse conta do trabalho de desmantelar o sistema.

No “pior” cenário ele acabaria com o Brasil como conhecemos, no “melhor” ele seria um inútil que pelo menos ajudaria a desfazer algumas das péssimas decisões feitas pelo PT em anos anteriores. O pior cenário não se concretizou, apesar da péssima gestão de crise da pandemia, e o melhor cenário acabou meio confuso: Bolsonaro se elegeu numa plataforma liberal de economia, mas pelo visto nem sabia o significado disso. Paulo Guedes quase não agiu (talvez porque também não soubesse o que fazer).

É bom para aprender a não contar com a sorte: se a pessoa parece incompetente, é sempre possível que seja incompetente até mesmo para fazer as coisas da forma errada. O incapaz “raiz” faz o que Bolsonaro fez, fica andando de moto ao invés de trabalhar. Seu grande legado como presidente vai ter sido acabar com a obrigatoriedade de cadeiras especiais para crianças em carros…

Nem toque de Midas, nem toque de Merdas: Bolsonaro acaba sendo um presidente incompetente como tantos outros antes dele, mas dificilmente uma força de mudança para o país. Então, já que não acredito mais na capacidade dele de fazer qualquer coisa de forma eficiente, nem mesmo acelerar a destruição do podre sistema brasileiro, vamos dar mais uma chance ao Lula.

Não me entendam mal, se surgir uma terceira via minimamente competente em 2022, é para lá que meu voto vai. Mas caso seja obrigado novamente a escolher entre o imbecil de direita e o de esquerda, já decidi que vou tentar o de esquerda. Acho que tem alguma coisa na água da América do Sul que ajuda os governos de esquerda a fazer merda com gosto. Os governos de direita acabam girando em falso, estagnando os países que controlam. Por essas bandas, quem sabe tocar o terror são os esquerdistas mesmo.

Talvez não tenhamos dado tempo para Dilma completar seu projeto de caos. E agora podemos ver Lula livre para aprontar, no auge da arrogância, se vendo como salvador da pátria e herói infalível. Pode falar o que quiser sobre o ex-presidente e ex-presidiário, mas ele sabe fazer suas ideias avançarem. Nem que precise subornar o Congresso inteiro praticamente falindo a maior empresa do país!

Da primeira vez que governou, Lula pegou um país arrumado (na medida do possível para o Brasil) com a China começando a gastar os tubos no seu processo de crescimento. Então, demorou mais de uma década para realmente aparecerem as besteiras que tinha feito. Dessa vez, vai ter que seguir o governo de Bolsonaro, que além de deixar um país falido para seu substituto, ainda é capaz de criar muita confusão para deixar o poder.

Lula teria que pegar terra arrasada dessa vez. E ainda estaria com a ilusão de invencibilidade após ter escapado de pagar pelos seus crimes. Percebam a combinação: barril de pólvora, fósforo; fósforo, barril de pólvora. Uma união feita no Inferno. Eu continuo concordando com a Sally que o Brasil precisa de um grau de sofrimento que nunca viu antes para finalmente dar o passo necessário para deixar de ser o “país do futuro” e tentar arrumar o presente; mas agora eu acredito mais no potencial do Lula de causar essa confusão.

Bolsonaro nem pra isso serviu. Ele gosta demais de ter seu carguinho público e tirar vantagens pessoais do status que isso dá. Bolsonaro quer que o mundo acabe em barranco para morrer encostado, como diria minha avó. Você percebe que a preguiça domina ali quando ele fica repetindo que precisa do povo querer para fazer alguma coisa. Oras, quem quer dar um golpe vai lá e faz, não fica esperando “permissão”.

O nosso atual presidente faz um monte de besteiras, mas no fundo ele não quer acabar com o sistema no qual se encosta junto com os filhos há décadas. Lula? Esse sim tem raízes revolucionárias e a certeza de que não importa a besteira que faça, vai ser melhor para todos. Ele já teve todo o reconhecimento que queria em 8 anos de presidência, já viveu a graça do poder e agora quer mais: provavelmente quer deixar um legado eterno.

E é aí que a coisa pode funcionar para os aceleracionistas: Lula não se importa mais com o status quo. Ele já brincou disso. Agora ele quer ser canonizado. Suas besteiras não vão ter limite, e provavelmente vai começar muito bem só desfazendo algumas insanidades dos crentes que o presidente atual colocou no poder. Isso só aumenta a arrogância. Lula vai ter a certeza que não é capaz de errar, se é que não já tem.

O segundo mandato de Dilma era a prova que precisávamos para saber como o lulismo poderia destruir o Brasil. O plano foi impedido (literalmente), mas Bolsonaro foi tão inepto em seu mandato que o povo até esqueceu o buraco para o qual eles estavam nos levando. Em 2022, eu vou pegar a pá e ajudar. Até pra ser ruim precisa de competência.

Para me chamar de… algo, para dizer que sabia que eu era comunista, ou mesmo para dizer que o Desfavor só te deprime: somir@desfavor.com

SALLY

Olá, eu sou a Sally. Hoje estou aqui para ser xingada, agredida e cuspida por vocês. Meu texto de hoje será compreendido por 0,01% das pessoas que vão ter acesso a ele e, dessas, 0,001% vai concordar comigo.

Minha visão do povo brasileiro não é muito bonita: pessoas que prestigiam a malandragem, a esperteza, o “se dar bem”. Pessoas que tendem à acomodação, que gostam de paternalismo, que fazem escolhas inacreditavelmente erradas pelos motivos errados. Eu gostaria que isso mude.

Se eu quero que isso mude, eu não vou querer colocar no poder um sujeito que é justamente o combustível para isso: um populista, pai dos pobres, que vive de passar a mão na cabeça das pessoas, dar auxílios e exaltar o orgulho em ser brasileiro. Não tem orgulho em ser brasileiro atualmente. As pessoas precisam mudar urgentemente, para que o país mude.

Eu acho Bolsonaro bom em algum aspecto? Não. Em nenhum. Até como bandido ele é um bosta. É um genocida, um idiota com o QI de um pão mofado, um irresponsável, burro, incompetente, filho da puta, imbecil, assassino, criminoso e obtuso. Porém, dentro do objetivo que eu acredito ser o melhor para o Brasil, que é promover uma mudança nessa mentalidade do povo, Bolsonaro me parece uma ferramenta melhor: ele vai foder o povo até o povo ser obrigado a sair da inércia.

Existem dois jeitos de mudar: no amor e na dor. No amor, já se sabe, já se viu, que o brasileiro não vai mudar. Doa a quem doer, é um povo desonesto, que trai o colega de trabalho, que trai os parceiros, que trai a si mesmo fazendo coisas que até o diabo duvida para se sentir esperto ou conseguir o que quer. É um povo muito, muito errado. E vai ter que aprender na dor. E, não se enganem, seja com Lula, seja com Bolsonaro, o brasileiro VAI aprender na dor, é inevitável.

Mas, com Bolsonaro, ao menos vai ser mais rápido: seu poder de destruição, esmerdeio e rebosteio é muito maior do que o de Lula. Bolsonaro é capaz de destruir todo o país, todo o sistema, toda a estrutura do Brasil e, por mais que isso pareça algo ruim ou trágico, eu vejo como algo bom: quando se destrói algo que não está funcionando, se permite que coisas melhores sejam construídas em seu lugar.

“Ain mas tem gente que não é assim, como você descreveu e não merece passar por isso”. Sinto muito informar, mas quando se é minoria, se fica sujeito ao que a maioria faz quando falamos de uma nação. Se a pessoa é um ponto fora da curva, ela deve saber que vive em um país corrupto, que vai isso não vai mudar tão cedo e que a mentalidade é a de se dar bem e deve saber que as consequências disso fatalmente respingam em todos.

Mesmo para essas pessoas que são um ponto fora da curva, um catalisador que piore o país até o grau mais baixo que ele pode descer vai ser útil: quem realmente não suportar o esquema do atual Brasil, vai ter que se virar para sair. Quem tiver que ficar, vai ligar o foda-se com força, pois vai ser insuportável ficar acompanhando e se revoltando com o que acontece.

É como um remédio amargo: piora um pouco antes de melhorar. Quem quer melhorar, tem que aceitar que vai passar por um momento muito ruim, tendo que suportar o sabor desse remédio amargo. E se você está achando ruim, saiba que Ciro Gomes está com um excelente marketeiro sendo adestrado dia e noite para vencer como terceira via – sim, podia ser pior.

Você pode discordar de mim, e é muito saudável que o faça, só quero que perceba que a minha intenção não é punir, não é “o brasileiro tem mais é que se foder”. Mesmo que você ache que eu estou enveredando por um caminho errado, minha escolha é fundada naquilo que eu genuinamente acho que seria melhor para o país: eu acho que para melhorar tem que piorar muito ainda.

Esta pandemia fez cair as poucas máscaras, o pouco verniz social que o brasileiro tinha. Estamos vendo muito bem qual é a escolha do povo, como coletividade, ficou claro o que move o brasileiro médio. Você não quer que isso acabe? Para que isso acabe, a existência dessas pessoas, com essa mentalidade, com esse modus operandi, tem que se tornar inviável, insustentável, insuportável.

E, para que isso aconteça, não pode ter alguém que valide essa postura infantilóide, vitimista, naturalizando a corrupção e sempre fugindo das responsabilidades do povo brasileiro. Não. É mais produtivo, a longo prazo, um lunático egoísta criminoso filho da puta que destrua tudo o quanto antes. Quanto mais cedo tudo ruir, mais cedo se constrói algo novo, melhor.

Suponho que ninguém aqui seja inocente de acreditar que, como está, pode ser remendado. Não pode. Está tudo tão errado, tão incorreto e tão incompetentemente feito, que só destruindo e criando algo novo. E, nisso todos vamos concordar, não tem nome melhor para destruir um país do que Bolsonaro.

Em outras palavras, o que eu quero dizer é que um Presidente nada mais é do que um reflexo do seu povo, que o votou. E, na minha opinião, principalmente depois de tudo que vi na pandemia, quem reflete melhor o povo brasileiro, desculpem, é o Bolsonaro. Eu sei que vai doer, mas vou falar mesmo assim, pois não há crescimento na zona de conforto e não há conforto na zona de crescimento: o Brasil merece o Bolsonaro.

Leiam as notícias. Leiam a coluna “A semana desfavor” e vejam como o povo brasileiro se porta. Não é a liderança de Bolsonaro que leva o povo a se portar assim, é o povo se portar assim que gera a liderança de Bolsonaro. E isso tem que acabar. E, para acabar, não dá para fazer no amor, no carinho, na conversa. Desculpa, mas o brasileiro médio é bicho, é rudimentar, é vira-lata: só jogando o país abaixo.

Não é uma decisão que deva ser tomada pensando “o que é melhor para mim”. O melhor para mim é que o Lula ganhe. Mas o melhor para o coletivo, para o futuro e para o renascimento de um país menos merda é a completa destruição de tudo promovida pelo Bolsonaro. Já começou, vamos deixar o homem terminar seu trabalho.

Para dizer que assistir à destruição do Brasil morando fora é moleza, para dizer que a melhor opção são duas facadas bem dadas ou ainda para dizer que se não tiver treta nos comentários vai ficar muito decepcionado: sally@desfavor.com

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Comments (28)

  • Tem gente que acha que o Lula seria melhor presidente que o Bolsonaro porque acha que a época que ele governava era menos fodida, mas isso é ignorar a verdadeira razão pela qual estávamos menos piores naquele tempo: o Brasil já vinha mais ou menos arrumadinho quando ele assumiu e estava enchendo o cu de dinheiro chinês com o boom de commodities. Colocar o Lula no poder por qualquer que seja o pretexto, é colocar no poder o cara que deu a primeira volta na roda que está passando por cima da gente hoje. Considerando que o objetivo aqui é acelerar o motor do populismo até ele explodir nas nossas caras, Lula seria uma boa escolha: ele já se mostrou pra lá de disposto a tratar leis inexoráveis da economia como meras opiniões, e tem toda a cara que vai dirigir esse país rumo ao precipício com os dois pés no acelerador. Bolsonaro vai tentar manter esse país minimamente funcionando, mesmo que colado com cuspe, porque o objetivo dele é manter viável a existência do seu clã de sustentados pelo Estado. Enquanto o Lula acredita piamente que um país pode arreganhar as contas pra bancar paternalismos e sair impune. Com certeza o Cachaço seria o nome mais aceleracionista dos dois

  • Vcs são é muito iludidos achando que alguém vai acordar de alguma coisa. 2021 anos de derrota ainda não deu pra entender? São 2 seitas e os fiéis lulistas e bozolistas nunca deixarão os seus gurus. E o pior de tudo é que os 2 são absolutamente iguais.

    • Você é que não entendeu o texto. Ninguém aqui está falando sobre o povo acordar não. Estamos falando sobre tudo desmoronar, independente da percepção de qualquer pessoa.

  • Olha, eu não consigo pensar a longo prazo, em certo sentido, no que seja melhor pro Brasil. Penso mais no imediatismo, no aqui e agora, afinal, em tempos de pandemia em que tem gente passando fome e não consegue comprar um misero feijão pra se alimentar, olha… Passar fome não é legal não! E não digo só pular uma refeição ou ficar algumas horas sem comer, digo ficar dias sem ter nem um pão pra beliscar e ter que ficar dependendo de ajuda de terceiros para um mínimo. Quando a barriga dói, melhor fazer alguma coisa, e urgente!

    Nesse sentido, então, qualquer coisa é melhor que Bolsonaro nesse sentido! Daria tudo pra tirar ele de lá e ver a coisa melhorar. É aquele velho ditado clichê, pelo menos o outro rouba, mas faz. Primeiro a gente bota ordem na casa, oferece um mínimo do necessário, depois a gente vê o que faz no sentido de “o que é melhor pro Brasil.”

  • Eu tenho um nojo tão grande do Lula, só de ver ele falar me dá ânsia de vômito, mas na época dele o país não estava tão fodido quanto agora com o Bolsonaro e aquele outro inútil do Paulo Guedes. Se só tiver esses 2 eu voto no Lula, infelizmente.

    • Tem que ver o contexto mundial também: Lula pegou uma época muito boa, onde o mundo não passava por grandes dificuldades e foi um período de crescimento geral. Não sei como seria Lula em meio a uma pandemia…

      • Eu sei. Temos o retrospecto da Gripe Suína de 2009 e posso dizer que Lula deixaria a situação correndo frouxo, sendo que a única diferença em relação a Bolsonaro é que Lula iria se posicionar como em defesa dos trabalhadores e não ia se colocar tão de vidraça como o Bolsonaro se colocou.
        As tentativas de “isolamento social” seriam frustradas pelo casuismo do STF e teríamos batido os 500 mil mortos há uns seis meses atrás.
        E isso não nos pouparia da desgraça do bolsolavismo.

        • O isolamento social depende também do povo, e o povo brasileiro já se mostrou ignorante e egoísta o suficiente para não fazer, independente de quem esteja no poder…

  • Eu tenho minhas dúvidas se um segundo mandato do Bostanaro faria o brasileiro médio “acordar” pra vida. Se o “minto” disser que tem que comer merda em nome da “liberdade” pra combater o “comunoglobalismo russo-chinês”, vai ter gado aos montes fazendo isso sem reclamar. Vai tudo ficar por isso mesmo.

    • Ah, não, o brasileiro não vai acordar para nada não. O que sim pode acontecer é da coisa ficar tão destruída que o atual sistema se torne inviável e imploda.

  • A Sally pode até não concordar com este meu comentário, mas eu tenho dúvidas a respeito dessa idéia dela de que “quanto mais cedo tudo ruir, mais cedo se constrói algo novo, melhor”. Não digo que que ela esteja errada, mas é que, pelo que eu conheço da natureza nefasta do Brasileiro Mé(r)dio, temo que, infelizmente, essa seja uma esperança vã.

    BM é tão cagado, mas tão cagado, mas tão cagado, MAS TÃO CAGADO, que, por mais absurdo que pareça, é de se esperar que isso de “fazer surgir algo melhor depois da completa e total ruína” NÃO aconteça. Uma transformação dessa magnitude requer características que os BMs jamais demonstraram ter. E também já é tarde demais para tentar desenvolver essas características. Talvez a Sally e os impopulares achem que estou exagerando no meu pessimismo, mas imagino que, no dia em que essa “completa e total ruína” chegar – e, acreditem, fatalmente VAI mesmo chegar -, o BM entrará em estado catatônico, ficará aparvalhado, olhando bovinamente para o nada sem ter nem a mais remota idéia do que fazer.

    Posso estar enganado – e eu ficaria muito feliz se o futuro mostrar que realmente estou – , mas a triste impressão que tenho é que a BMzada não vai “acordar para a vida” nem mesmo depois que sua existência “com essa mentalidade, com esse modus operandi, se tornar inviável, insustentável, insuportável”. Para muitos, já é, e nem assim essa cambada se toca…

  • Só consigo pensar no pq ser melhor pra vc o Lula ganhar …
    Hj eu concordo com o Somir e acho q o Lula será mais competente em fazer merda, mas quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.

    • Sim, quando falamos de forma imediata, todos vão fazer um acordão, cada um vai levar a sua parte e quem perde é o povo brasileiro.

  • Engraçado que eu vejo as coisas como uma mistura dos dois: que o voto no aceleracionismo seria em Lula, justamente porque a incompetência do Bolsonaro está mais para não ser capaz de fazer a carroça se movimentar do que necessariamente em empurrar ela para o barranco. Já o Lula desde o impeachment da Miss Mandioca Sapiens vêm esbravejando sobre regular tudo, botar aqueles movimentos tipo MST pra propôr e sancionar medidas e terminar de aparelhar as esferas de poder. A prioridade do Bolsonaro é manter ele e a família dele na sobra, enquanto o Lula (e o José Dirceu) querem fazer do Brasil o que o clã Ferreira Gomes fez com o Ceará, o que o clã Sarney fez com o Maranhão.

    Enfim. Se for pra acelerar, eu votaria no Cachaceiro sem pensar duas vezes.

    • Você acha que o Lula não faria a manutenção da situação exatamente como está? Curioso, não consigo ver no Lula um agente de caos, mas talvez você esteja certo…

      • Excesso de jornalismo. Acho que é algo parecido com o que se passou com o Trump nos Estados Unidos: foram quatro anos com a imprensa gritando lobo, jurando que ele estava a um passo de instaurar um quarto reich e destruir a Democracia™.

        Bolsonaro é o sistema, ele é fruto do sistema, um sistema que permitiu que ele vivesse como um rei por décadas, e encaminhasse seus filhos pro mesmo caminho. Ele precisa desse sistema pra continuar vivendo como vive, pra que seus filhos continuem vivendo com esses privilégios, e quem sabe, iniciar o bananão do League of Legends e até a Laurinha no mesmo caminho futuramente. E esse é o teto da ambição dele.

        Já Lula quer algo muito maior, já demonstrou isso, e tem a imprensa e o STF na mão pra fazer o que quiser sem ser incomodado por ninguém.

  • a real é que o brasileiro mediano não merece democracia porra nenhuma, gente que vota com a bunda não deveria ter o poder de votar, gente passiva não merece nada

    tem mais é que regredir pra idade média e viver de plantar e construir as próprias coisas em vez de esperar um presidente mágico que vai dar tudo, até um dia aprenderem

  • Revolução, aceleracionismo, mudança, acabar com o Brasil, brasileiro sair da inércia… tudo ilusão.
    As elites das grandes potências não vão deixar um dos maiores fornecedores de comida explodir assim, mas também não vão deixar o Brasil se desenvolver demais e virar uma ameaça. Imagina, povo educado e coeso + recursos naturais. É nosso destino ser semi-funcional, semi-disfuncional.

    Vai ser sempre esse ciclo infinito de crise econômica, alívio, ilusão de crescimento, crise econômica… É quase como se fosse planejado.

    • Ninguém tem que “deixar” nada. O Brasil não é tão importante, tem muitos outros países capazes de fornecer alimentos para o mundo.
      Essa mentalidade de que alguém superior vai ter parar, tem impedir de crescer é um câncer e é, em boa parte, responsável pela estagnação do brasileiro: “não adianta nem tentar, não vão deixar”.

      • Pior que é verdade. Se a America do Sul inteira sumisse, ninguém ia reparar por muito tempo na Europa ou na America do Norte. Na Asia e na Oceania nem noticia ia ser. Talvez o barril do petroleo subisse um pouco.

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