Fetiche por opressão.

O documentário Pacto Brutal, que estreou na HBO Max na última quinta-feira (21), ganhou uma enorme repercussão na web. O projeto narra detalhes sobre o assassinato de Daniella Perez, em dezembro de 1992. A atriz era filha de Glória Perez, autora de novelas. Ela teve a vida ceifada por Guilherme de Pádua e a então esposa, Paula Tomás. LINK


Se você, como a gente, foi pego de surpresa com tanta gente falando sobre esse caso “do nada”, está aí a resposta. A moda é fazer documentário sobre crimes, por tabela, glorificar criminosos. Desfavor da Semana.

SALLY

Não é sobre essa notícia em específico, essa notícia é apenas um exemplo de um comportamento que fica cada vez mais escancarado: o brasileiro tem fetiche com bandido, com crime, com violência, com criminoso. Em resumo, brasileiro tem fetiche por opressão. Talvez em um primeiro momento você resista a essa teoria, mas, escute até o final e você verá que não é algo tão distante quanto parece.

O brasileiro gosta de olhar para cenas de opressão. Se antigamente o povo comprava aqueles jornais que você espremia e saía sangue, hoje consomem a versão moderna disso: programas policiais, programas “mundo cão”, documentários sobre assassinato, psicopatas e crimes no geral. Acontece um crime escroto? O criminoso ganha milhões de seguidores em redes sociais!

Sim, no Brasil, criminoso, assediador, assassino, ganha milhões de seguidores em redes sociais. Já aconteceu diversas vezes. Vamos combinar que ninguém vai voluntariamente olhar, acompanha ou saber mais sobre algo que não lhe atrai. O brasileiro tem sim fetiche na opressão. Tanto é que vê opressão em tudo (machismo, racismo e muitos outros “ismos” onde não há nada). Além disso, verdade seja dita, o brasileiro, quando pode, oprime. Dá um carguinho com um pouco mais de poder e observe a pessoa se deliciar negando coisas aos outros, impondo condições e abusando do seu poder.

O sonho do oprimido é se tornar opressor. Ou, dito de forma mais popular, “para quem só conhece o martelo, tudo é prego”. Essa é a dinâmica do Brasil: oprimidos e opressores. Em vez de tentar sair dessa dualidade burra e doentia, o brasileiro parece determinado a ser promovido de oprimido para opressor. Eu sinceramente acredito que não seja por maldade, e sim pelo fato de a pessoa pensar que só existem esses dois papéis: ou ela vira opressora, ou continuará sendo oprimida.

Se a gente refletir bem, quase todos os hábitos nefastos do brasileiro têm origem nessa dinâmica do opressor/oprimido. Dar carteirada, soltar o “você sabe com quem você está falando”, tratar mal o empregado/empregada, muitas vezes se incomodando se a pessoa tem algum conforto pois ela “está sendo paga para trabalhar”, tem que ser sofrido, tem que ser suado. É a lógica da chibata, de uma colonização escravocrata, de uma mentalidade abusiva. E ela está enraizada na maior parte das pessoas.

Só que, como toda questão mal resolvida, isso não está claro na cabeça do brasileiro. Como a maioria dos traumas, a questão está embolada, misturada, confusa. E, como a pessoa carrega isso dentro dela, mesmo sem ter a clara noção do mecanismo, é só isso que ela vê na sua realidade: abuso, opressão, violência.

Eu não estou dizendo que as pessoas inventem deliberadamente, eu estou dizendo que, pelo filtro dessa dualidade de oprimido e opressor, pela crença que ou se é um, ou se é o outro, a pessoa acaba vendo opressão, se sentindo oprimida. Sua mente cria realidade, lembra? É como aquele vídeo que viralizou sobre o experimento com a mão de borracha, a dor é real, mesmo que não tenha acontecido nenhum ataque contra a pessoa.

Ao se sentirem atacados, por só conhecerem essa dinâmica, se defendem e atacam de volta. A pessoa que não estava atacando e recebe essa resposta ríspida, por sua vez, ataca novamente, em sua cabeça, se defendendo. Percebem o círculo vicioso de raiva, intolerância e agressividade que isso gera?

Se olhar para uma mulher é assédio, se pedir ajuda a uma pessoa negra para servir um café é racismo, se errar o pronome é transfobia… hoje em dia qualquer atitude que desagrade é vista automaticamente como opressão, uma simples crítica é sinônimo de agressão ou ataque. E, como acontece com tudo no Brasil, encontraram um jeitinho de se dar bem com isso: hoje, compensa ser vítima/oprimido, pois há “reparações” conseguidas no grito.

A vítima ou o oprimido ganha inúmeros benefícios, é menos cobrado e pode fazer coisas que pessoas comuns (vistos como opressores) não podem. Recebem mais atenção, recebem mais compreensão e sentem uma sensação de pertinência que aplaca carências muito mais profundas. A regra é clara: o mundo todo tem que se adaptar a uma pessoa, para que ela não sofra.

Mas, como todo “jeitinho”, acaba ruindo rapidamente, por total precariedade. E já estamos vendo isso acontecer, com grupos de lacradores brigando contra eles mesmos, se sentindo ofendidos e oprimidos uns pelos outros. Um querendo se dar melhor do que o outro e todos se enfraquecendo e se desmoralizando.

O filho da líder do movimento Me Too foi processado por assédio, os LGBTQUIA+ estão brigando entre si, tem mulher sendo estuprada em presídio por homem que foi colocado na mesma cela que ela pois “se sente uma mulher”, tem homem ganhando competição esportiva contra mulher pois “se sente uma mulher”. Os oprimidos estão se canibalizando e os opressores estão cada vez mais fortes. E, enquanto alimentarem essa lógica de oprimido/opressor, vão todos continuar na merda.

Em resumo, vocês, brasileiros, estão perdidos. São uma sociedade involuída que se ocupa com problemas de primeiro mundo e ignora os problemas realmente urgentes, graves, importantes. Um grupo patético de pessoas discutindo pronomes enquanto metade da população não tem esgoto ou água encanada. Um bando de idiotas que, em vez de se unir para levantar um país que tem um dos maiores potenciais do mundo, fica brigando entre si para ver quem ocupa o papel do opressor e quem é rebaixado ao papel do oprimido.

Tomara que apareça uma voz influente que consiga trazer à luz esta questão: não precisa ser opressor/oprimido, não precisa ter esse fetiche de virar opressor para sair da condição de oprimido. Vocês ganham muito mais ao se unirem, em vez de se ofender, de ficar de voyeur de crime, de se vitimizar, de apontar o dedo e jogar merda em quem está ao lado para parecem virtuosos.

Mas, para que isso aconteça, antes, será necessária uma mudança, ainda que pequena, do brasileiro: parar de dar ibope para merda, para bunda, para opressor e oprimido. Eu espero de coração que vocês consigam dar esse passo em breve, está triste de se ver o grande lixão, o grande chorume, o poço de mediocridade que está virando a sociedade brasileira.

“Ain mas meu grupo foi explorado por anos e…”. GET OVER IT. Se você não virar a página, a lógica do oprimido/opressor continua viva. Se ninguém interromper esse círculo vicioso, ele vai continuar acontecendo e de forma cada vez mais acentuada, corroendo a sociedade. E você, que acha que está lutando contra a opressão, está apenas perpetuando essa lógica perversa.

Sério mesmo, superem. Unam-se. Os próximos anos vão ser difíceis e vai ser ainda pior se for no meio de briga, desunião e raiva. Está nas mãos do interlocutor o que ele quer ver: encontrar motivos para se unir ou para se separar dos demais. Só depende de vocês.

Para dizer que o brasileiro não está pronto para este texto, para dizer que, assim como cães covardes, o brasileiro ataca quando sente medo ou ainda para dizer aquelas falácias de sempre como “você pensa que é fácil”: sally@desfavor.com

SOMIR

Eu normalmente me esforço para estabelecer bem alguns pontos que defendo porque não quero facilitar o trabalho de quem vê o mundo pela ótica da polarização. Eu quero ser o chato dos direitos humanos sem ser o chato dos pronomes, por assim dizer. Mas hoje vai ficar fácil me colocar no grupinho dos conservadores. Paciência.

Quero falar hoje sobre feminilidade tóxica. Sally abriu as conversas sobre a relação fetichista do brasileiro com a ideia de opressão, mas tem outro rumo para seguir também: essa fascinação com bandido tem o dedo da mulher média. Não se discute que per capita homem é muito mais violento, mas tem algo na psique feminina que de alguma forma valoriza esse tipo de comportamento.

É um fenômeno conhecido que serial killers e bandidos com muita atenção midiática recebem várias cartas apaixonadas de mulheres. Sem contexto, você pode imaginar que é apenas reflexo da proporção maior de homens encarcerados. Não é uma teoria ruim; mas quando você começa a prestar atenção na repercussão dessas séries sobre criminosos, especialmente nas redes sociais, começa a notar um padrão: uma quantidade desproporcional de mulheres comentando sobre o assunto.

Isso quer dizer que se você é mulher eu estou falando especificamente de você? Não, né? Existem tendências nesse mundo, tendências não se manifestam em todos os indivíduos, mas se manifestam em uma quantidade suficiente deles para chamar atenção. Tem algo na mente feminina que lida com abuso e dominação de forma diferente do que a maioria dos homens lida, por exemplo.

É aquela coisa “maluca” de que muita mulher tem fetiche por estupro, mas que nem mesmo essas querem ser estupradas de verdade. É um paradoxo puramente mental, não existe justificativa real para estupro, em nenhum contexto. Há algo de primal na relação delas com seres muito dominantes, de um desejo tão forte que ultrapassa todas as barreiras sociais. Pensamento fetichista não precisa ter conexão com o ato físico ou qualquer tipo de realização da ideia, e fetiche num sentido mais amplo e filosófico, nem tem relação obrigatória com sexo.

E por que eu estou indo por esse caminho bizarro? Porque estamos num momento social de correção de curso, de séculos de repressão sexual, social e política da mulher. A sociedade de países mais civilizados resolveu lidar com isso e com vários outros sistemas de opressão que estavam estabelecidos na sociedade. O texto que eu escrevi até agora, caso o Desfavor fosse famoso, nos faria alvo da raiva das redes sociais como se eu fosse um misógino horrível.

O motivo: eu estou apontando uma tendência mais comum entre mulheres que faz mal para a sociedade como um todo. Essa fascinação com bandidos perigosos até existe do lado masculino do mundo, mas não tem esse componente fetichista. Se não tivesse uma tonelada de mulher assistindo esses documentários de crimes famosos, eles provavelmente não iriam muito longe.

Quando reconhecemos uma tendência negativa nos homens hoje em dia, há liberdade total de crítica. Abre o Universa, clica num link aleatório e você vai ver alguém batendo em homem e como seus comportamentos fazem mal para o mundo. Mas e quando precisamos olhar para coisas erradas que tem sua raiz em tendências femininas de interesse? Bom, aí é misoginia.

Criticar homem tudo bem, criticar mulher é sempre ódio irracional de mulher. Vocês podem até achar que eu estou reclamando de uma injustiça, mas não estou: como homem, eu acho que isso é muito mais vantajoso no longo prazo. Eu ganho muito ouvindo reclamações sobre o meu gênero. Na verdade, eu estou incomodado com o fato de mulheres e outras minorias não estão mais recebendo conteúdo de qualidade sobre o que poderiam fazer de melhor.

E a indústria da mídia não está nem aí para isso: o que gera mais cliques vai pra frente. Se estiver dando dinheiro fazer “pornografia criminal” para mulheres, ela vai fazer. E do lado masculino da cerca, eu posso dar um spoiler para vocês, mulheres: com o tempo o conteúdo fica cada vez mais bizarro e agressivo. Quando eu entrei na internet, o que achavam que o homem queria era mulher pelada. A mais pura verdade: literalmente 5 minutos depois de entrar na internet pela primeira vez na minha vida, eu estava no site da Playboy.

E por um bom tempo, um peitinho e uma bundinha de fora estava ótimo. Os maiores sites de safadeza da internet tinham umas fotos escaneadas de mulheres peladas, e nem em poses muito explícitas. Hoje em dia, com um misto de banda larga, alcance absurdo e repressão de desejos masculinos no resto da mídia, a coisa mais leve na internet é close ginecológico.

E não achem que essa tara por história de bandido vai ser diferente. Vai ficar mais apelativo, mais chocante… porque as mulheres vão se acostumar com a versão light e vão querer coisas mais fortes. Sabem o que é pior? Qualquer pessoa que disser que esse tipo de interesse é problemático e precisa ser controlado vai ser chamada de inimiga das mulheres e colocado junto com aqueles que realmente odeiam mulheres.

Sim, esse fetiche por violência é muito maior do que apenas a parte feminina disso, por isso, novamente, tem o texto da Sally para cobrir as bases. Mas, como eu sei que ninguém que não seja incel raivoso vai falar sobre isso, eu acho bom vir de algum lugar:

Mulheres, cuidado com essa fascinação por bandido. É um tipo de pornografia que derrete cérebros e cria expectativas bizarras para a vida. Usem com moderação. Muitas das mulheres que posam de moderninhas (e até gente da comunidade LGBT) tem algo mal resolvido na cabeça sobre atração e repulsa por opressão e abuso, e como ninguém contesta isso de verdade por medo de cancelamento, fica parecendo que são comportamentos saudáveis. Não são.

Eu ouvi muitas dicas excelentes de mulheres sobre como melhorar meu comportamento, espero ter dado uma boa de volta para vocês.

Para me chamar de misógino, para me chamar de misógino e incel, ou mesmo para me chamar de misógino, incel e fascista: somir@desfavor.com

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Comments (18)

  • Eu já havia pensado sobre isso uma vez há muito tempo, mas nunca desenvolvi lá uma reflexão mais aprofundada. Fiquei pensando, o que move certas pessoas, não só mulheres, a gostar tanto desses programas de bandido, crimes horrendos e tudo mais? E ficam tão emocionadas, tão afetadas, e daí dão aqueles pitacos também horrendos que ninguém pediu… Não sei se é bem fetiche por opressão de todo, pode ser, mas acredito que, de outra parte, a mídia também tem culpa nisso, já que compra fácil a população mais carente e emocionada, digamos assim, e menos instruída, justamente com todo esse discurso de violência. Isso vende, gera público e alimenta de maneira negativa a mente das pessoas.

  • Os dois textos estão irretocáveis, mas querer que isso chegue ao brasileiro médio e ainda querer que ele compreenda o que foi escrito (sem interpretar com o cu ou levar isso pro lado pessoal) é pedir o impossível.

    Alias, acho super valido discutir sobre “feminilidade toxica”, mas é aquele tipo de assunto que, ironicamente, é um tabu nos dias de hoje, já que na visão das ‘empoderadinhas’ (e de quem embarca em militância inútil) a muié nunca tá errada, e se errou é porque alguma entidade masculina se apossou do corpo dela no momento em que ela fez alguma bobagem.

    • Também seria válido falar sobre o jogo bizarro das Olimpiadas da Opressão. Melhor, o que acham de criar uma paródia das Olimpíadas no formato reality show com os militudos (militantes profissionais que ficam querendo forçar suas ideias na goela do povo) usando esse título? Estou até pensando nos personagens e dá pra fazer algo na linha dos Intocáveis.
      Pode ser uma boa ideia para o Dia do Bullying ou para alguma outra data temática do Desfavor (coloquei essa data por ser a mais próxima de hoje sem ser o Dia do Sisifo).

    • O crime – que chocou o país – está para completar 30 anos e, se me lembro, a forma como o caso foi conduzido e encerrado não satisfez parentes e amigos da atriz assassinada. Talvez esse documentário também seja uma forma de enfim tentar passar a história toda a limpo. A cobertura da mídia naquela época pré-internet foi mais espetaculosa do que investigativa e, como tanto a vítima quanto seu algoz eram atores de uma mesma novela, as reportagens misturavam ficção e realidade, deixando memórias confusas e falsas na cabeça de muita gente.

      • Tipo noticiar esse crime chamando tanto a vítima quanto seu assassino pelos nomes de seus personagens na novela em vez de por suas alcunhas reais? Puta que pariu! A mídia é podre e urubuzenta desde sempre… E o povão, pra piorar, também não entende direito aquilo que lê e ainda mistura alhos com bugalhos. Tanto que até hoje tem senhorinhas que, quando encontram na rua o intérprete de algum vilão, o enchem de bolsadas.

  • Típico das mulheres. Afinal são levadas pela emoção, dando valor a marginais, assassinos, traficantes, mesmo o cara sendo o criminoso mais pé de chinelo e descartando o homem de bem, honesto e trabalhador.

    • Típico de um grupo de mulheres, não “das mulheres”. Se você só vê isso na sua realidade, deve se perguntar por qual motivo escolhe se rodear de pessoa disfuncionais

  • Sei lá… eu tenho meus desejos e objetivos, só q como eles acabam estando ligado a minha personalidade msmo q venham a favorecer os outros como posso cobrar apoio de cada um se todos tem os seus próprios e podem ser bem diferentes …???… dificilmente queremos sair de nossa zona de conforto… só q enqnto n tivermos um acerto em objetivo comum q beneficie ou seja harmonico pro maximo de participantes q puder a tendencia é piorar… n tem como viver em sociedade cada um fazendo de qlqr maneira, tem q ter no minimo uma organização basica!

  • Sinceramente eu ñ acho q seja um fetiche pela opressão em si mas as pessoas gostam de dar pitacos… estamos sempre olhando as coisas pra passar o tempo em vz de ocupar o tempo com algo mais produtivo… outra coisa Srta Sally, grande problema é q só a imagem q importa mesmo (ainda), tipo tem aquele momento de epifania q algm ou todos se conscientizam, mas é só abaixar o hormonio q viram as costas e voltam a rotina… ridículo… as vzs até a esperança enfraquece!!!

  • Mulheres que gostam de bandido são tão dodói da cabeça quanto o próprio bandido.

    Muitas vezes são até enabler de delinquente (e não falo só do naipe “vida loka” de favela. Tem muito colarinho branco/mauricinho que quando pego na errada, diferente do favelado, ganha um Freudian Excuse “explicando” porque ele é problemático).

  • “(…)Ou ainda para dizer aquelas falácias de sempre como ‘você pensa que é fácil”. Quando alguém me vem com essa, eu respondo: “ninguém disse que seria fácil – porque realmente não é mesmo – , mas também já não está lhe sendo muito difícil se afundar nessa vida de merda que você tem agora? E vai ficar cada vez mais difícil se você continuar só choramingando e deixar tudo do jeito que está.”

  • Já tem uma resposta pronta pro Somir: é a educação que elas receberam, é a sociedade, é manipulação, é sei lá o que, elas não têm responsabilidade por nada.

    São forças sobrenaturais geradas pelo machismo que fazem uma mulher segurar a própria filha pro padrasto estuprar, denunciar a vizinha por não usar o véu corretamente, fazer passeata a favor do Taliban, fazer bullying com a colega de classe “feiosa”, defender e realizar tradições bizarras como mutilação genital feminina, fazer fofoca da conhecida que fez um aborto…

  • Somir, vc parece entender de sadomasoquismo e tudo o que envolve esse tipo de fantasia de dominação e submissão. Não achei ainda um texto seu sobre isso por aqui. Tem?

    • O fetiche prático não me gera interesse, por isso nunca escrevi sobre isso. Agora, o aspecto psicológico da dinâmica entre as pessoas é bem interessante, e não se resume à prática sexual. Eu sempre falo um pouco sobre isso nos textos, mas não tem um específico não.

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