Nomes de Candidatos – Parte 5

Continuamos firmes e fortes no nosso propósito de fazer da festa da democracia uma grande piada. Hoje vamos conhecer os nomes mais curiosos de candidatos a Deputado Federal e Deputado Estadual do estado de Minas Gerais.

Confesso que eu sempre achei Minas um dos estados mais civilizados do Brasil, por isso, não achei que iria encontrar as abominações que encontrei. Mas, como bem me sinalizou o Somir, a proximidade com a Bahia pode causar esse tipo de efeito adverso.

Um parêntesis, para limpar o bom nome do Somir, meu professor de edição de imagens: as fotos distorcidas que vocês verão nesta ou em qualquer outra postagem não são fruto de manipulação minha. Alguém cagou, ou o candidato ao entregar uma foto no formato/tamanho errado, ou o TSE, ao adaptar a foto ao padrão. Eu posso ser iniciante, mas esse tipo de cagada de foto distorcida eu não faço, e se fizer, o Somir não deixa passar.

Sem mais delongas, os deixo com o que há de pior e mais ridículo Mande in Minas.

DEPUTADOS FEDERAIS – MG

Na categoria “No que isso ajuda?”, composta por pessoas que colocaram em seus nomes trabalhos, ofícios ou funções que em nada estão relacionados ao posto para o qual se candidatam, temos Adair Motorista, Alan da Música, Alexandre Zoonoses (estaria Alexandre doente?), Arlei da Van, Aucione Protetora (só não protege o Português) e Aurim do Reboque.

Temos também Bombeiro Jordão, Brandão da Livraria, Carlinhos Bravo da Loja (detalhe que Bravo não é o sobrenome, deve se referir ao temperamento), Ceará do Cruzeiro (que eu me pergunto se é do time ou se é animador de festas em navios) e Cecília Ferramenta.

Temos 3 Cidas: a da Feira Mix, a Manicure e a Enfermeira. Temos ainda Cidão dos Esportes, Cirlene Vigilante, Cosme da Saúde, Creu Ferragens, DR DJ Contra o Sistema, Doutor Marcos Oncologista (sobra tempo para a política, Doutor?), Eduardo da Ambulância, Eduardo Santos Locutor, Fatinha da Creche e Feinho Locutor.

Continuamos com Flavia do Transporte, Fabiano Drogaria Menezes, Gari Gato, Gaspar Chaveiro, Gilson Ramos Metalúrgico, Job da Reciclagem, Jorge Cuidador de Idosos, José Carlos Caminhoneiro, Josimar do Artesanato e Leo Mecânico.

Para finalizar a categoria, temos Locutor Weliton Braga, Lourdinha Corretora, Luciano da Adega, Luisinho Corredor, Marcelo da Mineração, Mauricio Poeta, Milo da Distribuidora, Patty do Chevette, Pretinha do Gás e Raça CABELELHEIRO (com esta exata grafia).

Na categoria “comestíveis”, temos Edward Chocolate Dr. da Alegria, Allan da Heineken, Espaguete, Geleia, Gildete Alves a Loira da Ração, Janaina Bolachinha, Macarrão, Palha Italiana, Ricardo Toddy do Nega Veia e Rosana Cacau. Reparem que alguns comestíveis também preenchem outras categorias. A atrocidade é de tal tamanho que tem candidato que poderia estar em duas ou três categorias de nomes cagados!

Na categoria “animais” temo uma prevalência das aves: Geraldo Ganso Canarinho, Itamar Galo, Jeferson Leite Ganso e José Mendes da Silva Papagaio. Mas também temos mamíferos no geral, como Joaquim Coelho, Milton Leão e Rogério Suíno (não, o animal não é o sobrenome deles, eles colocaram voluntariamente ao fim de seus nomes). Temos até animais lendários como Júnior Godzilla e Marcio Chupa Cabra.

Na categoria “referências”, enquadramos aqueles candidatos que são tão desconhecidos, que precisam ligar seu nome a outros que são apenas menos desconhecidos. É o caso de Andreia Irmã da Drika Protetora, Claudia Filha do João, Douglas Filho do Preto e Leo da Sandi.

Na categoria “parece ser outro idioma”, nomes com grafia tão estranha que supomos não terem se originado do português. Começamos com Boy Kemps, Célia Xakriabá, Claudio Misterkall, Delei, Marcinho Hakuna e Wesley Fanaticar.

Por fim, a categoria “q”, aquela onde os nomes são tão bizarros que não conseguimos nem sequer compreender para classificar, temos Cabo John 2.0, Caçula O Homem do Povo, Campanha, Chicão Sincero, Chitãozinho de Coromandel e Denise Coutinho Loira do Psiu. Curioso tanta mulher em sua bolha criticando o “psiu” quando, no Brasil real, o psiu ainda é visto como mérito para estampar um nome na urna.

Temos ainda É Ele Edimilson Lima, Epa Araujo, Fabinho Marrento (nada como acrescentar um problema comportamental ao nome, não é mesmo?), Fatal O Retorno, Gui Meninão Gui do Quarteirão, Jader Melhor do Brasil (e mais modesto), João Marra e João Rasgado.

Temos também Judeu Brasileiro – B Nei Anuss, Lazaro Flash Minas, Luan Felipe QRA Luanzin, Marcelão Voz de Trovão, Marcia Catiguria (com essa exata grafia!), Natal da Ferrari, Nega Veia (que, curiosamente, é um homem), e o sensacional Nelvan Ramboflex (fica a sugestão para nome do seu próximo pet: Ramboflex).

Para finalizar, temos Pastor Arthur Batman de Deus (esse eu me senti obrigada a colocar foto, pois fica bem difícil de acreditar que não estejamos inventando), Pretin Pretão, Roberto Bin Laden, Wanderlei Trouxe A Sorte, Welesson TV Bolsonaro, Zé Rico Toniplay O Rei do Gado e Zói Bad Boy O Retorno.

Essas são as pessoas que Minas Gerais pode mandar para Brasília, para o Congresso, criando as leis que todo o país terá que seguir.

Agora vamos para a segunda parte da atrocidade, os candidatos a Deputado Estadual. Pela quantidade de abominações, cortaremos a categoria “no que isso ajuda”, pois há muitos deles. Fulano da Tapioca, Cicrano da Hemorróida, Beltrano do Esgoto. Estejam cientes de que no rol de Deputados Estaduais também tem imbecilóide que acha válido colocar referência que em nada contribuem para o cargo que pretendem ocupar. Dito isto, vamos pular diretamente para a elite dos nomes cagados.

Na categoria “isso não inspira credibilidade”, candidatos com nomes que não transmitem o decoro que o cargo demanda, como é o caso de Adauto Carteiro Amigo, Adilson Piquinês (não, não é o sobrenome e sim, é com esta grafia), Adriano Junio Nariz do Povo, Alemão do Sucatão, Baiano do Restaurante Moinhos, Beto Alegria e Bichão de Brumadinho.

Temos também Cesar Joia, Claudim, Edmar Fusca, Geraldo Jumento (ao menos esse deixa as coisas bem claras para o eleitor), Guarda-Roupa, Guerra, Guilherme A Fé do Cruzeiro, Gustavo Segunda Chance, Higo Arame Farpado, Kaicão da Massa, Késley A Atrevida, Leilane Xuxa e Lobo Solitário (se for daqueles que faz atendado, tem meu voto para ir ao Congresso).

Temos ainda Macalé do Chup Chup, Maguila, Mario Knichalla Caçador, MC Katia BH, Mestre Zói, Mineirinho BH Uai, O Minerildo Chegou, Roberto Dundun, Soldado Rima Rica, Vinicius Vinicim e Wellington em duas versões animais: Wellington Formigão, Wellington Sapão.

Na categoria “esse inglês não ornou” temos Adilson Boy Pé de Chumbo, Audrey Snoopy, Big Jhoow, Chuck Reinaldo, Darkson Rodriguies, Dr. Roberto Bob, Hot Hot, Policial Penal John Wesley (não é esse o nome real do sujeito), Robin Hood, Steve Fairone e Wesley Schmdt (adivinha quem inventou um sobrenome do nada?).

Na categoria “comestíveis”, temos Alexandre Banana, Ana da Sopa, Balinha do Açougue, Edna das Bananas, Milho Borracheiro, Picolé, Professor Batista Cebola, Romário do Picolé, Walisson Danone.

Por fim, na categoria “q”, aquela onde não conseguimos compreender e/ou classificar os nomes, temos Casão V8, Charlindo Juarez Pedra Azul, Edson Fiii, Embaixador Cosmico (de fato parece um representante de outro planeta), Erick Carvalho Adv 7 Setembro, Pastor Fernando Jesus é Lindo, Pelé Fileto e Vibrantinho.

É isso. Voltamos ao ponto de sempre: estas pessoas são as que irão redigir as leis que você terá que cumprir, que sua família terá que cumprir e que o Presidente da República terá que cumprir (e você vai pagar por esse processo criativo com os seus impostos). Tanto faz se o Presidente da República é Jesus Cristo, Darth Vader ou o Somir, não tem qualquer chance do Brasil dar certo.

Então, pela milésima vez, parem de se aborrecer pensando em quem vai ganhar as eleições presidenciais, quem quer que seja, vai ter que seguir as leis hediondas que esses ignóbeis vão criar e provavelmente será tão ignóbil quanto eles. Quer votar? Vote. Mas não permita que esses imbecis causem um pingo de aborrecimento, raiva ou estresse na sua vida. A danação é inevitável, só nos resta rir.

Para dizer que também está decepcionado com Minas Gerais, para dizer que mal pode esperar para ver o que o Nordeste nos reserva ou ainda para dizer que é tanta aberração que não vai dar tempo de analisar todos os nomes até as eleições: sally@desfavor.com

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Comments (16)

  • Sally, após todos esses textos analisando nomes pitorescos de candidatos, já apareceu algum comentário não aprovado de gente reclamando com vocês de preconceito, xenofobia, racismo, sexismo, machismo, elitismo, etc.? Ou então militantes defendendo um outro dessas figuraças? Se houver, seria interessante fazer um “Ei Você!” compilando os piores, não acha? Ou o chorume despejado nesses comentários é tanto que acaba nem compensando se dar a esse trabalho?

    • Já teve sim, gente acusando o Desfavor de não respeitar a diversidade e coisas piores. Pode ser uma boa ideia, fazer um Fala Desfavor ou um Ei Você para homenagear essas pessoas fascinantes!

  • Mesmo que, por haver tanta aberrações não dê tempo de analisar todos esses nomes escrotos até as eleições, eu gostaria muito que esta série continuasse até onde for possível. Ah, e eu realmente mal posso esperar para ver o que o Nordeste nos reserva. Prevejo muitas gargalhadas e mais uma confirmação de que, com candidatos assim, nem vale mesmo a pena ficar se estressando por causa de política…

    • Eu vou até onde der, se depender de mim faço de todos os estados!E ainda faço um bônus, ao final das eleições, mostrando quais deles se elegeram!

    • Pode ser basicamente qualquer coisa: um apelido de infância ou um chefe de grupo de extermínio. Às vezes, quando estou escrevendo o texto, tento imaginar de onde vem os nomes e olha… são infinitas possibilidades!

  • Foi mencionado no começo do texto a proximidade de Minas com a Bahia, mas a terra do “uai” e do pão de queijo, sendo parte da Região Sudeste, também faz divisa com o Rio de Janeiro, que vocês merecidamente sempre esculhambam aqui.

    • Tem toda razão! Carioca nada mais é do que baiano de fuzil, certamente a fronteira com o Rio de Janeiro é extremamente nociva para o estado!

  • Tenho pavor dessa tara por informalidade.
    Esses apelidos deveriam ser proibidos. Se o candidato tiver um nome muito longo, ele que escolha um dos sobrenomes. Se tiver vergonha do próprio nome, então não se candidata e vai arrumar um emprego de verdade que nem todo mundo. Menos um parasita.

    • Infelizmente, “informalidade” e “Brasil” são sinônimos. E “bom senso” e “Brasil” também são como água e óleo: não se misturam.

  • O curioso é que “bnei” (בני) significa “filho(s) de” e é uma palavra largamente utilizada pelos ultraortodoxos em seus ritos e em nomes de localidades (como “Bnei Brak”, um dos guetos desses ultraortodoxos nas cercanias de Tel Aviv). Logo, “bnei anuss” significa “filho do cu”, ou seja, ele foi CAGADO, não nasceu pelas vias normais (que, aliás, são altamente rejeitadas pelos indianos, que acham que nascer duma vagina é coisa de animais impuros, não de seres iluminados por Brahma como eles! Eca!).

    De resto, não está errado ele dizer “judeu brasileiro”, pois o judeu, enquanto grupo étnico, não se incorpora jamais às nações em que vivem, e há mesmo quem defenda justamente essa nomenclatura: “judeu brasileiro”, “judeu polonês”, “judeu austríaco”, etc.

    Por fim, já que estamos neste papo semítico, o “MINEIRINHO BH UAI” também pode ser enquadrado na categoria “judeu”. Olha só as barbas do infeliz!

  • O ridículo é das poucas coisas realmente democráticas na política brasileira. Não faz distinção de ideologia, partido, idade, grau de experiência ou de Estado.

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