Ei, você! Argentinos – Pré-Final Edition

Como vocês gostaram, decidimos continuar compartilhando um pouco mais da cultura argentina por aqui. No último domingo, a Argentina disputou a final da Copa do Mundo contra a França, e, como vocês podem imaginar, os ânimos não estavam nada calmos, nem antes, nem durante o jogo.

O material é tanto, que decidimos dividir em duas partes: os impropérios argentinos antes do jogo (texto de hoje) e os impropérios argentinos durante o jogo (na quinta).

Sem mais delongas, os deixo com o agressivo, neurótico e frenético argentino às vésperas da final…


ERRATA
Passei uma informação equivocada para vocês na postagem passada, de que o Mbappé era chamado de “tartaruga” pelos argentinos por ser parecido com uma Tartaruga Ninja. Essa é a explicação oficial que eles dão para não serem expulsos de redes sociais por homofobia, a explicação verdadeira está aqui:

“Chamam o Mbappé de tartaruga pois ele gosta de dormir com a cabeça dentro”


Agora sim, aos melhores comentários…

“Cuti e Otamendi distraindo Mbappé no domingo”


“Tem que trancar o Cuti Romero (zagueiro da seleção argentina encarregado de marcar o Mbappé) pelado em uma jaula e a cada 3 horas mandar um cara jogar água gelada nele com uma mangueira usando uma máscara com a cara do Mpappé”


(respondendo a uma pessoa que criticou a agressividade da música criada por argentinos e sugeriu essa mudança)

“Se na parte ‘que lindo é / vão correr / são come travas / como o viado do Mbappé’ tivessem colocado ‘que lindo é / vão correr / como esse otário Tartaruga Ninja do Mbappé’ só trocaríamos os ofendidos LGBT por ofendidos da Sociedade Protetora de Quelônios”


“VAI TER DERRAMAMENTO DE SANGUE, VAMOS TRAZER A PERNA DO MBAPPÉ PARA A ARGENTINA E VAMOS USÁ-LA COMO COLHER PARA MEXER O FERNET (bebida típica) NO COPO, TARTARUGA FILHA DE CEM MIL PUTAS”


“Um claro efeito das mudanças climáticas”

Para dizer que agora temos orgulho em propagar racismo, para dizer que nem quer imaginar o que o argentino disse durante um jogo tão tenso ou ainda para dizer que na quinta quer ver carinhas do Mbappé na ilustração: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Etiquetas: , ,

Comments (42)

  • Nenhum outro povo no planeta xinga como o argentino, disparando insultos que são ao mesmo tempo criativos, ferinos, mordazes e extremamente pesados. Ofensas em outros idiomas, ditas por pessoas de outras partes do mundo, até empalidecem em comparação.

    • Além disso eu vejo um quê de infantil na ofensa do argentino: xinga, xinga, fala uma infantilidade, xinga, xinga. Acho extremamente engraçado, não posso entender como alguém leva a sério e se ofende com isso…

    • Sei lá, ainda acho que alemão assusta mais. Pode não ser mais engraçado, mas é mais assustador. Não é a toa que eu acho o metal germânico o melhor.

      • O som do alemão é áspero nos ouvidos e muitas palavras tem grafia e pronúncia algo agressivas, mas aínda acho que insultos em espanhol, pela passionalidade, verborragia e “criatividade” de quem xinga, batem mais pesado no “alvo”.

  • O número de putas aumenta de acordo com a raiva. Era filho de mil putas, depois cem mil putas, daqui a pouco um milhão de putas.

  • Sally, o argentino médio é realmente racista, ou isso é lenda? O racismo entre argentinos é normal? Se acham superiores aos negros? Ou é lenda?

      • O curioso caso da pessoa que me acha arrogante, prepotente e preconceituosa mas tem registro diário do IP visitando o Desfavor.

        Imagina como é a saúde mental de alguém que procura ativamente ler textos de uma pessoa que considera arrogante, prepotente e preconceituosa!

      • Sim, pois uma pessoa só serve para julgar toda uma população…

        Bom, na verdade, não consegue nem interpretar os textos da Sally, já mete que é arrogância quando o blog É HUMOR e coisa sem noção.

        Imagino que se assistir South Park, vai ter umas cinco paradas cardíacas simultâneas.

        • Gente carente, vem aqui todo querendo atenção. Eu tenho pena, imagina o nível de desamor que essa pessoa experimenta na vida cotidiana para precisar se humilhar dessa forma.

          • Mas não seria mais fácil você ignorar, excluir os comentários, bloquear os haters como fazemos nas redes sociais? Aí ficaríamos só as pessoas legais.

            • A gente excluí toneladas de coisas todos os dias, mas eventualmente, quando entendemos que existe alguma didática na aprovação do comentário (como é o caso), aprovamos para que as pessoas percebam como é contraditório certo tipo de comportamento.

    • Na Argentina não há negros, portanto, já começa daí: falta oportunidade de ser racista. Na realidade, “negro” na Argentina é um adjetivo, assim como o brasileiro chama alguém de “Paraíba” (no Rio de Janeiro) ou “Baiano” (em São Paulo). Quando você chama alguém de “baiano” você não está querendo dizer que a pessoa vem da Bahia, está querendo dizer que ela é feia, cafona ou qualquer coisa do tipo. O mesmo vale para a Argentina: quando chamam alguém de “negro” alguma coisa, não estão se referindo à cor da pele da pessoa.

      Mais: algumas vezes “negro” é usado com algo carinhoso. Eu tenho parentes que me chamam de “negra” de forma carinhosa, apesar da minha pele ser cor de giz.

      O argentino xinga por igual todo mundo que o irrita. Durante o coronavírus o tanto que xingaram os chineses (das formas mais criativas e ofensivas imagináveis) não tem nem como descrever. Adversário em jogo de futebol? Xingam de tudo. No jogo contra a Croácia foram estudar a história do país e criaram ofensas específicas. O argentino tem um prazer inenarrável em xingar.

      Eu não considero isso racismo, pois, como eu disse, xingam a todos por igual, inclusive aos deles (veja as ofensas que eles postam para o Higuaín, Sampaoli e outros). Mas, o brasileiro é muito ofendido, fica difícil remover essa ideia da cabeça. É muito difícil explicar isso para a maioria dos brasileiros, eles não conseguem conceber outro padrão cultural.

      • É como se o “negra” fosse que nem o nosso “morena”? Vejo o “morena” aqui ser utilizado de forma carinhosa também. A própria Mercedes Sosa era La Negra, né

          • Já vi casais brasileiros se tratando carinhosamente por “meu preto” e “minha preta”, mesmo quando ambos eram brancos como papel. Falavam assim um com o outro com aquela vozinha de neném e tudo…

    • Li uma análise interessante dizendo que argentinos e brasileiros são racistas de forma semelhante. Pra pessoas pardas ou negras não há diferença.

      A diferença real é que o “branco padrão” brasileiro quando vai pra Argentina não é visto como branco (inclusive os brasileiros com ascendência italiana, mais morenos), e acaba sendo vítima desse racismo e se cria essa lenda de que argentinos são muuuuuuuuuuuuito mais racistas que todos os outros povos do mundo.

      Só brasileiro que se acha europeu tomando choque de realidade… porque de repente ele percebe que não é tão europeu como ele achava que era.

      • O brasileiro se fixa muito na cor da pele para classificar a raça. Em outros países (inclusive Argentina), se toma como parâmetro o conjunto: traços gerais, nariz, cabelo etc.

        Mas essa história de racismo argentino é um pouco complicada: ela existe difusa, como algo sem nome mas… você efetivamente conhece algum brasileiro que tenha sido tratado de forma racista quando esteve na Argentina? Eu não conheço.

        Como eu já disse em outros comentários, ser chamado de “macaco” ou “negro” não está vinculado a cor da pele na Argentina. É perfeitamente comum alguém te chamar de “macaco” ou “negro” se você estiver fazendo algo inconveniente, por exemplo, mesmo que a cor da sua pele seja quase transparente. Mas o brasileiro mede tudo pela sua régua e não adianta falar, que vão dizer que é “passada de pano”.

        • Heliagar Romeu Pinto

          BR se dói por ser alguém que se borra de alguma referência negativa minar seu joguinho de alpini$ta $ocial.
          Isso lembra inclusive ao texto da Sally sobre “humildade” brasileira, que não é nada mais que um misto de pobreza com subserviência.
          Mas vai dizer que a pessoa é pobre que arrisca do corno ofendido se doer por conta disso.

    • “Escuchen
      Corran la bola
      Juegan en Francia pero son todos de Angola
      Que lindo eeeees. Van a correr!
      Son c0me-travas como el put0 de Mbappé!
      Su vieja es nigeriana
      Su viejo, camerunés
      Pero en el documento…
      ‘Nacionalidad: Francés'”

    • Nesta Copa eles xingaram mais a seleção da França do que os franceses, mas teve xingamentos genéricos também: na maior parte das vezes sobre sujeira, fedor, não tomar banho…

      • Heliagar Romeu Pinto

        Estou falando dos franceses pro lado da seleção francesa.
        É óbvio que os mais conservadores iam meter o fumo depois da seleção deles ter perdido.

  • “Filho de mil putas” virou um dos meus xingamentos preferidos! E essa de botar dois jogadores vestidos de travesti pra marcar o Mbrappé foi muito bem bolada.

    • Seguir argentinos em redes sociais é um constante aprendizado: a resposta imediata do argentino a qualquer coisa que o desagrada é xingar, ou seja, eles passam o ano todo xingando, das formas mais inusitadas e criativas.

    • Tem a Silvia aqui do backoffice da minha empresa que tem a voz igualzinha. Se te interessar eu posso ensinar pra ela os xingamentos que vc quer, mas não se esqueça de me pagar a comissão por intermediar o seu sonho.

  • Eu não sei porque os minions ficam dizendo que a Argentina tá em crise e passando fome. Nunca viajei pra lá, mas todos os takes que passam na TV eu vejo ruas limpas, bem diferente das daqui, o povo mesmo que com roupas simples anda arrumadinho. Festa linda e civilizada que fazem pelas ruas por ganhar a Copa. Se fosse aqui só ia ter bêbados mijando.

    • Mesmo considerando que alguns números da economia argentina não estão lá essas coisas, como inflação a 100% a.a., e taxa basica de juros a 75% (nós já estamos às voltas com a nossa a 13,75%), o PIB per capita e o IDH argentinos ainda são superiores aos brasileiros.

      Mesmo com um governo tocando o terror na economia, em algumas estatísticas, os argentinos ainda estão à frente do Brasil.

      • A economia está um lixo (como vem estado por décadas), mas as pessoas são muito mais educadas, cultas e agradáveis.

        • Heliagar Romeu Pinto

          Tá horrível, mas pelo menos por agora vocês não estão com notas de 1 milhão de pesos em circulação agora, como nos tempos do infame peso ley no final da última ditadura militar argentina, onde as pessoas faziam as contas e os salários eram contados em múltiplos de 10000 pesos (considerados palos por serem equivalentes a 1 milhão dos antigos pesos “moneda nacional”, de longe, a mais longeva das moedas argentinas).
          A nota de maior valor que circula ai é a de milzinho que a essa altura vale algo entre o mico e a onça. Pelo câmbio mais recente, um mico e uma onça podem ser trocados (não compensa muito, eu sei) por dois joão-de-barro, que é o animal da nota de milzinho.

    • Não foi festa civilizada não. Tinha argentino trepando em sinal (e desabando com ele), se jogando de viaduto no carro aberto onde desfilava a seleção, enfim, teve de tudo. Foi um momento de loucura coletiva.

      Economicamente a Argentina está muito mal, porém, não é como os bolsonaristas descrevem. No geral (excluindo essa comemoração símia) é um povo muito educado, com muita cultura e muito mais agradável de conviver do que o brasileiro.

    • Estive na Argentina há quase 8 anos e voltei apaixonada. Achei o país e o povo encantadores, tudo bonito e bem cuidado. Moraria lá sem nem pensar duas vezes

Deixe um comentário para Sally Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: