Produção de Conteúdo
Desde o primeiro ano de Desfavor, em 2008, uma das perguntas que a gente mais recebe é: “como vocês conseguem produzir conteúdo diariamente?”. Já falamos disso um pouco aqui, um pouco ali, mas, depois de 15 anos resolvi compilar um pouco do que aprendi em um texto. Gostar ou não do nosso conteúdo é discricionariedade de cada um, mas é inegável que ele é produzido diariamente, coisa que quase ninguém consegue. Seguem dicas minhas para quem quer produzir conteúdo, qualquer tipo de conteúdo, diariamente e sem perder a saúde mental.
Não vou te dar dicas do que dizer, de como falar, de temas ou de abordagens. Isso tem que partir de dentro de você. Vou te dar dicas de execução, afinal, ao menos uma boa ideia todo mundo tem na vida, o difícil é colocar em prática. E a primeira dica é: comece, mesmo sem achar que está preparado. Comece, mesmo sem botar no ar o seu conteúdo, nem que seja para você olhar, assistir e melhorar o que precisa ser melhorado. Se você esperar estar preparado, não vai começar nunca. Isso é medo, é puro medo. Apenas comece.
Separe um tempo do seu dia, o tempo que tiver disponível, para produzir esse conteúdo. E nesse tempo, não faça mais nada além de produzir conteúdo. Não olhe para celular, não atenda telefone, não levante para comer. Foque 100% naquela produção de conteúdo e só. Faça isso diariamente, até que vire uma rotina e depois melhore seu conteúdo até achar que ele está bom o bastante para ser exposto ao público.
Seu conteúdo precisa ser planejado, ou seja, é preciso que esteja bem claro na sua cabeça sobre o que você vai falar (maquiagem, política, finanças) e como vai falar (texto, vídeo, áudio). Mas, além disso é preciso determinar estrutura que ele terá. Por exemplo, aqui no Desfavor temos colunas com enfoques diferentes sobre um mesmo tema (os desfavores do mundo) com formatos bem definidos.
Isso é importante, pois nos permite variar nosso conteúdo. Não significa que você tenha que fazer como nós e variar os temas, é muito mais fácil falar sobre algo nichado (beleza, finanças, esportes, etc.). Quando digo que é importante variar o conteúdo é não apresentá-lo sempre da mesma forma. É ter opções diferentes para abordar um mesmo assunto por ângulos diferentes.
Um exemplo: se a pessoa quer falar sobre futebol, não se limite apenas a comentar resultado de jogos. Quando você se amarra a uma forma e conteúdo tão restrita é muito provável que acabe enjoando de fazer e se torne mecânico, repetitivo e, depois de um tempo, chato ou até insuportável de produzir. O ideal é que se fale do tema escolhido sob os mais diversos aspectos, por exemplo, o que acontece no futebol nacional, no futebol internacional, falar sobre jogadores, falar sobre times, falar sobre polêmicas, falar sobre os uniformes novos, julgamentos em tribunais desportivos, mudanças de regras, cobertura de grandes competições, etc.
E esse conselho vale não apenas pensando no seu prazer em produzir conteúdo, mas também na dinâmica do mundo atual. Um modelo restrito e fechado pode ficar obsoleto rapidamente e, se isso acontecer, vai ser muito mais difícil recomeçar do zero, conquistar um novo público que goste de um novo tipo de conteúdo. É mais fácil ter várias abordagens e ir eliminando aquelas que não dão certo.
Portanto, tenha mais a oferecer, diferentes enfoques, diferentes estímulos, diferentes formas, ainda que seja sobre um mesmo tema. Apresente conteúdos com todas as “caras”, se quiser, divididos em colunas, para ficar mais fácil: sério, lúdico, científico, visual, estatístico, etc. Diversifique seu conteúdo, pelo seu bem e pelo sucesso da sua empreitada.
Usando o Desfavor como exemplo novamente, não é todo dia que a gente tem vontade, tempo ou disponibilidade para pesquisar a fundo um assunto e fazer um Desfavor Explica. Se o modelo do blog fossem apenas textos com essa proposta, provavelmente não teria sobrevivido ao primeiro ano. Da mesma forma, não é sempre que temos vontade, tempo ou até material disponível para fazer textos leves, engraçados, com uma vertente de humor. Seria uma tortura ficar amarrado a qualquer das nossas colunas.
Um formato engajou mais do que o outro? Maravilha, mas não abandone os outros por causa disso. Ser escravo de uma única vertente de tratar seu conteúdo é furada. Vai chegar uma hora em que esse formato vai se esgotar ou você vai se esgotar e não vai mais aguentar fazer. Diversifique seu conteúdo, mesmo que seu público queira sempre a mesma coisa.
O que nos leva a outro ponto: saiba decepcionar o seu público. Claro que o que o público quer ver tem que ser levado em conta, mas não pode ser a única motivação do produtor de conteúdo. É preciso saber dizer não, é preciso não se violentar para fazer algo que você não tem vontade ou não acha bom pelo simples fato de que o público está pedindo. Sendo bem sincera aqui, o público no geral nem sabe bem o que quer ver, ele só quer mais do que está acostumado e se você seguir sempre o que pedem, não vai inovar e acabarão enjoando de você.
Então, esse equilíbrio entre o que você quer fazer e o que seu público quer que você faça precisa ser recalibrado esporadicamente. Dificilmente alguém vai fazer só o que quer e monetizar isso com sucesso e dificilmente alguém vai fazer só o que o público quer e estar feliz. Dose, pese, saiba encontrar um meio termo entre o que o público quer e o que você pode dar.
Novamente usando o Desfavor como exemplo, até hoje as pessoas pedem a volta da coluna Processa Eu, que no seu tempo, foi muito útil e engraçada. Mas eu tenho certeza de que se ela voltar, vai ficar fora de lugar e causar estranhamento no próprio público. As pessoas sentem falta da satisfação que tinham quando liam essa coluna naquela época, mas tudo mudou e a volta da coluna não vai trazer de volta essa satisfação.
Ofereça novidades ao público regularmente. Atualize seu conteúdo. Tem muita coisa que seu público vai amar e que eles só não pedem pois não conseguem sequer imaginar que isso possa exisitir. Ofereça novidades ciente de que pode flopar (Desquete, oi) ou pode dar muito certo. O que flopar você tira, o que der certo você mantém, enquanto der certo.
Produção de conteúdo tem muito de tentativa e erro. Quem tá bombado hoje flopou muito antes. Se o seu inovar não der certo, isso não quer dizer que novidades sejam um erro, quer dizer que essa novidade específica não deu certo. Outras darão.
Por sinal, nunca condicione a confiança que você tem em você mesmo e no seu conteúdo à reação do público nem leve para o pessoal quando um conteúdo não der certo. O povão vota no Bolsonaro e no Lula, o povão gera a coluna “Ei, Você”, o povão não tem que ser de forma alguma um medidor de sucesso de ninguém. Acredita no que faz? Siga em frente, até acham um formato que dê certo. E quando der certo, não se acomode, preocupe-se sempre em atualizar seu conteúdo.
Tem dificuldade em atualizar o conteúdo? A criatividade anda em baixa? Ok, observe o que as outras pessoas bem-sucedidas nessa área andam fazendo e, em vez de copiar, pense como pode melhorar aquilo. Já falamos sobre isso várias vezes aqui: quem segue tendências está atrasado, pois se a coisa já é tendência, você chegou tarde. Pegue algo que está dando certo e incorpore algo novo que o torne ainda melhor e só depois ofereça ao seu público.
Então, recapitulando, você tem duas formas boas de atualizar seu conteúdo: criando coisas da sua cabeça ou observando o que já foi criado e aprimorando a forma de oferecer algo melhorado ao púbico. Se puder usar ambas, é o melhor dos mundos. Se tiver outras ideias para atualizar seu conteúdo com frequência, vai sem medo. Pior dos mundos não emplaca. Paciência, acontece.
O que nos leva a outro ponto: atualizar o conteúdo não é criar um salseiro sem identidade alguma deixando quem consome seu conteúdo sem saber o que esperar. Existe uma espinha dorsal que deve ser mantida (a menos que você queira mudar completamente seu público, o que também é uma escolha válida). Mais um exemplo do Desfavor: o leitor do Desfavor sabe exatamente o que esperar aqui. Ele sabe que vai ler sobre desfavores do mundo atual. Pode ser na forma de sinalizar armadilhas que minam sua saúde física e mental (Des Aprende), pode ser na forma de piadoca sobre novos padrões de beleza hediondos. A forma como vem é variada, o fio condutor é um só.
Conteúdo tem que ser frequente. Conteúdo sem frequência não fideliza público. Hoje em dia, eu me atrevo a dizer que conteúdo, salvo raras exceções, tem que ser diário. E a parte cruel é: poucos consumirão seu conteúdo diariamente, as pessoas só querem saber que terão conteúdo diário se assim o desejarem. Então, nada de fazer birra por estar produzindo conteúdo diário que a maioria não consumir diariamente, é assim mesmo. Se você não quer fazer conteúdo diário, tem duas opções: desistir de conteúdo ou pagar para que alguém faça para você ou te ajude a fazer.
Faça coisas boas, coisas diversificadas, faça conteúdo atualizado, criativo, inovador e as pessoas virão. Spoiler: da mesma forma como tem quem não consuma diariamente, tem quem tire uma tarde e maratone seu conteúdo. O consumo de conteúdo deixou de ser linear faz tempo, graças a uma série de fatores como streaming, pouco tempo e outras peculiaridades da vida moderna. Não é nada pessoal com você, as pessoas estão consumindo conteúdo de forma diferente e, mesmo que não consumam diariamente, elas apreciam e valorizam que o conteúdo seja diário.
O que nos leva a outro ponto: produção de conteúdo, quando se começa do zero, é um trabalho de formiguinha. Não espere bombar em duas semanas. É lento e gradual, salvo raras exceções. O importante é que seu conteúdo esteja sempre em uma crescente de visualizações (ainda que sejam baixas). Isso não quer dizer que seja aceitável passar cinco anos fazendo a mesma coisa com poucos resultados, demora, mas tem que acontecer. Eu diria que, se em seis meses a um ano a coisa não chegar num patamar satisfatório, tem que repensar a estratégia.
Um bom termômetro para saber se você está na direção certa é que começam a aparecer haters frequentes, pessoas que consomem seu conteúdo com regularidade e fazem questão de manifestar como ele é ruim, como você é ruim, ou simplesmente falar mal regularmente. Às vezes até se dão ao trabalho de tentar modificar o IP, mas você pode rastrear e olhar no mapa, vendo exatamente de que lugar do Brasil a pessoa está postando. É sempre do mesmo lugar. É sempre a mesma pessoa. Se apareceu alguém assim, não fique triste, é o primeiro sinal de sucesso!
Sim, eu sei, é contraditório que o primeiro sinal de sucesso seja gente falando mal, mas a cabeça das pessoas está bem ruim nos dias de hoje. Quando você tiver haters que batem ponto regularmente para te criticar, sorria. Se não aparecer hater ou se os números não aumentarem depois de vários meses, aí temos um problema.
O que nos leva a outro ponto importante: se a coisa não decolar não quer dizer necessariamente que seu conteúdo não presta. Vivemos na era do excesso de informação, portanto, a concorrência é insana e é muito mais difícil ser ouvido. O sucesso depende de muita coisa além da qualidade. Gente que pensa que “se for bom vai ter muito seguidor” deveria receber um transplante de cérebro, pois não tem nenhuma ideia de como as coisas funcionam. Se você confia que tem um bom conteúdo, mas não consegue emplacar, eu te recomendo procurar ajuda profissional de uma agência de publicidade.
Uma boa agência vai saber como impulsionar uma postagem, quando e para quem. Vai saber como fazer para que você seja encontrado nas buscas do Google. Vai saber as melhores pautas ou as melhores formas de falar sobre essas pautas. Vai conhecer métricas, algoritmos e todas as estratégias que podem dar ao seu conteúdo a melhor visibilidade e a melhor oportunidade para ser conhecido e viralizar. Ser bom nem sempre basta. Você pode ser o melhor cantor do mundo e, ainda assim, pode passar abaixo do radar se estiver em um ambiente com outras 500 pessoas cantando junto.
Mais uma dica muito importante: controle o ego na produção de conteúdo. A menos que você seja o produto, você não é assim tão importante. O que eu vou dizer vai doer em muita gente, mas tem que ser dito, pois é um dos maiores responsáveis por essa infinidade de produtor de conteúdo que nunca decola: 1% da população pode fazer dela um produto e ter sucesso.
Salvo raríssimas exceções, você teria que ser muito mais bonito e interessante do que a média para fazer de você mesmo um produto e despertar um interesse massivo. E quase todo mundo pensa que é. Spoiler: não é, é apenas carência e desejo de ser amado/admirado.
Então, se você escolheu fazer de você mesmo o conteúdo, bote a mão na consciência e reflita. Será que você, sua vida, sua casa, sua família são mesmo tão interessantes? Provavelmente não são, melhor fazer o seu conteúdo sobre outra coisa que não você e a sua vida, inclusive para sua saúde mental também.
Se você não escolheu fazer de você mesmo o conteúdo, cuidado com o ego para não ir, gradualmente, fazendo daquilo sobre você. Produção de conteúdo não é “querido diário”. Produção de conteúdo não é mostrar seu dia, seus filhos, suas compras. Se você apresenta seu conteúdo como sendo algo externo a você, como por exemplo, estudos, finanças, esportes, as pessoas vão ficar de saco cheio se você começar a enfiar você e sua vida no conteúdo. Repito: você não é tão interessante quanto pensa.
Mais um conselho: se conheça, se respeite e saiba quando dar um passo atrás. Produção de conteúdo diária não é fácil e, dependendo do momento de vida, pode ser um dreno de energia e tempo. É preferível dar um passo atrás e dar um tempo na produção de conteúdo do que começar a fazer coisas que não está com vontade e ver sua audiência (e sua saúde mental) cair. Respeite sua saúde mental. Nós só conseguimos chegar aos 15 anos de conteúdo diário porque sempre respeitamos nossa saúde mental.
“Mas Sally, eu dependo da monetização do meu conteúdo para pagar as contas”. Nesse caso, se planeje. Tenha sempre um ou dois meses de conteúdo atemporal pronto, assim, se em algum momento você precisar de um descanso, poderá ter. Eu faço isso no Desfavor, sempre tenho conteúdo pronto para o futuro. E eu nem mesmo vivo do Desfavor, nosso pequeno bebê desmonetizado.
Se você vive do seu conteúdo, esse é seu trabalho, logo, você pode dedicar muitas horas por dia a ele, logo, pode deixar coisas adiantadas. Faça isso. Existirão períodos nos quais é necessário se afastar, dar um tempo, e se você deixar seu público sem conteúdo, vai perdê-lo.
Mais uma dica: se o seu conteúdo precisa ser produzido sempre em tempo real, isso te escraviza. Não se coloque nessa escravidão. Volto uns parágrafos e sugiro que você comece a diversificar seu conteúdo, inserindo gradualmente opções atemporais. Aqui no Desfavor, por exemplo, temos a obrigação de fazer conteúdo atual aos sábados e domingos, mas o resto da semana fica a nosso critério.
Também é preciso que você esteja atualizado sobre o mundo, a sociedade, o seu entorno e os temas sobre os quais você fala. E não me refiro a saber quais são os últimos lançamentos da indústria ou o resultado do último jogo de futebol. Observe para onde aquela área caminha e caminhe junto, para não ficar para trás.
Um exemplo nosso: a intenção do Desfavor sempre foi ficar no maior anonimato possível, nunca viralizar, nunca ser famoso. Estamos de olho no movimento de resgatar áudio (principalmente com podcast) e sabemos que vai chegar a hora em que blogs ficarão populares novamente, e quando isso acontecer, teremos que nos mexer e ter estratégias prontas para que o Desfavor não seja encontrado.
Tenha em mente que não existe viralização de produção de conteúdo possível sem divulgação em redes sociais. Tenha em mente que cada rede social demanda um formato diferente de conteúdo. E tenha em mente que uma única rede social dificilmente será suficiente. Então, saiba onde está se metendo: fazer um bom conteúdo é apenas o primeiro passo. É preciso adequar esse conteúdo a cada rede social (vídeos mais curtos, vídeos mais longos, escrita, áudio). As pessoas querem poder escolher como vão consumir um conteúdo. Oferecer estas opções é o mínimo que você pode fazer.
Interaja com o seu público. E isso não significa só ler comentário, esteja atendo a o que o público diz e aprenda a ler nas estrelinhas, pois a maior parte das pessoas não consegue expressar com clareza seus desejos, anseios e necessidades. Até a forma como as pessoas te xingam ou te amam te dá pistas sobre o que as pessoas estão carentes, do que elas sentem falta, o que elas procuram. Aprenda a observar além das palavras.
E, se possível, de tempos em tempos, convide o seu público a falar. A maior parte das pessoas, por diversos motivos (desde achar que não serão lidas até medo da resposta) acabam não interagindo. Faça enquetes, abra espaço para que falem, permita que eventualmente decidam em conjunto com você os rumos do conteúdo. Você se surpreenderia com a quantidade de pessoas precisam de espaço e convite para falar. Novamente, cuidado com o ego: nada mais deprimente que essas caixinhas de pergunta de rede social na qual a pessoa fica respondendo sobre si mesma e sua vida, ô atestado de carência dos infernos.
Por fim, um clichê muito verdadeiro: faça o que ama. Se você gostar do que faz, não será tão difícil. Existirão momentos difíceis, como em qualquer trabalho, mas no geral será bom. Eu considero uma escolha de sucesso quando o seu trabalho tem mais momentos bons do que ruins.
Tenha em mente que o que você ama certamente vai mudar com o tempo, mude seu conteúdo junto. Não precisa apagar tudo e recomeçar, deixe seu conteúdo mudar junto com você. É bem evidente que o Desfavor de 2008 é algo completamente diferente do Desfavor de 2024, certo? Nosso conteúdo muda conosco e isso não é trair o público ou enganar ninguém, muito pelo contrário, nada mais verdadeiro do que deixar diariamente um pouco do que você é no seu conteúdo.
É isso, querido leitor. Se pudermos ajudar em algo, teremos o maior prazer em responder os comentários. “Mas Sally, seu blog é desconhecido, como assim você quer me ajudar?”. É desconhecido por opção declarada, desde o dia 1. Mas na vida real, Somir e eu trabalhamos com isso e as contas estão no azul, então, alguma coisa direito a gente está fazendo… Precisando, é só chamar.
Para dizer que não consegue nem se exercitar todo dia quem dirá produzir conteúdo, para dizer que nós mentimos e Desfavor tem uma equipe de 30 pessoas e cada um escreve um texto por mês ou ainda para dizer que com ChatGPT não precisa mais se preocupar em fazer as coisas de modo artesanal: comente.
Etiquetas: conteúdo, criação, meta, produtividade
Anônimo
Sally, também gostaria de uma indicação de agência de publicidade. Moro em Recife-PE.
Somir
Mesma coisa: no local não conheço. Pode mandar e-mail para somir@desfavor.com para ver o que você precisa, quem sabe podemos ajudar?
Ge
As vezes eu tenho vontade de montar um canal no youtube falando sobre produção musical… para leigos. Para profissionais já tem um monte, e se eu quiser eu mesmo converso com algum produtor musical numa rede social qualquer aí e pronto.
Pensei mais numa pegada do tipo: produção, o que é? Como faz? Instrumentos de studio, o que é um compressor de audio (tipos: valvulado, FET, VCA…), o que é um amplificador valvulado e transitado, quando usá-los, tipos de microfones (lapella, dinâmico, condensador, direcional, de mesa….0, quando usá-los, onde posicioná-los nos instrumentos. Ou ainda: produzindo do zero um arranjo de rock, passo a passo: posicionar os instrumentos no studio, gravar o contrabaixo, gravar a guitarra, pedais e cabos, formas de gravar, etapa de limpeza e equalização de audio, etapa de mixagem, masterização, segredos da masterização, enfim…
Só que não nego, bate uma preguiça as vezes, e acho que não teria tanto público ou alguém que se interessasse por isso. Mais do que isso, parece que o assunto também é um tanto limitado, uma hora se esgota e já não tem mais sobre o que se falar a respeito. Como lidar com isso, com esse esgotamento em determinados assuntos?
Sally
Acho que um canal ensinando como fazer, desde o mais básico, até o mais avançado teria público sim. Você não encontra alguém ensinando isso de forma didática e gratuita com facilidade.
Para não esgotar o conteúdo, eu faria postagens com enfoques diversificados: tutoriais, dicas curtas, antes e depois de música tratada, entrevista com pessoas da área, novidades da tecnologia nessa área, como é aplicada profissionalmente (em músicas, filmes e mídias no geral) e outros. Assim você consegue dar um conteúdo variado em diversos graus de profundidade.
UABO
Ótimas dicas.
Anônimo
Como faz pra achar uma boa agência de publicidade?
Sally
De que parte do Brasil você é? Talvez a gente possa te indicar alguma
Anônimo
Recife, mas às vezes estou em João Pessoa também.
Somir
Eu não conheço nenhuma agência por essas bandas, se quiser mandar um e-mail para somir@desfavor.com, eu posso ver como ajudar.
Anônimo
Mandarei :)
Anônimo
Estive pensando vez ou outra em também ser dono de pseudônimo, conteúdo somente modo impresso/imprimível desconhecido por opção e praticamente com reservas do mesmo username principalmente fora das redes sociais “propriamente ditas” (são espaços de Blogger / WordPress / Substack / subReddit apenas para dizer que tenho, se muito necessário).
Sally
O que te impede? Qual o principal obstáculo para que você não produza o conteúdo?
Anônimo
Não tenho tido tanta certeza se há um principal, mesmo que eu, por exemplo, tenha tido medo/impotência de ameaças para cá que puderam ser mencionadas. Uma mistura de falta de “autoreplanejar” para pelo menos mais algumas semanas e falta de, neste fim de mês, duas datas/horários (terapia / consulta) porque mudou o contexto para confirmar quais. Se o resumo for me conhecer ainda melhor para “parar de gostar de tantos recessos prévios”…
Sally
Começa sem tornar público o que você está fazendo, e quando conseguir pegar o ritmo e produzir regularmente você divulga o conteúdo