C.U.radoria de Conteúdo: Gênio do C.U.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 10 comentários em C.U.radoria de Conteúdo: Gênio do C.U.
Quero terminar o ano com vocês mostrando o verdadeiro C.U., está na hora de um tema de suma importância para finalizar a minha participação em 2024.
Imaginem que apareça para vocês o Gênio do C.U., que tudo pode em relação ao furico. Ele faz uma oferta que pode mudar sua vida, mas para melhor ou pior? Respondam honestamente.
Pergunta do C.U.: se o Gênio te oferecesse tirar seu cu em troca de você nunca mais poder comer ou sentir gosto, sem passar mal ou morrer por inanição, você toparia?
Saudações anais finais,
C.U.
SOMIR
Não. Claro que existem algumas vantagens em não ter mais cu nem as coisas relacionadas com o cu, mas ficar sem comer é abrir mão de muita coisa da vida.
A verdade é que eu pensei em bacon quando li essa pergunta e ficou fácil decidir. Não ter cu ou ter bacon? Eu prefiro ter bacon. Quase sempre na vida a gente toma a decisão por impulso primeiro e depois acha a justificativa racional.
Comer é mais do mastigar e engolir, é uma das fundações da vida em sociedade humana. Outros animais podem ter sentidos mais aguçados, mas nenhum parece derivar o mesmo prazer da alimentação. Vai muito além de gostar do sabor, tem um monte de elementos psicológicos misturados.
Tanto que pessoas viciam. Comida humana ficou tão apelativa para nossos narizes e papilas gustativas que boa parte da humanidade já está obesa. O exagero é uma coisa ruim, claro, mas só prova como o ato de se alimentar não é só necessidade fisiológica.
Ajuda a modular nosso humor, é uma cola social poderosa e não deixa de ser um daqueles denominadores comuns que nos fazem sentir conexão com o outro. O outro fica menos estranho numa mesa de jantar. Isso é tão verdade que a maioria dos primeiros encontros são realizados ao redor de uma mesa.
Comer é muito mais positivo para a vida que cagar é negativo. Essa é a conta que eu faço. Não ter que me preocupar com o cu e com o que sai dele com certeza seria uma tranquilidade extra, mas não compensa. Até porque em linhas gerais, o ser humano é bem tolerante com o cu alheio (desde que não seja para fins sexuais). A maioria das pessoas finge que não percebe um peido e só os chefes mais psicopatas discutem com quem está com caganeira.
A gente conhece os perrengues anais, e tem uma tendência natural de perdoar. Salvo alguma bomba gástrico-nuclear, adultos não vão ter grandes desastres anais durante a vida. É indigno ter que cagar, mas como absolutamente todo mundo (que não explodiu) caga também, diminui o drama.
E o ser humano também tem uma tendência de rejeitar o diferente. Ser a pessoa sem cu que não precisa comer tende a te isolar. Não que todos estejam procurando por alguém que coma e cague especificamente, mas é tão esperado que sejamos assim que você vai acabar sendo diferente demais.
Aí que estão as verdadeiras letras miúdas desse tal de Gênio do C.U.: você vai ser a única pessoa assim. Não ter que cagar vai ser uma vantagem social de tempos em tempos, não ter que comer vai ser exatamente o oposto. Você provavelmente vai ter algum problema psicológico por perder uma fonte de prazer tão grande, e vai acabar tão deslocado que sua socialização vai ser impactada.
Pode ser curioso sair para jantar com alguém que não come uma vez, mas vai ficar cansativo, tanto para você como para o outro. E precisamos lembrar que empatia é uma função direta de conseguir se enxergar no outro. Se você tiver essa diferença tão fundamental, é certeza que vai entender menos os outros e os outros vão entender menos você.
Em pouco tempo você estaria reconsiderando a remoção do cu. Mas não tem mais volta. Mesmo que algum cirurgião conseguisse forçar um buraco de volta, você ainda não teria vontade ou prazer em comer. Essa é a parte terrível da coisa. Isso te tornaria um alienígena.
E aí vem um outro problema de ser essa pessoa diferente, você acabaria sendo atraído ou forçado a fazer trabalhos que só uma pessoa sem fome ou cu poderia fazer. Seria um caminho rápido em direção à solidão não-desejada. Ficar sozinho quando você quer ficar sozinho é uma delícia, mas ficar sozinho por não ter ninguém compatível é bem depressivo.
E sim, tem um elefante na sala: algumas pessoas sentem prazer na utilização do cu para fins sexuais. Como não é minha praia não é algo que me preocupe, mas pode ser bem sério, especialmente para homens que têm a próstata acessível pelo cu. Se você já tem experiência de vida para estar em paz sobre o que topa ou não topa em relação ao sexo, tudo bem; mas se você ainda se sente aberto(a) a novas experiências, seria um problema sério ficar sem cu, porque é muito utilizado por ambos os sexos. Estaria (literalmente) fechando uma porta.
Se tiver a opção de não ter cu e ter bacon ao mesmo tempo, eu provavelmente aceitaria a oferta, mas o custo é excessivo. Não conte com minha assinatura.
Para dizer que esses são os temas que movem a humanidade, para dizer que não quer ter cu justamente pela parte sexual, ou mesmo para dizer que bacon: bacon@bacon.bacon
SALLY
Como dezembro é um mês com muitos compromissos no Desfavor, vamos adiantar a postagem a pedido do C.U. e fazer novembro e dezembro nesta postagem dupla. Estava faltando um “Ele Disse, Ela Disse” com tema sugerido por ele, afinal, é preciso contaminar todas as colunas do nosso Desfavor, não é mesmo? Hoje é dia de produtor de conteúdo passar vergonha e raiva! Vamos lá…
O tema de hoje é: se você pudesse escolher entre nunca mais comer e nunca mais cagar ou continuar comendo e cagando, o que preferiria?
E, que fique claro, neste fascinante tema fictício não ocorreria nenhum prejuízo para o seu corpo ou sua saúde por não comer. Magicamente você teria todas as suas necessidades nutricionais supridas e o corpo não precisaria eliminar nada. Não sentiria fome, não adoeceria, nada mudaria na sua vida, a não ser parar de comer e de cagar.
Dito isso, não existe resposta digna, racional e sensata que não seja aceitar não comer mais para não ter que se sujeitar à indignidade diária de cagar. E quem pensa o contrário será denominado de “cagonildo” de agora em diante.
Por mais comida seja um prazer, é apenas um dos muitos prazeres que podemos ter na vida. Dá para eliminar numa boa se o benefício compensar. Se você gosta se sentar em água parada compartilhada e ter um tolete lambendo sua bunda todo dia, eu apenas sugiro que você procure ajuda e se medique, cagonildo.
Os benefícios começam pela parte financeira. Além de não gastar mais dinheiro com comida, você terá muitas outras economias, como por exemplo, gasto com papel higiênico, toalha umedecida ou, em se tratando de pessoas que defendem continuar cagando, folhas de bananeira, pois é provável que vocês símios usem isso para limpar a bunda, cagonildos.
Além disso temos a economia de tempo. Se você não cozinha sua própria comida, você é um privilegiado, seja por ter quem cozinhe para você, seja por ter dinheiro para comer eternamente na rua. A maior parte de nós não tem esse privilégio (seja de dinheiro, seja de saúde, pois comer na rua adoece). O tempo que se gasta cozinhando, comendo e lavando os pratos poderia ser usado para coisas muito mais úteis.
Você também se pouparia de humilhações, como incidentes em dias terríveis de diarreia, peidos em horas e locais inapropriados e outras coisas que eu prefiro nem mencionar, afinal, este texto já está humilhando a mim e ao meu blog o suficiente.
Também seria uma forma de se poupar de todas as doenças que envolvam o cu. Desde coisas mais simples, como a doença hemorroidária, até coisas mais graves, como câncer. Mas quem poderia imaginar que um local em contato diário com fezes poderia ser uma fonte de problemas, doenças e infecções, não é mesmo mãe natureza? Parabéns pelo design.
Sem contar que, ao ter suas necessidades supridas automaticamente, você não engordaria, afinal, não está botando calorias para dentro pela boca. Está magicamente recebendo apenas o que precisa. Sua vontade, cagonildo, de sentir água da privada dando rebote na sua bunda é mesmo tão grande que te faz ignorar todos esses benefícios?
“Mas Sally, comer é bom”. Eu sei, meu anjo, sou de família argentina e italiana, acredite, ninguém gosta mais de comer bem do que eu. Não é sobre comer ser bom, é sobre cagar ser ruim demais. Principalmente para vocês, aí no Brasil, que são obrigados a cagar com calor!
Não basta um buraco no seu corpo dilatar e sair uma matéria fecal nojenta e fedida, o brasileiro ainda tem que fazer isso no calor. NO CALOR. Fazer força no calor, sentir aquela gota de suor escorrendo pelas costas enquanto tenta parir um submarino marrom pelo cu, sentir o cheiro mil vezes acentuado pelo bafo quente que está no banheiro. VOCÊS SÃO INDIGNOS POR ESCOLHER CAGAR. É POR ISSO QUE O BRASIL NÃO VAI PARA FRENTE.
Tem também o benefício da dignidade em casal. Podem bancar os desconstruídos, maduros ou evoluídos, mas é fato que cagar não ajuda a manter a chama do relacionamento acesa, principalmente nessa barbárie chamada Brasil, na qual insistem em pequenos apartamentos com suíte, com o banheiro dentro do quarto.
Precisa cagar de madrugada? Olha que combinação bacana: silêncio e proximidade com seu parceiro que está tentando dormir e agora vai ter que não apenas escutar seu cu de lambreta trabalhando, mas também sentir o cheiro da sua obra barroca! QUE MARAVILHOSO! QUE OPÇÃO ÓTIMA CONTINUAR CAGANDO! SEU Q.I. DEVE SER MUITO ALTO! PARABÉNS!
E se você pertence aos 50% de brasileiros fodidos que não tem saneamento básico e tem que cagar em vala, simplesmente não me dirija mais a palavra se você não escolheu parar de comer e de cagar. Não sei se você percebeu, mas nem é mais sobre a minha opinião, parece que o Estado não quer que você cague. Deus não quer que você cague. SAIBA INTERPRETAR OS SINAIS.
“Mas Sally, tem gente que gosta de cagar”. Sim. Eu sei. Ao longo dos anos, quando este tema fascinante aparece por aqui, sempre tem um cagonildo nos comentários nos contando sobre esse desvio de caráter. E sabemos que isso não é argumento, não é mesmo? Tem gente que gosta de comer cocô. Tem gente que gosta do Lula. Tem gente que gosta do Bolsonaro. No Brasil, tem gente que gosta de qualquer coisa.
Não é possível que vocês não vejam. Não é possível que queriam continuar se sujeitando às agruras de ter que fazer um ninho de papel higiênico para, quem sabe, conseguir cagar fora de casa, em bar, em rodoviária, em estádio, sem pegar lepra.
Não é possível que o cérebro de vocês tenha apagado a infinidade de experiências negativas que todo adulto +30 tem nessa área: cagar na casa da namorada e a bosta não ir embora com a descarga, dar aquele peidinho calculado e sujar a cueca e muitos outros que me permito não descrever. É POR ISSO QUE A POLÍTICA DO PAÍS ESTÁ ESSA PORCARIA, O BRASILEIRO NÃO TEM MEMÓRIA.
Cagar envolve tudo de ruim: indignidade, despesa, tempo mal-gasto, mais indignidade. Eu daria muito mais do que as minhas refeições para não cagar. Tá barato, Brasil. Tá uma barganha. Nunca mais ter que lavar privada. Nunca mais ter que desentupir privada. Nunca mais ter que lavar cueca com freadão de moto. Nunca mais ter desconforto intestinal de nenhuma espécie. NUNCA MAIS TER HOMEM TE PRESSIONANDO PARA DAR O CU.
“Mas Sally, eu gosto de dar o cu”. Então escolhe cagar, cagonildo. Azar o seu.
Para comentar que talvez eu tenha me exaltado, para se surpreender por já ser dezembro ou ainda para se despedir do C.U.: comente.
Coloquemos um viés econômico nesse dilema:
a) Acabar com o cu envolve abrir mão da mais nova fronteira de energia sustentável vinda do oriente (e que enxerga o Brasil como um excelente mercado)
b) caso queiram mesmo acabar com o cu, sem problemas: na Europa já conseguem produzir energia a partir da urina para iluminacão púb(l)ica.
HAHAHAHAHAHAHAHAHA
Meu sonho é não precisar investir tempo, dinheiro e desgosto em cinco refeições diárias para sobreviver, e vocês estão me dizendo que, além disso, vão cessar as operações excretoras e impertinências sexuais masculinas?
Shut up and take my ass!!!
Eu inclusive pagaria para isso, se fosse possível
Mulheres são seres que cagam de 3 em 3 dias. Tive uma namorada que cagava 1x por semana, então não tem lugar de fala nesse B.O.
q
Sinto dizer que sua ex tinha problemas. Sérios problemas. E espero que ela tenha conseguido tratamento.
Ou ela só evitava ao máximo cagar com você perto por questão de dignidade (válido).
Eu não cago, nem as minhas amigas. Mas dizem por aí que ter um cu submete as pessoas a experiências muito humilhantes, sujas e fedidas. Fora que a comida anda bem cara, especialmente a comida saudável que as pessoas que têm cus precisam comer para manter um mínimo de dignidade e saúde.
Acho que a decisão certa é escolher se livrar desse portal maligno de humilhação e sujeira.
Ainda tem pessoas de bem neste blog
Se o gênio é o bichão mesmo, ele tinha era que me conceder um desejo em troca de levar o meu cu, aí eu não me importaria de ficar sem comer e parar de cagar. Isso seria melhor do que vender a alma pro capeta. Se não vai me dar um desejo, deixa meu cu na minha bunda mesmo, continuo comendo e cagando. Dercy Gonçalves já dizia que os melhores prazeres da vida são dormir, comer e cagar.