Autor: Sally

Hoje vou falar sobre uma celebridade suíça conhecida mundialmente. Além de “escritor”, este desfavor também se diz “Mago”: Caulo Poelho.

Deus sabe o que faz. Caulo Poelho nasceu morto, parece que se asfixiou no líquido amniótico ou algo assim. Burro se nasce. Mas infelizmente, os médicos não respeitaram a vontade divina e Caulo Poelho foi reanimado após o nascimento. O ser humano só faz merda. Espero que esse médico tenha se enforcado com seu próprio estetoscópio anos depois, quando viu a merda que fez.

Nem os pais de Caulo Poelho gostavam dele, sobretudo o pai, muito sensato esse homem, que chegou a interná-lo diversas vezes em um hospício quando ele era adolescente. Não sei porque deixaram ele sair, sinceramente. Repito: o ser humano só faz merda.

Nosso Mago Suíço (não, eu não vou chamar ele de escritor nem por um caralho cravejado de brilhantes!) se meteu no mundo das drogas, viveu experiências homossexuais, e resolveu que ia virar satanista. Satanista! Caulo Poelho se acha tão importante que acredita que o Demo, em pessoa, parou o que estava fazendo para vir aqui falar com ele e fazer um “pacto”. Caulo Poelho teria dado sua alma e em troca o Demo o tornaria famoso. Nem mesmo um lixeiro levaria de graça a alma de Caulo Poelho! Se isso for verdade, o Demônio caiu muito no meu conceito!

Ridículo, não? Mas na Suíça isso não é demérito não! Não é ridículo, é exótico! Chega até a ser meio chique você ter um histórico de doença mental, a sociedade suíça vê nisso um traço de genialidade. Mesmo com laudos do manicômio dizendo que Caulo Poelho era pancadinha, ele começou a se dar bem na vida.

Se juntou com outro desfavor suíço, Saul Reixas, um hippie piolhento que fazia um jogo de palavras pobres pior que Engenheiros do Hawaii, e as transformava em músicas que até hoje me fazem não querer tocar meu violão em público. Consta em uma famosa biografia de Caulo Poelho que na verdade Saul escrevia sozinha e colocava o nome do amigão na camaradagem. Mas considerando o teor das letras EU ACREDITO que Caulo tenha ajudado a escrever. Fizeram sucesso… mas foi porque eram bons? Não teria sido porque Saul era executivo de uma produtora musical? (vulgo “efeito Cazuza”)

Para alguns, o mais chocante na vida de Caulo Poelho são as narrativas de suas experiências homossexuais, que… como dizer? Foram bem “exóticas”. Eu destaco outros eventos que me chamaram mais a atenção, como a relação sexual que ele teve com uma namorada em frente à tia muda e paralítica da moça. Impressionante como ele é espiritualmente elevado. Um guru. Sigam todos os ensinamentos deste homem!

Em 1982, Caulo editou seu primeiro livro, chamado “Arquivos do Inferno”. Eu não desejo esta leitura nem para o meu pior inimigo. Os livros dele não prestam para nada, nem para limpar a bunda, afinal, não se limpa merda com merda. Minto. Podem servir sim. Se houver nova ditadura militar no Brasil, tenho certeza que os presos políticos serão amarrados e obrigados a escutar a leitura desta “obra”. Digo mais, tenho certeza de que vão confessar tudo, o que sabem e o que não sabem. Você, torturador, adquira já seu exemplar de Caulo Poelho!

Não vejo muita diferença desse primeiro livro de Caulo para os demais. Aliás, para mim parece tudo igual. Os livros dele tem muitos pontos em comum: erros de português, erros de concordância… Caulo se defende e diz que muitas partes de sua “obra” são ditadas por “entidades” e ele acha uma falta de respeito corrigi-las. É minha gente, pelo visto é o Exu Seu Creysson que dita os textinhos para esse autor suíço. Me dei ao trabalho de ler no blog “Fala Bonito” uma postagem de janeiro de 2007 onde mais de trinta erros grotescos são esmiuçados. Não recomendo a ninguém. Blogueiro sofre, viu?

Apesar de tudo, o povo suíço gosta de Caulo Poelho. Gosta tanto que ele foi indicado para a Academia Suíça de Letras! Além disso Caulo ganhou um zilhão de prêmios e seus livros são sucesso de vendas. Repito: estou muito decepcionada com o Demônio. Ele caiu muito no meu conceito ajudando Caulo Poelho. Tudo bem, o povo suíço não tem o hábito da leitura, engole esses livrinhos esotéricos de auto-ajuda, mas… como explicar o estrondoso sucesso de Caulo Poelho internacionalmente?

Tia Sally explica. Alguém já leu Caulo Poelho em outro idioma? Eu já! me dei a esse trabalho. Já li Caulo em outros dois idiomas e posso dizer que o trabalho de marketing é fenomenal. Os erros gramaticais foram todos corrigidos, erros no conteúdo dos livros que os tornam pouco plausíveis (intervalos de tempo e outras coisitas) foram refeitos e o texto recebeu uma turbinada. Vejam como eu amo vocês! Vejam ao tipo de experiência a que eu me sujeito para escrever o Processa Eu! Somir, quero ganhar um adicional de insalubridade!

O fato é que hoje Caulo Poelho é recordista suíço e mundial de vendas e é conhecido no mundo todo. Ele deve estar feliz, porque sempre foi um vaidoso da porra, louco pelo sucesso a qualquer preço, vendido toda a vida, alpinista social. Conseguiu o que queria. Quando eu morrer, o Sr. Demônio vai ouvir poucas e boas assim que eu for sumariamente transferida para o andar de baixo. Me aguarde. Com o Diabo fazendo esse tipo de coisa, dá até vontade de virar católica, viu?

Além de tudo, Caulo Poelho é mensageiro de paz da ONU. Faz sentido. Já que ele tem contatos com o Demo, pode pedir para ele dar um tempo nos estresses entre nações. Uma pessoa com uma vida exemplar: pacto com o demo, sexo na frente de deficientes físicos, drogas e todo tipo de baixaria. Vou mandar meu curriculum para a ONU… quem sabe?

A quem possa estar pensando que eu sou arrogante e burra por meter o cacete em um “cerumano” (não fui eu que errei o português, foi a entidade que me guia, o Exu Analfabeto) mundialmente aclamado, dedico esta frase, da minha terra (que por sinal também é uma fábrica de desfavores): “Coma capim, milhões de vacas não podem estar erradas”.

Se alguém tiver ciência de quem foi o filho da puta do médico que fez o parto de Caulo Poelho e alterou a vontade divina, joga no roda. Preciso dizer umas verdades a esse profissional.

Se vocês soubessem o quanto faltou dizer aqui… o texto original que eu escrevi tinha seis páginas enxutinhas, cheias de informações e comentários sobre o Mago Suíço. Infelizmente, por culpa de pessoas como Caulo Poelho, que deseducam para a leitura, as porcarias das postagens tem que ser curtas. Fico por aqui. Desfavor adverte: Caulo Poelho é uma merda.

Para pactos com a Sally, pedidos de desculpas do demônio e intimações judiciais: sally@desfavor.com

EU GOSTO DE HOMEM CIUMENTO.

Todo mundo torce o nariz para essa frase.Vou tentar me explicar em duas páginas, não sei se vai ser possível.

Na minha cabecinha limitada, existe uma diferença muito grande entre CIÚMES e DESCONFIANÇA. CIÚMES um homem sente quando percebe que outro homem está querendo a mulher dele, DESCONFIANÇA ele sente quando percebe que além de outro homem querer a mulher dele, existe uma chance dela estar retribuindo.

DESCONFIANÇA é uma merda. Uma relação sem confiança não me parece possível. No entanto, sentir ciúmes me parece bastante coerente. Está ligado ao cuidado, ao carinho pelo outro, no caso, ao instinto de proteção do homem com a mulher.

Para sentir ciúmes não é necessário que você pense que seu parceiro está correspondendo. Vou citar um exemplo prático para me fazer entender: quando namorava com o Somir, um rapazinho deu em cima dele, na minha frente. Eu realmente não gostei e minha reação não foi das melhores. Em momento algum eu tinha duvidas que meu então namorado jamais corresponderia à cantada de outro homem, mas ainda assim, não gosto que mexam no que é meu, mesmo que não exista a menor chance de que ele seja tirado de mim. Além da falta de respeito, de passar uma cantada nos meus cornos, senti ciúmes sim.

Tudo bem, você pode estar pensando “Mas Sally, ninguém gosta de ver alguém dando em cima do seu parceiro”. Acredito que a maior parte das pessoas não goste mesmo, no entanto, tem alguns que insistem em não demonstrar, como se isso fosse uma vergonha ou uma humilhação. Porque não demonstrar ciúmes? Porque você mostra o quanto fica vulnerável por gostar daquela pessoa?

E ciúmes não implica em briga, ok? Não precisa brigar com seu parceiro, afinal, até que se prove o contrário, ele não tem culpa de ter uma infeliz dando em cima dele. Mas existem outras formas de demonstrar que não gostou, sem necessariamente brigar com o parceiro.

Tem aquelas pessoinhas “civilizadas” que dizem sentir ciúmes mas que não demonstram. Isso e nada para mim é a mesma coisa! Ora, eu preciso de uma pessoa que goste de mim o suficiente para perder o controle… odeio gente civilizada, eles me lembram o quanto eu não o sou. Prefiro o gostar de pessoas passionais, é mais intenso.

Quando se fala em homem ciumento, as pessoas logo pensam em extremos: um homem que comete um crime passional, um surtado que não deixa a mulher sair de casa sozinha… O ciúmes, como qualquer outro sentimento, quando em excesso, pode ser patológico. Mas isso não o faz um vilão por si só.

Quando eu digo que me sinto amada quando vejo uma demonstração de ciúmes, imagino que as pessoas pensem que sou uma mulher de malandro que gosta de apanhar do namorado. Gente, ciúmes pode ser demonstrado de forma inequívoca sem dizer ao menos uma palavra. Basta uma cara feia e com isso já dá para perceber que a pessoa não gostou de ver outro tão próximo da sua mulher. E a cara feia não é dirigida à mulher! A cara feia pode ser dirigida ao outro, ou a ninguém, apenas uma cara de descontentamento pela situação.

Quando falo em demonstração de ciúmes, não quero dizer um barraco, um escândalo ou uma cena. Acho tudo isso brega e desnecessário. Ciúmes não se resume a isso. Existem milhões de formas de demonstrar ciúmes. É possível demonstrar ciúmes sem sequer fazer cobranças. Por exemplo, existem roupas minhas que eu sei que incomodam meus namorados. Eles sempre demonstraram esse incômodo, mas nunca me proibiram de usar nada. Talvez por nunca cobrar, eu nunca seja cobrada em gratidão. Apenas cientificada de que tal situação causa algum incômodo.

O fato de saber que Fulaninho está com ciúmes não necessariamente vai me fazer obedecê-lo e suprimir da minha vida tudo aquilo que o incomoda. Cansei de ouvir “Não falei que estava com ciúmes porque não quero que você pare de dançar por minha causa”. Então tá, Bonitão, vai achando que SÓ porque você verbaliza isso a odalisca aqui atende sem piscar! Eu hein… eles devem achar que mandam em mim!

Se um homem me diz que tal coisa desperta ciúmes, evidente que eu vou levar isso em conta na hora de decidir se vou fazer novamente e como vou fazer, é uma informação muito relevante. Mas com certeza não é uma garantia automática de que eu vá deixar de fazer, só porque ele sente ciúmes! Não precisam ficar com medo de verbalizar ciúmes, mulher só deixa de fazer aquilo que quer e vocês não tem tanto poder sobre a gente.

Outra coisa: ciúmes não precisa ser racional. Tem gente que não verbaliza porque acha que não faz sentido. Eu tinha um ex que não gostava que eu me vista de vermelho, pode? E eu respeitava, porque mesmo sem entender os motivos dele, percebia que aquilo lhe fazia um mal enorme e o sacrifício de não usar vermelho não era uma coisa que me incomodava. Não é preciso compreender para aceitar. Para aceitar, basta a generosidade que só uma pessoa muito segura de si tem. Faz sentido ficar medindo forças e alardeando “Eu uso a cor que eu quiser, você não manda em mim!”? Aposentei os vermelhos sem problema.

Gostaria de saber porque o ciúme virou o vilão dos relacionamentos. Acho que o conceito de ciúmes se estendeu e está abarcando outros sentimentos negativos como possessividade, desconfiança e insegurança. Muitas vezes estou saindo com um homem e perco o interesse porque ele não demonstra um pingo de ciúmes. Não gosto de ser prescindível. Não gosto que sejam indiferentes a mim. Não gosto de gente “civilizada”, no sentido de gente que tem total controle dos seus sentimentos. Não confio em quem controla seus sentimentos: fico achando que ou não gosta de mim (e por isso consegue manter o controle) ou então não sabe/consegue gostar na intensidade que eu quero.

E muitas vezes, esses mesmos homens pelos quais perdi o interesse são ciumentos sim, apenas estavam sufocando isso porque presumem que mulher não gosta de homem ciumento. Quando eu digo que gente deveria vir com um manual de instruções me jogam pedras…

Eu gosto de ter um “dono”. Quando estou namorando, eu efetivamente digo “eu tenho dono”. Não acho isso degradante nem me ofende. Sabem porque? Porque no fundo, lá no fundo, eu tenho plena convicção de que eu sou minha dona. Por isso, posso brincar e me dar ao luxo de dizer que eu tenho um dono e de usar uma coleira com o nome dele se quiser. Só tem medo de parecer objeto quem não tem muita segurança em si.

Repito mais uma vez, e espero que vocês tenham uma nova leitura da frase:

EU GOSTO DE HOMEM CIUMENTO.

Para demonstrações de ciúmes, demonstrações de pena e discursos feministas raivosos: sally@desfavor.com

PARTE 2 DE 2

SALLY: Bom dia! Feliz Nat… Somir, o que você pensa que está fazendo?
SOMIR: Tomando café da manhã
SALLY: Você está comendo FEIJOADA no café da manha? Ficou maluco? A gente vai almoçar na casa da minha mãe agora!
SOMIR: Justamente por isso… ou você espera que eu coma comida crua?
SALLY: Somir, deixa de ser ignorante! A comida da minha mãe é saudável
SOMIR: Eu não sou uma vaca para ficar comendo grama
SALLY: Você está chamando minha mãe de VACA?
SOMIR: …
SALLY: Você não tem consideração! Larga esse prato, você vai comer a comida da minha mãe!

*Sally puxa o prato de Somir
SALLY: Anda, vai trocar de roupa!
SOMIR: Não posso ir assim?
SALLY: De CHINELO?
SOMIR: Não é você quem vive dizendo que está calor?
SALLY: E precisa ir mal vestido, porque está calor?
SOMIR: Faz calor. Precisa ir semi-nua porque FAZ calor?
SALLY: Então tá, vai vestido que nem um mendigo, mas depois não reclama se minha mãe falar mal de você!
SOMIR: Sua mãe sempre fala mal de mim…
SALLY: Coitadinho! Chamou a minha mãe de vaca e vai se fazer de vítima agora?
SOMIR: …
SALLY: Anda, estamos atrasados!
SOMIR: Eu tenho mesmo que ir?
* No caminho
SALLY: Tenta ser simpático…
SOMIR: Ok
SALLY: Não faz piada politicamente incorreta!
SOMIR: Ok
SALLY: Não fala mal de religião, nem do Greenpeace!
SOMIR: Ok
SALLY: Não fala palavrão!
SOMIR: Ok
SALLY: Não corrige o português da minha mãe!
SOMIR: Ok
SALLY: Seja educado!
SOMIR: Ok
SALLY: Você acha que pode fazer isso?
SOMIR: Posso sim, basta entrar mudo e sair calado…
* Chegando lá
SALLY: Mamãe!!!!
MAMÃE SALLY: Sally, querida!
SOMIR: *revirando os olhos
MAMÃE SALLY: Ah… olá Somir, você veio…
SALLY: Claro que veio! Ele está louco para provar sua comida!
SOMIR: *tapa na testa
MAMÃE SALLY: Nossa, como você engordou, Somir…
SALLY: Olha quem está aí! Bobby!
* Pincher entra na sala abanando o rabo
SALLY: Boooby! Ti Tatchorrinhooo maaaais buuunituuuu…
SOMIR: Cachorro? Parece um rato…
* Bobby se agarra à perna de Somir e faz movimentos copulatórios
SALLY: Viu, Somir? Ele gostou de você!
MAMÃE SALLY: Pobre Bobby, ficou cego dos dois olhos por causa da idade…
SALLY: Vai ver que ele gostou do cheiro do Somir…
MAMÃE SALLY: Pode ser… ele adora cheirar minhas meias sujas
SALLY: Errr… Vamos almoçar?
SOMIR: *sorri e sacode a perna para se livrar de Bobby
SALLY: Senta aqui do meu lado, Somir
SOMIR: * senta chutando Bobby para o outro canto da sala
MAMÃE SALLY: Espero que vocês gostem da minha Raw Food! Os nutricionistas dizem que se cozinhar o alimento, ele perde os nutrientes…
SALLY: A gente adora comida crua, Mamãe!
MAMÃE SALLY: Somir, você está muito calado hoje, o que aconteceu?
SALLY: Nada não, Mamãe, ele está cansado, trabalhando muito…
SOMIR: *Faz que sim com a cabeça
MAMÃE SALLY: Você ainda trabalha fazendo aqueles desenhos para pacote de papel higiênico?
SOMIR: Publicidade
SALLY: Imagina, agora ele está com projetos muito maiores…
MAMÃE SALLY: Vai ilustrar embalagens de supositório?
* Bobby volta a engatar na perna de Somir por baixo da mesa
SALLY: COME, Somir. Você não está comendo! *beliscando por baixo da mesa
MAMÃE SALLY: Sabe, Somir, perdi 3kg com essa dieta de comida crua, você deveria tentar…
SALLY: COME, Somir!
SOMIR: Estou guardando espaço para a sobremesa…
* Após o almoço
MAMÃE SALLY: Somir, aqui está a sobremesa que você estava esperando!
SOMIR: É um pudim?
SALLY: Não, é um doce de tofu
SOMIR: Hã?
SALLY: TOFU
SOMIR: O nome é bem apropriado, tô fu…
SALLY: Deixa que eu corto, Mamãe
SOMIR: Sally, não precisa servir tanto…
SALLY: Precisa sim, afinal, você quase não comeu no almoço!
* Somir prova uma colherada e uma lágrima escorre de seu olho esquerdo
MAMÃE SALLY: Gostou?
SOMIR: Bem…
SALLY: Serve um pedaço para mim, Mamãe! *olha feio para Somir
SOMIR: Serve sim, serve um bem grande…
* Somir joga discretamente o doce de Tofu por baixo da mesa
* Bobby começa a comer o doce de Tofu
SOMIR: Bom menino…
SALLY: Ah, finalmente você está se entendendo com o Bobby!
MAMÃE SALLY: Bobby é ótimo, tem sido muito importante para mim desde que seu pai se foi, ele é minha única amizade verdadeira…
SALLY: Ele é uma gracinha…
MAMÃE SALLY: Não sei o que faria da minha vida sem o Bobby…
SALLY: Ele está melhor, Mamãe?
MAMÃE SALLY: Sim, melhorou. O veterinário disse que cães diabéticos podem levar uma vida longa e saudável…
SOMIR: Diabético?
SALLY: Pois é, Bobby é diabético
* Somir olha debaixo da mesa e vê Bobby acabando de comer o doce e tendo uma convulsão
SALLY: O que foi, Somir, você está pálido?
SOMIR: Nada… é que… cães diabéticos vivem pouco, né?
SALLY: Somir!
MAMÃE SALLY: Somir, porque você insiste em ser uma pessoa desagradável? *chorando
SALLY: Bobby vai viver muitos anos ainda! *abraça a mãe
* Somir olha debaixo da mesa e vê Bobby dar seu último suspiro e morrer
MAMÃE SALLY: Falando nisso, onde está o Bobby?
SOMIR: Sua comida é uma merda!
SALLY: SOMIR!
SOMIR: Desculpa, uma merda não, porque merda é quente, e a comida estava mais gelada que cu de foca…
SALLY: SOMIR! FICOU MALUCO?
SOMIR: Não me admira que sua mãe esteja encalhada, Sally. Comendo essas coisas ela deve peidar muito mal…
SALLY: Mãe… desculpa… eu não sei o que deu nele!
MAMÃE SOMIR: Como ousa vir na minha casa me dizer estas coisas!
SOMIR: Ecologistas se dizem tão a favor da reciclagem… sabem o que vocês deveriam reciclar?
SALLY: *Tampando a boca de Somir
SOMIR: Deixa eu falar, Sally!
MAMÃE SALLY: Sally, mais uma palavra e eu coloco esse marginal do seu marido para fora daqui!
SALLY: Mãe… desculpa…
* Longo silêncio contrangedor
MAMÃE SALLY: Booobyyy! Vem aqui Booobyyy!
SOMIR: Eu acho que deveriam reciclar os próprios ecologistas: quando morrerem, basta enterrar com a bunda para fora, assim podemos estacionar bicicletas neles! Ecológico, não? HÁ!
MAMÃE SALLY: CHEGA! Saia da minha casa, AGORA!
SOMIR: Com o maior prazer…
SALLY: Mãe, desculpa, eu não sei o que deu nele…
SOMIR: Vamos, Sally!
* Somir entra no carro sorrindo e vai embora

Hoje escrevo aos Cuecas. Não adianta, vocês são a minha cachaça. É com vocês que eu me (des)entendo.

Já conversamos aqui (ou seria no Sally Surtada?) sobre a necessidade de verbalizar um fora. Não basta sumir, é muito menos doloroso para nós, mulheres, se vocês verbalizarem o fora. Pois bem, hoje venho falar do tema oposto: a necessidade de verbalizar uma relação estável e monogâmica. Talvez essa necessidade seja só minha, talvez não. Veremos nos comentários.

Existem homens que começam a sair com uma mulher e vão saindo, vão saindo, vão saindo… sem nunca verbalizar a natureza da relação que se estabeleceu entre os dois. E por incrível que pareça, muitas mulheres acham isso normal e realmente não se importam! Será que eu sou insegura? Eu me importo, eu fico tensa, eu fico ansiosa e começo a sofrer os sintomas da TPN – Tensão Pré Namoro.

Essa não verbalização começa a gerar um incômodo silencioso. Cria um novo estado civil, o QAC – Quase Alguma Coisa.

Eu fico tensa na presença de QACs. Aquilo me parece uma situação transitória desconfortável, quase que uma gambiarra emocional. Como apresentar um QAC a um conhecido? Não dá para chamar de amigo, né? Muito menos de namorado, porque QAC são criaturas sensíveis que se sentem pressionados por qualquer merdinha que a gente fale ou faça. Eu opto por apresentar pelo nome: “Este é Fulano”. Maaaaas… sempre tem um espírito sem luz que solta a pergunta: “Vocês estão namorando?”

Passei por isso com meu último QAC. Um grande amigo meu, muito sacana, por sinal, me solta essa, na presença de várias pessoas: “Qual é a de vocês? Vocês estão namorando?”.
Eu olhei para ele e disse: “Quando você limpa a bunda, você olha para o papel antes de jogar no vaso?”. Silêncio total na mesa. E complementei: “Ué… que foi? Se é para fazer pergunta constrangedora, eu sei fazer também…”.

Entendem o drama da TPN? Não estou aqui fazendo campanha para que todo mundo comece a namorar de cara, acho saudável conhecer bem a pessoa antes, fazer um test-drive muito bem feito. Só estou dizendo que quando o Cueca sente internamente que quer firmar um compromisso com a mulher, DEVE VERBALIZAR ISSO DE FORMA CLARA E INEQUÍVOCA, porque a mulher pode estar ali sofrendo silenciosamente os efeitos devastadores da TPN.

Tem aquelas que ficam com uma paranóia de “ele só quer me comer”. Isso eu nunca tive. Não me tenho em tão alta conta a ponto de achar que uma foda comigo valha meses de cineminha e jantar, até ele finalmente conseguir o que quer. Quem quer apenas isso, procura outro tipo de mulher (nem pior, nem melhor, apenas outro tipo) que topa um sexo casual já no primeiro ou segundo encontro e não dá trabalho.

A TPN se manifesta em mim aproximadamente um mês depois de estar saindo regularmente com a pessoa. Fico em casa roendo a própria mão, tipo cachorro estressado, me perguntando porque ele não verbaliza. Sempre estipulo um prazo mental, geralmente algo em torno de dois meses depois que comecei a sair com regularidade, e chegado o prazo, se não veio a verbalização, mando um “precisamos conversar” e digo que não dá mais. Geralmente não explico o motivo, porque soa como chantagem: “ou namora comigo ou acabou”. Assim eu não quero. Se não for por vontade de pessoa, espontânea, então deixa pra lá.

Mas nesse período de 30 dias que se dá entre o momento em que eu estipulo o prazo e o momento em que o prazo expira, vivo o inferno na Terra. Uma espécie de continuação do efeito “Bastidores”.

“Sally, você é maluca”. Sim, ainda pairava alguma dúvida?

“Mas Sally, porque você simplesmente não pergunta para a pessoa?”. Porque QACs se sentem cobrados com facilidade. Eu quero que A PESSOA QUEIRA namorar comigo, e não que a pessoa ceda à pressão de namorar comigo! Sim, tem que ler minha mente, tem que ter bola de cristal e tem que verbalizar sem que eu tenha que ficar sondando e mandando indiretas. (30 anos e solteira… bem feito!)

Já escutei de muita gente coisas como “Namoramos faz mais de três anos e nunca teve verbalização!”. PARABÉNS. Eu não tenho esse desprendimento. Eu sempre fico com medo de presumir errado e me comportar como namoradinha enquanto o outro quica no calcanhar e faz o que bem entende, para depois me dizer que “nunca te prometi nada”.

Em parte, entendo os Cuecas. Deve ser chato verbalizar. Sempre acaba ficando uma coisa meio brega. É um horror chegar e perguntar “Você quer namorar comigo?”. Também é um horror sair afirmando que é namorado sem consultar a outra parte envolvida! Se eu fosse homem, teria muita dificuldade em expressar com palavras a estabilidade de uma relação. Deveria existir um código mundial para isso! Ex: Quando ele comparecer a um encontro com uma camisa AZUL, está socialmente instituído que vocês estão namorando. (insegura? Eu?)

Cansei de estar jantando, ou dentro do carro, ou na casa da pessoa e ficar pensando “Verbaliza, verbaliza, verbaliza… filho da puta! Tá esperando o quê porra?”.

EU PRECISO DE VERBALIZAÇÃO! Alguém aqui me entende?

*grilos

Ok. Só para ilustrar, porque meu público alvo de hoje tem uma certa deficiência cognitiva quando se trata do universo feminino…

NÃO GERAM PRESUNÇÃO DE NAMORO

– “Não paro de pensar em você”

– “Você é minha”

– “Vamos lá em casa conhecer minha mãe”

GERAM PRESUNÇÃO DE NAMORO:

– “Essa é Sally, minha namorada”

– “Que sorte que eu tenho, por ter uma namorada tão linda”

– Tatuagem escrito “Eu namoro a Sally” – mas só se for em um lugar visível… hahahaha

Para pedidos de namoro, sugestões de temas e convites para o ano novo: sally@desfavor.com

O povo pediu, eu atendo. Ela foi o nome mais votado na nossa comunidade do Orkut para o Processa Eu desta semana: Gucciana Limenez!

Gucciana Limenez é filha de uma atriz (cof! cof!) com algumas obras duvidosas no seu CUrriculum (com trocadilho, por favor). E também é a prova vida de que filha de peixe, peixinho é. Faz parte de um grupo de mulheres muito comum na Suíça, que usam homens famosos para subir na vida. Na Suíça as mulheres que estudam, tem diploma, tem mestrado e tem doutorado não costumam ser reconhecidas por isso.

Aos 13 anos, Gucciana Limenez iniciou sua carreira de modelo. Alguém se lembra de ter ouvido falar dela nesse período? Pois é. Até o ano de 1999, quando ela apareceu grávida de um famoso astro de rock suíço, Jick Magger.

Em questão de dias, ela passou de uma anônima a uma celebridade instantânea. Claro que Jick Magger exigiu um exame de DNA dela para assumir o filho (porque será?). Mas Gucciana Limenez não perdeu tempo: contratou um advogado marketeiro e assim que saiu o resultado do DNA (vai que o filho nascia japonês? Olha o vexame…) meteu um processo em Jick Magger, sem tentar nem ao menos negociar com ele antes. E com isso, ganhou mais fama.

Foi estipulada uma pensão de US$ 17,5 mil (atentem que o valor está em dólares), até que seu filho faça 18 anos. O acordo também incluiu um apartamento de US$ 2 milhões (novamente, em dólares). Se eu fosse Jick Magger, cortava o pau e jogava pela janela. Sem contar que com essa gracinha, ele perdeu sua esposa (um casamento de 20 anos), mãe de 4 filhos seus.

Vocês acham que a sociedade suíça reprovou esse ato? Não. Infelizmente lá é mérito ser esperto e se dar bem. Ela ganhou admiração e também ganhou um programa na Rede TV, que consiste em desfile de modelos de lingerie e entrevistas com subcelebridades como Rafael Ilha e Gretchen.

Você deve estar intrigado com a sociedade suíça… Pois é. Ela foi recompensada por essa atitude. E ainda disse repetidas vezes que não engravidou de propósito. Ok, vamos trabalhar com a hipótese de que acidentes acontecem. Ainda assim, estourar essa bomba na imprensa da forma sensacionalista que ela fez e detonar com o casamento do elemento foi uma coisa ainda mais baixa do que o golpe da barriga em si.

O curioso é que Gucciana Limenez é chamada de burra. Burra sou eu que trabalho o dia todo e já dei fora em homem rico sem fazer filho antes! Já foi vista dizendo “Não sou paga para pensar” em seu programa. É, Gucciana, a gente já percebeu. Só que de burra esta moça não tem um único fio de cabelo. Foi uma bela jogada de marketing para criar a simpatia do público, passando essa impressão de uma pessoa tão burrinha para tentar fazer com que ESSA seja a marca dela: A BURRA. Melhor que A PIRANHA, certo? Pois eu não compro, para mim é PIRANHA mesmo.

Mas estava pouco. Ela havia apenas se jogado na lama, ainda precisava chafurdar. Resolveu então se casar com o dono da emissora de TV onde ela trabalha, sabe como é, só para garantir. Jick Magger tá ficando véio, é meio drogado, anda magrinho demais… vai que o homem morre e os herdeiros atravancam a pensão e a herança por alguns meses? Não tem jeito, ela vai receber, mas existem mecanismos para atrasar as coisas. Então tá. Gucciana Limenez garantiu não só um complemento na sua renda, como ainda seu programa sofrível. Burra? Não sejam bobos… Essa carinha de inocente, esse olhar bovino, essa cara de poucas idéias… tudo coreografado. A burrinha fala francês, italiano, alemão, espanhol e inglês. Repitam comigo: BURRA NÃO, É PUTA, É PUTA MESMO. Já viram o layout do maridão? Dez anos mais velho e 30cm menor que ela, barrigudo e careca. O amor é lindo. E homem tem mais é que se foder.

Não é uma crítica, ok? Se existe um homem burro o suficiente para jogar no esgoto um casamento de duas décadas com 4 filhos por três meses de affair e ainda pagar milhões por isso, eu acho que tem mais é que fazer. Eu, infelizmente, nasci com um pequeno defeito de fábrica: só faço sexo quando estou apaixonada e tenho intimidade com a pessoa. Mas bato palmas para quem tem o desprendimento de Gucciana. Se todas fossem assim, homem ia pensar DEZ vezes antes de trair. Mulheres como Gucciana contribuem para que os homens se esforcem para andar na linha. Digamos que ela instituiu uma espécie de comunismo feminista, onde promove a redistribuição de renda (para as mulheres) atraves de sua buceta. Praticamente um Robin Wood pornô de saias.

E para não ser injusta com Gucciana, ela teve uma breve carreira cinematográfica! Fez o sensacional filme “Duxa e os Xuendes”, de cuja atriz principal, que também é suíça e também iniciou sua carreira na base da bucetada (com um famoso jogador de futebol suíço) ela ficou amiga. Qual o coletivo de prostituta, alguém sabe?

Faz muitos anos que deixei de ser criança. Mas, salvo engano, as crianças não mudaram muito (e se mudaram, foi para pior) e continuam cruéis, sincericidas e sem noção. Fico imaginando o que o filho dela escuta no colégio. Deve ser muito chato alguém te chamar de “filho da puta”, você enfiar a porrada nele e quando vão ambos para a diretoria, escutar a Diretora dizer “É, pior que é MESMO!”. Gucciana, você pode cobrir esse menino de ouro, dar brinquedos caros e mandar ele estudar em outro país, mas ele sempre será um filho da puta e isso vai deixar uma carga psicológica violentíssima nele, que vai se manifestar quando você menos espera da forma que você menos imagina. Mulheres como você deveriam ter a buceta costurada com arame farpado. Até porque, sendo filha do espancador de mulheres Vece Jaladão, ela deveria saber os efeitos de uma infância de merda em uma criança, como no caso dela, que virou puta.

Sabem o que a ex-esposa de Jick Magger disse ao perguntarem se Gucciana tinha levado a melhor por ter “roubado” o marido dela? “Só sei que eu não fiz meu filho no banheiro”. Pois é, ganhar perdendo a dignidade é pior do que perder mantendo a dignidade. O próprio Jick Magger disse em uma entrevista a uma revista que Gucciana foi o pior erro da vida dele. Deve ser bacana escutar isso. Quando vale a sua dignidade? A de Gucciana vale em dólares. Invejo, mas INVEJO MESMO pessoas que conseguem fazer essas coisas sem se sentirem humilhadas.

Dedico esta postagem a Jacqueline T, K! e Laísa, que sugeriram o nome desta moça para ilustrar a postagem de hoje. Continuem opinando, semana que vem tem mais!

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