Autor: Somir

(Este texto não é original para o desfavor, mas eu decidi que ele merecia mais uma chance de ser publicado antes de desaparecer para sempre nos meus arquivos desorganizados.)

Carta aberta às mulheres, ou: “Mas, Dr. Maligno, por que você fez isso?”.

INTRODUÇÃO

Quantas vezes você já não viu o herói ou a vítima da história fazer essa pergunta para o vilão? Essa cena de explicar o plano maligno é um dos clichês mais bem sucedidos da história das narrativas ficcionais.
Normalmente, o vilão não se dá ao trabalho de contar em detalhes o que estava fazendo até o momento definidor. A pergunta de ouro: “Por quê?”.
Entendo os vilões, não há a menor graça em expor seu estratagema genial para quem não está interessado em ouvi-lo. A reação da vítima, um misto de horror e admiração, deve ser deliciosa de se contemplar.

E é isso que estou prestes a descobrir. Faço parte do plano maligno, posso me considerar o vilão. E a vítima já fez a pergunta:

“Os homens estão diferentes, tem algo de muito errado com eles, mas… o quê?”.

Hoje em dia, de várias formas diferentes, essa pergunta povoa a mente de grande parte da população feminina. E esse é o meu sinal. Está na hora de explicar o plano maligno.

Os homens jamais aceitarão a ascensão feminina. Ou as mulheres realmente achavam que essa história de igualdade iria durar muito? Mulheres no poder? Isso é só uma fase, minhas caras leitoras. Querem entender melhor o plano? Vou simplificá-lo agora e entrar em detalhes depois. Confesso que estou adorando isso.

Problema: As mulheres decidiram que queriam igualdade. Mulheres são mais da metade da população mundial, algumas são extremamente inteligentes e a maioria tem habilidades que excedem e muito as masculinas, em incontáveis áreas. As mulheres lideram uma revolução muito poderosa, praticamente sem falhas exploráveis.
Só que esse não é o problema. O problema é como isso foi feito.

Solução: Descobrir a forma de ataque das mulheres, criar uma defesa, e logo após isso, achar o ponto fraco delas e atacar impiedosamente.

Não se surpreendam, mas os homens já estão na fase de “atacar impiedosamente”. Nesse exato momento em que você está lendo isso, as mulheres estão perdendo mais e mais território. Essa guerra já está chegando ao seu clímax. E, nos perdoem, mas vamos gozar primeiro.

Se você achava que a guerra dos sexos era algo puramente em tese, vai rever os seus conceitos a partir de agora. Agora, o plano masculino, em detalhes:

O PLANO

1 – Descobrir a forma de ataque do inimigo e criar uma defesa.

Na verdade, resolvi unir esses dois pontos por um simples motivo, o plano das mulheres apresentava algumas falhas primárias, que assim que expostas, tornaram-se a defesa dos homens.
Percebam que eu não estou diminuindo a inteligência do plano, apenas estou salientando que táticas de guerra sempre foram incumbência masculina. E que essa primeira tentativa das mulheres de mudar o mundo sofreu com a inexperiência das próprias.
De qualquer forma, parabéns pelo esforço.

1.1 – Como as mulheres atacaram.

Oras, se os homens estão no poder, estão por algum motivo. Estão por ter uma coisa neles que os torna mais aptos a liderar, algo que os fazem ter a capacidade se posicionar corretamente na escala de poder. Isso é algo inerente ao homem.

Espera aí! Se ser homem é condição básica do poder tradicional, como as mulheres poderiam ter chegado tão perto disso nos dias atuais?

A resposta é simples. Tão simples que cai na categoria de óbvio demais para perceber:
Se as mulheres nunca vão poder ser homens, é mais fácil descaracterizar o papel do homem e aproveitar essa falha deles para mudar a dinâmica do poder em escala mundial.

E foi exatamente isso que as mulheres fizeram. O homem foi desvalorizado, e a maior parte das mulheres participou ativamente disso. Pensem com calma: Qual a maior fraqueza da maioria dos homens?

Exatamente. Mulheres.
O instinto masculino urge, a cada minuto, incessantemente na busca pelo sexo oposto. Homens foram programados para isso, para atrair e conquistar a fêmea. O papel passivo feminino na mecânica da atração sexual apenas parece passivo. Na verdade, é muito mais ativo do que sugere. A mulher permite que o homem se apodere dela, é ela que escolhe quem vai aceitar ou não, e os homens sempre vão lutar por esse lugar cativo entre as pernas delas. Sempre.

Estou dizendo que as mulheres escolhem os homens. Esse poder sempre foi delas.
Mas elas queriam mais, não? Infelizmente para elas, o tiro saiu pela culatra, e tudo o que conquistaram até agora vai ser perdido, e, além disso, vão sofrer as retaliações por esse ato de rebeldia.

Não se brinca com natureza humana. Mas foi exatamente isso que aconteceu.
As mulheres queriam desmontar a figura do homem para conquistar ainda mais poder na sociedade. E como fizeram isso?

Usando o seu próprio poder. As mulheres ditaram suas novas escolhas para os homens, abusando especificamente do seu ponto fraco. Uma baixaria, se me permitem o comentário.
E como era de se imaginar, os homens atenderam.
O homem tradicional, seguro, corajoso e grosso foi preterido pelo chamado “homem-moderno”. Homem-moderno? Homem-inseguro, digo eu.
Essa demanda por um homem vaidoso, sensível e romântico destruiu as fundações do poder masculino. Utilizando o desejo sexual masculino como isca, as mulheres conseguiram criar uma distração momentânea, suficiente para garantir uma revolução feminina sem precedentes na história. E é exatamente aí que as coisas começam a dar errado.

1.2 – O ponto fraco, ou: “A melhor defesa é o ataque”.

A revolução está se estabilizando. Na maior parte dos países avançados, as mulheres estão encontrando barreiras cada vez menores. Estão tendo a liberdade inédita de escolher como viverão suas vidas. Não tenho nada contra isso.
A forma como essa revolução foi conquistada é que me incomoda. E, por uma doce ironia do destino, é exatamente o que incomoda vocês, mulheres.
Os homens andam confusos? Com dificuldade de assumir seu papel, principalmente nas relações amorosas? Você precisa se esforçar muito mais do que sempre precisou?
Perdoem-me, mas estou rindo. Os homens aceitaram esse jogo, e simplesmente deram o que as mulheres pretendiam querer.
Vocês usaram o seu poder de escolha para o mal. E percebem claramente que estão pagando o preço. Mas eu garanto que não é só a sensação de “faltar homem no mercado” que cria esse incômodo. O pior é que vocês mesmas estão se traindo. Típico, não? E esse é o gancho para o próximo capítulo.

2 – Atacar impiedosamente.

Pois bem. Para cada ação há uma reação.
Percebam que essa insatisfação feminina é um fenômeno recente. Acontecendo praticamente ao mesmo tempo que temos as primeiras presidentas em vários países, ao mesmo tempo que mulheres de todas as cores, credos e nacionalidades conseguem seu espaço no mercado de trabalho.
Essa insatisfação não ocorre sem motivo. Não se muda a natureza masculina. Somos excelentes estrategistas, e não deixaríamos uma ofensa como essa passar sem retaliações.

2.1 – Papéis invertidos.

Não foi usando o poder de escolha que as mulheres mudaram as características básicas do homem moderno? Pois é exatamente assim que estamos revertendo o processo.
Ao exigir do homem algo que não é da natureza dele, foi criada uma “zona cinza” nas relações entre os sexos. As mulheres foram obrigadas a assumir muitas das responsabilidades dessa relação, e ao mesmo tempo, cederam seu poder de escolha para os homens. Igualdade, certo?
Estamos escolhendo. Estamos escolhendo as mulheres que não se valorizam. As que abdicam do seu conjunto em detrimento do seu puro poder sexual. Xeque-mate.
As mulheres tiraram do homem grande parte de suas características masculinas. Um homem enfraquecido não deixa de ser um homem, e ainda vai buscar o poder de ser o macho de uma relação.
Mas, se esse homem perdeu grande parte do seu poder, como ele vai conseguir manter essa relação? Simples. Procurando mulheres ainda mais vulneráveis que ele.
Lei da oferta e da procura.

2.2 – Seus filhos pagarão por seus crimes.

Dramático, não? Mas é assim que as coisas estão se desenvolvendo.
Querem um sintoma de que o plano masculino está funcionando? Observem o mundo ao seu redor.
A quantidade de garotas desesperadas por atenção, sendo valorizadas apenas pelos seus corpos e nada mais é incrível. E esse comportamento cresce numa progressão geométrica.

Eu não consigo nem explanar corretamente o quão irônico é isso. Vocês percebem o que aconteceu? O discurso de valorização da mulher em detrimento de ser apenas um pedaço de carne está sendo soterrado justamente pelas mulheres usarem o sexo como base de sua revolução.

As novas gerações de mulheres terão de se adaptar aos novos tempos. Se os homens se assustam com mais facilidade, se eles não têm mais coragem de conviver com uma mulher poderosa, vão buscar refúgio em águas mais calmas.
E as mulheres que não se tornarem essas “águas mais calmas”, vão observar, impotentes, as que aprenderam a se rebaixar tomar a maioria absoluta dos homens do mundo.

Adivinhem só quais genes serão repassados e quais serão preteridos?

A segurança que as mulheres desenvolveram nessas últimas décadas está sofrendo um impacto enorme com a dificuldade dos homens em conviver com elas. E isso é percebido, de forma inconsciente, por todos. As mulheres mais novas já sofrem com esse abalo. Só que elas vão se adaptar. E as filhas delas já virão ao mundo com uma mentalidade bem parecida. E as mulheres inseguras que só conseguem se valorizar por características sexuais vão dominar o mundo.

Percebem onde isso vai parar? Vocês nos enfraqueceram, nós estamos devolvendo. Com juros e correção.

Eu já escrevi cheque-mate? Nunca é demais reforçar nesse caso: Xeque-mate!

CONCLUSÃO

Outro clichê famoso envolvendo a revelação do plano por parte do vilão é que ele sempre conta tudo antes da hora. E com isso dá uma oportunidade para a vítima de escapar.

Será que é o caso?
Será que as mulheres vão perceber que criaram um padrão de escolha para os homens que querem que na verdade só cria desgosto para as próprias?
Será que elas vão voltar a valorizar o homem verdadeiro e dar uma chance desse se posicionar ao lado delas ao invés de ter de derrubá-las impiedosamente?
Será que as mulheres vão perceber que não há nada errado em ser mulher?
Há uma chance das mulheres inseguras não destruírem completamente o que outras gerações de mulheres criaram baseadas numa premissa falha?

Essa e outras respostas no próximo capítulo.
Seja lá quando for.

Se você está vendo uma página totalmente defeituosa, com grandes imagens brancas e antiestéticas, o problema é o seu navegador: O Internet Explorer versão 6.
(Problema mesmo, já que o IE6 é antigo, inseguro e deixa várias páginas feias…)

Você tem três opções caso esteja vendo um desfavor de layout:

Atualizar o seu navegador para a versão 7;

– Usar outro navegador: De preferência o Firefox;

– Se acostumar, porque os textos continuam legíveis.

E não reclamem, vocês vão achar muito melhor usar um navegador mais atual… Confiem no Somir aqui. Palavra de nerd!

NARRADOR: Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009. Hoje é dia de Soooomiiiir Eeeentrevistaaaaa! E com vocês, ele que é o bastião da verdade, o defensor da ética, o gênio da palavra, o sultão das perguntas… SOOOOOOOOMIIIIIIIIIIIRRRRRR!

*Somir faz sua entrada triunfal*

SOMIR: Boooo…

NARRADOR: Quem escreveu essa merda de apresentação? Aquele bosti… Hã? Botão do microfo…

SOMIR: … Bom dia. Antes de qualquer coisa, gostaria de avisar que temos uma vaga para narrador do programa em aberto. De qualquer forma… Hoje estamos aqui, diretamente da Suíça, para entrevistar não uma, mas três pessoas de uma só vez! Se você não passou os últimos meses enfiado numa caverna dos Alpes, deve saber quem são essas mulheres que mexeram com a libido dos homens suíços e testaram os limites técnicos do Photoshop recentemente.
Hoje eu entrevisto as Mulheres-Queijo!

*Mulheres-Queijo entram ao som de funk suíço e a platéia vai à loucura*

SOMIR: Garotas, sintam-se à vontade. Não sei se nosso sofá conseguirá comportar tanta abundância, mas não custa tentar. Tudo bem com vocês?

MULHERES-QUEIJO: Siiim. *em uníssono*

SOMIR: Mas que beleza de entrosamento. Vamos começar falando com cada uma de forma separada e depois faremos as perguntas gerais. É até difícil saber por qual eu começo, de tanta beleza e sensualidade que vocês emanam.

MULHERES-QUEIJO: Hihihihi… *em uníssono*

SOMIR: Produção, quem é quem? Elas são iguais… *cochichando no ponto* Ok… Ahan… Vermelho? Tá… *olhando de volta para as entrevistadas* Vamos começar com você, Mulher-Queijo-Suíço. A minha primeira curiosidade é o motivo de você ter esse apelido.

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: É que foram os meus furos que me fizeram famosa.

SOMIR: Ah… Bom, você foi a pioneira nessa onda de Mulheres-Queijo. Imagino que você tenha dado… duro para chegar onde chegou, certo?

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Ah Somir, não foi fácil não… As pessoas acham que é fácil fazer sucesso no mundo do funk suíço, que basta ter uma bunda grande e todos os seus problemas vão se resolver. Mas não adianta só ter bunda…

SOMIR: Por isso você colocou silicone?

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Coloquei sim. Acho super normal que uma mulher faça uma hipertensão cirúrgica quando não está satisfeita com o corpo.

SOMIR: Hmmm… Ok. Deve ter te ajudado a ter mais pressão. Aparentemente os editores de uma famosa revista masculina suíça também não estavam muito satisfeitos com o corpo… Mais precisamente o seu. A sua edição da Playboy contou com uma quantidade de efeitos especiais comparável a um filme de ficção científica. O que você pensa das críticas que recebeu pelo ensaio?

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Aquela mulher nas fotos sou eu! O pessoal da revista só teve que fazer uns retoquezinhos de nada… Já ouviu falar que a câmera engorda uns cinco quilos?

SOMIR: Já. Você deve ter comido várias.

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO:

SOMIR: Vamos falar com você agora, Mulher-Gorgonzola. Já começo com a mesma pergunta sobre o motivo pelo qual você tem esse nome “artístico”.

MULHER-GORGONZOLA: Ai… É uma história bem engraçada. Num dos meus primeiros shows eu fui fazer uma coreografia usando só um shortinho branco apertado, sem calcinha. No dia eu estava com um corrime….

SOMIR: Ok! Ok! Diferentemente dos seus figurinos, vamos deixar um pouco para a imaginação do público… Mulher-Gorgonzola, você é prima da Mulher-Queijo-Suíço, certo? Essa vocação para símbolo sexual comestível vem da criação de vocês?

MULHER-GORGONZOLA: Com certeza, Somir… Minha vó era albina e todo mundo chamava ela de Mulher-Leite. Minha mãe tem um problema sério com celulite e todo mundo chama ela de Mulher-Coalhada. Foi uma evolução natural virar Mulher-Queijo.

SOMIR: Com certeza alguma coisa azedou no caminho. Você parece ter seguido todos os passos da Mulher-Queijo-Suíço, até mesmo já estampou sua própria capa de revista masculina. Dizem por aí que só te chamaram para esse ensaio depois de você dar uma remodelada no visual… Vale mesmo todo esse esforço para receber várias homenagens anônimas?

MULHER-GORGONZOLA: Olha, eu sou uma dançarina profissional e recebi uma oferta irrecusável para posar nua. Não foi por safadeza não, eu só aceitei fazer aquelas fotos artísticas de quatro porque me pagaram muito bem.

SOMIR: Bem mais digno fazer pelo dinheiro. Agora eu vou falar com você, Mulher-Polenguinho. Para não perder o costume: Por que Mulher-Polenguinho?

MULHER-POLENGUINHO: Porque eu tenho uma embalagem bonita e o miolo mole. Pelo menos foi isso que me disseram… Hihihihi…

SOMIR: Não duvido. Mulher-Polenguinho, você agora ocupa a vaga que já foi da Mulher-Queijo-Suíço, é difícil conviver com a sensação que está sob a sombra da bun… personalidade dela?

MULHER-POLENGUINHO: No começo foi difícil sim… Mas com o tempo eu fui descobrindo que o pessoal que vai ver os nossos shows não liga muito para quem é quem. Eu só precisei mostrar o meu valor e todos nossos fãs aceitaram numa boa.

SOMIR: Da forma como você mostrou seu valor, duvido que algum fã não aceitaria. Tem a foto aí, produção?

MULHER-POLENGUINHO: Ai, aquela do chantili onde eu estou com as pernas abertas? Não sei se vocês deveriam mostrar, ela é ousada demais. Sabe, eu preciso me preservar um pouco… A gente precisa se respeitar para ter o respeito dos…

SOMIR: Infelizmente não temos aqui.

MULHER-POLENGUINHO: Como não? Meu empresário mandou hoje de manhã! Mandou até uma com um close maior! Como vocês perderam?

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Ei! Se mostrar a dela tem que mostrar a minha! Tá aqui na minha bolsa, peraí…

MULHER-POLENGUINHO: Eu cheguei primeiro! Vão mostrar a minha!

MULHER-GORGONZOLA: Ninguém vai querer ver a sua! Eu mostro a minha agora, ao vivo!

*parte masculina da platéia enlouquece*

SOMIR: Por mais que eu goste da idéia, eu não quero sair preso daqui. Vamos continuar a entrevista… Agora que as três já foram introduzidas, vamos falar de algo comum entre vocês: O MC Crell. Como é a relação de vocês com ele?

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Ele me ajudou muito na vida. Em troca de poder dizer por aí que comeu queijo-suíço, ele me deu uma oportunidade incrível de mostrar para o mundo que eu sou muito mais do que um rostinho bonito.

*todos seguram o riso*

MULHER-QUEIJO-SUÍÇO: Hoje eu até canto minhas próprias músicas. O meu talento é maior que a minha bunda, sabe?

*risadas generalizadas*

SOMIR: Depois dessa, só me resta terminar a entre…

MULHER-POLENGUINHO: Somir, posso fazer uma pergunta?

SOMIR: Hã? Claro…

MULHER-POLENGUINHO: Todo mundo que vem aqui é servido com uma bebida especial. Porque a gente não ganhou?

SOMIR: A de vocês vai ser servida no meu camarim. Obrigado pela presença, obrigado a todos vocês que acompanharam o show, até o próximo Somir Entrevista!!!

*palmas*

SOMIR: Você já se recuperou daquele problema do corrim…

*créditos*

18:21

*Somir bate na porta*

SOMIR: Pronta?

*dentro do quarto, Sally responde*

SALLY: Espera.
SOMIR: Ok.
SALLY: AAAAAAAAAAHHHHH!
SOMIR: Sally, tudo bem?
SALLY: Tudo.
SOMIR: Vou esperar lá na sala. A gente está atrasando já.
SALLY: Tá bom, tá bom… Não me atrapalha que demora mais!
SOMIR: Ok.
SALLY: AAAAAAHH!!! *puff* AA-AAAHHHH!!! *puff*

18:51

Na sala:

SOMIR: Isso! Isso! Vai! Vai! NÃO!
SALLY: Estou pronta!
SOMIR: Mas que merda! Que coisa mais feia!
SALLY: EU SABIA! Eu sou uma gorda horrorosa mesmo!
SOMIR: Hã?
SALLY: *chorando e correndo de volta para o quarto*
SOMIR: Sally? Eu estava falando do videoga…

*barulho de porta batendo*

SOMIR: Eu mereço…

19:26

*Somir termina a partida e vai atrás de Sally*

SOMIR: Amor?
SALLY: VAI EMBORA!
SOMIR: Eu não estava falando mal da sua roupa…
SALLY: Estava falando mal do meu corpo, né? *chorando*
SOMIR: Não, eu nem te vi!
SALLY: Olha lá, agora nem meu marido me olha mais! *chorando mais ainda*
SOMIR: Sally, foi um mal-entendido. Abre essa porta.
SALLY: Pra você rir da balofa?
SOMIR: Sally, pára com isso! A gente tem hora marcada…
SALLY: Não quero mais! Me deixa em paz, Somir!
SOMIR: Como assim não quer mais? Está reservado há mais de seis meses!
SALLY: Muito pouco tempo para eu entrar em forma…
SOMIR: SALLY! Agora a gente vai! Nem que seja pra você se trancar no banheiro de lá e dar chilique a noite toda, a gente vai! Já está pago!
SALLY: Vai sozinho e bate uma punheta!
SOMIR: *suspiro*
SALLY: Melhor, leva a sua secretária! Aposto que ela é magra do jeito que você gosta!
SOMIR: Um…
SALLY: Você me fez perder meu personal e agora eu não entro mais na roupa!
SOMIR: Dois…
SALLY: Sabe, a culpa de tudo isso é sua! Você não me dá valor!
SOMIR: TRÊS!

*estrondo*

SALLY: *olhos arregalados* A… porta…
SOMIR: LEVANTA ESSE RABO DESSA CAMA QUE A GENTE VAI PASSAR A PORRA DO ANO-NOVO NAQUELA MERDA DE MOTEL E TEREMOS UMA NOITE ROMÂNTICA E INESQUECÍVEL! NEM QUE EU TENHA QUE TE LEVAR À FORÇA!
SALLY:
SOMIR: E PÁRA DE CU DOCE PORQUE VOCÊ ESTÁ GOSTOSA PRA CARALHO NESSA ROUPA! JÁ PRO CARRO!
SALLY:
SOMIR: Alguma objeção?
SALLY:
SOMIR: Conheço essa cara.
SALLY: Cala a boca.
SOMIR: Você ficou com tesão, né?
SALLY: Cala a boca!
SOMIR: Mulher de malandro…
SALLY: Vamos logo. Esse surto de testosterona seu não vai durar muito e eu quero aproveitar!
SOMIR: Às vezes eu acho que você é bipolar…
SALLY: Somir…
SOMIR: Ok, ok. Vamos.
SALLY: *rebolando*
SOMIR: *tapa na bunda de Sally*

19:41

Na garagem do prédio:

SALLY: Você acha que eu estou gostosa mesmo?
SOMIR: Pelo menos o que coube na roupa…
SALLY: Hã?
SOMIR: Claro que está, se você não entrar no carro logo eu que vou fazer a gente atrasar.
SALLY: Sempre quis fazer aqui na gara…
SOMIR: Não, eu paguei uma nota lá no motel e quero estar lá no MINUTO que puder entrar.
SALLY: Ridículo…

19:46

No carro:

SOMIR: Como é que chega lá mesmo?
SALLY: Você não sabe?
SOMIR: Sei mais ou menos… Mas eu acho.
SALLY: Somir, vamos voltar e pegar o endereço então.
SOMIR: Ah, bobagem!
SALLY: A gente vai se perder…
SOMIR: Vai nada. Acho que já estou reconhecendo o caminho.

20:00

SALLY: Somir…
SOMIR: Calma! Eu lembro dessa rua…

20:12

SALLY: Somir…
SOMIR: Era no quilômetro… 136… ou 163? Ah sim! Com certeza o 163!

20:28

SALLY: Somir…
SOMIR: Porra, onde enfiaram os retornos dessa estrada?

20:47

SALLY: Somir…
SOMIR: Sally, você está me atrapalhando! Olha lá! Motel Sex Paradise! Achei!
SALLY: Não era Paradise Sex?
SOMIR: Não, era uma fachada toda laranja assim mesmo.
SALLY: Nossa, tem fila na entrada?
SOMIR: Quanto tempo pode demorar? O importante é que chegamos.

21:25

SALLY: Quanto tempo pode demorar? *imitando Somir*
SOMIR: Porra! Vai logo! Tem gente querendo boas entradas aqui! *buzinando*
SALLY: Larga de ser Neanderthal, deve ter quebrado um carro lá na frente.
SOMIR: Eu paguei para entrar às NOVE!!! *buzinando mais ainda*
SALLY: Babaca.

21:39

SOMIR: Isso! Começou a andar!
SALLY: Foi aquele carro ali, parou justo na entrada… Coitados.
SOMIR: DA PRÓXIMA VEZ PRESTA MAIS ATENÇÃO ANTES DE SAIR DE CASA, AMIGÃO!
SALLY: Deixa o moço em paz!
SOMIR: Hahahaha! Olha lá a mulher dele com cara de bosta! *apontando*
ATENDENTE: Boa noite, hoje estamos trabalhando só com reservas.
SOMIR: Somir.
ATENDENTE: Não consta, senhor.
SOMIR: Olha de novo… S-O-M-I-R.
ATENDENTE: Não. Nada.
SOMIR: Mas eu fiz a reserva!
SALLY: Estava demorando…
SOMIR: Mas eu reservei!
SALLY: Oi, moço… Tem algum outro motel com nome parecido aqui por perto?
ATENDENTE: Tem o Paradise Sex no outro sentido da estrada. Um todo azul.
SOMIR:
SALLY: Obrigada.
VOZ DE FORA: DA PRÓXIMA VEZ PRESTA MAIS ATENÇÃO ANTES DE SAIR DE CASA, AMIGÃO!
SOMIR:
SALLY: Hahahahaha!

22:39

SOMIR: O cara enganou a gente! Não tem esse motel em lugar nenhum!
SALLY: Ali! Beeeem lá na frente, está vendo o neon azul?
SOMIR: Finalmente um pouco de sorte!

*barulho estranho*

SALLY: O que foi isso?
SOMIR: Ah não! Parou de acelerar…

*carro começa a ficar lento até parar completamente*

SALLY: Não acredito.
SOMIR: Saco… bom, pelo menos a gente está perto.
SALLY: Nem ouse.
SOMIR: A gente fica lá no motel e amanhã o seguro vem buscar o carro e leva a gente embora.
SALLY: Nem PUTA chega a pé em motel de beira de estrada.
SOMIR: Mas não dá nem meio quilômetro, Sally!
SALLY: Chama o seguro, chama um táxi… Eu não vou entrar a pé no motel. Não com essa roupa desconfortável e esse salto enorme.
SOMIR: Mas NINGUÉM vai vir essa hora… Ainda mais aqui… Ainda mais hoje! Vai demorar muito!
SALLY: Se vira.
SOMIR: SALLY! LEVANTA ESSA BUNDA DA…
SALLY: Não vai funcionar dessa vez.
SOMIR: Não custava tentar…
SALLY: Você é homem, tenta consertar esse carro.
SOMIR: *suspiro*

23:37

SALLY: E então?
SOMIR: Eu não entendo nada de mecânica.
SALLY: Precisou de uma meia hora para dizer isso?
SOMIR: Queria ter certeza.
SALLY: Minha mãe bem que me disse para não casar com você…
SOMIR: Desculpa.
SALLY: Ah é? E a sua mãe… Hã?
SOMIR: Desculpa. Eu estraguei a nossa noite.
SALLY:
SOMIR: Eu queria que você tivesse pelo menos uma boa recordação de passagem de ano, eu sei como você sempre fica chateada nessa época por causa dos seus pais.
SALLY: Eu…
SOMIR: Mas esse ano você vai passar do lado de um burro que nem para fazer um carro pegar serve.
SALLY: *abraçando Somir* Eu vou me lembrar disso para sempre.
SOMIR: *sorrindo*
SALLY: Vou lembrar DA SUA CARA-DE-PAU!
SOMIR:
SALLY: Você acha que eu não sei que você ganhou essa reserva de um amigo seu que resolveu viajar de última hora com a mulher? Você acha que eu não sei que a gente só veio porque você não teve que gastar um tostão? Eu conheço a mulher do Almeida.
SOMIR: He… hehe… *constrangido*
SALLY: E agora a gente vai passar a virada nessa estrada escura e deserta.
SOMIR: A gente não precisa desperdiçar essa sua produção, sabe?
SALLY: Bom, dizem que se você virar o ano fazendo uma coisa, vai fazê-la o ano inteiro…
SOMIR: Vem cá, vem.

*censurado*

23:59

SALLY: Vamos fazer a contagem?
SOMIR: Agora?
SALLY: Nove.
SOMIR: Eu vou me distrair.
SALLY: Oito.
SOMIR: Como você sabe que faltam oito segundos?
SALLY: Seis. Estou segurando o meu celular por trás da sua cabeça.
SOMIR: Porra, eu estou aqui, sabia?
SALLY: Quatro.
SOMIR: Ah é?
SALLY: Três.
SOMIR: Pronto. *tapa na mão de Sally*
SALLY: Meu celular!
SOMIR: Frígida!
SALLY: Escroto!
SOMIR: Maluca!
SALLY: Babaca!

*fogos de artifício*

PARTE 1 DE 2

SOMIR: Ano que vem a gente faz assim…
SALLY: Não, ano que vem a gente faz do seu jeito.
SOMIR: Mas eu já prometi para a minha mãe.
SALLY: E eu já prometi para a minha!
SOMIR: A sua mãe sai no lucro se lembrar que é Natal…
SALLY: Não começa! Ela está limpa há dois meses!
SOMIR: Você só está contando os dias úteis, né?
SALLY: Pelo menos a minha mãe se cuida…
SOMIR: Chega! O que nós vamos fazer?
SALLY: Ano passado a gente foi nas duas casas.
SOMIR: Ah, saco… Decide aí.
SALLY: Então a gente vai na casa da minha família.
SOMIR: E como fica a minha?
SALLY: Não era pra eu decidir?
SOMIR: Vamos hoje na casa dos meus pais e amanhã na dos seus.
SALLY: Não pode ser o contrário?
SOMIR: Não, prefiro comer bastante na ceia para não ter que encarar aquelas porcarias que a sua mãe costuma fazer.
SALLY: Ela é vegetariana! Não são porcarias, são comidas saudáveis! E ela sempre faz uma carne para você, seu ingrato!
SOMIR: De soja!
SALLY: Larga de frescura, Somir. Você só vai lá uma vez por ano! Pior sou eu que preciso encarar aquelas bombas de colesterol na casa da sua mãe!
SOMIR: Antes carne gordurosa do que doses cavalares de uva e arroz, né?
SALLY: Uva e arroz?
SOMIR: Vai, se arruma que a gente vai pra casa da minha mãe hoje.
SALLY: Então o almoço de Natal é na minha.
SOMIR: Feito.

*duas horas depois*

SALLY: Pronto?
SOMIR: Pronto. Ei! Que roupa é essa?
SALLY: A minha.
SOMIR: Caralho! Você está mostrando mais peito e coxas do que o peru!
SALLY: Não seja ridículo, Somir. Está calor!
SOMIR: Faz calor.
SALLY: Hã?
SOMIR: Não se diz que está calor, se diz que faz calor.
SALLY: Vai à merda!
SOMIR: Olha a boca!
SALLY: Tá achando que é meu pai para regular o que eu digo?
SOMIR: Não, se eu achasse isso não estaria em casa.
SALLY: *lágrima*
SOMIR: Putz…
SALLY: Vamos logo!
SOMIR: De… desculpa…

*Sally vai na frente*

SOMIR: Amor?

*Sally não espera Somir entrar no elevador*

SOMIR: Opa! Espera!

*Somir entra no elevador, há mais uma pessoa lá dentro*

SOMIR: Sally?
SALLY: Shhh…
SOMIR: Eu… não…
SALLY: Tem mais gente aqui e ninguém é obrigado a saber que você me humilhou e fez uma memória triste da minha vida ser revivida na VÉSPERA DO NATAL! Acredita nisso?
ESTRANHO: Anh…
SOMIR: Ela me provocou, amigo. Foi impensado.
ESTRANHO: Sei lá… é…
SALLY: Provoquei? Escuta aqui, moço, ele reclamou da minha roupa nesse calor! Você acha que está indecente?
SOMIR: Pára de mostrar o decote para ele!
ESTRANHO: Eu nem estou olhando.
SALLY: Não gosta?
SOMIR: EU NÃO GOSTO DISSO!
SALLY: Devia ter casado com um homem então.
SOMIR: Engraçadinha! Estava toda triste há meio minuto atrás e agora está se exibindo para esse cara?
SALLY: Que não dá assistência…
ESTRANHO: Opa! O meu andar!
SOMIR: O décimo? Mas estava descendo…

*Sally e Somir ficam sozinhos novamente no elevador*

SALLY:
SOMIR: Eu vi você fazendo uma careta.
SALLY:

No carro:

SALLY:*emburrada*
SOMIR: Chega disso, vai. Não vamos chegar lá brigados.
SALLY: Devia ter pensado nisso antes.
SOMIR: Natal é época de perdoar.
SALLY:
SOMIR: Afinal, estamos comemorando o nascimento de alguém muito importante.
SALLY:
SOMIR: O Papai-Noel.
SALLY: *risada contida*
SOMIR: Sem contar que se a gente estiver de bem, minha irmã fica mais irritada.
SALLY: *risada*
SOMIR: Eu te amo, Sally.
SALLY: Eu te amo, Somir.
SOMIR: Pegou o presente da minha mãe?
SALLY: Xiii…
SOMIR: Mas que merda, Sally!
SALLY: Culpa sua! Ninguém mandou ficar me maltratando na hora de sair!
SOMIR: Você mereceu!
SALLY: Sua mãe deve ter roubado um igual mesmo…
SOMIR: Cretina!
SALLY: Imbecil!

*a viagem segue silenciosa até seu destino*

SOMIR: Oooooi mãe!
SALLY: Oooooi sogrinha!

*beijinhos generalizados*

SOMIR: Cadê aquele seu namorado, mana?
SUELI: Terminamos.
SALLY: Ele terminou, né?
SOMIR: Ai Gezuiz!
SUELI: Para a sua informação, querida, foi uma decisão de ambas as partes.
SALLY: Ele entrou com o pé e você…
SOMIR: Vamos comer!

À mesa:

SALLY: Pernil? Adooooro pernil. *olhar sarcástico*
SOMIR: Ah é? Então pega esse pedacinho, com bastante gordura!
SALLY: Você adora uma gordura, né?
SOMIR: Casei com você.
SALLY: O QUÊ?

*clima chato na mesa*

SUELI: Eu vou adorar isso.
SALLY: Tá me chamando de goooorda?
SOMIR: Gente, desculpa. Sally, vamos para a sala…
SALLY: Ah não! Se é para falar de banha, a gente fala agora, barrigudo!
SOMIR: Eu sou homem, em homem é sinal de prosperidade!
SALLY: Meu personal-trainer deve morar embaixo da ponte então!
SOMIR: E você está doida para dar um lugar quentinho para ele, né?
SALLY: Seu nojento! Ele é profissional!
SOMIR: Mas você não é. Nem pra trabalhar serve!
SALLY: Você que me pediu para não trabalhar, seu machista!
SUELI: Pão e circo. *passando manteiga num pãozinho*
SOMIR: Cala a boca, Sueli!
SALLY: É! Nova regra: Só abre a boca quem vai dormir acompanhada hoje!
SUELI:
SOMIR: Ai…
SALLY: Você tinha que estragar o Natal, né Somir?
SOMIR: É para você se sentir em casa, amorzinho. Quer que eu encha a cara também?
SALLY:
MAMÃE SOMIR: Tem tender também.
SALLY: Sua especialidade é fazer porco, não?
SOMIR: SALLY!
SALLY:
MAMÃE SOMIR: Você preferia peru?
SOMIR: Não, mãe, ela está satisfeita.
SALLY: Faz tempo que eu não vejo um peru decente, viu?
SUELI: *gargalhada*
MAMÃE SOMIR: Se eu soubesse, faria.
SOMIR: Sally, você está bêbada?
SALLY: Eu tomei um gole de champanhe.
SOMIR: Então você está bêbada mesmo…
SALLY: Culpa sua! Você me deixa assim!
SOMIR: Come alguma coisa para passar esse porre!
SUELI: Tem milho na farofa.
SALLY: EU VOU DAR NA SUA CARA, SUA MAL-COMIDA!
MAMÃE SOMIR: Vamos abrir os presentes? É quase meia-noite.
SALLY: Eu quero um marido novo.
SOMIR: Com essa roupa no máximo você consegue um cafetão.
SALLY: Está calor, Somir!
SOMIR: Faz calor, Sally.
SALLY: VAI TOMAR BEM NO MEIO DO SEU…

*Fogos de artifício começam a estourar*

MAMÃE SOMIR: Feliz Natal!
PAPAI SOMIR: Rrronc… Hã? Feliz Natal!
SALLY: Eu acho que vou vomitar.
SOMIR: Sally, você tomou UM copo de champanhe.
SALLY: Eu te odeio.
SOMIR: Feliz Natal!
SALLY: Feliz Natal… me segura…
SOMIR: Tadinha, ela está com sono, acho que a gente já vai indo.
SALLY: Você me ama, Somir? *hic*
SOMIR: Mais do que você merece.
SALLY: Eu estou com uma vontade doida de dar a…

*Somir tapa a boca de Sally*

SOMIR: Bom, minha gente, vamos indo nessa.
SUELI: Vocês são a vergonha da família.
SOMIR: Mãe, acho que ano que vem você vai ter um netinho no Natal.
MAMÃE SOMIR: Vocês me enchem de orgulho.
SUELI:
SOMIR: Touché.
SALLY: Somir, eu adoro quando você é mau.
SOMIR: Feliz Natal.
SALLY: Feliz Nat… *vomitando*

Esses são os votos do desfavor.com para o seu Natal. Amanhã tem mais!