Caça às bruxas não tem nada de científico. Pior, atos como esse só radicalizam mais as pessoas. Desfavor da semana.
Caça às bruxas não tem nada de científico. Pior, atos como esse só radicalizam mais as pessoas. Desfavor da semana.
Ninguém aqui acha bonito o que ele falou, mas tem algo de desproporcional sim nas reações. Desfavor da semana.
Pouco mais de uma semana atrás, uma série de cartazes com os escritos “It’s ok to be white” começaram a surgir nos Estados Unidos. Principalmente nos arredores e dentro de grandes universidades. A frase, que pode ser traduzida (bem) livremente como “Não tem problema ser branco”, não deveria gerar nenhuma polêmica, não? Oras, é claro que gerou polêmica, é 2017!
Tahuane Cordeiro usava um turbante na cabeça e estava em um transporte público quando foi abordada por uma ativistona negra, que se aproximou e deu-lhe um esporro em tom de reprovação. A ativistona disse que ela não deveria usar turbante, pois ela era branca e turbante é uma expressão da cultura negra, configurando apropriação cultural. Tahuane tirou o turbante e revelou uma cabeça careca. Explicou que estava com câncer, mais precisamente, leucemia mielóide aguda, razão pela qual usava um turbante para proteger sua cabeça e também por fazê-la se sentir melhor consigo mesma. O que um ser humano normal faria? Isso mesmo, enfiaria a cabeça no próprio cu de tanta vergonha, se desculparia e sairia de fininho. Mas, não dá para contar que ativista tenha bom senso.
É bem provável que, se você perguntar por aí, os lacradores de rede social te digam que não existe racismo de negro contra branco, pois o negro tem um histórico de muito tempo de opressão e blá, blá, blá. São ignorantes. Desafio qualquer cabeça pensante (o que excluí os lacradores de internet, obviamente) a ler este texto até o final e continuar afirmando que não existe racismo contra brancos. Mais: pago uma quantia em dinheiro do meu bolso se alguém me apresentar uma argumentação racional válida contestando a existência de racismo contra brancos. Muita arrogância que um grupo se aproprie do termo “racismo”. Não, não. Há limites, e eu desenho a linha hoje, aqui: Flertando com o Desastre: Racismo contra brancos.