Ele disse, ela disse: Dois pesos e uma medida.
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O mundo está ficando mais gordo. Consequentemente, os casais também (sejam lá os gêneros envolvidos). Com tanta fartura disponível no mercado, é cada vez mais relevante o que Sally e Somir discutem aqui. Os impopulares colocam seus pesos para desequilibrar a balança.
Tema de hoje: Quem está gordo tem a moral de reclamar que o parceiro engordou?
SOMIR
Sim. E eu vou dividir minha argumentação em duas partes: na primeira eu digo como a discussão nasceu morta porque da lógica não se ganha, e na segunda eu entretenho o “argumento uterino” que aposto que a maioria de vocês valorizam no final das contas. Spoiler: não fica tão mais fácil assim discordar.
Primeiro, o que realmente importa: Podemos reescrever a pergunta de novo, segunda semana seguida! Dessa vez a pergunta é: “Uma falácia invalida um argumento?”. E para essa pergunta minha resposta também é sim! O argumento independe de quem o utiliza. Mesmo que o Hitler te diga que matar é errado, o argumento ainda vale. Essa coisa de “moral para falar” é uma fabricação de gente que coloca o ego acima da razão.
Ninguém precisa de “moral” para ter um ponto de vista aceitável. Tanto que só usamos essa escapatória ilógica quando nos é vantajoso. Se um gordo olha para você e te diz que você está bem fisicamente, você não vai franzir a testa e perguntar que moral ele tem em tom desafiador, vai? Se o gordo não tem moral para falar mal, não teria para falar bem. Se a falácia te protege de uma crítica, ela é nobre, certo? Que conveniente.
De qualquer forma, estou apenas colocando essa ideia para ver se mais gente percebe a BOBAGEM que é essa coisa de ter moral para falar. Não se sustenta do ponto de vista lógico. Podem usar na vida cotidiana (até porque escapa, principalmente no meio de uma discussão mais acalorada), mas pelo menos tenham vergonha depois. É feio. Você provavelmente pode mais do que isso, ok? Falácia faz mal para o seu cérebro.
Mas é claro que eu não sou tão desconectado da realidade para não perceber que no fundo essa discussão é sobre ser aceitável que um gordo reclame da gordura da parceira. Ou vice-versa. Mas cá entre nós, é mais comum mesmo que o homem faça isso. E imagino que boa parte de nossas leitoras já estejam com a mentalidade de turba enfurecida, acendendo tochas e afiando os tridentes só de imaginar a cena proposta. Menos emoção e mais razão, por favor.
Atração física é um componente essencial numa relação que envolve sexo. E nem estou falando só do corpo da pessoa, sabemos muito bem que outros fatores fazem as vezes de Photoshop dos olhos, deixando a pessoa querida muito mais atraente do que seria se fosse uma mera estranha. Essa atração “extra-corpo” é um fator importante nas relações, mas não nos esqueçamos que eventualmente ela desemboca na aparência da parceira. Evidente que ela não precisa parecer com uma modelo anoréxica ou como uma boneca inflável falante à lá atriz pornô, mas é como se a mulher que você gosta assumisse um pouco das características de sua beleza idealizada na hora que a atração bate mais forte. Não precisa ser derivado exclusivamente da aparência física, mas na hora do “vamos ver”, assume essa forma.
Digo isso mais para deixar possíveis detratoras sem a escapatória fácil de simplesmente me chamar de fútil e superficial. Vão ter que se esforçar mais do que isso… ninguém disse que seria fácil defender irracionalidade. Boa sorte, contanto. Pois bem… É aceitável que alguém tente manter sua atração pela parceira? É mesmo tão horrível enxergar um problema na relação e tomar uma atitude?
Não dá para ficar mandando mensagens contraditórias e esperar coerência dos outros. Ou é uma medida de interesse verbalizar os problemas para encontrar soluções, ou é uma sacanagem com a mulher apontar o problema. Não dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo. Se o cidadão acha que a parceira está muito gorda para o que ele considera atraente, seria mais digno ir embora e achar outra mais magra? Ou vocês acham que o nobre mesmo é fazer vistas grossas até perceber que o casal só faz sexo duas vezes por ano?
Grite, esperneie, chore… mas a medida do que é atraente para outras pessoa NÃO TE PERTENCE. Esse valor é alheio à sua vontade. O problema do homem achar a mulher gorda existe, e não dá para “querer” que ele desapareça. Força para as mulheres que tocam o foda-se para o que o homem quer, mas que pelo menos assumam as consequências de suas escolhas feito adultas. Sagrado direito da pessoa de não querer se conformar às expectativas do parceiro, claro! Agora… toda moeda tem dois lados: sagrado direito do parceiro de não querer continuar com você.
Quem disse que um homem dizendo que sua mulher está gorda está necessariamente sendo egoísta? Egoísmo é deixar a pessoa se foder sozinha e pular fora. Enquanto ele está reclamando e se dispondo a acompanhar o processo, ele está jogando pelo time. Se ninguém abrir o bico, a relação colapsa sob o próprio peso (ha!). Quer ser o sapo na panela? Tudo bem, só não vem encher o saco de quem está tentando resolver.
“Mas ele também está gordo!” – Disse a pessoa imune à lógica.
E para ela, eu respondo: Existem dois caminhos possíveis aqui, ou você enxerga o sobrepeso dele como um impedimento para a atração física ou ainda sente vontade de fazer sexo com ele normalmente. Se for o primeiro caso, essa bola está no campo dele. Você continua estando mais gorda do que ele acha atraente. Ponto. Ele não vai te achar mais magra se tiver se olhando no espelho… Evidente! Você pode até ficar brava por achar que ele não está dando exemplo algum, mas… novamente… você emagreceu por esse motivo? Não, né? Precisamos aprender a separar os problemas. Ninguém disse que no exemplo de hoje ele vai se negar a emagrecer também. É até comum que o casal entre nessa unido. E se ele se negar, oras, aí ele que está se arriscando a te perder. Direito dele.
E se na verdade não te incomoda que ele esteja gordo, não existe um problema real. É picuinha de quem não gosta de sofrer críticas. Quer ver o outro sofrendo só porque vai sofrer? Ao cidadão não basta aguentar uma mulher gorda como uma sádica também? Depois não sabem porque tantas relações dão errado. Reclame de problemas que existem pelo menos, oras.
E só para cagar na saída: homem tende a relevar MUITO falta de ambição ou independência numa mulher. Mulher quase nunca releva. Percebam que eu não estou falando de dinheiro especificamente. Mulher “passada” e preguiçosa ainda consegue “casar para cima” na sociedade, homem não. Se somos mais chatos com aparência, faz parte. Cada um que reclame do que acha importante, e que não nos escondamos dos problemas com essa historinha furada de “ter moral”.
Quebrar o espelho não muda sua aparência.
Para bater o útero no teclado até sair alguma frase coerente, para dizer que eu devo pesar um quilo para cada palavra que escrevi, ou mesmo para perguntar onde fica o amor (de preferência num quarto com a luz acesa…): somir@desfavor.com
SALLY
Oi? É o quê???
Por questões práticas (pois é quando isso majoritariamente acontece), vou trabalhar com a hipótese onde um homem critica uma mulher durante todo o texto, mas saibam que vale para qualquer relação amorosa entre dois seres humanos, quaisquer que sejam seus gêneros: quem está gordo simplesmente NÃO TEM MORAL para reclamar que o outro engordou.
É uma questão de coerência, de vergonha na cara, de semancol: quem está acima do peso não pode reclamar de quem está engordando. É como estar com um namorado que te chifra toda semana e quando um dia você resolve traí-lo, ele faz um escândalo. Por favor, onde foi parar o bom senso? Como é que um gordinho vai se sentir no direito de reclamar que outra pessoa está engordando? Quem está gordo não tem o direito de reclamar que a parceira engordou e um belíssimo palavrão para quem pensa que deve ser aceito de cabeça baixa que mulher tem mais obrigação estética do que homem. O fato da sociedade ser escrota e tratar a mulher assim não avaliza seu parceiro a reproduzir a babaquice.
Eu já acho meio asquerosinho a pessoa dar tanta importância ao físico a ponto de se indispor com um parceiro(a) por causa de corpo. Mas tudo bem, vamos lá, nem todo mundo tem esse desapego. Que seja, vamos trabalhar com uma hipótese onde a questão estética seja realmente importante, seja realmente prioridade para aquela pessoa. Eu posso entender ISSO. Eu posso compreender ou ao menos aceitar que para algumas pessoas a estética seja prioridade. O que eu não posso entender é a hipocrisia, a contradição de dizer que estética é prioridade e não cuidar do próprio corpo!
A gordura localizada só incomoda quando está localizada nos outros? Como é que um gordinho não sente PROFUNDA VERGONHA de abrir a boca para fazer exigências estéticas sobre sua parceira, sobretudo referentes a gordura? Isso me parece um sinal claro de uma pessoa sem noção, inconveniente e egoísta.
Estar em forma não é uma dádiva, como muitas pessoas gostam de fazer parecer: “Você tem SORTE de ser magrinho”. Não. Depois do 40 dificilmente alguém é magro por sorte. Geralmente essa “dádiva” vem de disciplina que conjuga uma alimentação minimamente decente com exercícios de qualquer espécie. Isso não deixa de ser um esforço: ninguém acorda diariamente com vontade de comer um grelhado e de ir para academia. Partindo da premissa que é um esforço, me parece uma tremenda cara de pau pedir que uma pessoa o faça quando o próprio requerente não o faz. COM QUE MORAL?
Além da escrotidão de priorizar atributos físicos, quando na verdade uma pessoa é bem mais do que isso, se soma a injustiça, a cara de pau e a incoerência de quem faz uma coisa dessas. Dá vontade de perguntar: “Vem cá, você tem espelho em casa?”. Mas se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que todo filho da puta vive cheio de argumentos para justificar sua filhadaputez. Vai ter quem insista que a exigência estética é outra para a mulher. Ok, não sou inocente, eu sei que existe uma cobrança maior, mas daí a me valer de uma realidade escrota para fazer exigências injustas é um mundo de diferença! A questão social vai ditar regras de relacionamento? Acho que não, né? Eu espero que meu parceiro me olhe com um olhar único, especial, porque me conhece bem e sabe meu valor, e não com o olhar genérico da sociedade, que não me conhece e me trata com mais um na manada baseando-se no físico, que é o que podem ver.
Também vai ter quem venha com o hediondo “me conheceu assim”, para justificar porque se sente no direito de permanecer gordo enquanto cobra magreza. Adoro esse argumento, ele é ótimo para filtrar pessoas. Gente “me conheceu assim” é gente acomodada, predisposta a não refletir, não evoluir e não mudar. Gente que acha que relacionamento é se manter exatamente como sempre foi, sem implicar em qualquer sacrifício, em ceder. Ou seja, gente com a qual não quero me relacionar. Se sua namorada te conheceu assim, GORDO, e ainda assim ela teve a generosidade de não usar isso contra você, você poderia seguir o exemplo dela e fazer o mesmo, não?
Mesmo que o sobrepeso da pessoa incomode, a atitude decente a tomar é criar vergonha na cara, EMAGRECER e depois se for o caso ponderar com muito tato sobre a gordura alheia. E aqui não falo apenas de sobrepeso, QUALQUER reclamação que se faça a seu parceiro deve ser precedida de uma boa reflexão para constar se você também não faz o objeto da reclamação. Se o faz, não tem o direito de reclamar. Mude de atitude primeiro e depois cobre que a outra pessoa mude também. Ou, em vez de cobrar uma mudança unilateral e reclamar, convide a pessoa a mudar de atitude junto com você.
Se estar acima do peso é uma coisa assim tão reprovável para merecer uma reclamação, todos aqueles que estiverem acima do peso devem rever suas escolhas de vida. Mas coerência é o maior limitador de atos e argumento que existe, ninguém quer fazer um pacto com ela. “Se ela não se importa com meu sobrepeso, bom para ela, mas eu me incomodo que ela engorde”. Vontade de dar uma tijolada na boca, não? Infelizmente não pode.
Acho que o tema de hoje fala mais sobre a necessidade de reciprocidade do que o sobrepeso em si. Essa pergunta poderia ser feita de diversas outras formas: “Se ele sai sozinho com os amigos, tem o direito de cobrar que você não saia?”, “Se ele não toma banho, tem o direito de reclamar porque você não toma?” ou “Se ele bebe industrialmente, tem o direito de reclamar porque você tomou um porre?”. Não importa como se coloque a questão, pessoas com bom senso sabem que é simplesmente INJUSTO cobrar das outras algo que não dão em retorno.
Não que se deva exigir que a pessoa se porte sempre exatamente igual a você, pessoas são diferentes, mas em matéria de cobrança, se for algo onde caiba a reciprocidade, só é digno cobrar aquilo que se está disposto a dar, sob pena de ser um tremendo de um escroto egoísta injusto.
Na minha opinião, quem critica ou reclama de algo e faz o mesmo, é hipócrita e perde o direito de reclamar. Se insiste, pousa de ridículo e sua exigência é automaticamente anulada.
Concordo plenamente. Mas tem um machismo instituído que mulher tem que ser linda, magra e jovem SEMPRE
Olha, concordo com a Sally nessa. Até estava concordando com o Somir levado pela questão de certas predileções pessoais eu realmente poder ser sincero e falar na cara o que gosto ou não. Só que por outro lado, quando temos um relacionamento – ao menos penso eu – não podemos deixar de lado o fator primordial da reciprocidade, e isso envolve questões outras para além de predileções de nosso ego. Soa como hipocrisia exigir dos outros o que tu não tem, ou antes, o que tu não pode dar, oferecer de volta em reciprocidade.
Se um corpo bonito fosse fruto de apertar um botão, eu até concordaria com o Somir. Mas é fruto de ESFORÇO. Eu fui criada aprendendo que não se exige esforço de alguém se não se vai dar esforço em troca, sei lá, meio que por uma questão de ética e caráter. Mas isso anda em baixa hoje em dia…
Realmente… é deprimente ver essa perda de valores humanos hoje!
Analisando seu argumento e associando a este comentário, a conclusão é bastante injusta: A mulher, especificamente, deve ser ESFORÇAR em manter seu corpo magro, ao passo que se ESFORÇA para suportar, calada, a barriguinha do marido? você tem razão, Sally. E esta desigualdade já está obsoleta.
Corpo magro, salvo raríssimas exceções é esforço. Corpo gordo, salvo raríssimas exceções, não é considerado exatamente atraente. Então sim, o esforço é dobrado.
Eu ia concordando com a Sally, mas conforme fui colocando os argumentos, entendi que tenho duas respostas dependendo do sexo do gordo reclamão. O problema é a palavra MORAL.
Moral é relativo aos costumes. O costume no Brasil, hoje, em relação à mulher, é a de ser cobrada pela aparência e achar que é “normal”. Ou seja, o homem tem uma porra de uma pança do tamanho de um barril enquanto vemos sua mulher se matar em dietas / academia, para “não perder o homem”. O mesmo não se vê em relação ao sexo oposto.
Então entendo que, hoje, no Brasil, o homem tem moral para reclamar da parceira, mas uma mulher não tem moral para reclamar de um filho do Tillikum.
Por ter parado para pensar nisso agora, gostar de mandar um obrigada especial às mulheres que dão o cu para manter um relacionamento com um cruzamento de Tilikum com Fred Kruger (foda-se se é assim que escreve) para não ser chamada de encalhada. Obrigada mesmo por criar hordas de meninas que falam em botox com 13 anos e meninos que se entopem de pizza e Mc Donald´s até casarem. Indico uma poção que mantém homem até o final da sua vida: cianureto + estricnina. Sem mais.
Uma coisa que levo comigo é o fato de desacreditar um tanto no conceito amplamente difundido “tem que dar o exemplo”. Esse conceito desemboca no “você tem/não tem moral pra falar isso”.
O pensamento se dá da seguinte forma: Você dá o exemplo? Então pode falar sobre isso. Você não dá o exemplo? Então não pode falar sobre isso.
Pessoalmente, como disse, desacredito nisso. As pessoas são diferentes e possuem dificuldades e facilidades diferentes. Não dá para exigir o mesmo delas, e esperar que todas correspondam as exigências da mesma forma. Por isso, eu concordo com o Somir no pensamento geral, mas não na conclusão.
Na conclusão eu não acho certo um homem ou uma mulher infernizar o parceiro porque o mesmo está engordando. Sei que é uma questão muito delicada, mas entre reclamar e conversar existe um abismo, então se está insatisfeito, sente e converse. Expresse através de palavras limpas e coerentes, e não de bufadas momentâneas.
O parceiro está, no meu entender, no seu direito de não gostar e expressar que a situação está insustentável ou qualquer coisa assim, mesmo que ele próprio se encontre na mesma situação que critica. Isso porque são os sentimentos dele, independente do outro, independente de qualquer coisa. Não adianta nada ele não falar nada para o parceiro porque “não tem moral” se, no fundo, independente de ter moral, é o que ele sente. Ainda mais porque talvez seu parceiro sendo uma pessoa diferente possa lidar de forma muito mais fácil com a necessidade de perder peso. Agora, existe o toma lá, da cá. Não é porque ele se incomoda e tem o direito de dizer, que a outra pessoa tem que ouvir de cabeça baixa e aceitar normalmente. Ela também tem o direito de se aborrecer, mas primeiramente tem que entender que é o que a pessoa sente e… C’est la vie. Ou perde peso, ou perde a pessoa, ou vive eternamente em um relacionamento morno pra frio.
FALAR sobre algo, todo mundo pode. Longe de mim estabelecer censura.
Mas observe que o tema não é FALAR, é RECLAMAR. Existe uma diferença monumental entre falar e reclamar…
Não consigo conceber a ideia de um GORDO me chamando de gorda e me criticando por isso. Um gordo pode até dar um toque do tipo: “Você não era assim, está engordando! Se cuida para não ficar como eu” Ai sim seria aceitável. Isso é coisa de quem é amigo e quer te ver bem. Não vem me criticar e falar para eu emagrecer se estiver gordito não. Ia acabar ouvindo o que não quer!
Vocês tem que se policiar para sempre reler a frase chave, da proposta do texto, antes de responder. Pois vira e mexe ALGUÉM distorce as coisas e muitas pessoas compram.
RECLAMAR. RECLAMAR tem um significado muito específico.
Outro aspecto que fico pensando é na participação de quem critica na situação atual do criticado. Partindo da situação dos casais compartilhando hábitos juntos, se o gordinho adora comer muito, seja junk food, porcaria, não abrir mão de um churrasco em família, a macarronada do domingo, um rodízio de sushi, etc, etc, a mulher, acompanhando-o nesses programas, sobretudo quando cozinha para atender a esses gostos dele, invariavelmente acaba engordando também. Daí não dá para alegar surpresa ou ficar indignado com o sobrepeso do outro.
Mas pode ter certeza que sim! Isso interfere! Tem marido que leva chocolate, pão e batatinha frita para dentro de casa e depois fica dando indireta que a mulher está engordando, eu vejo isso com um casal de amigos meus e fico puta da vida. O cara sabota ela, porque ela é muito mais bonita do que ele: tenta fazer ela cair em tentação, ficar gordinha, não só para que ela fique menos atraente, mas também para poder ficar diminuindo a autoestima dela, apontando como ela está acima do peso. É um recurso muito comum, ainda que inconscientemente.
O meu pai fazia isso com a minha mãe.
Vcs discordam em tudo msm ou só querem mostrar os dois lados da moeda ? Sinceramente acho uma atitude pra lá de escrota reclamar do parceiro gordo se vc tbm é não tem essa de eu sou gordo mas ela é acomodada , ai o somir já tá misturando as estações pelo direito de ser escroto isso dai não passa de uma justificativa furada melhor dizer ” foda-se sou machista msm ” mais sincero pelo menos
A gente não discorda de tudo, a gente seleciona temas que a gente discorde para fazer essa coluna. Sobre o que a gente concorda a gente não escreve.
Olha, eu concordo com o Somir. Não é por que a pessoa está gorda que ela vira cega e não pode mais enxergar gordura no corpo alheio. Eu só tenho dois adendos, 1. a pessoa que está reclamando deve estar com o mesmo peso de quando começou a relação, 2. ela tem que arrumar um modo que não ofenda ou diminua ainda mais a auto estima da outra pessoa.
Sally, se eu namoro uma pessoa e ela engorda horrivelmente, mesmo se eu estiver acima do peso, vou querer conversar com ela porque a atração vai diminuir consideravelmente. Eu não sou fútil, mas vamos concordar que alguém com 20 kgs a mais no peso não é um exemplo de beleza. Sempre considerei muito além da beleza, como a dedicação com o parceiro, ambição profissional, senso de humor e inteligência antes de escolher alguém para ter um relacionamento sério. Mas, uma hora a beleza vai entrar na balança né
Sobre ter que ficar magro para ccriticar um gordo, é a mesma coisa que não poder falar da beleza de outra pessoa porque não sou uma Gisele Budchen da vida.
Eu, estando GORDA, jamais teria coragem de criticar um parceiro porque ele está GORDO. Independente da questão de se desagradar ou não de alguém acima do peso. Se você não acha atraente uma pessoa gorda, seria bastante cara de pau ESTAR gorda, ou não?
Eu considero dar um toque quando a pessoa está muito acima do peso. Engordar um pouco uma hora ou outra da vida é normal, acho que todo mundo vai passar por isso na vida. Só que se do nada a pessoa começa a engordar pra cacete pode ser sinal de depressão, problemas no trabalho, ansiedade. etc Serve como ajuda também.
Então vamos diferenciar: alertar a pessoa para a possibilidade de uma doença é bem diferente de RECLAMAR, que é a proposta do texto. Reclamar é se queixar de algo que te incomoda.
Até que ponto esse lance de genética é determinante? Tenho gordos e magros na família, mas só de pensar em chocolate eu já engordo, nem preciso comer. Minha namorada é magra e come mais que eu. Não sei se ela tem glicose ou colesterol alto. De qualquer forma ela nunca me pentelhou pra emagrecer. Só resolvi mudar os hábitos de comer porque meus exames foram de lascar com colesterol, trigilicerídeos e açúcar altos. Alguém poderia me dizer por que eu não emagraço mesmo depois que deixei de comer igual a um animal?
Genética determina uma TENDÊNCIA, mas a palavra final sobre seu corpo é sua. O corpo não fabrica gordura, você só obtem gordura se colocar para dentro. Para ser magro é preciso uma alimentação adequada (comendo muito pouco açúcar, gordura, frituras e sódio) e atividade física regular (no MÍNIMO 3x na semana).
Você deve estar comendo errado, não na quantidade mas na qualidade e não deve estar se exercitando com frequência.
acho que essa parada de “não comer não sei o que, blábláblá” meio furada. Acho que o negócio é comer pouco mesmo…
Pode comer o quanto de folhas você quiser que não engorda. Não é furada, é ciência. Tem gente que mesmo comendo pouco chocolate, pouca batata frita, engorda. Tem que comer certo e se exercitar. É matemática: gastar mais calorias do que consome.
Não concordo, essa matemática é uma falácia. Sigo um estilo de alimentação chamado paleo / lchf (low carb high fat). Teoricamente consumo muito mais calorias de quando fiz dietas de “pontos”, mesmo assim perdi muito peso e estou com uma saúde e disposição de leão. Sumiu a compulsão por doces, pois desde pequena eu tinha ataques por doces e massas, chegava comer escondida de tanta vergonha que tinha. Nunca mais passei fome e mesmo assim perdi muito peso. O problema está na oscilação de insulina na dieta baseada em carboidratos e que “demonizou” a gordura.
Michelle, essa dieta é muito boa para perder peso inicialmente, mas a longo prazo não se sustenta, a menos não com saúde para quem a faz. Essa e qualquer outra, tipo Atkins, dieta da proteína e etc. São ótimos S.O.S para perder peso rápido, mas como estilo de vida, para ficar o resto da vida comendo assim, eu não recomendo.
Continuo discordando de você. Ainda assim, se tiver tempo, leia as pesquisas e estudos que o Dr. Souto encontrou. É muito material, leva tempo. A longo prazo, a proposta não é zero carboidrato, mas manter a baixa ingestão. Eliminar refinados e óleos de grãos e cereais. A proporção de carboidrato recomendada pela famosa pirâmide alimentar está equivocada. A abominação da gordura na alimentação? Equivocada. Tenho arrepio dessa povo comendo “iogurte grego” zero gordura… Hahaha, de “grego” mesmo. Sou atéia cética, então li com o pé atrás, mas me convenceu pela prática (2 anos já). Acredite, não é baboseira pseudo científica, igual homeopatia.
A gordura “boa” é necessária para o bom funcionamento do corpo e para a absorção de nutrientes. Mas a gordura ruim poderia sim ser abolida sem qualquer prejuízo. De qualquer forma, não é minha área profissional, nem adiantaria estudar sobre o assunto, não sou médica para ter o senso crítico suficiente para avalizar uma dieta.
A gordura ruim é a advinda de óleos refinados de grãos (soja, milho) e as hidrogenadas advindas desses óleos. Agora as demoníacas gorduras animais são necessárias e boas e devem ser consumidas tanto quanto as já conhecidas gorduras boas. Enfim, esse bate volta não tem fim. A informação tá lá, e me deu a saúde e equilíbrio que nunca tive na minha alimentação. Meu CARDIOLOGISTA tá totalmente puto pq meu colesterol baixou com essa alimentação, parece que ele queria é tar certo e me entupir de remédio pra colesterol.
Mas é justamente isso que estou tentando te dizer: para escrever, basta ter dedo. A informação está lá, mas quem me garante que essa dieta é realmente boa? Você? Você é o que? É médica? Funcionou com você? Ok, Atkins fez sua própria dieta, se achava saudável, até que teve um piripaque e morreu. Não adianta ler “maravilhas” sobre uma dieta se eu não sou médica e não vou saber refutar.
Colesterol ok é ótimo, mas tem trocentos outras coisas que podem dar errado. Já vi gente com colesterol ótimo empacotar porque sobrecarregou o pâncreas ou porque envenenou o fígado. Desculpa mas eu não confio em nenhuma dessas dietas, até porque o que ouço dos meus médicos, inclusive meu médico nutrólogo, é que a longo prazo fazem mal para um lado ou para o outro do copro. E não adianta eu ler o que UMA pessoa acha, isso não quer dizer absolutamente nada. Me mostre estudos de décadas e mais décadas, me mostre centenas de pessoas sujeitas a essa dieta por décadas e aí sim eu posso acreditar. Porque será que no Japão temos, há séculos, um dos menores índices de câncer? ISSO é um dado concreto, com ISSO eu posso trabalhar.
” Porque será que no Japão temos, há séculos, um dos menores índices de câncer?”
E por que os japoneses daqui são, por outro lado, um dos que mais padecem de câncer de cólon?
Não discute, por caridade.
O tema do texto NÃO É ESSE, é uma pessoa que não sabe aceitar que outras discordem dela e a proposta de discussão do texto está sendo desvirtuada para que alguém sem semancol tente impor uma dietinha de merda que já foi mais do que condenada por gente que realmente estudou medicina e entende o funcionamento do corpo humano. Pessoa que acha que porque o colesterol está baixo tá tudo lindo.
Sério mesmo, já bani 3 esta semana e o dedo continua coçando
O maior índice de câncer de estômago no mundo é dos japoneses.
Tá vendo como fica difícil discutir com quem quer ter razão e não com quem quer ouvir argumentos?
Primeiro que sua informação está errada, Japão NÃO É O CAMPEÃO de câncer no estômago. Da próxima vez procura em estudos médicos não na internet, que informação de internet vale merda. Mas ainda que existam casos de câncer no estômago no Japão, se devem aos condimentos fortes que eles usam, tipo raiz forte. Assim como outros países com condimentos apimentados que também tem índices altos. Em índices gerais de câncer, eles estão no fim da lista.
Deixa eu te fazer uma pergunta: porque tanta chatice em tentar me convencer? Eu não concordo com você, você pode simplesmente aceitar e parar de ser inconveniente? Nem médica você é, sabe… Leu um texto, engoliu, fez, deu certo para você mas você não sabe quais serão as consequências a longo prazo. Sério mesmo, eu sou uma pessoa bem ocupada e ficar tendo que gastar quatro ou cinco comentários para ter o direito de discordar de alguém com a pessoa insistindo é algo que eu não quero para minha vida.
Tenha semancol, por caridade, porque ficar insistindo em convencer os outros, além de chato, denota falta de amor próprio.
Não precisa banir não. Quem tem a necessidade de estar sempre certa é você, agora ficou muito claro. Eu disse “eu não concordo com você” é não “você está errada e eu certa”. Mas você pode fazer o que quiser aqui, é sua república, seu monumento ao “eu estou sempre certa”. Pode censurar inclusive, quem não concorda que vá comentar em outro lugar, e é o que vou fazer. Coerência mandou um alô.
Não, Michelle. Eu não tenho a necessidade de estar certa, tanto é que disse que por não ser médica eu não teria como julgar o texto. Isso não é postura de quem quer estar com a razão. Observe que neste e em muitos textos as pessoas discordam de mim o tempo todo sem o menor problema.
O que não pode é você encher uma postagem que nada tem a ver com dieta de comentários sobre a sua dieta. Percebe a inconveniência? E quando eu digo que eu acho essa dieta uma furada, voltar e ficar tentando convencer que a dieta é legal, porque reduziu o seu colesterol. Se você não percebe a inconveniência de falar sobre o seu colesterol em uma postagem que nada tem a ver com isso, eu só lamento por você.
Acho que o “não tem moral pra reclamar” é uma versão mais pessoal do clássico “Ah é? Então faz melhor”.
Acho que mérito não é pré-requisito pra reclamação, não é porque eu mal consigo fritar um ovo que não posso reclamar do cabelo na minha sopa.
Você pode dizer que uma comida está ruim mesmo sem saber cozinhar, pois isso envolve uma questão objetiva: aquela comida é ruim. Aquela comida é gordurosa. Aquela comida está salgada.
Mas em questões subjetivas, acho mais complicado: EU acho feio que peidem na minha presença e não quero que o façam mas eu vou peidar na frente de qualquer pessoa. Meio hipócrita, não?
Respostas óbvias:
Somir – Sou espírito de porco e reclamo mesmo. Tô nem aí.
Sally – Mas nem fudendo. Se olha no espelho primeiro antes de falar dos outros.
Ou em outras palavras:
Somir é egoísta e só pensa nele.
Sally pensa nos outros e não é hipócrita a ponto de exigir o que também não pode dar em troca.
Se alguem inteligente me diz que tambem o sou, me sentirei lisonjeado. Se alguem feio diz que sou bonito, o elogio perde um tanto (bastante) do seu brilho.
Quase da mesma forma, se alguem gordo vier reclamar da minha gordura, não vai ter moral pra reclamar. Na prática (veja bem, na pratica…) a mensagem depende sim do mensageiro.
Ps1.: Não sou gordo; e calculo que poderei comer tudo o que quiser nas quantidades absurdas que aguentar até os 45 anos sem danos ao meu peso ou colesterol e outras coisinhas. Tambem não tenho nenhum parente de 1º, 2º ou 3º graus que seja gordo. Ah a genética.
Ps2.: Eu sei que o ps1 não tem qualquer relevância e não importa nem um pouco, mas se eu puder deixar alguem se sentir um pouco pior por isto, eu tentarei. :)
HAHAHAHAHAHAHAHA
O roto falando do esfarrapado não rola, né?
Se tá criticando é pq é ruim pros 2, então emagrece Tb, kct!
Tem gente que só acha ruim nos outros…