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Colunas

Declaração de Independência

Concidadãos!

O Povo, o Exército e a Armada Nacional, mesmo que ainda não saibam, em perfeita comunhão de sentimentos com nossos concidadãos espalhados pela rede, acabam de decretar a independência de nossa nação da opressão bestificante da blogosfera mundial.

Como resultado imediato desta revolução virtual, de caráter essencialmente arrogante, acaba de ser instituída a República Impopular do Desfavor, cuja principal missão é garantir liberdade de expressão e pensamento crítico para seus cidadãos.

Para compor este Governo, Sally e Tiago Somir assumem a posição de Líderes da República Impopular do Desfavor em caráter provisório, apenas pelo tempo necessário para que ambos sejam substituídos por seus herdeiros.

Concidadãos!

O Governo Provisório reforça sua postura populista e garante ao seu povo que o fato da Constituição já estar escrita antes da revolução e sua promulgação imediata garantindo poderes vitalícios não passa de mera coincidência.

O Governo também garante sua vocação totalitária, no uso das atribuições e faculdades extraordinárias de que se acha investido, para a defesa da integridade da Nação e da ordem pública, reagindo com firmeza às ameaças decorrentes da vitimização de minorias, maiorias e defensores do politicamente correto. A política de Mimimi Zero entra em vigor com a fundação desta República Impopular.

Concidadãos!

A República Impopular do Desfavor, representada pelos seus Líderes e cidadãos, rejeita qualquer ligação ou comparação com o falido meio de comunicação “blog”, utilizado em sua imensa maioria por babuínos semi-analfabetos mais preocupados em promover conteúdo copiado e pirateado do que com qualquer forma de expressão. Eles são blogs, nós somos uma Nação.

Garantimos também a ausência de qualquer parceria com terceiros que possa interferir na liberdade de expressão. Por ser constituída como uma Nação sem qualquer objetivo de lucro, os Líderes garantem que jamais assinarão qualquer documento visando ganhos financeiros em função da República Impopular do Desfavor. Afinal, poderiam ser utilizados como provas…

Concidadãos!

O Governo, como ato inicial de sua política externa, declara guerra contra todas as nações e instituições existentes. Os cidadãos são livres para escolher sua participação nessa ofensiva perpétua, bastando para se ausentar do alistamento apenas não ler esta frase. Acreditamos no valor das escolhas.

Nosso principal adversário nesta batalha é a República Federativa do Brasil, onde nossos esforços deverão ser concentrados. O baixo desenvolvimento intelectual médio de sua população, aliado a níveis incríveis de corrupção e hipocrisia, fazem daquela nação candidata ideal para ocupação a longo prazo. Desde já garantimos asilo político pleno para qualquer um dos poucos cidadãos pensantes ainda restantes por lá.

Concidadãos!

A República Impopular do Desfavor não é uma democracia, mas valoriza a liberdade de expressão de seus cidadãos, mesmo que suas opiniões sejam contrárias às defendidas pelos Líderes. Mas liberdade de expressão não é sinônimo de liberdade de críticas. O escárnio e a provocação em discussões entre cidadãos dos mais diversos níveis não é só permitido como incentivado. Nada é sagrado. Nada. NADA.

A Nação é Atéia, Cética e Humanista por definição. Que os cidadãos e turistas saibam muito bem onde estão pisando, porque não vai adiantar reclamar depois de ler o que não queria. É presumido também que todos os leitores são maiores de idade e capazes de lidar com o conteúdo apresentado.

Fica ainda à exclusiva liberalidade dos Líderes aprovar ou não comentários nas postagens da Nação, baseados em critérios pessoais. O comentário é privilégio, não direito. Reafirmamos aqui que contrariedade à opinião dos Líderes não é e jamais será motivo de censura. Embora façamos este compromisso, favor considerar que vamos dizer que é censura mesmo só para te irritar ainda mais. A nossa felicidade é diretamente proporcional ao seu grau de ofensa.

Concidadãos!

Somos uma Nação, e como tal, teremos regras em nossas fronteiras. Não temos o menor interesse em ficarmos famosos e vermos nossas terras invadidas por multidões de descamisados intelectuais, soterrando a relevância dos debates propostos com regurgitações literárias banais e/ou incoerentes. Cortamos aqui e agora qualquer relação com redes sociais, presentes ou futuras.

Não fazemos questão de público, não fazemos questão de elogios, não fazemos questão de nada que possa interferir em nossa liberdade para analisar e criticar o que bem entendermos. Nos reservamos também o direito de não nos levarmos a sério a qualquer momento.

23 de Novembro de 2011

  • Tiago Somir, Líder Vitalício Provisório da República Impopular do Desfavor
  • Sally Somir, Líder Vitalícia Provisória da República Impopular do Desfavor

Comentários (39)

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