Para relaxar…
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Pode parecer estranho no mundo de hoje, mas, precisamos relaxar de tempos em tempos. E pensando nisso, Sally e Somir trabalham em mais uma desavença. Os impopulares decidem para que lado querem ir.
Tema de hoje: qual o melhor lugar para relaxar, o campo ou a cidade?
SOMIR
O melhor lugar para relaxar é sempre o lugar com menos gente. Podem ser todas minhas síndromes de esgotamento da vida moderna falando por mim, mas eu ainda não vejo uma escapatória melhor para descansar do que sair da cidade. E se vocês acham que eu vou fazer um declaração de amor à natureza, pensem de novo. Não estamos comparando civilização com uma floresta tropical, estamos falando de casas de campo. Redutos humanos afastados.
Sally é esperta o suficiente para deixar dúbio de estamos falando de uma casa confortável ou de uma barraca no meio de um trilha deserta; espero que vocês sejam espertos o suficiente para entender que estamos comparando os ambientes: o superlotado assalto aos sentidos da nossa vida cotidiana com a bucólica paz das férias no campo. Ninguém está te dizendo pra virar agricultor, é descanso. Se vai imaginar um nível de conforto num desses ambientes, imagine o equivalente no outro.
O campo é um lugar afastado da cidade, cercado pela natureza, mas que ainda oferece uma estrutura básica para a vida humana. Com exceção das grandes capitais, praticamente todas as cidades tem seus redutos de campo. Lugares onde o concreto e o asfalto ainda não são presenças inescapáveis, onde a densidade populacional é muito menor e por consequência, menos irritante. Essa é a característica que define o descanso: a paz dos outros.
Pense bem, o que te irrita na vida da cidade? O que te faz querer tirar umas férias? Congestionamentos, filas, excesso de barulho, de som, pressão, responsabilidades… todas coisas causadas porque tem muita gente vivendo no mesmo espaço ao mesmo tempo. Cidades são extremamente úteis como conceito, mas a humanidade cagou o conceito concentrando demais as pessoas. Não precisa nem ser avesso ao contato humano como eu, é questão de um exagero que muitos estudiosos de planejamento urbano vem avisando há décadas: precisamos nos desaglomerar antes que seja tarde demais. As grandes cidades já estão pra lá de quebradas, as médias estão chegando lá…
Até animais irracionais sabem: se você está num ambiente que te incomoda, migre para um que não apresente as características que… incomodam! Simples. Um pássaro não migra de um inverno rigoroso para outro, ele vai para um lugar quente! Eu só proponho bom senso: está precisando descansar? Então isso provavelmente tem relação com a vida que você leva na cidade. O campo tem seus problemas, é claro, que lugar não tem? Mas pelo menos não são os problemas que já te fizeram precisar de um descanso.
Uma casa de campo permite um silêncio impossível na cidade. É chegar e escutar no máximo animais fazendo seus barulhos tradicionais. Vai comparar um pássaro cantando com seu vizinho funkeiro? Nossos corpos foram forjados na natureza, e a evolução natural é extremamente mais lenta que a nossa própria: o “natural” é muito mais reconfortante, porque é, querendo você ou não, o ambiente que seu cérebro foi programado para chamar de lar. Como explicar a sensação de pisar na grama? Seu cérebro nem sabe direito o que está acontecendo, mas te diz na hora que você fez alguma coisa certa.
Não é papo de hippie, natureza pode encher o saco sim, mas se você não está pelado e perdido no meio de uma mata fechada e sim numa confortável casa de campo, os problemas ficam bem mais aceitáveis. E lembrem que estamos comparando o mesmo nível de investimento nos dois casos, se suas férias na cidade seriam chiques, pode apostar que sua casa de campo é um espetáculo nessa comparação. E casas de campo boas, apesar de algumas escolhas de decoração duvidosas às vezes, tendem a ser montadas para o aconchego. Cores, formas e texturas, tudo montado para falar com uma parte do nosso inconsciente treinado para achar tudo aquilo reconfortante. Não é uma disputa de design mais arrojado, são fórmulas clássicas que apelam para nossa percepção de relaxamento.
E nem só de ambientes aconchegantes se beneficia a visão. O campo permite algo que eu chamo de “domínio do horizonte”. Na cidade, não importa para onde se olhe, você está vendo a casa dos outros. Lugares tomados, cheios de gente. No campo, você tem a oportunidade de ver o mundo desaparecendo, como se aquela cena toda fosse só sua. É uma sensação de liberdade primal. Por que quase todo mundo acha tão bonita a visão de natureza intocada, de paisagens que se estendem além da vista? Tem algo aí. Na cidade, a poluição luminosa é tão grande que nunca vemos o céu noturno como ele realmente é. E ele é espetacularmente melhor do que costumamos conhecer. Imagina não estar numa cadeira agora, mas deitado na grama olhando pra cima para um céu realmente escuro e lotado de estrelas, silêncio total. Não precisa nem achar poético, não é sobre essas frescuras, é sobre paz. Paz que não é possível no ambiente urbano (pelo menos sem remédios).
Falemos do ar. O ar! Seu pulmão sabe quando se desconectou dos escapamentos e chaminés da cidade, e te recompensa por isso. A gente respira melhor no campo, mesmo que alguns cheiros sejam estranhos pra quem passa muito tempo na selva de concreto. O corpo acostuma rapidinho, a especificação de fábrica já é essa mesmo. O que me leva a mais um ponto: é nosso habitat natural. Somos feitos para aguentar praticamente tudo o que um ambiente como uma casa de campo pode jogar no nosso caminho. Essa história que a natureza nesse nível de controle é algo assustador não faz sentido. A cidade é muito mais perigosa. Muito mais.
E se você tem horror de insetos e bichos menos comuns em cidades, leve um homem junto. No campo basta um pra lidar com 99% dos incômodos. Na cidade é mais indicado uma arma, porque seus problemas não vão ser seres minúsculos que na maioria absoluta das vezes nem conseguem fazer mal para um ser humano adulto. Lembrem: não é floresta amazônica, é uma casa de campo.
E eu já falei que tem menos gente? Porque era basicamente isso. Tem menos gente. É você e quem você escolher estar com você. Isso é descansar…
Para dizer que minha caipirice está aparecendo, para dizer que como sempre o ruim é ser pobre, ou mesmo para dizer que prefere drogas mesmo: somir@desfavor.com
SALLY
Provavelmete você leu uma série de clichês da madame aqui de cima. Normal, todo mundo vai mentir para você sobre o assunto. Romantizam muito a vida no campo. Nos filmes é lindo, mas, minha gente, vida no campo na prática…
Se eu quiser descansar, eu fico é na cidade, onde tem delivery, onde tem infraestrutura para me atender. Eu não preciso ir para um lugar onde o celular não pega para ter paz, pois felizmente inventaram um botãozinho lindo e mágico que, quando você aperta, o celular desliga! Olha que máximo! O processo de desligamento do estresse do dia a dia é interno, e não externo.
Se eu quiser respirar novos ares e relaxar, eu posso ir para um spa receber massagem e ser paparicada. Por que eu iria para o meio do mato, me misturar com a natureza e suas crias do capeta? Todo tipo de insetos, inclusive mosquitos do tamanho de andorinhas, animais nojentos, animais peçonhentos… pra que? Grama, terra, vegetação… vocês ainda não perceberam que a natureza odeia o ser humano e tenta o tempo todo exterminá-lo? Somos um parasita, tipo um piolho da mãe natureza. Tsunami, furacão, terremoto, maremoto, raios, enchentes…
O silêncio do campo, muitos dirão. A paz. Não tem trânsito, não tem o barulho da cidade grande. Essas babaquices que são repetidas sem pensar e acabam virando verdade. No campo, meus amigos, tem barulho. Tem barulho pra caralho. Dá cinco da manhã começam uns pássaros filhos da puta a cantar sabe-se lá para que. Ainda está DE NOITE, ainda não amanheceu e essas porrinhas já estão cantando! E não respondem ao comando de “SHHHHHH CARALHO!” como animais mais inteligente respondem, tipo cães e gatos.
E sempre, sempre, sempre tem um galo maldito que canta, e não canta uma vez, ele canta em intervalos regulares, desde a madrugada até o começo da manhã. Mas não é qualquer canto, o galo mau caráter parece ter um sensor para cantar: ele espera o tempo justo e necessário para você voltar a pegar no sono, e só aí cantar novamente. Uma espécie de tortura, acho que o galo acorda e diz para as galinhas “quer ver eu não deixar aquela filha da puta dormir?”. Certeza que o primeiro galo que assaram foi de raiva por terem sido acordados sistematicamente! Enquanto isso eu estou dormindo isolada acústica e termicamente por um ar condicionado e um blackout, acordando meio dia e indo para um spa.
A menos que você seja muito rico, no campo a infraestrutura é menor do que na cidade. Geralmente você tem que comprar todos os mantimentos que precisa e levar, não tem uma padoca na esquina para te salvar quando acaba o papel higiênico. Daí você, inconsequente que vai para o campo “relaxar”, já parte de uma porra de uma compra no mercado, sendo obrigado não apenas a antever tudo que vai precisar durante a estadia, como também a carregar os mantimentos do supermercado para o carro e do carro para a casa. Isso relaxa onde? Mercadoterapia? Enquanto você carrega suas bolsas feito um corno, eu estou no ofurô do spa.
Chega na casa de campo, que se não tiver caseiro, estará imunda e com cheiros bizarros por passar um tempo fechada. Sendo otimista e pensando que você tem serviçais, ela está arrumadinha, mas, ainda assim, você vai ter que desfazer suas malas, a menos que queira passar o resto dos dias com roupas tão amassadas que pareçam ter saído da boca do cachorro. Tira tudo, pendura tudo, para, alguns dias depois, dobrar tudo, recolocar na mala, levar para casa e ter que lavar tudo junto.
Se você não tiver serviçais, parabéns, você se fodeu, principalmente se for mulher. Nem digo faxina, mas “um jeitinho” você vai ter que dar na casa. E cozinhar. E lavar o que sujou cozinhando. Colocar e retirar a mesa. Fazer cada tarefa doméstica que faz todo dia na sua casa, só que pior, pois os eletrodomésticos serão menos modernos e em menor quantidade. Larga a Nespresso para coar café no coador de pano mesmo, desgraçada! Faz isso com você mesma! Enquanto isso eu estou tomando champanhe no spa (mentira, eu não bebo, mas a frase ficou impactante!).
Não vai demorar até descobrir que você não comprou algum mantimento importante, ou acontecer algum revertério que te faça precisar de um mantimento nem ao menos cogitado (spoiler: Imosec é vida!). Você vai pegar o carro e vai para a civilização mais próxima, que é, na verdade, um mercadinho do tamanho de uma caixa de fósforo que vende basicamente cigarros e biscoito. Boa sorte. Eu estarei fazendo algum tipo de massagem no spa enquanto você tem que se contentar em comprar um vinho para utilizar a rolha para controlar a situação, já que não tem Imosec à venda.
A natureza é escrota, ela cria animais como o Tuiuiu, o Lobo Guará, o Tamanduá Bandeira e outras deformidades sem propósito. Uma dessas aberrações sempre acaba entrando na casa, quando a casa está encravada no meio do seu habitat natural. Felizmente na cidade grande asfaltamos a porra toda e essas aberrações migraram mata adentro, pois ainda não conseguem comer concreto. Mas na casa de campo? Aparece escaravelho com ferrão do tamanho do meu braço! Aparece umas rãs cor de marca-texto que devem ser mais venenosas do que Yakult vencido. Às vezes aparecem umas coisas que você nem ao menos sabe o que é. Certa vez entrou uma coisa amorfa voadora que eu não sabia se era um pássaro ou um inseto. Aí vem o estresse em se livrar do preposto maldito da mãe natureza. Eu não sou obrigada!
A menos que seja um homem muito especial, que mate tudo que você pedir ao primeiro comando com a competência de um Navy Seal, vai ser aquela lenga-lenga que a gente conhece: bufa, levanta vagarosamente com cara de cu e vai se arrastando para ir matar. Isso quando não começa com o “ele tem mais medo de você do que você dele” ou “não faz nada, matar pra que?”. Se nem homem tiver, que beleza, você mesma vai ter que lidar com o enviado alado de satanás! Olha que relaxante, você com uma revista enrolada (porque o inseticida você esqueceu de comprar) tentando se livrar de uma criatura peçonhenta na base da violência! Eu estarei fazendo mão e pé no spa, a quem interessar possa.
Chega e noite e… Não tem o que fazer! Que legal! U-huuuu! Se estiver muito na fissura de sair, vai em uma quermesse da cidade mais próxima, se deprime e volta. Sexo? Não creio. Alergias mil do mofo e poeira, insetos e répteis sem caráter invadindo sua propriedade, convidados no quarto ao lado que tiram sua privacidade, falta de infraestrutura generalizada. Talvez bebendo, nunca saberei. Mas não beba demais se não vai ter que pegar o carro para comprar Imosec ou papel higiênico, o que conseguir primeiro. Eu estarei em um bom restaurante sendo servida, sem precisar cozinhar nem lavar a louça.
Casa de campo é um embuste, minha gente. É furada. Mulher gosta é de conforto, vamos parar de fingir esse espírito aventureiro! Passar dos 30 me libertou, hoje eu bato no peito e digo com orgulho que eu quero é conforto. Já acampei, já fui a casas de campo, já fiz a porra toda, paguei meu débito com a sociedade, experimentei por anos para estar avalizada a dizer: não gosto. Não quero. Não topo mais. As pessoas descansam melhor é na cidade, você não precisa de um mato escroto para se desligar das suas obrigações! Sem infraestrutura só hippie relaxa e descansa.
Para dizer que adora quando eu estou surtada, para se libertar dessa imposição hippie de ter que ir para o mato para descansar ou ainda para dizer que esperava a opinião contrária da Miss Computador aqui de cima: sally@desfavor.com
Depois d ter sugerido uma punição onde a Sally teria que gravar um audio fazendo apologia a lagartixa ( Cély, espero que perdoe por isso. Com fobia nao se brinca e voce nao merecia tamanho rigor), seria falta de consideração 9pinar a favor da cidade e depois sugerir que viesse pra Salvador. Por isso, e por refletir melhor sobre o tema, pefiro o campo. É mais tranquilo, o ar é mais puro, existem arvores ne? A gente respira bem melhor.
A tardia comentando…
Olha, eu JURAVA que preferia o campo. Sério, já era minha resposta com certeza! MAS tinha uma Sally no meio do caminho qie me fez refletir os meus últimos anos. Ando FUGINDO do mato igual gordo safado foge do vigilantes do peso. “Eu gosto é do porcelanato” e faz um tempo que ir pra sítio me cansa mais que descansa.
Para chegar ao destino os anfitriões esquecem de avisar que é quase imprescindível ter um carro 4×4, poque senão seu uninho 1.0 vai ser judiado. Se chover então… Noites mal dormidas por tomar várias picadas de pernilongos, medo do “bicho papão” que pode habitando o quarto, se não tiver cavalo não tem NADA que eu goste de fazer no mato. Piscina, quando tem, geralmente tá mal cuidada e com vários aliens morando nela.
Já tive a experiência de ir num SPA fora do Brasil, mas estava no meio da cidade e lá dentro parecia outro mundo. Nada de barulho de rua e afins. Era uma portinha minuscula em uma ruela e quando você entra parece um oásis IMENSO. Depois dessa xp no more sitiozinho!
Essa “verdade social” de que no campo se descansa fica entranhada na nossa mente e na correria do dia a dia sequer paramos para nos questionar. É verdade, deve ser verdade, afinal, todo mundo concorda… só que não. Mato é problema!
Todo ambiente urbano tem espaços calmos
Eu prefiro o campo. Correr atrás de uma bola, a torcida gritando, entrar firme nas canelas dos adversários, xingar o juiz! Ainda mais quando o pau fecha no final da partida! Depois a bebida e o tradicional churrasco. Relaxo horrores!
Eu prefiro o campo tambem. Nao me importo com bichos, nao sou biologo à toa. E nao consigo desligar direito se estiver na cidade.
Hmm… Questão difícil que tem que avaliar ar variáveis por outro viés da coisa. Eu até gosto de natureza e tal, de área verde, calma, silêncio. Mas pra isso não precisa ser e estar necessariamente no campo, no mato oras. Dá pra ter tudo isso na cidade dentro de um parque, por exemplo. Por outro lado, eu também gosto do agito da cidade grande, não necessariamente baladas, mas sim a movimentação cultural que não existe em outros lugares, em cidades do interior, por exemplo. Neste caso, também concordo com a Sally, não abriria mão da infra estrutura que existe na cidade, e todas as benesses que ela pode oferecer. Acredito que, dependendo do local, dá pra ter um equilíbrio entre agito e calmaria, entre caos urbano e mar de concreto e natureza, espaços abertos e bem arborizados. Só pesquisar bem.
Mas por qual motivo tem essa lenda de que para relaxar tem que se cercar da natureza???
Hmmm está aí uma boa pergunta pra se pensar a respeito. Acredito que em algum dado momento se criou essa ideia, essa lenda de que, em certo sentido, povos antigos que viviam em maior contato com a natureza eram mais felizes, daí portanto, o segredo da paz e felicidade seria se cercar novamente da natureza. Ou antes, há pelo menos a concepção de que, pra ter um pouco de paz, a pessoa tem que se isolar do mar de concreto e agito da cidade. Em certa medida acredito que isso seja verdadeiro, já que nem todas as pessoas conseguem – como tu consegue – se isolar da multidão estando diante dela.
O Somir alegou que fomos projetados para a vida no campo, longe da civilização. Mas parto do pressuposto que, quando constituímos sociedade, a natureza entendeu que renegamos nossa cidadania. Aí a coisa mudou de figura, e a natureza pode estar tentando achar uma maneira de eliminar esse filho ingrato, o ser humano…
Particularmente, já passei férias em um hotel fazenda, e foi bem interessante. Mas o contato com a natureza lá é desenvolvido pra não sair do controle e virar perrengue, então foi bem legal. Mas minhas férias ideais contém internet, filmes, videogame e a comodidade da cidade
Tira o Somir do computador e joga ele em uma fazenda para ver esse discurso ruir rapidinho…
Chorei de rir com o texto da Sally!
Mas eu prefiro natureza. Melhor seria um híbrido, onde tem comodidade e conforto da cidade com muita natureza, tipo Punta del Este
Se houvesse uma grande bolha magnética que me acompanhasse, assegurando que a natureza e suas crias do capeta não poderiam encostar em mim, eu até topava ir para o mato
Olha, descobri com os ricos que cidade é o melhor lugar para descansar, e não precisa ser uma cidade grande, basta ser de médio porte que já é suficiente. Não tem tantos problemas quanto as cidades grandes, e oferece a maioria (mesmo que com qualidade um pouco inferior) dos serviços necessários para que a paz e o sossego reinem.
O descanso nós conseguimos no nosso interior, não no exterior. Quem PRECISA se isolar para descansar está usando uma muleta, não sabe desligar internamente.
É aí que está, Sally, muita gente não consegue isso e sequer se dá conta que o descanso está em nosso interior e não no exterior. Se bem que, por outro lado também, eu contesto um pouco essa ideia: será mesmo que dá pra relaxar totalmente, se desligar, se isolar, estando inserido em um ambiente urbano, agitado e barulhento, que só te faz mal? A não ser, é claro, em algum ambiente bem específico como num spá, hotel ou parque ou algo do tipo.
Acredito sinceramente que um pouco de calmaria, de silêncio, de árvores e um lago por exemplo, longe da cidade, seja benéfico para por as coisas no lugar, recarregar as baterias e poder respirar um pouco melhor, se é que me entende.
Quem disse que todo ambiente urbano é agitado e barulhento?
A maioria que a gente conhece é, vai….
Fico com o Somir nessa. Gosto de tranqüilidade, sossego, de às vezes até passar dias inteiros sem ter que olhar na cara de ninguém. Já vivo num lugar urbanizado demais, com gente demais, me enchendo o saco demais… Pra ser honesto, até acho que, em certas circunstâncias, dá pra descansar um pouco ficando na cidade – quando muita gente viaja em feriados prolongados e você não, por exemplo – mas ainda assim, pra relaxar de verdade, prefiro o campo. Só não acho que isso também implique em ir pra uma cabana no meio do nada com um buraco no chão fazendo as vezes de banheiro. Pode ser apenas um lugarzinho quieto e pacato onde a civilização só chegou em “doses homeopáticas”.
Em qualquer cidade, até em São Paulo, existem locais calmos e com pouca gente…
Considerando os parâmetros de estrutura é mais fácil relaxar no campo. Durmo ao lado de vizinhos funkeiros coitado do galo que acha que vai me acordar. Mas somente nesse caso se falar “acampar” saio correndo.
Minha cidade fica a umas 2 hrs de São Paulo e tem uns redutos do tipo, muito bons alias, e fica cheio o ano todo. Incrível como pessoal da capital fica alucinado com frango caipira e fabricação de cachaça.
Não é preciso ir para o campo para ter paz, existem lugares tranquilos nas cidades
Gostaria que estivesse incluindo as cidades médias “afastadinhas” gostei tanto “da serra” e até achei lá com tanta estrutura…Mas também sou “cosmopolita na veia” !!! Realmente há redutos em “cidades de verdade” !
Eu escolho praia, vale? Nada me relaxa mais que aquea brisa do mar…
Maaas, como uma pessoa que tem fobia de insetos, quanto mais civilização, melhor! Pra ficar 100% do tempo dentro do quarto do hotel fazenda, melhor na cidade que tem melhor infra estrutura!
Tô fora de mato!
Praia não é mato não!
Nunca que casa de campo tem mais baratas do que de cidade! Vcs já moraram.perto de bar, lanchonete e afins?
Na cidade a gente manda dedetizar, mas na casa de campo fica mais complicado…
Eu sou uma pessoa habituada desde pequena a ter contato com a natureza. Meus avós moravam em uma chácara e quando pequena costumava passar as férias com eles e adorava. Brincava de catar vagalumes (Sally terá um treco! haha…), dentre outras coisas.
Hj já adulta, vou para a chácara, principalmente para relaxar, e tb para as chácaras de amigos. É muito comum para quem mora em Brasília, equivale a casa de praia para quem mora no litoral. Fora os passeios para as cachoeiras que tem ao redor da cidade e estado do Goiás.
Eu particularmente gosto muito, mas tb relaxo na cidade (quando não dá para ir pra chácara fico de boa), pois sei dar o off, já tirei dias em SP, tb para relaxar e consegui.
Se for pra dar uma escala de preferências de descanso, colocaria: primeiro, praia; segundo, casa no campo; e terceiro, cidade.
Francamente, brincar com um bicho que o cu pisca???
HAHAAHAHAHA…
acontece!
A menos que seja um homem muito especial/bem adestrado, que mate tudo que você pedir ao primeiro comando com a competência de um Navy Seal (em toda minha vida, só tive um desses), vai ser aquela paumolescência que a gente conhece: bufa, levanta vagarosamente com cara de cu e vai se arrastando para ir matar. Isso quando não começa com o “ele tem mais medo de você do que você dele” ou “não faz nada, matar pra que?”.
Ai, gente, infelizmente nunca tive um homem doutrinado Navy Seal style. Todos apresentaram algum grau de paumolescência na hora de matar os emissários alados do Demônio. Graças aos céus pelo inseticida…
Já te falei para ir para o mundo dos burrinhos gostosos, mas você insiste em intelecto…
Pra mim, relaxar com barulho não rola. E infelizmente o Brasil está cada vez mais Médio.
Trabalhou a semana inteira e quer relaxar? SE FODEU. Fim de semana é pra se divertir, e o conceito de diversão para um Brasileiro Médio inclui obrigatoriamente fazer barulho. É hora de chamar os amigos, botar o Sertanejo Topetudo de Calça Colada #8630 tocando no talo, encher a cara e gargalhar alto o suficiente para ter certeza que o quarteirão inteiro possa saber que você está se divertindo. Ou então tirar o carro pra fora, e botar aquele som que vale mais do que o resto do carro tocando um rap de cadeia ou o mais novo hit do Tom Produções com os graves fazendo tremer a fundação das casas em volta. E se pedir pra dar uma maneirada? “Ah, é Sábado.” E se for de noite, “ah, amanhã ninguém tem que acordar cedo pra trabalhar”.
Normalmente eu fico do lado da Sally, mas dessa vez é Somir. Acho que o BM é um bicho muito mais asqueroso e incômodo que qualquer coisa que rasteje no meio de um sítio.
Mas no mato tem barulho: pássaros tropicais cujo canto mais parece filhotes de gato sendo pisoteados, os Fuckin´ galos do caralho que cantam de 15 em 15 minutos, cigarras e toda sorte de animais silvestres que não calam a porra da boca!
Bichos não têm amplificadores.
Mas conseguem entrar no seu quarto e zumbir no seu ouvido
Gente, por mais que seja um hotel 5 estrelas…o mato sempre estará lá. Bichos desconhecidos, grilos irritantes. Morei a vida toda na cidade e tive que vir pro interior recentemente. Tenho experiencia, e acreditem em mim é uma bosta . BOSTA. Até antes de vir morar já aconteceu todo o tipo de tragédia comigo quando me forçavam a acampar.
Sem contar que as chances da luz acabar são enormes, já aconteceu comigo, inclusive. Ficamos em um hotel muito bom, que no final não adiantou nada, por que uma tempestade e ventos fortes derrubaram um poste. Tudo bem que isso pode acontecer na cidade, mas é resolvido muito mais rápido. Não vejo a hora de voltar para a civilização.
Concordo tanto…
Relaxar NO MATO?? Sério, NO MATO??
Nunca!
Nessa estou 100% com a Sally. Quer ser hippie, abraçar árvore, tomar rasante de morcego e ficar à mercê de bichos enviados do inferno vai. Eu não troco o conforto e as facilidades da selva de pedra por nada, jamais.
Hahaha
Também detesto Mato. Parece que os insetos se sentem atraídos por mim. Descanso muito mais na cidade e também já cumpri dívida com a natureza.
A natureza é linda… à distância
Eu escolho campo. Mas supondo que eu tenha muito dinheiro o bom mesmo é ter o melhor dos dois, um hotel 05 estrelas no campo, com todas as mordomias inclusive SPA. Quanto aos outros hóspedes, que seriam o grande problema, eu consigo abstrair e fingir que não estão lá, tenho muita prática nisso.
Peguei umas férias para passar em um spa no campo… Que delicia!!! Caminhada / corrida e massagem de manhã, aulas, natação e cavalos a tarde, e comida feita por chefs excelentes… Nem queria voltar, acabei ficando três dias alem do reservado. Para quem gosta de mato, recomendo.
Concordo com o Somir sem fazer muito esforço. Casa de campo não significa necessariamente roça sem contato com civilização e passando perrengue. Você pode ir para a serra aqui no RJ, por exemplo, que tem delivery, bares, gente bonita. Pode também ir para um hotel fazenda com todos os confortos, spa, piscina, sauna, alguns com cachoeiras, lagos.
Eu curto muito natureza, fazer caminhada, trilha, etc, então não seria esforço nenhum passar um tempo fazendo isso e ficar relaxada lendo ou vendo filme. Quanto a sexo e outras facilidades, não é como se transar fosse tão fácil na cidade também né..
Mas sempre tem natureza. E mesmo que seja perto da civilização, sempre será mais precário do que cidade grande
É verdade, mas eu acabei de passar o carnaval na serra e foi muito reconfortante não estar num ambiente de cidade grande. Menos trânsito, menos gente, coisas mais baratas, zero barulho na hora de dormir..e mesmo assim com wifi, delivery, etc.
Pois é, terá que se gastar muito mais dinheiro pra ter no campo uma infraestrutura similar à da cidade. Pra ir a um mercado, como a Sally citou, terá de gastar mais tempo e combustível. Falo com propriedade: passei todas as férias de infância e adolescência no campo. Lembro de um besouro imenso com ferrão, que até hj não sei o que era. E vai além do conforto, tem a questão da saúde: vai achar uma farmácia? E hospital então? Numa dessas férias um dos cachorros de um vizinho mordeu minha avó. Rodamos horas de carro até encontrarmos um hospital, e mais tempo tentando achar farmácia que tivesse os remédios receitados…
Eu acho que nunca se tem uma infraestrutura igual, mesmo gastando muito dinheiro. No dia em que vocês precisarem de um hospital estando no mato vão lembrar das minhas palavras…
Se o investimento em ambos ambientes forem semelhantes como propôs o Somir o campo é o melhor lugar. Sally comparou como se fosse um descanso numa tapera rs.
O campo com infraestrutura para mim é sem dúvidas o melhor lugar para descansar, desconectar-se do mundo e ter a falsa sensação que aquele nascer ou por do sol é só pra você é impagável. Numa natureza dessas é impossível não relaxar http://www.tajmaua.com.br.
Mesmo com investimento semelhante, a infraestrutura da cidade sempre será inferior
* cidade…superior ?
Não dá pra descansar onde tem muita gente e wi-fi. ponto
Ah dá… para mim é mais fácil ignorar pessoas do que a natureza
Eu tambem odeio desconforto e não desperdiçaria minhas ferias no meio do mato eu sou um imã pra mosquitos alem das minhas varias alergias e frescura
Somir não me convence, quando ele fala em fazenda deve estar pensando em um hotel fazenda 5 estrelas com direito a wifi, e não deve matar nem uma barata
Mesmo 5 estrelas: tem natureza. Eca.
Essa é a mesma Sally que preferia cagar no mato algum tempo atrás?
A outra opção a mato era MERDA NO ESCURO (= banheiro químico). Se a opção fosse cagar em uma privadinha urbana bacana, pode ter certeza que eu recusaria o mato.
Para descansar voto no campo. Estou partindo do pressuposto de coisas com o mesmo valor, então teria alguém para limpar a casa e fazer comida no campo, deixando a comparação para o ambiente apenas.
Como eu não iria pra balada, e meu conceito de pegar carro, trânsito, estacionar no shopping para ver um cinema (com gente mal educada) ou andar pelas lojas para tomar um café (sendo mal servida) não entram no conceito de “descanso”, reduziria mais minha comparação com restaurantes bons e diferentes x comida caseira e coisas naturais como andar, nadar, andar a cavalo.
Equacionando com a parte dos insetos que não me incomoda (exceto baratas, odeio baratas), pra mim, descansar é poder ficar longe dos filhas da puta mal educados que habitam as cidades…
Mas no campo tem natureza… eca