Terceira onda.

O epidemiologista Pedro Hallal disse que o Brasil insiste tanto em seus erros que a terceira onda da covid-19 se aproxima. A declaração foi dada hoje durante o UOL News. Ele acrescenta que a nova onda se inicia em patamares mais altos de contaminação, internações e mortes. LINK


Não é grande surpresa no Brasil, mas chegou até antes da hora. Desfavor da Semana.

SALLY

Conforme combinado com os leitores, estamos passando aqui hoje para dizer que a terceira onda começou. Assim como fizemos com a segunda, achamos importante estabelecer esse marco.

Sabemos que não é possível precisar um dia exato de início de uma terceira onda de contágio de coronavírus, nossa intenção é dizer que a situação chegou em um estágio em que, daqui para frente, há um cenário muito desfavorável, muito mais desfavorável do que a média geral. Portanto, a hora é de muitos cuidados e poucos descuidos. Um descuido pode custar muito mais caro agora.

Sabe aquelas situações em que você se pergunta se vai dar problema? Na dúvida, comporte-se como se fosse dar problema, mesmo que você ache que não. O nariz deu aquela coçada na rua? Mente acima da matéria, concentra e abstrai, nada de coçar o nariz por dentro ou por fora da máscara. Sentiu sede e quer beber alguma coisa? Na rua não, não se tira a máscara do rosto da porta de casa para fora nem se for vomitar. Não é hora de dar sorte para o azar, não neste momento, quando as probabilidades estão contra você.

O primeiro agravante é que não tem ninguém cuidando de você. Deveria, o Poder Público serve para isso. Mas não tem, como vimos em cada aberração descoberta na CPI do covid. Essa merda já tem vacina, em que pese o atraso do Brasil em consegui-las, já existe vacina, então, é muito vacilo se contaminar agora. Esta semana descobrimos que se o Brasil tivesse comprado as vacinas na primeira oportunidade que teve, toda a população brasileira estaria vacinada neste exato momento. Mas não foi isso que aconteceu, portanto, como não tem ninguém cuidando de você, você vai ter que cuidar de você.

Outro desfavor é lembrar de que já tem variante indiana circulando por diversos estados. Se já pegaram ela em diversos testes, isso quer dizer que ela está muito mais espalhada do que se imagina. Seria quase impossível para um país que testa na quantidade que o Brasil testa flagrar a primeira pessoa infectada a entrar. Se flagraram um, tem pelo menos cem contagiados com ela dentro e, vocês sabem, progressão exponencial. Se essa variante for pior do que a de Manaus, em pouco tempo ela vai se espalhar e predominar.

E esse não saber é uma preocupação extra. Não houve tempo de entender essa variante o suficiente, vamos ter que descobrir como ela se comporta em tempo real, à medida que ela for contaminando pessoas. Isso quer dizer que somos todos cobaias, se pegarmos, os médicos poderão não saber exatamente qual a melhor forma de tratar ou as sequelas que ela pode deixar. Não queiram ser cobaias, não queiram ter algo que os médicos não sabem muito bem como lidar. As chances de sobreviver caem drasticamente.

O inverno também se aproxima. Isso aumenta a propensão ao contágio de qualquer vírus respiratório, portanto, é mais um fator jogando contra: frio leva a ambientes menos ventilados, que levam ao coronavírus. A sazonalidade é mais um fator que está contra vocês neste momento, não sejam otários de peitar tantos fatores agravantes. “Só dessa vez, só uma vez não vai dar em nada”. Pode dar. Pode dar em doença, em sequela, na sua morte, ou pior, na morte de uma pessoa que você ama, te deixando com culpa para o resto da vida. Não corra esse risco.

Tudo fica ainda pior quando olhamos para os índices de lotação hospitalar e de insumos. Hospitais grandes como o Sírio Libanês e o Einstein (ambos de São Paulo) estão lotados. Já começamos a ver a transferência de pacientes em alguns estados por escassez de oxigênio ou material para o kit intubação. Isso significa que adoecer agora é ter que lidar não somente com uma possível variante pior, como também com um atendimento médico pior e com falta de recursos, pessoal e medicamentos. Está tudo contra vocês, não é hora de correr nenhum risco que poderia ser evitado.

Nós nunca divulgamos isso aqui justamente pela imprevisibilidade do evento, mas, a projeção dos epidemiologistas era de que essa terceira onda demoraria mais um mês a chegar. Era com isso que se estava contando, portanto, além de todos os fatores que jogam contra que narramos, tem também o infortúnio da terceira onda ter se adiantado, pegando muita gente de surpresa. A compra de material, a abertura de hospital de campanha e tantas outras providências vão demorar mais do que o necessário a chegar.

Mais um fator preocupante: essa terceira onda está partindo de dois mil mortos por dia, ou seja, já começou muito mal. Quando se partia de zero chegou a mil, quando se partia de mil, chegou a 4 mil. Eu não quero fazer as contas do quanto vai chegar partindo de dois mil. Os contágios não chegaram a baixar de verdade para depois recomeçar, portanto, podemos ver o pico do pico. Vou continuar me repetindo aqui: é hora de máximos cuidados, de um nível paranoico de cuidados. Não queremos que vocês virem estatística.

Outro agravante: como o país saiu da segunda onda faz pouco tempo, as pessoas estão cansadas, nos mais diversos sentidos. Quem é profissional da saúde da linha de frente está em um grau de exaustão que vocês não conseguem imaginar, portanto, prestando um cuidado compreensivelmente inferior, cometendo mais erros e salvando menos vidas. Quem vinha se cuidando em uma quarentena está com menos gás para continuar trancado. Quem estava sem trabalhar está com menos capacidade econômica de continuar sem trabalhar. Essa confluência de fatores pode causar ainda mais contágios.

O que nos leva a mais um fator que joga contra: já percebemos que o vírus está todo trabalhando na mutação. Todo mês aparece variante nova. Se aumentar o caso de contágios, podem surgir mutações piores, que deixem o vírus ainda mais contagioso, ainda mais letal ou, o maior medo mundial, que escape às vacinas que estão sendo aplicadas. Além da desgraça que isso seria, vendo o número de mortes explodir novamente no mundo todo, o Brasil escreveria o nome na história como pária que cagou as vacinas do mundo todo.

Temos mais um probleminha para jogar contra agora: vale lembrar que, apesar de muitos iludidos que não gostam de olhar para uma realidade feia ou confundem ciência com política acham, o Brasil está vacinando mal pra caralho. Não tem nem 10% da população vacinada com segunda dose. Então, o desafogo que as vacinas dariam para o sistema de saúde provavelmente não será suficiente. Não caia nessa cilada, não conte com o “ah, mas tem vacina!”. Você já tomou as duas doses há mais de 20 dias? Se não, não tem vacina pra você, se cuide muito mais do que você acha necessário, pois essa terceira onda provavelmente virá muito mais forte do que você possa imaginar.

Por fim, um último fator que joga contra: ninguém aprendeu porra nenhuma com um ano e meio de mortes e desgraçamento. As pessoas continuam saindo para atividades não essenciais, não foram adotadas as barreiras sanitárias necessárias para a entrada de novas variantes, não foi acelerado o ritmo de vacinação, as medidas de confinamento serão tomadas (se forem) de forma tardia. Sabemos que os casos começam a baixar entre 15 a 30 dias depois de decretado um fechamento sério, então, também sabemos que um grande número de mortos no próximo mês é inevitável, já está pago.

Junte todos esses fatores e perceba o potencial catastrófico que tem essa terceira onda. Nós sinceramente esperamos que não, mas tudo aponta para que sim, seja a pior entre as três. Nas outras não havia essa confluência de fatores jogando contra e, mesmo assim, não foi bonito o que aconteceu. O Brasil tem um governo que vai ao STF para tentar anular as medidas de proteção à população, portanto, se cuidem duplamente: do vírus e do governo, que joga a favor do vírus.

Não é nossa intenção estragar o final de semana de ninguém nem provocar medo ou mal-estar, nossa intenção é que vocês estejam cientes de todo o contexto e possam decidir o que fazer cientes de todos os riscos. Nada pior do que tomar decisões iludido, enganado ou sem as informações suficientes. Nosso papel de transmitir a informação da forma mais clara que podemos está cumprido e, dentro das nossas limitações, esperamos ajudar alguém.

Começou, e não vai ser bonito. Por favor, se cuidem mais do que nunca.

Para dizer que sim, estragamos seu final de semana (não fomos nós, foi a realidade), para dizer que está com os olhos fechados, os dedos tampando o ouvido e cantando lá lá lá lá lá ou ainda para dizer que demanda um Siago Tomir (semana que vem tem): sally@desfavor.com

SOMIR

Mas, e aí? Não vai acabar nunca essa merda? Ninguém aguenta mais isso, ninguém aguenta mais pandemia, isolamento, máscara… é impossível ficar tanto tempo assim vivendo em função de um vírus! As pessoas estão malucas, estão exagerando… só pode ser.

Diz a pessoa compreensivelmente puta da vida com quase um ano e meio de pandemia. Eu estou puto da vida com essa história toda. E olha que eu tenho a sorte de poder trabalhar de casa, além de já ter uma base de personalidade que não sofre tanto com o isolamento social. Se até eu estou cansado dessa história, nem quero imaginar alguém que perdeu a fonte de renda ou que gostava muito de sair de casa antes disso tudo.

Pois bem, eu acho importante colocar algumas coisas em perspectiva: quase todo mundo que está vivo hoje em dia nunca passou por uma pandemia desse tamanho. A última parecida foi a da Gripe Espanhola, e só as pessoas que estão na lista dos recordes de mais velhas do mundo tem alguma memória clara dela. Pra virtualmente todos nós, é uma novidade.

A Gripe Espanhola arrasou o mundo por quase 3 anos até finalmente não impactar mais tanto assim o número de mortes. A Peste Negra teve seu maior pico num período de 4 anos na Idade Média. Doenças que saem de controle não desaparecem em questão de meses. Talvez o que a maioria das pessoas dos dias atuais tenha em mente quando se fala de vírus mortal é algo como o Ebola, que surge e desaparece como ameaça em questão de poucos meses.

Mas a verdade é que se chegar ao ponto da humanidade não conseguir conter a doença num local específico, nem com a tecnologia do século XXI, é porque a coisa é realmente complicada. Dissemos várias vezes aqui e repetimos: agradeça, e muito, pela Covid não ser muito letal. Porque se fosse, poderíamos ver colapsos até mesmo em países ricos. Se chegou nesse ponto, é porque vai demorar mesmo para acabar.

O que nós criticamos aqui é a confusão e a falta de esforço global para esmagar a pandemia no menor tempo possível. Alguns países conseguiram reduzir o coronavírus a uma gripezinha, mas isso demandou muito esforço concentrado no começo da pandemia. A maioria ficou num “chove não molha” de abrir e fechar o país que alongou bastante a duração da doença na população, e outros, como o Brasil, simplesmente deixaram a natureza agir e torceram para dar certo (não deu). Essa falta de coordenação aumenta a duração da pandemia, porque se depender do vírus, ele fica muito mais tempo ainda com a gente.

Queria que não fosse assim, mas é: pandemias duram muito tempo. E num mundo com economia globalizada, internet e canais de notícias 24h, parece que demora o dobro. Um ano e meio parece muita coisa, mas na verdade, não é. No tempo da natureza, é menos que um piscar de olhos. Nós, humanos, é que nos acostumamos com notícias que perdem a importância em um ou dois dias. Nós que ficamos viciados em novidades constantes e perdemos a noção do tempo.

Eu sei que é cansativo ter que se preparar para mais uma onda do vírus, mas é o que está acontecendo. Há pouca esperança de contenção, especialmente para quem vive no Brasil. A CPI do Senado ainda está batendo boca sobre a eficácia da Cloroquina! Em maio de 2021! Ainda estão discutindo se lockdown é benéfico ou não sem nunca termos feito lockdown! O Brasil vive uma realidade paralela de quem fingiu que 2020 não aconteceu e está passando por tudo de novo. Para boa parte do povo, a vacina é um sonho tão distante como era no começo da pandemia.

Gostaria de dizer que estamos só um ano atrasados em relação aos países que adotaram medidas de contenção ao vírus, mas tecnicamente, os ponteiros do nosso relógio nem começaram a se mover. O Brasil não vai ter seu próprio tempo, vai depender do resto do mundo ter mais capacidade de se reerguer para nos oferecer doses extras de vacina e aquecer a economia para nos dar as sobras.

A vontade é de tentar tomar o tempo de volta em nossas mãos, mas não vai ser o caso. A terceira onda vem aí, o vírus pode demorar muito mais tempo ainda para estar sob controle. Não adianta teimar, não adianta ficar furioso(a), não adianta brigar com a realidade. Tem que tomar cuidado, tem que fazer de tudo para não acabar num hospital, porque mesmo que a chance de você acabar numa UTI seja baixa, ela ainda existe.

Como a Sally bem disse, estamos apanhando dessa pandemia há muito tempo, está todo mundo cansado, inclusive médicos e enfermeiros. Cansaço físico e mental que aumenta a probabilidade de cometer erros. Por isso, nessas horas o importante é deixar muito mais margem de erro nas coisas que você faz no dia a dia. Cada pequena decisão que reduz seu contato com outras pessoas é muito valiosa, porque é bem provável que você já esteja no seu limite. Não é hora de apostar em “todas as medidas de segurança” para fazer o que bem entender. Porque basta um erro.

Por mais de saco cheio que você esteja, por mais injusto que pareça ter que lidar com uma terceira onda mesmo tendo se cuidado esse tempo todo, coloque as coisas em perspectiva: pra média das pandemias, essa não é a mais longa, a gente se enfiou numa situação complicada mesmo. Os historiadores vão falar desse momento na história, e quanta gente sofreu com o coronavírus. Não é uma notícia de portal de internet que deixa de ter importância no dia seguinte, é uma pandemia… histórica.

Se cuide.

Para dizer que colocando em perspectiva ainda está de saco cheio, para dizer que fingir que nada acontece é mais tranquilo, ou mesmo para dizer que a gente só fala disso (teve conto erótico com diarreia ontem, vai pedir mais o quê?): somir@desfavor.com

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Comments (14)

  • Sally e Somir, leio o desfavor há quase seis anos, diariamente.
    Comentei aqui no início desse ano, falei sobre a morte da minha mãe em dezembro. Ela era médica e morreu de covid.
    Agradeço muito pelo trabalho de vocês, sou farmacêutica mas aprendo muito com seus textos. Queria que mais pessoas tivessem acesso a esse tipo de conteúdo, pq a desinformação e o egoísmo estão enormes por aí. É tanto negacionismo, festas clandestinas (moro no RJ), gente no ônibus lotado sem máscara… que chega a dar nojo.
    A terceira onda é mais do que merecida. Infelizmente, a maior parte dos óbitos é justamente de quem não mereceu. De quem se cuidou. Isso que me dá mais ódio nisso tudo.

    Sei que o intuito do blog é muita das vezes falar sério, mas quero deixar registrado que entrei em uma depressão tão grande depois da morte da minha mãe, que são seus textos antigos (principalmente Sally surtada e os Free hugs) que têm me mantido de pé. Vocês nem imaginam o quanto me arrancaram nos risadas ! hahaha
    Sempre entro pra ler uma dessas obras primas quando estou na pior.
    Vocês possuem um talento incrível, tanto de informar, quanto de divertir.
    São inteligentíssimos ! Continuem com o trabalho, eu sempre compartilho seus textos sobre a pandemia para meus amigos !
    Parabéns e muito obrigada !!!

    • A gente escolheu falar sério sobre a pandemia (até pelo o que você bem mencionou sobre o negacionismo), mas vira e mexe mantemos nossas raízes de besteirol e baixaria. É a dualidade do Desfavor.

      Fico muito feliz que estejamos te ajudando. Comentários como o seu ajudam a renovar o ânimo para continuar isso aqui por muitos e muitos anos!

    • Beatriz, não costumo falar da minha vida pessoal aqui, mas sinto que preciso compartilhar uma informação com você: eu também perdi minha mãe ano passado (para o câncer, não para covid) e foi a coisa mais difícil que tive que enfrentar na vida. É duro, é devastador e é agravado por todo o estresse extra da pandemia.

      Não tem nada que eu possa te dizer para fazer você se sentir melhor, eu mesma ainda sofro muitíssimo. É um sofrimento extremo e chega a ser ofensivo tentar atenuar com alguma fala de autoajuda ou religiosa. O que posso te dar é um conselho de ordem prática: nos momentos difíceis, tenta pensar que não é assim que ela gostaria de te ver.

      Se quiser conversar mais com alguém que está vivenciando algo similar, por favor, pode me procurar. Manda um e-mail e me avisa aqui nos comentários depois de enviar.

      E se você achar que está com depressão, não se cobre melhorar com força de vontade. É um desquilíbrio bioquímico no cérebro que precisa de tratamento, procure ajuda.

      E obrigada pelos elogios ao Desfavor, é bom saber que estamos, de alguma forma ajudando.

      • Que coisa mais triste… Beatriz e Sally, peço desculpas pela inconveniência de me intrometer na conversa, mas quero dizer que lamento muitíssimo por vocês duas. Eu também perdi meu avô materno e minha avó paterna em um espaço de seis meses e, acreditem, sei o quanto é doloroso ter que tentar seguir em frente com nossas vidas após um baque desses. Minhas mais sinceras condolências.

  • E tem mesmo a variante da variante da variante, navas variantes pulsando em varios países …apareceu outra no Vietnã, parece que é mais transmissível e letal.
    Agora esse é o principal item global em importação e exportação

  • Rivotril nessa pós leitura tá liberado?

    Vi uma família muito próxima a minha ser dizimada por covid. Mãe e filho faleceram em um intervalo de sete dias. O que mais me chocou foi que o filho foi contaminado enquanto estava em uma UTI, pois nos hospitais da cidade NÃO HÁ separação da entre pacientes com covid e os que não possuem o vírus. E permitiram a mãe entrar na UTI para ver o filho, sem nem imaginar que ele já estava contaminado.

    O cuidado é não apenas para não pegar covid, precisamos nos cuidar e torcer para não ter qualquer outra doença que precisemos ir para o hospital também.

    Tá difícil manter a calma, a serenidade. É uma angústia, medo e ansiedade que parecem infinitos a cada notícia e leitura.

    • Puxa vida, Talento. Que história mais triste… E eu também sinto que a cada dia está mais difícil manter a serenidade no meio dessa enxurrada de coisa ruim acontecendo…

  • E hoje os palhaços querendo aproveitar a onda do 1 ano da morte do gringo pra fazer cirquinho pedindo #ForaBolsonaro.
    Não somos nós que decidimos… Quem decide é o congresso, que aliás, está pouco se lixando pro que a gente pensa ou não.

    • O problema é que as pessoas aqui gostam da ideia de serem relevantes pra algo que obviamente não terão relevância alguma, e agem em nome deste suposto “protagonismo”, trocando os pés pelas mãos. Resultado: Não só não adiantará nada como também contribuirá pra difusão de vírus, pois o vírus não está nem aí pro motivo da aglomeração: Seja motocicletada Bolsomínica com presença do próprio Presicopata, seja com passeata que se propõe pedir pra ele sair, o vírus achou ocasião, infecta e pronto, acabou. Mesma coisa que acontece com ônibus lotado x festa clandestina. O vírus continuará fazendo o q foi feito pra fazer enquanto houver circulação descontrolada de pessoas, é assim que é, o motivo do bolo de gente pouco importa.

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