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Ele disse, ela disse: Fetiches bizarros.

| Desfavor | | 50 comentários em Ele disse, ela disse: Fetiches bizarros.

Agora que já temos sua atenção, seja bem-vindo à Semana Baixo Nível do desfavor. Alguns podem até argumentar que mudança mesmo seria SUBIR o nível.

E para começar, nada mais indicado do que fetiches bizarros! O assunto ainda será abordado nesta semana, mas hoje honramos a tradição desta coluna numa disputa para ver quem consegue “promover” melhor seu desgosto: Sally e Somir escolheram os fetiches que julgam mais abjetos, mas todos estão convidados à essa baixaria.

Tema de hoje: Qual é o fetiche mais bizarro?

SOMIR

Como um verdadeiro “connoisseur” das piores podreiras já filmadas quando o assunto é sacanagem, tinha a missão de fugir do óbvio. Claro, poderia ter dito simplesmente coprofilia e argumentado sobre pessoas que comem merda. Mas isso seria chover no molhado, ou… peidar no cagado.

O que mais me fascina (curiosidade mórbida) nessa área é a capacidade dos fetichistas de criarem sub-gêneros e combinações de diversas taras, taras que por si só já não são muito comuns. O resultado dessas alterações são práticas tão malucas que um cidadão “pego no ato” mal poderia explicar como diabos pensou nisso em primeiro lugar.

Considero que um fetiche é tão bizarro quanto a quantidade de informações que você pode depreender de uma pessoa pelo simples fato de praticá-lo. Pense comigo: O que se dizer de um homem que tenha tara por mulheres vestidas de enfermeira? Ou de uma mulher que gosta de levar uns tapas na bunda? Nenhum dos dois exemplos vai se destacar numa multidão apenas por isso.

Mas quando a sua tara começa a te definir, as coisas estão caminhando para a bizarrice. E nessa linha, escolhi o fetiche do “bebê adulto”.

wat?

Vamos lá, por partes: São adultos que acham sexualmente excitante usar fraldas e agir como bebês. Pode até parecer uma bobagem em comparação ao que minha CARA vai descrever, mas não se enganem: A quantidade de informações desabonadoras que um fetiche desses traz sobre uma pessoa ganha, e muito, da maioria dos outros.

A pessoa escolhe usar uma fralda, ao contrário de alguns idosos e doentes que são forçados a fazê-lo. Com boa parte do começo da infância dedicada ao trabalho de vencer a etapa de se sujar todo a cada vez que precisa defecar, na melhor das hipóteses esse fetiche é uma falta de consideração tremenda com o trabalho dos pais.

Mas obviamente tem mais. O fetiche por fraldas caminha muito próximo da coprofilia. Uma pessoa que escolhe ficar esmerdeada até a próxima “troca” com certeza não tem aquelas objeções todas contra a porquice que uma pessoa minimamente saudável já deveria ter depois de “grandinha”. Muitas vezes essa prática não é solitária: Uma das pessoas usa a fralda, OUTRA troca. Outra pessoa consciente do caráter fetichista do ato.

Limpar a bunda suja de outra pessoa não deveria contar como uma preliminar, mas é justamente o que ocorre. Uma pessoa com amor próprio simplesmente não aceitaria de bom grado ser vista numa situação dessas. Mas isso faz parte da interpretação de papéis.

E agora, caros leitores, a interpretação de papéis é algo ainda pior que uma bunda suja: Os envolvidos nesse fetiche buscam uma regressão até a mais tenra infância. Não é incomum que um usuário de fraldas esteja todo paramentado como um bebê “na hora do vamos ver”.

Não nos esqueçamos: É um fetiche, e é sexual. O que se imagina de alguém que fica excitado com a idéia de ser uma criança? Embora crianças não estejam realmente envolvidas, anda numa linha assustadoramente próxima à pedofilia. Se o seu ideal de momento sexual envolve fraldas, chupetas, berços e brinquedos (tradicionais), é para soar alguma alarme na sua cabeça!

Tem mais: O cidadão, muito digno usando fraldas cagadas e fingindo ser um bebê, precisa de mais uma personagem na sua fantasia. Não é raro, aliás, é de praxe chamar a pessoa que “cuida do bebê” de mamãe ou papai. Não é o caso de ser MESMO a mãe ou o pai do fetichista, mas é uma guinada bem próxima do incesto. Alguma relação familiar próxima dessa pessoa não foi lá muito saudável…

Só que mesmo depois dessa enxurrada de problemas, ainda não podemos esquecer do suposto motivo pelo qual essas pessoas fazem o que fazem: A busca pela vulnerabilidade e falta de responsabilidades inerentes a um bebê. Não sou tão tapado a ponto de perceber que o foco não é a bunda suja, mas mesmo “sublimando” o significado, a coisa continua patética.

Que porcaria de pessoa cagona (ha) é essa que acha bacana abrir mão da independência e da dignidade para fingir que é um bebê? Bebês são programados biologicamente para crescer e largar de ser um estorvo para os pais o mais rápido possível. Crianças se espelham e imitam adultos. O rumo da mente racional é “para cima”.

Sim, me ofende muito que qualquer pessoa deseje regressão intelectual. Gente que diz que “ignorância é uma bênção” deveria ser removida da sociedade para não contaminar os outros.

Por mais que você fique mais chocado com a idéia de comer merda ou fazer sexo com um animal, as pessoas que fazem isso tem problemas bem menores do que alguém que deseja ser um bebê. Imagina só um adulto deitado num berço gigante, com as fraldas abertas, totalmente esmerdeadas, sendo limpo por outra pessoa a qual chama de mamãe/papai com voz infantilóide… Percebem a bizarrice e o TAMANHO do problema dessa pessoa?

Para dizer que eu nem precisei falar da fralda mijada o dia todo, para reclamar que ainda não teve tempo para aprender a usar o troninho, ou mesmo para me pedir uns links bacanas do assunto: somir@desfavor.com

 

SALLY

Quando disseram que o Desfavor estava uma baixaria, ficamos revoltados e decidimos mostrar do que somos capazes. Vocês acham que viram baixaria? Vocês não viram nada. Baixaria vai ser nesta semana…

Vamos ao tema de hoje. Quais das taras de cunho sexual é a mais bizarra? Eu sei, eu sei, todas são bizarras, mas minha escolha é a ZOOFILIA.

Porque zoofilia? Ora, por mais estranha que seja a tara (desde comer cocô até fazer sexo ao som de Fábio Jr.), estamos falando sempre de dois seres humanos que chegaram a um acordo e por algum motivo toparam aquilo. Bem ou mal há um acordo de vontades. Na zoofilia não. Na zoofilia temos um ser humano imbecil sujeitando um animal a um ato que ele provavelmente não deseja e não concordou.

Por pior e mais doentia que pareça uma relação sexual entre duas pessoas, é sempre mais doentio quando falamos em uma pessoa e um animal. Não é natural sexo entre espécies diferentes, sobretudo quando a proporção física não favorece. Conversem com plantonistas de pronto-socorro e ouçam as histórias bizarras de pessoas que sofreram acidentes durante relações sexuais com animais e vejam do que o ser humano é capaz. E não estou falando dos clássicos égua/cabra/vaca, a coisa pode ser bem mais grotesca do que isso.

Por exemplo, há relatos de um homem que chegou com um hamster entalado em seu pênis. Como pode um ser humano ter coragem de enfiar um pênis em um hamster? Também escutei relatos de homens que faziam sexo com galinhas. Uma rápida (e nojenta) pesquisa na internet mostra imagens de sexo entre seres humanos e todo tipo de animais. Mulheres também podem ser adeptas, não raro aparecem mulheres com cães entalados em suas vaginas em hospitais, graças a uma particularidade do sistema reprodutor dos cães que os fazem “travar” o pênis na hora de cruzar. Uma vergonha, pois além de bizarro, é covarde e escroto com outro ser vivo que não teve escolha.

Além de tudo é perigoso, pois animais podem transmitir uma série de doenças. Qualquer que seja a tara estranha envolvendo dois seres humanos, é possível usar camisinha e outras medidas mínimas de higiene que garantam a saúde dos envolvidos. O mesmo não se aplica a animais. E não quero nem pensar no que poderia acontecer se por um acaso da vida um animal fecundasse uma mulher. Com certeza o feto não vingaria, mas mesmo assim, um tanto quanto bizarro ter que ir fazer um aborto porque engravidou do Rex, seu Pastor Alemão. Tem coisa mais bizarra do que isso?

Qualquer nojeira bizarra e doentia acordada entre dois seres humanos, por mais que choque, deve ser respeitada, porque afinal, se trata de uma escolha daquele casal (ou grupo de pessoas). Mesmo que você não concorde que um casal coma merda durante o ato sexual, isso não faz deles necessariamente más pessoas (apenas pessoas nojentas). Mas quem faz sexo com animais é extremante escroto, sem limites e sádico, pois está fazendo mal a outro ser vivo em nome do próprio prazer, e sem seu consentimento. Animais não falam, não podem contar o mal que está sendo praticado contra eles. Ainda que se diga que algumas pessoas também podem ser coagidas, uma pessoa sempre será menos indefesa que um animal.

Sem contar que, quando praticado em determinados grupos de animais, um ato sexual com seres humanos costuma resultar em morte. E uma morte por hemorragia, bem dolorosa. Faz algum tempo li um relato de mortes estranhas de pinguins em um zoologico europeu. Eles morriam em sequência e ninguém entendia o que vinha acontecendo. Foi quando instalaram câmeras e flagraram um funcionário estuprando pinguins na calada da noite. Os bichinhos ficavam todos estourados por dentro e acabavam morrendo. Que tipo de pessoa faz isso? Quer ser nojento e fazer sexo com animais, então seja passivo. Aproveite e dê o rabo para um jumento ou para um elefante para ver se é bom!

Para você que pensa que sexo com animais é uma coisa rara de caipira do interior que tem sua vida sexual iniciada com uma cabrita, basta uma visita rápida a um sex shop para constatar que existe um produto chamado “Cio de cachorro”. Isso aí, um creme que imita o cheiro da cadela quando está no cio, o que induz o cão a cruzar com quem quer que use essa merda. Se existe venda em larga escala desse tipo de coisa, sinal que também existem muitos adeptos, não é mesmo? A gente escuta falar muito nas outras taras bizarras por um único motivo: seres humanos FALAM, animais não. Por isso animais continuam sendo vítimas silenciosas dessas atrocidades.

Qual o nível de troca que se tem entre um ser humano e um animal? Li uma entrevista de uma mulher americana que vivia em uma fazenda e fazia sexo com seus porcos e jurava que os porcos gostavam, porque se não gostassem, eles se recusariam a consumar o ato. Ora, animais tem instintos. A mulher simplesmente acordava pela manhã e masturbava os porcos até eles começarem a tentar cruzar com ela. Era amor ou era instinto? Sacanagem induzir o bicho a uma coisa dessas. Baixo nível é masturbar porco e não escrever sobre peido! Como pode uma pessoa ser tão doente a ponto de pensar que está proporcionando prazer a um animal que simplesmente não teve escolha?

E vamos combinar que, tirando tudo que já foi dito, animais são nojentos. Animais rolam na bosta, cagam e não limpam a bunda, dormem no chão e não tomam banho e lambem o próprio cu. Puta que pariu!

Todas as taras sexuais são de alguma forma bizarras, porém a única que me ocorre ser capaz de conjugar nojeira, risco à saúde e falta de consentimento é a zoofilia. Por pior que sejam as demais, elas implicam em uma troca com outro ser humano, em diálogo, em possibilidade de conversa, em capacidade de pedir para parar se ficar desagradável para uma das partes. Zoofilia, além de asqueroso e bizarro, é cruel.

Para dizer que esta Semana Baixo Nível é pura pirraça nossa, para dizer que está dando unjoin porque isso aqui passou dos limites de vez ou ainda para dizer que está com medo do que está por vir: sally@desfavor.com

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