Ele disse, ela disse: Não é você, sou eu.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 83 comentários em Ele disse, ela disse: Não é você, sou eu.

Relacionamentos acabam, alguns numa boa, alguns com uma boa dose de drama, mas na maioria dos casos, acabam com uma das partes contrariada. É aqui que entra a discussão desta coluna: Na hora do fora. Os impopulares não precisam se sentir rejeitados e podem opinar livremente.
Tema de hoje: É menos pior levar ou dar um fora?
SOMIR
Sei que minha opinião vai contra a da maioria, mas essas costumam ser as melhores opiniões. Pra mim é pior ter que dar um fora. Pode até parecer inconsistência com minha habitual síndrome de universo umbigo, mas por incrível que pareça, rejeitar me incomoda mais do que ser rejeitado.
Ver a cara feia do término pelos olhos de outra pessoa adiciona uma… sobriedade… desconcertante ao processo. Quando você está do lado que leva o pé na bunda, o momento vem acompanhado por um estranhamento da realidade, uma espécie de defesa inconsciente da pancada que seu ego está levando. Pode-se traçar um paralelo com os estágios da perda, pois não deixa de ser uma.
Quando é você que apanha, sua mente vai te guiando pelo processo com diversas artimanhas para aliviar o impacto do golpe. Até que eventualmente, mesmo com uma boa dose de fuga, a situação acaba sendo aceitável. São várias sensações que mascaram a sensação ruim de um término. Agora, quando você está do lado que entra com o pé…
Pelo menos em tese, quem quer terminar tem uma motivação racional. E não vai achando que todas elas são inapeláveis… Às vezes você quer terminar por motivos egoístas ou fúteis. Direito de cada um, claro, mas ver sua vontade refletindo negativamente outro ser humano dificilmente é uma experiência agradável. No caso ESPECÍFICO da outra pessoa ter te sacaneado de forma indiscutível, pode até ser mais fácil, mas convenhamos, a não ser que você se relacione com gente muito podre, dificilmente seus términos virão acompanhados de justificativa inabalável.
Para quem está achando que terminar SEMPRE quer dizer que a outra pessoa te deu motivos sólidos a ponto de não ser mais sequer escolha sua, mas dela, acorde para a realidade. Raramente é o caso. Todos temos o sagrado direito de buscar o melhor para nossas vidas, mas isso não te exime de nenhuma responsabilidade sobre quem “ficou pelo caminho”. É comum ignorar os fatos e acreditar que está 100% certo e a outra pessoa 100% errada. Mas se você não se rende a auto-enganação com todas suas forças e pelo menos TENTA pensar um pouco, vai ver que as coisas não são bem assim: Terminamos com pessoas ruins e com pessoas boas. Não era o momento, você achou que podia mais, sei lá… Mas não tente se enganar achando que neste caso só existem traidores e escrotos do outros lado. Ou pelo menos não espere que eu vá considerar ignorância seletiva como argumento contrário…
Você acaba enxergando tudo isso com pouca ou nenhuma “proteção inconsciente”. É tudo ao vivo e a cores, é assumir a responsabilidade pela decisão, decisão que raramente temos certeza absoluta que é a melhor. Mas você é a parte que está terminando, se vacilar, só vai piorar as coisas. E quando falo de vivenciar o desgosto alheio com grande nitidez, não é argumento sentimentalóide, viemos “de fábrica” com a capacidade de empatia. Faz parte do pacote básico da maioria dos humanos. É muito provável que a tristeza ou revolta de quem levou o fora reflita em você.
E tudo fica pior se você tiver aquela mania “Jack do Lost” de querer resolver tudo. O impulso de consertar as coisas tende a quebrar ainda mais o momento de um fora… Uma palavra errada pode virar esperança, raiva ou desespero na outra pessoa. Todas situações ainda mais difíceis de lidar. Quem leva o fora está perdoado de qualquer “falha” no momento. Presume-se que a pessoa vai falar merda, que vai barganhar, que vai tentar reverter, que vai reagir mal em geral… Mas quem está dando o fora tem pouca margem para errar sob o risco de alongar o processo ou mesmo não conseguir o resultado desejado. Sim, dá para dar fora e a outra pessoa não entender. Vai dizer que nunca vivenciou ou ouviu falar disso? Tem gente que não se toca, tem gente que se faz de sonsa, tem gente que simplesmente te ignora… Foras podem se tornar um processo longo e frustrante. Levar fora é uma cacetada só, e se der merda, culpa-se a outra pessoa. Simples assim.
E olha que eu estou considerando até agora que quem está levando o fora não pirou… Porque isso acontece. E quando a pessoa resolve encarnar em você, prepare seu saco. E olha que encheção de saco é um dos resultados mais amenos possíveis, tem gente que perde a vida depois de apresentar seu pé para a bunda do(a) ex. Quem leva o fora, por mais que não goste no momento, pode ficar bem mais seguro que a outra pessoa não vai voltar para “assombrar” seu futuro. Levar o fora é mais certeza do fim de uma relação do que dar o fora.
E isso é importante porque quem dá o fora corre o risco de se arrepender. Porque isso acontece, pessoas se arrependem de dar o fora. E aí é uma batalha “morro acima” para reverter a situação. Se a outra pessoa já usou a relativa certeza do fim da relação para seguir em frente, quem se arrependeu tende a passar pelas duas fases: A de dar o fora e de tomar o fora. Vai dizer que não é gratificante dizer um “não” para quem te rejeitou anteriormente?
E não podemos esquecer da reação pública. Quem dá o fora fica visto como monstro insensível, muito mais se quem der o fora for homem, mas mesmo assim, é comum que as pessoas se bandeiem para o lado de quem “perdeu”. Vai ter de lidar com o fim da relação e gente te enchendo o saco porque você quis terminar a relação. Isso quando a parte chutada não une as tropas da paunocuzação e te transforma em inimigo público número um.
E até na esteira dessa reação possível (e provável), quem dá o fora acaba com o pinto pequeno ou frigidez, dependendo do sexo. Uma reação comum de quem se sente rejeitado é desdenhar de quem o fez. Se tinha alguma foto comprometedora em posse de quem você deu o fora, ela ganha uma probabilidade enorme de aparecer na internet. E ai de quem reprimir comportamento vingativo de pessoa rejeitada, é socialmente aceitável bater em quem dá fora. Quem deu o fora fica “proibido” de reagir.
Se você quer saber exatamente com quem estava dormindo, dê um fora nessa pessoa. E além do alívio do fim de uma relação que você não queria mais manter, a partir daí não tem mais nada de positivo para acontecer: Ou você descobre que a pessoa era uma merda mesmo com sua reação negativa, ou a postura ética e digna dessa pessoa te deixa ainda pior… é sempre ruim causar tristeza em quem a gente respeita.
Parece que sempre fica algo mal resolvido depois de dar um fora. Levar um fora é uma merda, não discuto isso, mas pelo menos é um fim. Só se arrasta se VOCÊ quiser arrastar. A vontade de outra pessoa é sempre alheia à nossa capacidade de controle, não tem como evitar levar um fora de quem quer realmente dar um fora. Estar do lado “terminado” dá números finais à fatura. E mesmo que pouco, ainda é uma forma de controlar a situação. Ei, estamos discutindo o que menos pior, não?
Para dizer que gostou muito do texto, mas agora está pensando em ler outros; para dizer que não sou eu, e sim as merdas que eu escrevo; ou mesmo para afirmar que empatia é para os fracos: somir@desfavor.com
SALLY
O que é pior: levar um fora de alguém ou dar um fora em alguém?
Evidentemente é muito pior LEVAR um fora de alguém. Pelo simples fato de que dando o fora você tem o domínio da situação: se quiser dá, se não quiser não dá, a escolha é sua. Levando um fora você não escolhe, você tem que se submeter à vontade do outro, corresponda ela ou não à sua vontade. A coisa pode ser colocada da seguinte forma: que é melhor, fazer o que você quer ou fazer o que o outro quer?
Eu sei que muitas vezes pode ser duro dar um fora em alguém, se sentir responsável de alguma forma pelo sofrimento alheio não é fácil, mas porra, melhor o sofrimento alheio do que o nosso, não? Além disso, é meio narcisista esse sofrimento extremo por dar um fora em alguém e pensar no quanto está fazendo a pessoa sofrer: ninguém é inesquecível, você não é tão importante e a outra pessoa vai te superar com mais facilidade do que você imagina. Pois é, você não é a última bolacha do pacote.
Sem contar que algumas vezes é extremamente divertido dar um fora em alguém que o fez por merecer. Nem sempre o momento do fora é um inocente sendo magoado por uma pessoa que se enganou. Muitas vezes o fora tem caráter pedagógico que faz muito bem a ambas as partes. Em qualquer dos casos, dar um fora em alguém não é nada tão grave para que a pessoa pose de mártir dizendo que prefere sofrer do que fazer sofrer.
Todo mundo um dia vai levar um fora e todo mundo vai se recuperar. Fora não mata, ao menos não se você for uma pessoa com sanidade mental. Ciente disso, dar um fora não tem que gerar grandes culpas ou remorsos. Culpa tem que sentir quem fica com outra pessoa por pena, enganando-a, fazendo-a crer que ainda gosta dela e que ainda quer investir em um futuro a dois. Isso sim é escroto: fazer a pessoa perder tempo.
Quem dá o fora tem o privilégio de poder escolher a melhor época para fazê-lo, o dia e a hora que mais lhe convém. Também pode escolher o modo e o local onde isso vai ser feito e pode conduzir a situação da forma que achar mais favorável. Tem coisa mais agradável do que ter o controle da situação e fazer tudo do seu jeito no seu tempo? Sem contar a questão principal: rejeição dói, é muito mais fácil ser quem rejeita do que quem é rejeitado. O processo de cura e de superação costuma ser mais rápido para a pessoa da qual partiu o término.
Dar um fora implica em UM mau momento: aquele onde você olha no olho da pessoa e diz que não quer mais. Só isso. Depois é vida que segue, sua decisão está tomada, hora de começar uma vida nova. Levar um fora implica em uma infinidade de maus momentos: negação, revolta, tristeza, tentar uma reconquista, se perguntar onde errou, chorar, sentir falta, sentir ciúmes, etc. São semanas de agonia por uma situação que não está no seu controle e que você não pode fazer nada para mudar.
Quando você decide dar um fora em alguém, você tem tempo para se preparar e se quiser, para preparar a pessoa também. Ensaia o que vai dizer, pensa na melhor forma, se programa. Quando você leva um fora, é pego de surpresa, não consegue pensar direito, argumentar direito e muitas vezes mal consegue compreender direito o que aconteceu. É muito melhor agir quando você já amadureceu a ideia e planejou a melhor forma de coloca-la em prática. Nada como poder se preparar para um evento, de modo a passar por ele com a maior serenidade possível.
Se você decide dar um fora em alguém ainda tem a faculdade de se arrepender. Nem sempre dá certo, mas muitas vezes dá. É possível se retratar, se desculpar e desfazer o fora. A taxa de sucesso é muito maior do que a da pessoa que leva um fora e tenta reverter o quadro. Quem leva um fora tem como única esperança ficar calado, ouvir em silencio e nas semanas seguintes mostrar que está levando uma vida digna (com compostura, sem ostentação). Se pedir para voltar, já era. Sem contar que quem dá um fora tem o consolo de pensar que as coisas estão como estão por escolha própria.
Dar um fora pressupõe algum erro alheio que fez a relação desandar. Levar um fora pressupõe algum erro seu que fez a relação desandar. Nem sempre é isso, mas é essa a sensação que fica. A sensação de fracasso e responsabilidade é muito maior recebendo um fora do que dando e por consequência, sofre-se mais, já que além da dor de ficar sem a pessoa amada, tem o peso dos próprios erros que fizeram com que ela se afaste de você.
Até socialmente falando, quem dá um fora sai por cima e quem leva um fora é um rejeitado, incompetente ou até mesmo um coitado digno de pena. As pessoas tem uma tara estranha, ao descobrirem que um relacionamento terminou, costumam perguntar quem terminou, meio que para estabelecer papéis: quem leva um pé na bunda vira o chutado, o rejeitado, o coitado. Não há muita dignidade social para quem levou um fora, há até quem presuma que algo de errado tem com aquela pessoa para ter sido chutada, coisa que nem sempre é verdade, mas acontece.
Quem termina é digno, quem leva um fora é digno de pena. É inegável, ter a decisão nas mãos confere um poder fictício e é muito melhor ser quem detém esse poder do que ser aquele que se sujeita ao poder alheio. Quem termina dá as cartas, o faz no seu tempo, da sua forma e tem condições de se preparar para isso. Sua situação é muito mais confortável e fácil. Quem leva um fora tem que improvisar alguma dignidade em meio ao susto desta decisão e ainda assim vai ter muito mais trabalho catando os cacos do seu ego.
Basta observar os casais que você conhece após um rompimento: quem se recupera primeiro ou melhor, quem deu um fora ou quem levou um fora? Geralmente aquelas pessoas que se perdem, ficam stalkeando, se humilham e passam vergonha são as que levam e não as que dão um fora. Dar é muito mais fácil do que levar um fora, quem já passou por ambas as situações sabe disso.
Prezados, novamente desculpem talvez pelo sumiço suave, mas essa semana na facu ta #tenso
Pois bem, já passei por ambas as situações e olha… digo que levar o fora é bem, mas BEM PIOR do que dar o fora, embora este último também seja bem estranho/desconfortável. Concordo com o Somir quando ele diz que “foras podem se tornar um processo longo e frustrante”; na medida em que, quando é você quem dá o fora, bate aquela dorzinha de dó, você não quer machucar a pessoa, e procura o melhor jeito de falar (e de conduzir a situação) pra que a coisa não seja lá tão tensa assim. Ademais, podemos reduzir esse aspecto a uma simples capacidade da pessoa que está dando o fora “ter lábia”, saber argumentar, ser sutil, etc.
Porém discordo na parte em que o Somir diz que ” Quem leva o fora, por mais que não goste no momento, pode ficar bem mais seguro que a outra pessoa não vai voltar para “assombrar” seu futuro.” Pausa: quem disse que a pessoa não pode assombrar o futuro da outra? conheço casos tensos de términos que olha… perseguição, obsessão!
Agora por outro lado, concordo que levar o fora é bem pior! Como a Sally disse: “Levar um fora implica em uma infinidade de maus momentos: negação, revolta, tristeza, tentar uma reconquista, se perguntar onde errou, chorar, sentir falta, sentir ciúmes, etc.” E esse processo todo demooora que pqp! Isso quando a pessoa é “desequilibrada” e acaba tendo algum problema maior como depressão. Em síntese, reafirmo que dar o fora é bem desconfortante mas levar o fora é sempre BEM PIOR!
Não sei responder qual dos dois é o pior porque eu só levo fora.
Sim, é verdade…o único fora que dei foi quando eu tinha 13 anos e falei pra um carinha com o qual eu estava ficando que eu não queria mais ficar. Acho que ele fez alguma mandinga pra mim e desde então eu só levei chute na bunda, nunca mais tive o gostinho de despachar ninguém.
E sim, meu ego foi estraçalhado por causa de todos esses foras :-/
Seu erro deve ser na ESCOLHA, só isso.
É, já me falaram isso também, sobre a tendência em repetir certos padrões, etc. Freud explica. Ou não. Falando nele, pra quando aquele Processa Eu caprichado sobre o “pai da psicanálise”?
Ainda estudando… vai sair, vai sair.
Nossa quero ver! Porque olha… não que eu seja Freud Lover, até pq não se pode basear só nele em análises psicanalíticas e há coisas que realmente não concordo com ele, mas ele trouxe muitas contribuições pra área da psicanálise!
É um sujeito muito respeitado, vou precisar estudar muito para meter o sarrafo nele
Gê, concordo com vc…
E é bem difícil não cair naquele comum “ele tinha problemas” (tinha mesmo e ele sabia disso) e “tudo era sexo” (essa é comum para quem não estudou mesmo a teoria”…
Mas tou botando fé em vc, Sally… Vc chegou a assistir o Freud Além da Alma?
Não assisti não… vale a pena?
Ela é uma biografia romanceada de onde ele tirou suas primeiras teorias…
Eu gostei, te dá uma base do contexto geral, história e te poupa um pouco de ler os primeiros trabalhos dele, que foram revistos em vários pontos.
Eu vi durante as aulas de psico na faculdade.
Verei
Nem… Era uma colega com a qual estudei e que passei a visitar com mais frequência graças ao clima insustentável conduzido pelo tirano do meu pai. Ia pra casa dela para ter um pouco de PAZ e não por interesse nela, tanto que no geral eu ficava mais entretido nos livretes do que tudo. Um namoro poderia ser ótimo para me deixar um pouco mais relaxado, mas me daria por feliz se alguém se desse ao trabalho de fazer o meio de campo entre eu e o meu pai (que me espezinhava o quanto podia pra tirar onda de fodão). Ou saia pra outro lado ou era briga na certa.
Vocês não imaginam como eu ficava feliz de conseguir que o pedante do meu irmão saísse de cima de mim um dia que fosse. (não se tocavam que queria o computador para tirar algum com alguns bicos e não para ficar de babá de moleque pedante que não podia me ver no computador que já vinha encher o saco).
Ia levando nessa situação terrível por não ter pra onde correr, até porque Geralda queria não era filho e sim ESCRAVO (ontem mesmo a vadia cu-de-cadeira estava de mimimi porque eu não lavei a panela na qual tinha esquentado minha comida na noite anterior… Isso depois da preguiçosa só lembrar de esquentar comida depois de passar de duas e meia
da tarde… E a vadia ainda queria me impedir de esquentar comida pra mim… Vê se pode. Que falta faz um real para comer no bom prato, né?).
Só que a paranoia dela foi tanta, mas tanta que envenenou o relacionamento que tentava manter, que era na minha inocente visão apenas uma “amizade”.
Se cai na arapuca da chupim desgraçada da minha mãe, foi em muito pelos problemas que essa babaca me trouxe.
(não preciso dizer que por conta dela, o rebaixamento do Corinthians teve um gosto especial pra mim)
Só terminaram comigo uma vez e doeu, mas foi só porque eu realmente gostava. Aliás, a única vez que isso aconteceu mesmo.
Mas o humilhante foi que a pessoa me chamava de volta toda hora e eu abanava o rabo, levava outro fora e ficou assim um tempo.
Sim, pode se envergonhar de mim.
Quem nunca?
Não é você, sou eu … que não gosta de gordas.
hahahahahaha
Antes dar um fora ou levar um fora do que ter de suportar relacionamentos em banho-maria.
É, vim aqui pra me humilhar e dizer que só levo fora.
Mas comentando o texto, concordo com a Sally. Acho que é muito melhor você dar o fora. A recuperação é muito mais rápida e ainda sai com o status de fodão!
Levar fora com dignidade não é humilhante. Quem se humilha é a própria pessoa, ficando de joelhos, implorando, pedindo último beijos… O fora em si não é humilhante. Quem nunca?
Eu nunca implorei últimos beijos e muito menos fiquei de joelhos, mas fazia uma cara de cachorro abandonada terrível, tanto é que no meio do fora os caras já estavam falando “ah, por favor, não faz essa cara!”.
E sim, já telefonei falando que estava sofrendo e que ele era um filho-da-puta que acabaria sozinho num asilo, lamentando minha perda.
Não perdendo a dignidade, não é humilhante levar um fora. Um telefonema é ruim, mas é menos pior do que um show público
Se tem uma coisa que considero pior que dar o bota fora num relacionamento é ter de lidar com um relacionamento hostil que você mantém apenas por conveniência.
Com isso, me lembro daquela IDIOTA chamada Raquel. Ô, a babaca achando que eu estava a fim dela… Hahahahahaha!
A despeitada se achava demais, mas é ruim que eu ia querer investir num relacionamento amoroso com uma pessoa paranóica e completamente negligente, né?
E achando que eu estava a fim de transar com ela… Além de não ser aquelas coisas (peitocas menores que laranja murcha e uma pele descamada na altura do busto que era de brochar) ainda ia ser mote para que a família da maluca fosse despejar expectativas infladas nas minhas costas.
Suportava porque minha convivência com o meu pai e com o meu irmão era terrível a ponto de não poder me dar ao luxo de soltar os cachorros como gostaria.
A minha vontade era a de chutar o balde de vez, mas segurava porque os poucos amigos que tinha eram distantes a ponto de não ter muito contato com eles.
Você namorou com ela?
Marciel, sem querer me meter BUT já fazendo-o, cê só convive com gente problemática, hein? Hahahaah
Sally, depois que vc saiu do Hell de Janeiro vc ficou até mais calma. Está até menos surtada e menos boca suja no palavreado do blog. Acho que a viagem te fez bem.
Tia, bem que vc metia o pau na Net Virtua, aquilo era uma bosta do capeta caindo a toda hora. Troquei pelo Velox e tô pagando mais barato pelos mesmos 10 megas com wifi e ainda ganhei um antivirus.
Melhor que isso, só ir pra Porto Alegre, tche!
Sério que eu estou mais calma? Fiquei até triste agora… estou perdendo meu charme?
Aquele calor do Rio de Janeiro deixa qualquer um surtado. Rio de Janeiro é um equívoco, aquela região não deveria ser habitada. Mas brasileiro é uma merda, onde tem praia ele vai e constrói casinha. Porque todo pobre tem tara por praia, alguém me explica?
Óbvio que é pior levar um fora. Ninguém gosta de levar um pé na bunda!
Dar um fora não chega necessariamente a ser causa de sofrimento, porque eu por ex. sempre tento conversar e acertar os ponteiros antes, se a outra pessoa continua insistindo no erro, então tá pedindo pra levar um merecido pé. Eu vou logo jogando em cima todos os motivos, todas as vezes que eu falei e tentei combinar pra mostrar que a culpa não foi minha, que realmente não vai dar certo. Quem for esperto que aprenda com os erros pra não cagar igual na próxima relação.
Mas você não acha que existem situações onde não necessariamente houve um erro? Quero dizer, as pessoas desgostam umas das outras sem que necessariamente elas tenham cometidos erros…
Sim, mas eu tava falando mais sobre relacionamento sério. Ficante eu dou fora direto, até sem razão nem justificativa e até quando a culpa é minha! hahaha
Pior ainda em relacionamento sério. Você deve ainda mais respeito e consideração à pessoa
As duas coisas são uma merda, difícil dizer o que é pior. Depende muito da maneira como ocorre, do quanto a outra pessoa está envolvida, do quanto aquela relação é importante para mim. Genericamente fica difícil, até porque quem já passou por um término com uma stalker, difamadora, chiclete ou outro tipinho desagradável terá uma opinião muito diferente de quem terminou com alguém mais centrado, que acha ruim, esperneia um pouco, chora, mas toca a vida. Eu já dei foras horríveis e normais, já levei foras horríveis e normais. Se for colocar em ordem decrescente de sofrimento, para mim seria: a) levar fora de alguém com quem você esteja intensamente envolvido; b) dar fora em alguém sem noção/ amor-próprio; c) dar fora em alguém com noção/ amor-próprio; d) levar fora de mulher que você curte, mas não está intensamente envolvido.
A pessoa maluca, stalker e sem noção gera sofrimento após o fora, porque fica te paunocuzando, mas no momento do fora confesso que sinto até algum prazer…
Quem deu um fora, voce ou o Somir?
Infelizmente ninguém, é por isso que ele pensa assim
Olhem só essa merda: http://tecnologia.terra.com.br/internet/site-de-namoradas-falsas-quer-expansao-internacional-ate-2014,6621554ec1f4c310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html
Eu aposto num meio termo razoável:
Faço a futura-ex-namorada achar que ELA teve a idéia de terminar.
Fica todo mundo feliz.
Geralmente para fazer com que o outro tenha essa “ideia” é preciso sujeitar a pessoa a meses de sofrimento e maus tratos…
Sempre da pra acelerar o processo.
Porque não com honestidade? Porque tem que magoar a pessoa sistematicamente até ela desgostar de você? Isso é um pouco sádico…
Menos sádico do que terminar com alguém por motivos egoístas sem que ela tenha parte da mesma vontade.
Colocando na balança…
Não é sádico terminar com alguém por razões unilaterais, é HONESTO
Sabe porque a maioria dos homens fazem isso?
Medo da mulher ficar com raiva e receio da mulher se tornar aquela ex-problema psicopata. Covarde pra carái, véi!
Vou te falar uma coisa, ISSO que me deixa com mais raiva da pessoa, não o fato de falar “Olha, não quero mais”. Tem todo o direito do mundo de não querer. A pessoa que não aceita o fora e quer a todo custo ficar com essa pessoa na realidade só pensa em si mesmo. Dá pra viver muito bem com um fora, sinal tb de que a relação estava colada com durex.
Exato! A pessoa fazer você perder tempo, te sujeitar a sofrimento a longo prazo por não ter culhão de expressar como se sente me deixa putíssima. Isso sim me faria pensar em uma vingança, não o fato da pessoa não querer mais.
Ahan…
Na teoria a prática é outra.
Levar um fora da pessoa que a gente gosta é uma merda, evidente. Mas é sempre melhor do que estar ao lado de alguém que só fica com você por pena, medo, receio… isso é muito humilhante!
Essa eu acho a pior opção de todas! Que falta de respeito com a outra pessoa! Isso é coisa de quem não tem coragem para ser sincero nem arcar com as consequências do término da relação. Como a Sally disse é bem sádico sujeitar a pessoa a um período maior de sofrimento ou acelerar o processo com uma atitude drástica. Honestidade dói mas é melhor.
Jogar uma responsabilidade que é sua para o outro é sempre muito escroto
Términos de namoro por motivos unilaterais NUNCA são fáceis.
A supervalorizada honestidade que estão aclamando, pode facilmente ser algo que vão mandar enfiar em suas entranhas intestinais, antes de fazer sua vida um inferno por semanas, meses ou anos.
Neste caso, fazer a pessoa se desinteressar por vc aos poucos, e decidir terminar contigo, torna a coisa – mesmo que os dois não tenham ciência disto – bilateral e mais fácil e menos doloroso.
Como disse, falar de honestidade, valores, etc é muito bonito, mas na pratica a coisa é diferente.
Agora aprendi a lição: faça a outra pessoa terminar. E isso não precisa falaciosamente como dizem, ser feito de forma punitiva ou escrota.
Fáceis não são, ninguém disse isso.
Desculpa mas dormir na mesma cama com uma pessoa que você já não quer estar junto e omitir isso dela, criando brigas e magoando-a para que ela também queira terminar com você É ESCROTO SIM. E covarde.
Escroto, depende muito da maneira como se faz. Como disse, afirmar que será criando brigas é especulação.
Covarde, talvez. Mas prefiro chamar de amenizar um sofrimento. No fundo ao fazer desta maneira estou sendo muito pouco egoísta e quase um humanista. :)
Fazendo uma analogia serelepe: eu já cansei deste debate logo depois do segundo post. Mas não posso acabar com tudo e deixar no vácuo com a pessoa achando que eu quebrei meus braços e não posso teclar, que me convenci facilmente ou mesmo que simplesmente desprezo o outro lado.
Estou falando tudo o que já disse, de maneiras diferentes e repetitivas. Sou um covarde. Não consigo simplesmente terminar a discussão.
Sally, para evitar um maior desgaste, por favor… Vou deixar vc terminar por mim. ;)
É humilhante sentir pena de alguém assim. É humilhante permanecer em um relacionamento que você não quer mais. Isso não se faz, é incorreto e você se engana se pensa que de alguma forma faz um bem a alguém com isso.
Concordo com a Sally! Nesse quesito prefiro a honestidade mesmo que “supervalorizada”!
Uma criança que diz para uma pessoa que ela é feia e gorda esta sendo honesta.
Contudo não posso dizer que seria adequado.
Faça as analogias necessárias.
Mas isso é opinião “desnecessária”. Vc não “precisa” dizer a alguém que ela está gorda…
Eu compararia mais com a notícia do pai que morreu. Porra, por mais que doa, alguém tem que dizer o que aconteceu de verdade. Não é legal deixar a criança achar que o cara foi comprar cigarro e nunca mais voltou…
Acho essa analogia mais próxima do término de um relacionamento… Antes a dor logo de uma vez do que a paunocuzação do silêncio por tempo indeterminado.
Conheci uma pessoa que SABIA que o namorado estava fazendo isso e disse que não iria terminar… Foram quase DOIS anos (ou coisa assim) até ele arrumar outra e pular fora. Desnecessário…
Não é à toa que, nesse contexto, me tornei muito intolerante com as indecisões e inseguranças alheias. Fica pesado demais.
Homem tem a mania de fazer isso. Eles se acham tão importantes, tão picas de ouro, que acreditam que a gente vai morrer ou sofrer absurdamente se nos derem um fora. Pffff
Por isso que termino não contando com a boa vontade da pessoa te ajudar a compreender o que acontece.
Se Hugo é um quase humanista, sou uma existencialista: assumo a responsabilidade que me cabe.
Mas não deixa de ser escroto manipular. Isso é inegável.
Todo mundo manipula. Alguns em menor e outros em maior grau.
Eu pessoalmente, prefiro ter sempre o controle no máximo de situações que puder.
É Hu go oh!! Direito seu pensar assim. Sério mesmo.
Só não esqueça de uma coisa. Por mais que devemos pensar em nosso próprio bem estar, o que é muito saudável, uma noção de responsabilidade sobre as emoções dos outros não arranca pedaço. No dia que passei por algo assim, sim, eu terminei como ele queria, não deixei de mostrar pra ele que eu percebia que ele estava fazendo isso. Depois ele ficou falando pra meio mundo que foi ele quem terminou… Vai entender!
Este é o ponto!
Se eu fosse egoísta e pensasse somente em mim, terminaria de qualquer jeito, a hora que entendesse, e estaria pouco me lixando para como a outra pessoa iria ficar.
Como penso demais no outro lado, faço uma política de ‘reparação de danos’.
No fim, preparar o terreno aos poucos para o termino e ainda deixar ela achar que a idéia foi dela – apesar dos pequenos danos citados como pena, desonestidade, e outros blá blá blá’s, acaba sendo MENOS danoso que a opção mais direta.
Negativo, você faz isso para se poupar de problemas, de stalker, de chateação. Não é altruísmo.
Negativo, EU FAÇO isso para ME poupar de problemas, de stalker, de chateação, E pensando no mal menor que posso causar a pessoa que está comigo.
Falta de altruísmo?! Eu deveria ser canonizado!
;)
Aí é que está, pergunte a qualquer mulher: não causa menos mal a quem está do seu lado, causa mais. Vai por mim. Sua intenção pode até ser boa, mas você não está fazendo o melhor para a outra pessoa.
Hugo, já compreendi que pra vc aqui pode ser uma discussão hipotética, pois como vc falou, pode não ser como vc é na vida real. OK! Mas já que estamos discutindo essa situação:
“EU FAÇO isso para ME poupar de problemas, de stalker, de chateação…” realmente se de fato a pessoa te dá indícios de ser uma desequilibrada realmente vc terá que se blindar. Realmente é muito chato: passar a não atender número estranho pq vc não sabe se pode ser ela, ao chegar de noite no seu ap vc entra por outra entrada pq vc não sabe se a pessoa está lá te esperando, expõe de certa forma sua vida para o porteiro pra impedir que a criatura invada a sua casa… etc, etc, etc…
A questão que vejo que pesa no “pensar no outro” aqui é o seguinte: pseudo-altruísmo, ao manipular a situação, esperando que a pessoa decida terminar, vc impede a pessoa de arcar com as questões dela, receber um fora por exemplo, lidar com a vontade do outro. Vc impede a pessoa assumir a responsabilidade que é dela. Parece besteira, mas não é. É quase a mesma coisa da mãe que faz tudo pelos filhos, impedindo muitas vezes deles crescerem, amadurecerem, virar adulto.
Matar o outro na unha tb pode servir de lição, como serviu pra mim (a sorte que percebi e joguei a merda no ventilador) e pra tantas outras pessoas. Mas como a Sally acabou de te falar: “não causa menos mal a quem está do seu lado, causa mais.” e por motivos errados, pois não é o sofrimento do término, é o sofrimento por todas as coisas feitas, e vc pode dar motivo real pra pessoa ficar possuída de raiva. Sorte tb da pessoa que consegue perceber isso e não sofrer tanto, pois isso diz demais da pessoa que escolhe ser escrota. Aí eu concordo com a frase: “Não é vc, sou eu!” Realmente é seu problema mesmo… E sinceramente, por mim, por amor a mim mesma, não faria isso com ninguém.
Sally,
Apesar de ter agido da maneira como levantei em diversas vezes acredito ter uma percentagem invejável (sic) de ex-namoradas, ficantes ou amigas que fiquei e ainda hoje tenho certa amizade.
No fim, a prática mostrou que não foi tão ruim este parcelamento e certa manipulação que eu possa ter efetuado.
Lichia,
” pseudo-altruísmo, ao manipular a situação, esperando que a pessoa decida terminar, vc impede a pessoa de arcar com as questões dela, receber um fora por exemplo, lidar com a vontade do outro. Vc impede a pessoa assumir a responsabilidade que é dela. Parece besteira, mas não é”
Não havia pensado por este lado; levantou um aspecto interessante, e talvez, apenas talvez, tudo ter dado certo até agora pode ter dependido menos de mim, e mais da sorte.
Tão ruim para você, mas certamente uma mulher fica muito mais magoada com esse tipo de término
“A supervalorizada honestidade que estão aclamando, pode facilmente ser algo que vão mandar enfiar em suas entranhas intestinais, antes de fazer sua vida um inferno por semanas, meses ou anos”.
Sem dúvida. Mas ainda assim não é melhor tomar a iniciativa e deixar a outra pessoa com a pecha de surtada, do que correr o risco, diminuto ou não, de que perceba(m) sua tática deliberada de criar brigas e mágoas para forçar o fim da relação, e seu filme possa sair desnecessariamente queimado por isso?
Prefiro mil vezes o sofrimento da rejeição do que alguém sentindo pena de mim
A fama de surtada não é nada perto das consequências que as ações de uma surtada podem levar.
Tudo o que sou hoje é resultado de experiências passadas.
…Talvez por isso eu nem me preocupe em defender os pontos do que eu realmente penso – isso é irrelevante para desconhecidos na net.
Mas é sempre divertido colocar um contra-ponto.
Ps.: Não estou dizendo que não penso e ajo da maneira que escrevo aqui, apenas que isso não é importante. ;)
Sim, contra-pontos têm sua utilidade, aqui sobretudo para saber os critérios de “trade-off” de cada um.
Gostei de “trade-off”.
E realmente descobrimos muito sobre os outros.
Acho legal o contra-ponto.
Eu, particularmente, acho preferível dar o fora a levar um, e acho horrível ser vítima desse “toma-que-o-relacionamento-é-seu”. Eu prefiro sofrer de uma vez do que parcelado, vendo um relacionamento se deteriorando e descobrir dois dias depois que a pessoa está com outra, por exemplo.
Entendo o lado do stalker, mas como já terminei um relacionamento assim, não tenho “medo” do que pode acontecer… Foi chato, mas seria pior ter sustentado essa situação por mais tempo.
Como eu posso dar um fora numa garota que é um chiclete tem uma dependencia emocional enorme? , ela é uma boa pessoa mais isso dai já é egoismo ela quer que EU tome todas as decisões ,quer que EU saia da minha casa todos os dias pra ir até onde ela está , ela diz que me ama e eu acredito mais essa relação tá muito unilateral não dá mais , e se ela me amar de verdade , eu vou estar partindo o coração da unica pessoa que me amou
Você se acha inesquecível, Bonitão?
Dá um fora COM A BOCA, como qualquer um de nós faz. Ela pode até sofrer um pouquinho, mas passa e rapidinho ela vai estra com outro. Você não é tão importante
vc que não conhece a figura ela é melooooooooosa , e faz um drama do caralho por qualquer coisa
ps:não me acho insquecivel , mas ela acha
Deixa fazer drama, ué! Ficar com uma pessoa porque ela faz drama se terminar te parece algo saudável?
Vai chorar, vai sofrer, como todos nós e vai passar, como passa para todos nós!
O que não pode é você ficar com alguém por causa de chantagem emocional!
Vc tem uma relação estável e tem bens como casa, carro, e tv de 55 com ps3 divididos com ela?
Tem filhos?
Então prende este choro, e termina com este relacionamento que te faz mal.
Jovens…complicam tudo. tsc
É Alan! Essa pena da outra pessoa fica parecendo uma desculpa esfarrapada porque no fundo VOCÊ não consegue terminar!
é claro que tem um pouco de fragilidade minha sim , mais é necessario e eu vou terminar com ela , por que esse relacionamento esta insustentavel
Termine, um dia ela mesma vai te agradecer. Não faça a menina perder tempo, para mulher perder tempo é mais grave do que para o homem
Minha ambição é viver o suficiente pra um dia DAR um fora, aí eu volto aqui e opino. Mas acho isso cada vez mais impossível.
[abrindo um pacote de Fandangos]
Para de graça…
Se continuar se vitimando assim, isso vai demorar bastante mesmo.